Passeata em distrito de Campinas defende o direito do parto domiciliar

 

Famílias querem o direito da mãe escolher onde o filho deve nascer. Manifestação foi organizada pelas redes sociais em cidades do país.

Do G1 Campinas e Região

Mulheres, homens e crianças participaram na tarde deste domingo (17), no Distrito de Barão Geraldo, em Campinas, da Marcha do Parto, movimento que defende o direito das gestantes escolherem o local onde os filhos nascerão.

Muitas grávidas preferem dar à luz nas casas onde moram, mas nem sempre têm esta possibilidade por causa do impedimento de profissionais da área médica de participar dos procedimentos fora de unidades médicas. O Conselho Federal de Medicina orienta os profissionais em fazer os partos em ambientes hospitalares.

Na semana passada, o Fantástico, da Rede Globo, veiculou uma reportagem sobre o parto residencial. O médico que concedeu entrevista defendendo o parto doméstico foi ameaçado de denúncia ao Conselho Regional de Medicina.

Em defesa do parto humanizado, mulheres de todo o país organizaram pelas redes sociais passeatas nas maiores cidades brasileiras.

“Fizemos esta manifestação pela liberdade de escolha”, disse uma das organizadoras da Marcha do Parto, em Campinas, Ana Paula Caldas, que teve dois dos três filhos na casa onde ela mora.
Segundo ela, o parto em casa, para gestantes de baixo risco, tem as mesmas chances de possíveis complicações do que aquelas que dão à luz em hospitais.
A terapeuta ocupacional Sabrina Ferigato ressaltou o fato de o assunto ser discutido após a reportagem do Fantástico.

“Não estamos reivindicando que todas as mulheres tenham seus filhos em casa. Queremos o direito de escolha e a liberdade dos profissionais da área de saúde. E também humanização do parto”, disse ela.