quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dilma critica agressão a Serra e "campanha difamatória" contra ela


Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em Ferraz de Vasconcelos (SP)
 
Na última etapa de sua viagem por cidades da região metropolitana de São Paulo nesta quarta-feira (20), a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, lamentou a agressão sofrida por seu rival, José Serra, do PSDB, atingido na cabeça por um rolo de fita crepe durante uma caminhada no Rio de Janeiro. Em entrevista à imprensa na cidade de Ferraz de Vasconcelos, a petista ainda aproveitou para fazer referência ao que chama de "campanha difamatória" contra ela.
"Repudio, lamento, sou contra e tenho demonstrado isso sistematicamente", disse a ex-ministra da Casa Civil, ao comentar a agressão a seu adversário. Ela disse ainda que sua campanha "sempre se recusou a aprovar qualquer ato de violência" e que seu partido já pediu a investigação do incidente para punir os responsáveis.

"Eu acho isso fundamental, porque uma campanha é um momento de festa democrática e de grande alegria", afirmou a líder nas pesquisas. "Não é possível que a gente tenha campanhas difamatórias nem manipulações", completou a candidata do PT.

Nesta quarta, Serra participou de uma caminhada no bairro de Campo Grande, onde foi atingido na cabeça por um rolo de fita crepe durante um tumulto que terminou em confronto entre militantes do PT e do PSDB. Ele foi ao hospital, e acabou cancelando o restante de sua agenda na cidade por recomendação médica.

Salto mortal

A petista voltou a negar vínculos de sua pré-campanha com o vazamento de dados sigilosos de membros da cúpula do PSDB e de familiares do presidenciável tucano. A Folha informou nesta quarta que um repórter do jornal "Estado de Minas" foi hospedado às custas do PT, em Brasília, onde se reuniu com integrantes de um comitê da campanha petista para tratar de dados que ele havia reunido.

A petista repetiu que só é candidata desde que deixou o governo, e que atribuir os vazamentos a sua campanha é indevido. "Não é possível, em outubro [de 2009, quando houve os vazamentos] dar um salto mortal e cair em março [quando ela se tornou candidata]. Nós não quebramos sigilo fiscal de ninguém e não fizemos dossiê. Essa é a questão fundamental", afirmou.

"Não há por parte dos depoimentos na Polícia Federal nenhuma ilação que permita essa conclusão", afirmou Dilma. Ela disse que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. era funcionário do diário mineiro no momento da quebra dos sigilos, entre setembro e outubro do ano passado. Segundo a Folha, o repórter teria pago R$ 12 mil por informações sigilosas de pessoas ligadas a Serra.

Ao ser questionada sobre se via vínculo entre os vazamentos e o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG), que já teve a sua pré-candidatura à Presidência defendida pelo jornal "Estado de Minas", Dilma disse: "Não vou acusar ninguém, porque não é do meu feitio". Aécio desistiu da candidatura em dezembro do ano passado. "O próprio jornalista, em depoimento à Polícia Federal, declarou que ele fez o trabalho dentro de um conflito entre dois candidatos à Presidência dos tucanos", afirmou a candidata.
 

PF investiga ligações de telemarketing contra Dilma, diz Lula


Presidente destacou que a campanha eleitoral é 'a de mais baixo nível que já viu na vida'

Tânia Monteiro, da Agência Estado
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco que o governo está investigando as ligações de telemarketing contra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Segundo ele, as investigações estão sendo feitas pela Polícia Federal. Lula falou ainda da sua indignação com o nível da campanha, que definiu como "a de mais baixo nível que já viu na vida".
Questionado sobre o tom mais agressivo da campanha, Lula disse que o é agressivo na política e no discurso faz parte, mas o que está havendo agora é "baixaria". "O jogador que quer disputar um título mundial ele não vai ficar rebolando dentro do campo. Ele vai jogar para marcar gol. Ele vai tirar a bola do adversário. Agora, isso tem de ser feito, mas o baixo nível que a campanha está tomando é uma coisa", disse Lula, fazendo as comparações habituais com o futebol.
"O que se fala da Dilma é uma coisa impensável, que eu que fui candidato, eu que fui difamado, eu nunca tive coragem de dizer contra meus adversários 10% do que a hipocrisia de uma parte dos tucanos está dizendo da Dilma", completou o presidente após solenidade no Palácio do Planalto de apresentação do carro elétrico da Mitsubishi Motors do Brasil.
O presidente disse ainda que, "se acham que vale a pena fazer uma campanha assim, que façam". "O certo é que a Dilma vai ganhar as eleições porque ela representa oportunidade de um governo que fez o Brasil ser mais admirado, ser mais respeitado, gerou mais empregos, investiu mais em educação, em ciência e tecnologia, aumentou o salário, melhorou a qualidade de vida. Vocês jornalistas tiveram mais emprego. É por isso que acho que a Dilma vai ganhar as eleições", acrescentou.
Questionado se não achava que as acusações na campanha estavam ocorrendo das duas partes, o presidente não respondeu. Ele criticou ainda as promessas que o candidato tucano José Serra está fazendo na área econômica, pois, segundo Lula, Serra não vai cumpri-las. Segundo o presidente, Serra deveria dizer exatamente o que ele quer fazer na política econômica.

 

Serra compara PT a grupo nazista em caminhada tumultuada no RJ


por Rodrigo Alvares
Seção: Eleições
20.outubro.2010 13:56:26
Luciana Nunes Leal, da Sucursal do Rio
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, comparou o PT aos nazistas e os acusou pelo tumulto ocorrido entre militantes petistas e os cabos eleitorais tucanos durante caminhada no calçadão de Campo Grande, no Rio.  ”Foi a tropa de choque do PT. Eles são a tropa de choque da mentira e da violência. Não sei se é previsto ou não, mas eles fazem no piloto automático. Lembra a tropa de assalto dos nazistas? É tropa de choque, muito típico de movimentos fascistas como eles são”, disse o candidato, que se abrigou em uma farmácia.
 Militantes do PSDB formaram um cordão de isolamento para prosseguir com a caminhada e alguns comerciantes fecharam as portas. No fim, Serra foi cercado por petistas e levou as mãos à cabeça.
 Assessores do tucano afirmaram que ele foi atingido por uma bandeirada. Não havia ferimento aparente. Segundo pastor Paulo Cesar Gomes, que acompanhava a caminhada, afirmou que o candidato foi atingido por um rolo de papelão utilizado para armazenar material de campanha. Depois da confusão, Serra disse a fotógrafos que não sabia o que o havia atingido, mas que ficou “grogue” com a pancada.
Os militantes gritavam palavras como “assassino”, numa referência à demissão de agentes mata-mosquitos durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e exibiam cartazes com a pergunta “Cadê Paulo Preto?”, menção a Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa.
A situação já foi normalizada e as lojas reabriram suas portas.


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 Foto: Tasso Marcelo/AE
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 Foto: Tasso Marcelo/AE

Arcebispo de Aparecida, Dom Raiumundo Damasceno, é nomeado Cardeal pelo Papa Bento XVI

O arcebispo de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno Assis, foi nomeado cardeal nesta quarta-feira pelo papa Bento 16 ao lado de outros 23 indicados.
Dom Damasceno, de 73 anos e que também é presidente do Conselho Episcopal Latinoamericano, é um dos 20 novos cardeais com menos de 80 anos, que têm direito a voto numa eventual nova eleição papal.

Nascido em Capela Nova (MG), ele foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil entre 1995 e 2003, e desde março de 2004 é Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida.
O novo cardeal, que está atualmente em Roma, vai voltar ao país em novembro e seguirá como arcebispo de Aparecida, de acordo com a arquidiocese local.
Além do brasileiro, os 20 novos "cardeais eleitores" vêm de Itália, Polônia, Egito, Estados Unidos, Alemanha, Zâmbia, Equador, República Democrática do Congo e Sri Lanka.
Onze dos novos eleitores são europeus, sendo oito italianos, dando ao Velho Continente a maioria em um eventual conclave para a eleição de um novo papa.
Bento 16, que é alemão, já nomeou cerca de 50 dos 120 eleitores que podem escolher seu sucessor, aumentando a possibilidade de que o próximo pontífice seja um conservador, como ele próprio. Mais de 60 dos eleitores são europeus.
Muitas das nomeações eram esperadas, incluindo as de dom Raymundo Damasceno Assis, do arcebispo de Washington, Donald Wuerl, e do arcebispo de Varsóvia, Kazimierz Nycz.
Várias das nomeações de Bento 16 foram feitas para chefiar departamentos do Vaticano. Entre elas, está a do arcebispo norte-americano Raymond Burke, que chefia um importante tribunal do Vaticano, e de Kurt Koch, o suíço que comanda o departamento do Vaticano responsável pelas relações com outras religiões cristãs e com o judaísmo.
Acredita-se que a maioria dos novos nomeados seja de conservadores, aumentando a possibilidade de que o próximo papa tenha visões parecidas com as de Bento 16 sobre importantes temas da igreja, como o controle de natalidade, o sacerdócio de mulheres e o casamento de padres, todas propostas que ele rejeita.
Cada vez que o papa nomeia novos cardeais -- o seu grupo de elite de assessores no Vaticano e no resto do mundo --, o pontífice dá a eles a chance de guiar o futuro da Igreja, escolhendo homens que o ajudarão a formular políticas e tomar importantes decisões.
O papa fez o anúncio no final de sua audiência geral semanal na Praça São Pedro. Foi apenas a terceira vez desde sua eleição que o papa nomeou novos cardeais.
Bento 16 disse que sua escolha reflete "a universalidade da Igreja". A cerimônia para empossá-los formalmente, conhecida como consistório, será realizada em 20 de novembro, disse o pontífice.
O número de cardeais eleitores é limitado a 120, mas não há limite para o total do Colégio de Cardeais, que chegará a 203 depois que os novos cardeais receberem seus chapéus vermelhos no próximo mês.
Enquanto papas anteriores aumentaram o número de cardeais eleitores nos países em desenvolvimento, Bento 16 nomeou muitos europeus desde a sua eleição. Isso aumenta a possibilidade de o próximo papa ser europeu. O segundo maior bloco de votos é da América Latina, que tem mais de 20 cardeais.

Salmo da comunicação!

Salmo da Comunicação

Louvado sejas, Senhor, por nossa irmã a IMPRENSA, pão para a inteligência e luz para a alma. Ilumina com tua luz, Senhor, os redatores e editores; que saibam edificar um mundo novo na verdade e no amor.

Louvado sejas, Senhor, pelos jornalistas e repórteres, pelas agências de notícias, pelos desenhistas da comunicação social, pelos pintores das peças publicitárias.

Glória a Ti, Senhor, pelos nossos irmãos, o CINEMA e o VÍDEO. Que eles sejam guias de bons caminhos, mestres da justiça, amigos da verdade.

Louvado sejas, Senhor, por nossa irmã, a RÁDIO, que corre como o vento e torna tão pequena a Terra.

Louvado sejas, Senhor, por nossa irmã, a TELEVISÃO, cátedra que se coloca no espaço da casa.Jamais seja mestra que deforma a consciência, ou dê lições de ódio e imoralidade.

Louvado sejas, Senhor, pelo CD-ROM, o DVD, compêndios e sínteses do conhecimento e da ciência.

Louvado sejas, Senhor, pela INTERNET, que aproxima as pessoas, possibilitando-lhes comunicar-se instantaneamente no mundo inteiro.

Louvado sejas, Senhor, por nossos irmãos, os SATÉLITES, a FIBRA ÓTICA, a INFORMÁTICA, que encurtam distâncias e criam solidariedade entre as pessoas.

Glória a Ti, Senhor, pela comunicação humana e social.

Amém!