sexta-feira, 13 de julho de 2012

Projeto quer coibir doação de esmola a moradores de rua em Porto Feliz, SP

 

 

Vale dá direito a banho, refeição e até moradia. Objetivo é fazer com que o morador receba ajuda e não dinheiro.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

 

Um projeto criado por uma organização não-governamental de Porto Feliz (SP) substitui a doação de esmolas para moradores de rua da cidade. Em vez de dar dinheiro, a população entrega um tíquete que dá direito a banho, refeição e até moradia, como mostra a reportagem do TEM Notícias.
Em um sítio na zona rural da cidade, vivem 20 ex-moradores de rua. Quem vive lá aceitou o convite para recomeçar a vida. Eles moram e trabalham no sítio, onde também fazem atividades artesanais e recebem orientações. Mas nem todos aceitam o desafio de recomeçar. Uma representante da associação que coordena o projeto de acolhimento dos moradores de rua explica que a maioria dessas pessoas tem medo das mudanças.

Trabalho é oferecido por ONG de Porto Feliz (Foto: Reprodução/TV Tem)Projeto foi criado por ONG Foto: Reprodução/TV Tem)

A dificuldade em tirar mais gente das ruas também se deve à população, que cede ao dar esmolas. O projeto é também uma tentativa de mudar este comportamento.

Segundo um levantamento feito pela Prefeitura da cidade, a maioria dos moradores de rua consome álcool e drogas. O valor arrecadado na mendicância é usado, muitas vezes, para sustentar este vício. Ao substituir o dinheiro pelo vale, os moradores recebem ajuda até mesmo para largar os vícios.

O comércio também participa da campanha. Aproximadamente 600 lojas devem aderir nos próximos meses, entregando os tíquetes para os moradores que entrarem nos estabelecimentos.

Começa hoje!

 

cartaz final rosa mística 2012

Teste mostra que extrato de cacto brasileiro ajuda a emagrecer

 

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

Mais um medicamento fitoterápico ganhou o título de "emagrecedor", e dessa vez não só em redes sociais e sites de vendas. O Koubo, nome comercial de um extrato de cactos brasileiros (Cereus sp.) que inclui a planta da pitaia, foi testado e aprovado em uma pesquisa feita com 65 pessoas no Cescage (Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais), em Ponta Grossa, no Paraná.

O estudo não foi publicado em revista científica e está sendo apresentado pela indústria na feira de farmácia e cosméticos Consulfarma, que começou hoje e vai até sábado, em São Paulo.

Leticia Moreira/Folhapress

Pitaia, fruta de um tipo de cacto usado para fazer o Koubo

Pitaia, fruta de um tipo de cacto usado para fazer o Koubo

A empresa farmacêutica que comercializa o ativo faz questão de ressaltar os principais resultados da pesquisa: ingerir cápsulas do produto pode ajudar a perder, em média, 9,7 quilos e 16,6% de IMC (índice de massa corporal) em 90 dias.

No estudo, os voluntários, com IMC acima de 25 (o que já indica sobrepeso) e idade entre 25 e 60 anos, foram separados aleatoriamente em dois grupos: em um deles, os participantes ingeriram duas cápsulas de Koubo por dia (400 mg) antes das refeições; no outro, comprimidos placebo, sem efeito.

Os dois grupos receberam orientação nutricional e foram avaliados quinzenalmente. Nenhum dos voluntários sabia se estava tomando o placebo ou o medicamento.

Além de avaliar a perda de peso e de medidas, foram feitos exames de colesterol, triglicérides e glicemia. Os participantes também relataram mudanças no apetite.

Depois de 90 dias, os dois grupos tiveram perda de peso, mas no grupo que tomou o medicamento a redução foi maior: 9,7 quilos contra 2,9, em média. A redução na circunferência abdominal também foi maior entre as pessoas que tomaram Koubo: 7,8 cm contra 3,2 cm do grupo de controle.

"Vimos que o Koubo tem efeito positivo se usado como complemento nutricional com acompanhamento de especialistas. A contribuição do fitoterápico é no aumento do nível de saciedade", diz a nutricionista Lorene Yassin, professora do Cescage e orientadora do trabalho.

Segundo ela, fitoquímicos presentes na planta são capazes de inibir o apetite. "Os dois grupos relataram menor apetite --talvez por fatores psicológicos ou pelas mudanças na dieta. Mas no grupo experimental (aqueles que usaram Koubo) o apetite foi significativamente menor", complementa Yassin. O estudo não foi encomendado pela indústria.

OUTRAS EVIDÊNCIAS

O Koubo pode ser encontrado em farmácias de manipulação. Para a nutróloga Marcella Garcez Duarte, membro da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), apesar dos resultados do estudo, que ela avalia como "bem-feito", ainda "existem poucas evidências científicas que demonstram o mecanismo de ação do Koubo e validem sua prescrição".

"Minha experiência com o Koubo é bem restrita. Nas poucas vezes que eu prescrevi, não observei um resultado tão fantástico quanto o apresentado no estudo clinico", diz Duarte.

A nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da Abeso (associação de estudo da obesidade), analisou a pesquisa e ressalta que os resultados apareceram com acompanhamento nutricional.

"O grupo controle também alcançou melhoras no peso, gordura corporal e parâmetros metabólicos, embora em menor proporção, e o grupo experimental também recebeu orientações para mudança alimentar e de exercício. Isso mostra que o produto pode ser eficaz se associado aos métodos já consolidados para o tratamento da obesidade."

Para ela, são necessárias outras evidências para que a eficácia do Koubo seja mesmo comprovada. "Não devemos chamar de evidência algo que ainda não tenha sido replicado em diversos estudos. Não encontrei nenhuma outra pesquisa que mostrasse dados parecidos. Também não é possível garantir a segurança do produto a longo prazo."

Festa de Nossa Senhora da Rosa Mística


Gilda Carvalho
gilda@puc-rio.br

Nossa Senhora apareceu a Pierina Gilli, uma enfermeira da cidade de Montechiari, na Itália, no quarto de um hospital onde ela trabalhava, em 1947.  Nessa visão, a Virgem apresentava-se como uma belíssima senhora, vestida com uma túnica púrpura e um véu branco. Em seu peito, três espadas cravavam o coração. Seu rosto demonstrava profunda tristeza.  Nossa Senhora chorava e disse à enfermeira: “Oração, Penitência e Expiação.”

Em uma segunda aparição, Nossa Senhora já aparecia com as espadas substituídas por três rosas: uma branca, uma cor de rosa e uma dourada.  Nesta aparição, pediu oração pelos sacerdotes através de uma nova devoção mariana a ser instituída em todo o mundo.  Pediu também, que o dia 31 de cada mês fosse consagrado a Ela e que, anualmente, todo dia 13 de julho fosse dedicado à Rosa Mística.

Várias outras aparições à Pierina são relatadas e nelas Nossa Senhora sempre pede a oração e a penitência bem como o cuidado com as instituições religiosas e as vocações sacerdotais. Além disso, realiza muitas curas.  Em uma das aparições, manifestou o desejo de ser venerada como Nossa Senhora da Rosa Mística e decretou o meio-dia do dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, como a “hora da graça”.

Há uma interpretação para o simbolismo das três espadas e das três rosas que apareceram no coração de Maria. A primeira espada representa a escassez das vocações; a segunda, os pecados mortais dos sacerdotes, monges e monjas e, a terceira, seria a representação do sofrimento pelos dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas. Já as rosas simbolizam: a rosa branca, o espírito de oração; a vermelha, o espírito de expiação e sacrifício e, a dourada, o espírito de penitência – os três pedidos de Nossa Senhora aos fiéis.

Oração à Nossa Senhora da Rosa Mística
Rosa Mística, Virgem Imaculada, Mãe da Graça, para honra de Vosso Divino Filho, nos ajoelhamos diante de Vós, implorando a misericórdia de Deus. Não por nossos méritos, mas, pelo amor de Vosso Coração Maternal, nós vos suplicamos que nos concedais proteção e graça, com a certeza de que nos haveis de atender.
Ave, Maria...
Rosa Mística, Mãe de Jesus, Rainha do Santo Rosário e Mãe da Igreja, corpo místico de Jesus Cristo, nós vos pedimos que concedais ao mundo, dilacerado pela discórdia, a unidade e a paz e todas aquelas graças que podem mudar o coração de tantos de teus filhos.
Ave, Maria...
Rosa Mística, Rainha dos Apóstolos, fazei florescer, à volta dos altares Eucarísticos, muitas vocações sacerdotais, religiosos e religiosas, que difundam, com a santidade de sua vida e com zelo apostólico pelas almas, o Reino de Vosso Filho Jesus por todo o mundo. E derramai sobre nós, também, a abundância de Vossas graças celestiais!
Ave, Maria...
Salve, Rainha...
Maria, Rosa Mística, Mãe da Igreja, rogai por nós!

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA
Ó Maria Santíssima, Senhora Rosa Mística, eu me consagro inteiramente a vós.
Consagro-vos o meu entendimento, para que eu possa sempre vos amar.
Consagro-vos a minha língua, para que eu possa sempre vos louvar.
Consagro-vos o meu coração, para que eu seja totalmente vosso.
Recebei-me, ó Mãe incomparável, no ditoso número de vossos servos. Acolhei-me debaixo de vossa proteção, socorrei-me em minhas necessidades temporais e espirituais e, sobretudo, na hora da minha morte.
Abençoai-me e fortalecei a minha fé para que, amando-vos nesta vida, eu possa contemplar para todo sempre a vossa face, no céu.
Amém.

 

Participe das festividades de Rosa Mística no jardim Brasil!

Bahia abre fábrica de Aedes transgênico

 

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

Uma nova fábrica, inaugurada hoje em Juazeiro (BA), vai ampliar em oito vezes a produção nacional do mosquito transgênico da dengue.

Esse pode ser mais um passo para expandir, no país, uma tecnologia que reduz a circulação do Aedes aegypti.

Os machos do mosquito são modificados para transmitir genes letais à sua prole. O Aedes acaba morrendo ainda na fase de larva, diminuindo a população do mosquito, que é vetor da dengue.

Até aqui, 500 mil A. aegypti eram "fabricados" por semana e soltos em bairros de Juazeiro por pesquisadores da Moscamed (organização social ligada aos governos federal e da Bahia) e da USP.

Segundo os cientistas, essa experiência já é a mais ampla no mundo com os Aedes transgênicos, testados em menores proporções nas Ilhas Cayman e na Malásia.

A ideia agora é aumentar a produção nacional para 4 milhões semanais e soltá-los largamente em Jacobina (BA), cidade de 79 mil habitantes, possivelmente em setembro -antes da multiplicação dos insetos com mais chuvas.

Segundo Aldo Malavasi, diretor da Moscamed, o teste em Juazeiro gerou uma redução de até 85% na população selvagem do mosquito.

"Sairemos da fase de testes, que já comprovam que realmente há redução populacional, e vamos partir para o piloto em uma cidade de médio porte", diz Malavasi. A nova fábrica custou R$ 1,7 milhão ao Estado da Bahia.

A tarefa que vem a seguir é relacionar a redução da população de Aedes com números mais baixos de dengue, diz Margareth Capurro, professora da USP que desenvolveu a parte técnica do estudo a partir de uma linhagem produzida no Reino Unido.

Editoria de arte/folhapress

ARMA GENÉTICA Entenda pesquisas feitas com o Aedes aegypti modificado

ARMA GENÉTICA Entenda pesquisas feitas com o Aedes aegypti modificado

PRINCIPAL EPIDEMIA

A dengue é classificada pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde) como "a principal epidemia urbana do país". Jacobina está entre as dez cidades com piores índices de dengue na Bahia e registrou duas das 19 mortes do Estado até 10 de junho, segundo dados do governo baiano. No país, foram 74 mortes entre janeiro e abril, diz a Saúde.

A ideia é, no futuro, ampliar a experiência para outras cidades que sofrem com dengue. Para tanto, explica Malavasi, será preciso avançar em entraves como a forma de liberação -hoje terrestre, o que limita a ação.

"Podemos conseguir a eliminação [do mosquito] em vários locais, como no semiárido. Mas, quando penso na Berrini [avenida próxima à marginal Pinheiros, em São Paulo] ou nos morros do Rio, me dá certo arrepio", diz, referindo-se aos desafios de disseminação do inseto.

Capurro trata o Aedes transgênico como uma "tecnologia adicional", que reduz o uso de inseticidas químicos e diminui o impacto ambiental, mas deve ser combinada a outras ferramentas, como controle de criadouros e campanhas com a população.

A mesma opinião tem o ministro Padilha, que vai acompanhar in loco a inauguração da futura biofábrica.

"O combate à dengue exige a combinação de ações de forte vigilância, controle do vetor e atenção à saúde. Sempre teremos de trabalhar com a combinação dessas estratégias", argumenta o ministro.

COMPETIÇÃO POR PARCEIROS

As estratégias de modificação genética para enfrentar insetos transmissores de doenças são promissoras, mas ainda engatinham, em parte porque são tecnologias novas.

Além do caso do Aedes, há uma série de iniciativas, tocadas por grupos de pesquisa em várias partes do mundo, para fazer o mesmo com as diversas espécies de mosquitos do gênero Anopheles que transmitem a malária, talvez a doença infecciosa mais devastadora do mundo hoje.

Um dos grandes desafios envolve a chamada aptidão dos transgênicos. É que não adianta muito encher o ambiente com eles se os animais não conseguirem competir por parceiros com a forma selvagem -a característica desejada (gerar filhotes inviáveis ou estéreis, digamos) não se espalharia, e o efeito deles seria nulo.

Também é preciso estudar possíveis riscos ambientais da liberação.