domingo, 25 de dezembro de 2011

Missa da Véspera de Natal na matriz N.S.Mãe dos Homens





No último sábado, dia 24 foi realizado na paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens a missa da noite de Natal.
A Santa Missa foi presidida as 20h pelo padre Antonio Carlos Fernandes (Padre Toninho), que contou com o auxílio dos diáconos Paulo, Silvio e Benedito além dos ministros da eucaristia e coroinhas. Os fiéis lotaram a igreja para comemorar o aniversário de Jesus Cristo, onde o Padre Toninho agradeceu a todos pela presença e ficou muito feliz com a participação de todos os fiéis.
Em sua homilia o Pe. Toninho destacou a importância dessa data para todos nós católicos pois é um dia de muita alegria onde o menino Jesus nasceu.
Após a homilia todas as luzes foram apagadas onde os sinos tocaram simbolizando o nascimento de Jesus Cristo. Os cantos ficaram por conta do coral da Valéria.

Confira abaixo as fotos da Santa Missa:
























Para conferir nossa cobertura completa basta clicar no link abaixo:




Fotos: Rafael Corrêa - Pastoral da Comunicação
Texto: André Hope- Pastoral da Comunicação





Pela primeira vez, Auto de Natal é encenado no Complexo do Alemão

 

Auto de Natal normalmente era encenado no centro da cidade do Rio de Janeiro, e pela primeira vez, foi apresentado no Complexo do Alemão

Pela primeira vez, o Auto de Natal da Arquidiocese do Rio de Janeiro foi encenado no Complexo do Alemão. A história do Nascimento de Jesus foi acompanha por uma multidão de moradores que compareceram à Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, na noite de quinta feira, 22.
O Auto de Natal emocionou e encantou os moradores do conjunto de favelas que lotaram o pátio da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, na feliz expectativa que envolve todos os cristãos na preparação para o nascimento do Senhor. Houve também quem preferisse assistir a festa de camarote: as lajes e janelas das casas ao lado da Igreja também se encheram de animados fiéis que não perderam um só minuto das atrações.
O evento contou com a presença do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. Segundo ele, a Igreja, que há muito tempo se faz presente no Complexo do Alemão, também traz para esse ambiente opções culturais:
"Estamos aqui no Alemão há muito tempo com paróquias, projetos sociais, mas também trazemos cultura. E o auto de Natal é o mais importante ato cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Nós o trouxemos para cá, mostrando que a Igreja, além da liturgia, da evangelização, também traz atos culturais", afirmou.
Para o Coordenador de Eventos de Massa, padre Omar Raposo - que já atuou na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe — realizar o Auto de Natal no Alemão é um momento especial:
"A comunidade do Complexo do Alemão está comemorando um ano de pacificação e, hoje, temos a oportunidade de trazer esse grande evento de massa, que normalmente era encenado no centro da cidade, para cá. É uma noite de grande festa, a comunidade inteira está reunida. É Jesus nascendo nos corações", disse.
Antes do Auto de Natal, várias atrações musicais animaram os presentes. O grupo Arautos do Evangelho, de Nova Friburgo, apresentou uma cantata de natal, com músicas em diversas línguas, desde o inglês até o latim. O grupo, que é composto por 30 músicos, contagiou o público com o seu talento. A Banda da Policia Militar também se apresentou.
Por fim, foi a vez do Ministério de Música da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe cantar junto ao Pároco, padre José Carlos Passos. No repertório, músicas como Jesus Cristo e Deus é 10, além de canções natalinas.
Quando a Companhia de Teatro Julieta de Serpa subiu ao palco para o Auto de Natal, o silêncio tomou conta do local. Todos ficaram muito atentos para não perder um só detalhe da história do nascimento de Jesus. Cantores profissionais, vestidos de anjos, interpretavam as músicas enquanto os atores encenavam o Auto.
Ao final, o Arcebispo agradeceu pela presença de todos e deixou uma mensagem aos presentes:
"O ano de 2012 é como se fosse um caderno em branco. E as canetas estão em nossas mãos. Quem vai escrever nesse caderno somos todos nós! No que depender da gente, 2012 será um ano abençoado, escrito com letras de ouro. Que Deus abençoe a todos!"

Fantasiados, agentes de trânsito do RS alertam motoristas para acidentes

 

 

Ação é realizada pela Empresa de Transporte e Circulação de Porto Alegre. Objetivo é conscientizar motoristas sobre os acidentes de trânsito.

Do G1 RS

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Ação da EPTC para conscientizar as pessoas sobre acidentes no trânsito, em Porto Alegre (Foto: Jessica Mello/G1)Vestido de Morte, o agente conscientiza para as consequências de se beber e dirigir (Foto: Jessica Mello/G1)

Ação da EPTC para conscientizar as pessoas sobre acidentes no trânsito, em Porto Alegre (Foto: Jessica Mello/G1)Outro mostra o que acontece com quem não afixa o
capacete (Foto: Jessica Mello/G1)

Quem circulou pelas ruas de Porto Alegre na sexta-feira (23) foi surpreendido por uma ação inusitada para pedir prudência no trânsito. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) colocou agentes de trânsito em dois dos principais cruzamentos da capital para conscientizar os motoristas sobre os acidentes, especialmente durante as festas de final de ano. Fantasiados, os agentes interpretavam a Vida e a Morte. Um deles, vestindo uma roupa preta e portando uma foice, apontava para um cadáver no chão, ao lado de uma placa com o escrito "Bebeu e dirigiu".

Ação da EPTC para conscientizar as pessoas sobre acidentes no trânsito, em Porto Alegre (Foto: Jessica Mello/G1)
Agentes abordam os motoristas na semáforo
(Foto: Jessica Mello/G1)

"O objetivo é mesmo chocar. Queremos mostrar que dentro dos automóveis existem pessoas e que os acidentes acontecem com elas e não com os carros", explica Léa Ferrão, coordenadora da equipe de Educação para o Trânsito da EPTC.

Na abordagem, os agentes puderam perceber a boa receptividade do público. "Muitos gostaram do modo como fizemos essa ação. A maioria concorda que é preciso chocar", diz Ferrão.

A ação segue pelas ruas de Porto Alegre até o dia 30 de dezembro e a ideia é seguir com o projeto ao longo de 2012.

"O Novo surgiu em nosso meio"

 

''Natal é tempo de crer que também eu posso fazer a experiência do extraordinário amor de Deus''

"Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: 'Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus-conosco'" (Mt 1,22s).
Através desta revelação, São José tomou a livre decisão de acolher a Virgem Maria, até então sob suspeita de traição ou qualquer outra realidade que naturalmente não deixava hipótese para uma intervenção direta do Espírito Santo, ao menos que lhe fosse revelado e acreditado.
De fato foi isto que aconteceu e o plano salvífico da Santíssima Trindade pôde contar com uma "manjedoura", que precedeu aquela noite bendita em Belém. Este lugar propício para o Menino Deus ser acolhido é e será sempre um coração que ousa crer na Palavra de Deus através dos meios escolhidos pela Providência Santíssima.
Foi através de um anjo do Senhor e em sonho que o patrono da Igreja pôde acolher a Boa Nova da primeira vinda do Messias, ou seja, meios extraordinários para comunicar o acontecimento imprevisto pela mente humana, a Encarnação do Verbo Divino, no seio da Virgem Maria.
Sabemos que aos olhos humanos, a Virgem Maria era considerada uma mulher comum de Nazaré e São José um carpinteiro de Nazaré, mas aos olhos do Deus Misericordioso e Todo-Poderoso, eles foram e continuam a ser mais do que os outros constatavam pelos sentidos e uma convivência superficial. E você pode estar já se perguntando o que esta face do Natal diz de mim e para mim?
Penso que para além de percebermos o testemunho que a Sagrada Escritura nos deixa do acolhimento de tantos, inclusive os pais de Jesus Cristo, a Palavra de Deus também revela o quanto que eles puderam, cada um a seu modo, participar da história da salvação. Nisto está o desafio do Natal cristão, onde somos chamados a celebrar participando, tomando consciência pela fé de que este mistério acontecido lá na Palestina a mais de 2000 anos pode e precisa ter ressonância também na nossa existência relacional.
Numa visão superficial, Jesus surgiu na vida daquele casal para negativamente desinstalá-lo. Mas não foi assim, pois o amor de Deus quando se manifesta no nosso meio é para enriquecer os nossos relacionamentos, dando um sentido extraordinário àquilo que ficaria preso ao comum e acabaria na rotina e monotonia.
Por isso que o consumismo e o materialismo tem reduzido o Natal numa data de festa puramente social, cultural e até familiar, onde a mediação central e o acontecimento esperado são realidades tanto passageiras quanto perecíveis. A comida e os presentes são bem-vindos, verdadeiro espírito natalício, quando eles não surgem para ofuscar ou distrair-nos dos sinais, como o da estrela, que nos guiam para a Luz do Mundo, Jesus Cristo.
O Natal é tempo de crer que também eu posso fazer a experiência do extraordinário amor de Deus no cotidiano dos meus relacionamentos. É tempo propício de acolher com ousadia a vontade amorosa de Deus, deixando-se que o amor nos instale no positivo da salvação que o Menino Deus veio nos revelar plenamente. É tempo de participar ou retomar o projeto que Deus tem para cada um, para os nossos relacionamentos e familiares, plano que passa pela gratuidade nos relacionamentos e reconciliação quando as pessoas próximas ou distantes nos ofendem.
O exemplo do pai adotivo de Jesus, São José, nos ajuda a acolher a Boa Nova e nela participar livremente a partir dos meios acessíveis a nós, como a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição, Igreja, o testemunho dos santos, a vida de oração e sacramental, principalmente a Santa Missa aos domingos e dias santos. Assim o Natal será sempre e a manjedoura ficará sempre habitada por não vir para incomodar, mas para revelar um amor completo e santo que nos leva a nos conhecermo-nos e nos relacionarmo-nos com uma profundidade somente alcançada n’Ele, como garante o Concílio Vaticano II:  "Na realidade, só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente o mistério do homem" (Gaudium et Spes,  n. 22).
A todos um Feliz Natal com o Cristo que deseja ser acolhido antes de tudo na "manjedoura" do nosso coração e a partir daí todo o ordinário cria espaço para o extraordinário que renova.

Feliz e Santo Natal !!!

 

Pascom Porto Feliz

Entre Papai-Noel e Menino Jesus

 

Natal

Da última vez que visitei Oslo, reuniam-se na capital norueguesa ministros do turismo de países escandinavos e bálticos para decidir: qual é a terra de Papai-noel?

Ministros da Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia quebravam a cabeça para decidir como evitar propaganda enganosa junto ao público infantil. A criançada queixava-se: alguém mentia. Papai-noel não pode ter nascido -como sugeria a concorrência entre agências de turismo- na Lapônia e na Groenlândia, lugares distintos e distantes um do outro.

Não conheço o resultado da conferência de Oslo. Espero que, se não chegaram a um acordo, pelos menos a guerra, se vier, seja apenas de travesseiros. Mas é a Finlândia que melhor explora a figura do velho presenteador transportado no trenó puxado por renas. Assinala inclusive a sua terra natal: Rovaniemi, onde o Santa Park é, todo ele, tematizado por Papai-noel, lá denominado Santa Claus.

Sabemos todos que Papai-noel nasce, de fato, na fantasia das crianças. Acreditei nele até o dia em que me perguntei por que o Paulo, filho da empregada, não recebera tantos presentes de Natal como eu. O velhinho barbudo discrimina os pobres?

Malgrado tais incongruências, Papai-noel é uma figura lendária, reaviva a criança que trazemos em nós. E disputa a cena com o Menino Jesus, cujo aniversário é o motivo de festa e feriado de 25 de dezembro. Papai-noel enriquece os correios no período natalino, tantas as cartas que são remetidas a ele. Aliás, basta ir aos Correios e solicitar uma das cartas que crianças remetem ao velhinho barbudo. Com certeza o leitor fará a alegria de uma criança carente.

Não se sabe o dia exato em que Jesus nasceu. Supõem alguns estudiosos que em agosto, talvez no dia 7, entre os anos 6 ou 7 antes de Cristo. Sabe-se que morreu assassinado na cruz no ano 30. Portanto, com a idade de 36 ou 37 anos, e não 33, como se crê.

Tudo porque o monge Dionísio, que no século 6 calculou a era cristã, errou na data do nascimento de Cristo.

Até o século 3, o nascimento de Jesus era celebrado a 6 de janeiro. No século seguinte mudou, em muitos países, para 25 de dezembro, dia do solstício de inverno no hemisfério Norte, segundo o calendário juliano. Evocavam-se as festas de épocas remotas em homenagem à ressurreição das divindades solares.

Os cristãos apropriaram-se da data e rebatizaram a festa, para comemorar o nascimento Daquele que é “a luz do mundo”. Para não ficar de fora da festa, os não cristãos paganizaram o evento através da figura de Papai-noel, mais adequado aos interesses comerciais que marcam a data.

Vivemos hoje num mundo desencantado, porém ansioso de reencantamento. Carecemos de alegorias, mitos, lendas, paradigmas e crenças. O Natal é das raras ocasiões do ano em que nos damos o direito de trocar a razão pela fantasia, o trabalho pela festa, a avareza pela generosidade, centrados na comensalidade e no fervor religioso.

Pouco importa o lugar em que nasceu Papai-noel. Importa é que o Menino Jesus faça, de novo, presépio em nosso coração, impregnando-o de alegria e amor. Caso contrário, corremos o risco de reduzir o Natal à efusiva mercantilização patrocinada por Papai-noel. Isso é particularmente danoso para a (de)formação religiosa das crianças filhas de famílias cristãs, educadas sem referências bíblicas e práticas espirituais.

Lojas não saciam a nossa sede de Absoluto. Há que empreender uma viagem ao mais íntimo de si mesmo, para encontrar um Outro que nos habita. Esta é, com certeza, uma aventura bem mais fascinante do que ir até a Lapônia.

Contudo, as duas viagens custam caro. Uma, uns tantos dólares. Outra, a coragem de virar-se pelo avesso e despir-se de todo peso que nos impede de voar nas asas do Espírito.

Frei Betto é escritor, autor do romance Um homem chamado Jesus (Rocco), entre outros livros. http://www.freibetto.org/> twitter:@freibetto.

Natal é tempo de dignidade

 

 

natal de dignidade

Vivemos o tempo de Natal. Época de amor em que as pessoas estão mais felizes e cheias de esperança. Natal é tempo de perdão, amor, alegria, mas também é tempo de refletirmos a respeito das necessidades da sociedade em que estamos inseridos.

Sabemos que o Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo.

Lidera as exportações de laranja, cana-de-açúcar e café e é o segundo maior exportador de soja e de carnes de frango e suína.

O país tem também se destacado em tecnologia e na extração de petróleo.

No entanto, vive um paradoxo: uma parcela expressiva da população ainda passa fome.

Isso devido a má distribuição de riquezas, que está concentrada na mão de poucos.

Dados da FAO- órgão da ONU ligada a Agricultura e Alimentação, apontam que a fome é a principal causa de conhecidas mazelas sociais, como a violência, o analfabetismo, as epidemias e uma longa lista de problemas sociais.

A solução depende de medidas estruturais que visem ao aumento da renda e da dignidade das camadas mais pobres da população.

São medidas de longo prazo, mas os miseráveis não podem esperar, eles sentem fome hoje.

A curto prazo, podemos agir e fazer um Natal diferenciado. O desafio é ampliar as inúmeras ações de combate à fome da sociedade civil organizada que têm se mostrado eficazes, sem contaminá-las com a histórica ineficiência e burocracia do setor público.

Precisamos levar dignidade para os que hoje não têm alimento em casa. É levando dignidade aos mais necessitados que estaremos garantindo que eles possam sentir o verdadeiro sentido do Nascimento de Jesus.

Celebrar o Natal todos os dias nos enche de esperança e paz. A dignidade do outro é o espelho para a nossa felicidade.

O Mundo Tornou-se um Presépio

 



A encarnação do Verbo de Deus, Jesus Cristo, mudou o curso da história, o destino do homem e do mundo. O tempo foi fecundado pelo eterno e os atos humanos ganharam uma significação decisiva: nos fatos se constrói a salvação ou a perdição da vida. Crer num Deus que assumiu a condição humana é crer que toda pessoa tem uma dignidade e um valor fundamental, pelo simples fato de viver, porque a vida é sagrada.

Depois de Cristo, tudo tem a ver com Deus: as criaturas, a natureza, as diferentes culturas, as raças, e todas as coisas mais comuns que constituem a vida humana. “Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada se fez de tudo o que foi feito” (Jo 1,3). Hoje, a encarnação tem um caminho de volta: por meio de cada pessoa e do mundo em que vivemos, podemos descobrir a presença do Deus que assumiu nossas feições e tornou-se um de nós. “Entre nós armou sua tenda e nós vimos sua glória” (Jo 1,14).

Quando São Francisco de Assis, em sua intuição original recriou no presépio de Greccio, a expressão poética do natal, desejava experimentar e reviver na própria carne, o mistério e o encantamento, o amor e a dor, a contradição da glória divina revelada na pobreza do Filho de Deus. Desde então, compor um presépio com figuras e materiais comuns e ordinários, tornou-se um ato de fé, vislumbrando a presença do Deus encarnado em tudo aquilo que constitui a vida. Para contemplar o presépio e nele descobrir a revelação divina no cotidiano humano, há uma condição: é preciso mudar o coração e o olhar, porque o mundo tornou-se presépio.

É este o sentido de compor e imaginar a cena do nascimento de Jesus Cristo nas mais diferentes situações e culturas. É Ele o índio, é Ele o negro, é Ele o pobre, o homem comum na cidade, na favela, no campo… Porque todo ser humano tornou-se sacramento do Filho, e todo lugar e cultura tornaram-se sacramento da manjedoura de Belém. Universal não é o presépio, é sim o mistério da vida que só tem uma morada: o coração humano.

Natal e presépio revelam uma contradição: ao assumir na carne as limitações da vida humana, Deus eliminou toda distância e superou toda separação. Porque é livre, cada pessoa pode não viver nesta mesma dinâmica divina do amor e, de algum modo, vai experimentar o paradoxo de uma vida fechada em si mesma. Natal é linguagem divina. Presépio é pedagogia humana para que, na abertura ao mundo, se possa descobrir o que é essencial. Então seremos capazes de sentir, mesmo na precariedade da vida que, “Deus armou sua tenda entre nós, e vimos sua glória, e da sua plenitude TODOS nós recebemos graça sobre graça” (Jo 1,14.16).

Feliz e Santo Natal !!!

Um Menino nos foi dado

 

É Natal! «Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado» (Is 9,5). Essas palavras do profeta realizaram-se no Natal do Senhor Jesus Cristo.
Recebemos como «dom» um menino. O menino nos veio da ação criadora do Espírito, que o gerou no seio puríssimo de Maria sempre virgem.
Nascendo de uma virgem pela ação do Espírito, fica claro que ele é um verdadeiro «presente» de Deus à humanidade, um presente que a humanidade jamais poderia dar-se a si mesma.
Ele veio do alto. Nasceu de uma mulher porque é plenamente humano. Mas nasceu de uma virgem para significar que sua morada entre nós supera radicalmente as nossas possibilidades ou as nossas forças e mesmo as nossas expectativas.
O mistério de Deus é grande, é por demais profundo! Nossas pobres palavras podem apenas balbuciá-lo.«Senhor, estupendas são as vossas obras! E quão profundos os vossos desígnios!» (Sl 91,6). Ele veio restaurar a criação e levá-la à plenitude do Reino de Deus. Veio libertar-nos do pecado e da morte e de todos os males e garantir-nos a vida verdadeira. Veio apontar-nos o caminho para a comunhão de vida com o próprio Deus, Trindade Santíssima, fonte de toda felicidade e paz. A verdadeira comunhão com Deus gera e sustenta em nós a autêntica comunhão com nossos semelhantes e com toda a criação.
No mistério do menino, é Deus mesmo quem visita seu povo. A celebração do Natal deve levar-nos à contemplação piedosa da extraordinária caridade manifestada no nascimento de Belém. O Todo-Poderoso se faz uma frágil e indefesa criança; o Imenso, que nada pode conter, é reclinado numa manjedoura; Aquele que com seu braço forte rege o universo inteiro é acolhido e conduzido pelas mãos humanas; o Todo se esconde no fragmento; o Invisível se mostra visivelmente; Aquele que habita uma luz inacessível coloca-se ao nosso alcance! Ele é o “rosto humano de Deus”!
Como não reconhecer que estas coisas extraordinárias aconteceram porque Deus ama «loucamente» e sem medidas a sua criatura, a cada um de nós em particular?
A contemplação do mistério de Deus, manifestado no nascimento do menino, não pode deixar-nos indiferentes. Se Deus nos ama tanto, como não amá-lo também? O amor, ensina São Paulo, é o «vínculo da perfeição» (Cl 3,14). Deus nos ama por primeiro (cf. IJo 4,19). Recebendo o seu amor em nossa vida, somos purificados e renovados para amá-Lo como convém e, n’Ele, amar nosso próximo com verdadeiro «amor-doação». O amor vence nosso orgulho e nos abre para a infinitude da Verdade, do Bem e da Beleza, o que enche de alegria nossa vida e dá sentido a nosso caminho.
Sendo mistério de caridade, o Natal deve suscitar em nós o amor que renova todas as coisas. Só no amor podemos construir, pois o amor é positivo. Ao celebrarmos o Natal, tendo os olhos fixos no Menino-Deus, podemos exclamar com as palavras de São João: «Deus é amor» (1Jo 4,8)!
É importante que celebremos com nossas comunidades esse Mistério da Encarnação para que, verdadeiramente, possamos celebrar como cristãos o Natal do Senhor! Que a nossa participação na liturgia seja consciente, piedosa e repleta de admiração pelo mistério celebrado! Que em nossa vida, aquilo que de Deus recebemos seja compartilhado com nossos irmãos! A todos um santo e feliz Natal!

Pasom/Porto Feliz

Evangelho do Dia

Ano B - Dia: 25/12/2011

A Palavra se fez gente

Leitura Orante
Jo 1-18
No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.
A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.
João disse o seguinte a respeito de Jesus:
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia."
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.

O nascimento de Jesus contado em cordel