quarta-feira, 21 de março de 2012

São Nicolau de Flue

São Nicolau de FlueComemoramos a vida santa de um eremita, São Nicolau de Flue, que nasceu na Suíça em 1417 e passou sua juventude ajudando o pai em trabalhos práticos, sempre inclinado à vida religiosa.
A pedido do pai, casou-se com Doroteia que muito o levou para Deus, tanto que juntos educaram os dez filhos para a busca da santidade. Aconteceu que, em comum acordo e, com os filhos já educados, Nicolau retirou-se na solidão, perto de sua casa, porém, com o propósito de se dedicar exclusivamente a Deus, ele que era um homem popular devido a diversos cargos públicos e administrativos que ocupara na sociedade.
São Nicolau entregou-se totalmente à vida de oração, penitência e jejuns, sem deixar de participar nas Santas Missas de domingo e dias santos, além de ter assumido uma tábua como cama; por travesseiro uma pedra e de primeiro frutas e ervas como alimento, isto até chegar a se alimentar somente da Eucaristia. Todo este processo estendeu-se progressivamente por 33 anos.
Nicolau, que morreu com setenta anos, ao ir para o eremitério com 37 anos, em nada se alienou ao mundo. Pôde ele servir com conselhos e interferir pacificamente nas dificuldades entre católicos e protestantes, a ponto de ser amado e tomado como modelo de pacificador e pai da pátria.
São Nicolau de Flue, rogai por nós!

Evangelho do Dia

Ano B - Dia: 21/03/2012

Quem crê tem a vida eterna

Leitura Orante
Jo 5,17-30
Então Jesus disse a eles: O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho. E, porque ele disse isso, os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de matá-lo. Pois, além de não obedecer à lei do sábado, ele afirmava que Deus era o seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus.Então Jesus disse a eles: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o Filho não pode fazer nada por sua própria conta, pois ele só faz o que vê o Pai fazer. Tudo o que o Pai faz o Filho faz também, pois o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que está fazendo. E vai mostrar a ele coisas ainda maiores do que essas, e vocês vão ficar admirados. Porque, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida aos que ele quer. O Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho todo o poder para julgar a fim de que todos respeitem o Filho, assim como respeitam o Pai. Quem não respeita o Filho também não respeita o Pai, que o enviou. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será julgado, mas já passou da morte para a vida. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vem a hora, e ela já chegou, em que os mortos vão ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Assim como o Pai é a fonte da vida, assim também fez o Filho ser a fonte da vida. E ele deu ao Filho autoridade para julgar, pois ele é o Filho do Homem. Não fiquem admirados por causa disso, pois está chegando a hora em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho do Homem e sairão das suas sepulturas. Aqueles que fizeram o bem vão ressuscitar e viver, e aqueles que fizeram o mal vão ressuscitar e ser.


Arcebispo acredita na volta dos crucifixos ao judiciário gaúcho

 

'A cruz é um símbolo universal do amor, da paz então nós temos que preservar esses valores que nós temos', diz Dom Dadeus



Católicos do Rio Grande do Sul estão se mobilizando para reverter a decisão da Justiça gaúcha de retirar os crucifixos e símbolos religiosos dos espaços públicos dos prédios do judiciário local. A Associação dos Juristas Católicos do estado entrou com uma representação no Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça pedindo a volta dos crucifixos nesses espaços.

O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, contou que foi procurado por muitas pessoas que ficaram chocadas com a decisão e ressaltou que o assunto não é uma questão da Igreja, mas sim da sociedade.

“Estão tirando símbolos da sociedade brasileira que tem uma tradição e o Tribunal teve por mais de cem anos esses crucifixos e os próprios magistrados colocaram lá, não foi a Igreja que colocou”, disse.

O arcebispo informou ainda que o assunto foi discutido em uma reunião com empresários católicos e que a decisão afeta o próprio povo. “Eles querem atingir a Igreja, é claro, mas não é ela que está sendo atingida, e sim o povo. É tirar nossa cultura brasileira”. Ele destacou, porém, que só vai esclarecer a opinião pública a respeito de uma questão religiosa do povo, a atuação deve ser dos leigos.

Reação
A ação para reverter a decisão da Justiça gaúcha partiu da Associação dos Juristas Católicos. Com isso, Dom Dadeus explicou que está havendo uma reação do público em geral, tanto dos leigos como também do próprio judiciário.

Ele exemplificou contando que mais de um magistrado considerou a decisão prematura e não vai retirar o crucifixo. “Então já há até, digamos, uma revolta interna e com isso o judiciário vai sair mais conspurcado porque, diante da opinião pública, ele mostra que está de costas para o povo brasileiro, que é profundamente religioso”, explicou o arcebispo.

Com relação à possibilidade da decisão ser revertida, Dom Dadeus se mostrou otimista. “Eu acho que sim. Há uma reação forte da opinião pública e diariamente aparecem manifestações quanto a essa retirada dos crucifixos”.

Próximos passos
Sobre os trabalhos que a Igreja vai desenvolver em relação a esses tipos de manifestação, o arcebispo de Porto Alegre esclareceu que o primeiro passo é deixar bem claro que não se trata de uma questão da Igreja, mas sim da própria sociedade. Ele destacou que a sociedade tem o direito ter suas próprias manifestações e que o poder constituído deve respeitar essa postura.

“A cruz é um símbolo universal do amor, da paz então nós temos que preservar esses valores que nós temos. Daqui a pouco vão querer tirar o domingo também, que é o dia do Senhor”, disse.

Dom Dadeus deixou ainda uma mensagem de orientação aos cristãos sobre a forma como devem agir frente a situações como essa. O arcebispo disse que os cristãos devem lutar por sua identificação, pela manifestação externa de poder ter os sinais da sua religiosidade na sua cidade. Ele completou dizendo que a decisão contraria o princípio da democracia vigente no país.

“O Brasil é um país católico democrático, agora, com esse gesto, o judiciário mostrou que não é democrático, ele é discriminatório e aí nós temos que defender nossa cultura”, finalizou.