sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Instituto Sonorum encanta em Salto/SP

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A Orquestra do Instituto Sonorum realizou a abertura do espetáculo, "Luz", neste dia 09/11/2011 quarta-feira, no Centro de Educação e Cultura - Sala Palma de Ouro - Rua Prudente de Moraes, 580 - Centro/ SP.

O Convite foi feito pelo Ponto de Cultura Espaço Cultural Barros Junior, a pedido do maestro Silmar de Oliveira. Com o apoio da Diretoria de Cultura e Esportes de Porto Feliz, a Orquestra do Instituto teve mais essa oportunidade de oferecer aos alunos, experiência, e fazer uma bela apresentação cultural.

A Orquestra é composta por 32 alunos. Foi aplaudida por todos, que quiseram bis. A orquestra é regida pelo professor Anderson Vargas Santos, no teclado a Professora Elizandra Martins, no Violoncelo o Professor Marcos Eduardo de Oliveira. No final, apresentou um Solo de violino acompanhada pela Orquestra a Professora Débora Borges da Silva.

Fonte: Instituto Sonorum

Porto Feliz tem novo comandante na base de Bombeiros


2º Sargento PM, Marcelo Rodrigues de Freitas, assumiu oficialmente o cargo no ínicio deste mês.
A base de Bombeiros de Porto Feliz está com novo comandante. O 2º Sargento PM, Marcelo Rodrigues de Freitas, residente no município, assumiu oficialmente o cargo no início de novembro. O Sargento Freitas substituiu o 2º Sargento PM, Marcelo Dias da Motta, que estava à frente do comando desde outubro de 2010.

Pesquisa, Escolas não estimulam a criatividade corporal de crianças

 

Estudo desenvolvido na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) analisou a movimentação dos corpos, os contatos físicos, as ordens com relação ao posicionamento e como os corpos ocupavam os espaços na sala de aula. "O que mais chamou a atenção foi o quanto é pedido para que as crianças fiquem quietas e, ao mesmo tempo, o quanto elas conseguem se movimentar, e o quanto criam suas linhas de fuga", revela a pedagoga Adriana Maimone Aguillar, autora da pesquisa. Linhas de fuga são as formas encontradas pelo alunos para não cumprir a regra de ficar quieto, sentado em seu lugar. Podem ser o contato físico com colegas na sala ou sair para ir ao banheiro, por exemplo.

Segundo ela, a escola oferece poucas oportunidades institucionalizadas de movimentação corporal. "Na educação infantil, por exemplo, não existia nem aula de educação física. No ensino fundamental já havia, mas o que ocorria era um processo de enrijecimento, de ordem, regras", afirma. No trabalho a pesquisadora ainda destaca que os espaços utilizados para as aulas de educação física não eram os mais adequados. Muitas vezes os alunos ficavam na própria sala de aula. Em um trecho ela relata que a quadra estava com muita poeira e sujeira de pombos. Ainda assim, as crianças estavam lá e colocavam a mão no chão.

O sufocamento da criatividade não ocorre apenas na esfera física, corporal, mas também nas atividades racionais. "Desde a educação infantil começa a lógica de embrutecimento do corpo. Mesmo as atividades racionais aplicadas não são criativas. O que predomina é a ordem, a cópia", diz Adriana.

Reflexões
A principal preocupação que o estudo traz é perceber até que ponto as linhas de fuga continuarão construtivas. "Na pré-adolescência começam a surgir as linhas de fuga negativas, como a evasão escolar ou até o ato infracional, as drogas", alerta a pedagoga. Outras percepções são a ausência do estímulo a arte, criação e invenção na escola. Segundo a pesquisadora, perdia-se muito tempo nas aulas tentando acalmar as crianças, deixá-las quietas, tempo que poderia ser melhor aproveitado com outras atividades. "Já existem estudos que propõem outras formas de ensino na escola, mas que são pouco aplicadas", diz. Para ela, isso é um reflexo da sociedade, que prima pela obediência e a racionalização dirigida.

Mais uma preocupação é saber como repensar os espaços fechados, a vivência emparedada na escola e na sociedade. "Isso é reflexo da sociedade também. Cria-se um encaixotamento do pensamento, uma mentalidade quadrada, cristalizada", diz Adriana. Além disso, espaços fechados podem facilitar a propagação de doenças e prejudicar a saúde dos alunos. "Nas salas havia muitas crianças gripadas, resfriadas. As observações foram feitas na época do vírus H1N1, da "gripe suína", portanto, a questão dos espaços fechados aglomerados de pessoas tornou-se uma preocupação, uma das questões a serem pensadas".

Ela fez dois anos de observações em sala de aula em uma escola pública do Estado de São Paulo. Em 2008, acompanhou uma turma de crianças na educação infantil e no ano seguinte estudou a mesma turma, que já estava no ensino fundamental. Adriana fazia as observações de dois a três dias por semana, ficando uma hora na sala de aula por dia.

Transição
A diferença de comportamento da turma da educação infantil para o ensino fundamental mudou de uma maneira inesperada: passou a ser mais frequente uma criança escapar da regra e não obedecer a professora. "Na educação infantil a turma já era bem disciplinada. Não havia parque para diversões ou brincadeiras. No ensino fundamental, as linhas de fuga eram mais aparentes. Isso se deve, provavelmente, pelas diferenças de postura entre as professoras. Uma conseguia fazer com que as crianças obedecessem mais que a outra", afirma. A tese de doutorado "As relações de poder e o corpo na sala de aula: a transição da educação infantil para o Ensino Fundamental" foi defendida em agosto na FFCLRP, sob orientação do professor Antonio dos Santos Andrade. (Agência USP)


Fonte. Jornal Cruzeiro do Sul

Estatísticas da Igreja Católica

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Como tradicionalmente, por ocasião do Dia Mundial das Missões, neste ano celebrado domingo, 23 de outubro, a Agência Fides apresenta algumas estatísticas para apresentar um quadro panorâmico da Igreja missionária no mundo.
As tabelas são extraídas do último "Anuário Estatístico da Igreja", publicado (atualizado em 31 de dezembro de 2009) e se referem a membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educativo. É também indicada a variação, aumento (+) ou redução (-) em relação ao ano precedente, segundo o confronto efetuado pela Agência Fides.


População mundial
Em 31 de dezembro de 2009, a população mundial era de 6.777.599.000 pessoas, com um aumento de 79.246.000 unidades em relação ao ano precedente. O aumento global se constata em todos continentes: África (+19.983.000); América (+8.744.000); Ásia (+47.702.000); Oceania (+967.000); Europa (+1.850.000).
Católicos
Na mesma data, o número de católicos era de 1.180.665.000, com um aumento total de 14.951.000 em relação ao ano passado. Este incremento interessa todos os continentes: África (+6.530.000); América (+5.863.000); Ásia (+1.814.000); Europa (+597.000); Oceania (+147.000). A porcentagem dos católicos aumentou globalmente de 0,02%, confirmando-se em 17,42%. No detalhe dos continentes, registraram-se aumentos na África (+0,3); América (+0,04) e Ásia (+ 0,01), enquanto diminuições se verificaram, como no ano passado, na Europa (- 0,02) e Oceania (- 0,3).


Habitantes e católicos por sacerdote
O número de habitantes por sacerdote aumentou também este ano de 139 unidades, alcançando 13.154 unidades. Dividindo por continentes: aumentos na América (+70), Europa (+ 42) e Oceania (+181), e diminuições na África (-313) e Ásia (-628). O número de católicos por sacerdote aumentou no total em 27 unidades, alcançando 2.876. Registram-se aumentos em todos os continentes, enquanto a única diminuição foi na Ásia: África (+25); América (+32); Ásia (-30); Europa (+16); Oceania (+25).


Circunscrições eclesiásticas e estações missionárias
As circunscrições eclesiásticas são 11 a mais em relação ao ano precedente, chegando a 2.956. novas circunscrições foram criadas na África (+3), América (+2) e Ásia (+6). As estações missionárias com sacerdote residente são no total 1.850 (185 a mais em relação ao ano precedente) e aumentaram na África (+280) e América (+94), com diminuições na Ásia (-69), Europa (-110) e Oceania (-10). As estações missionárias sem sacerdote residente se tornaram 5.459 unidades, somando no total 130.948, com aumentos na África (+2.143), América (+2.131), Ásia (+937) e Oceania (+278), enquanto se reduzem na Europa (-30).
Bispos
O número total de Bispos no mundo aumentou de 63 unidades, chegando a 5.065. No total, aumentam seja os Bispos diocesanos como os religiosos. Os Bispos diocesanos são 3.828 (42 a mais em relação ao ano precedente), enquanto os Bispos religiosos são 1.237 (21 a mais). O aumento de Bispos diocesanos interessa todos os continentes: África (+2), América (+19), Ásia (+1), Europa (+17), Oceania (+3). Quanto aos Bispos religiosos, a única redução se registra na Oceania (-1), enquanto África (+10), América (+4), Ásia (+5) e Europa (+3) registraram aumento.
Sacerdotes
O número total de sacerdotes no mundo aumentou em 1.427 em relação ao ano precedente, chegando a 410.593. A maior diminuição foi mais uma vez na Europa (-1.674), enquanto o número aumenta na África foi (+1.155), na América (+413), na Ásia (+1.519) e na Oceania (+14). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram globalmente em 1.535, chegando a um total de 275.542, tendo aumentado na África (+888), América (+946), Ásia (+780) e Oceania (+26) e diminuído na Europa (-1.105). Os sacerdotes religiosos diminuíram de 108 unidades, e são no total 135.051. O aumento é marcado, como já há alguns anos, pela África (+267) e Ásia (+739), enquanto reduções se verificaram na América (-533), Europa (-569) e Oceania (-12).
Diáconos permanentes
Os diáconos permanentes no mundo aumentaram em 952 unidades, totalizando 38.155. O aumento mais consistente se confirma mais uma vez na América (+552) e na Europa (+326), seguidas por Oceania (+57) e Ásia (+23). A única diminuição foi na África (-6). Os diáconos permanentes diocesanos no mundo são 37.592, com um aumento total de 1.053 unidade. Aumentam em todos os continentes com exceção da África (-2), e mais precisamente: América (+623), Ásia (+15), Europa (+359) e Oceania (+58). Os diáconos permanentes religiosos são 563, isto é, 101 a menos em relação ao ano precedente, com um único aumento na Ásia (+8) e reduções na África (-4), América (-71), Europa (-33), Oceania (-1).
Religiosos e religiosas
Os religiosos não sacerdotes são 412 a menos, e somam globalmente 54.229. Registram-se aumentos apenas na África (+294), mas se reduzem na América (-195), Ásia (-60), Europa (-445) e Oceania (-6). Confirma-se a redução global do número de religiosas (-9.697) que são no total 729.371, assim divididas: aumentam novamente este ano na África (+1.249) e na Ásia (+1.399), e diminuem na América (-4.681), Europa (-7.468) e Oceania (-196).
Institutos seculares
Os membros dos Institutos seculares masculinos totalizam 737, tendo-se reduzido de 6 unidades. Em nível continental, aumentam na África (+5) e América (+3), permanece invariável na Oceania e se reduzem na Ásia (-1) e Europa (-13). Os membros de Institutos seculares femininos se reduziram este ano de 386 unidades, , totalizando 26.260 membros. Aumentam na África (+37), Ásia (+180) e Oceania (+1), e se reduzem na América (-30) e na Europa (-574).


Missionário leigos e Catequistas
O número de Missionários leigos no mundo é 320.226, com um aumento global de 3.390: na África (+736), Ásia (+3.774) e Europa (+428). Diminuições foram registradas na América (-1.531) e Oceania (-17). Os catequistas no mundo são globalmente 68.515 a mais, chegando a 3.151.077. o número aumentou na África (+19.538), América (+36.319), Ásia (+13.365) e Oceania (+287). A única redução se registrou na Europa (-994),


Seminaristas maiores
O número de seminaristas maiores, diocesanos e religiosos aumentou de novo este ano: globalmente os candidatos ao sacerdócio são 954 a mais, totalizando o número de 117.978. Como nos anos passados, o aumentos se verificam na África (+565), Ásia (+781) e Oceania (+15), e as reduções, novamente este ano, se verificaram na América (-60) e na Europa (-347). Os seminaristas maiores diocesanos são 71.219 (+43 em relação ao ano precedente) e os religiosos 46.759 (+911). Os seminaristas diocesanos aumentaram na África (+425) e na Ásia (+121), e se reduziram na América (-353), Oceania (-14) e Europa (-136). Os seminaristas religiosos aumentam na África (+140), América (+293), Ásia (+660) e Oceania (+29) e se reduzem na Europa (-211).


Seminaristas menores
O número total de seminaristas menores, diocesanos e religiosos, aumentou de 1.631 unidades, chegando ao número de 103.991. Aumentaram na África (+1.765), Ásia (+211) e Oceania (+53) e se reduziram América (-337) e Europa (-61). Os seminaristas menores diocesanos são 79.142 (+1155) e os religiosos 24.849 (+476). Já os seminaristas menores diminuíram na América (-264), Ásia (-97) e Europa (-18), mas aumentaram na África (+1.483) e na Oceania (+51). Os seminaristas religiosos estão diminuindo na América (-73) e na Europa (-43), e aumentando na África (+282), Ásia (+308) e Oceania (+2).


Institutos de instrução e educação
No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 68.119 escolas maternais, frequentadas por 6.522.320 alunos; 92.971 escolas primárias onde estudam 30.973.114 alunos; 42.495 escolas superiores médias com 17.114.737 alunos. Além disso, acompanha 2.288.258 jovens de escolas superiores e 3.275.440 estudantes universitários. Seja o número de Institutos como o de alunos, de todos os níveis, está em aumento em relação ao ano precedente.
Institutos de saúde, de beneficência e de assistência
Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja incluem: 5.558 hospitais, com maior presença na América (1.721) e África (1.290); 17.763 postos de saúde, a maioria na América (5.495), África (5.280) e Ásia (3.634); 561 leprosários, distribuídos principalmente na Ásia (288) e África (174); 16.073 casas para idosos, doentes crônicos e pessoas com deficiências, em maioria na Europa (8.238) e na América (4.144); 9.956 orfanatos, um terço dos quais na Ásia (3.406); 12.387 jardins de infância; 13.736 consultórios matrimoniais distribuídos em maioria na Europa (5.948) e América (4.696); 36.933 centros de educação ou reeducação social e 12.050 instituições de outros tipos, grande parte na América (4.484), Europa (3.939) e Ásia (1.857).
Circunscrições eclesiásticas dependentes da Congregação para a Evangelização dos Povos
Em 1o de outubro de 2011, as circunscrições eclesiásticas dependentes da Congregação para a Evangelização dos Povos (Cep) eram 1103 no total. A maior parte delas se encontra na África (499) e na Ásia (473), seguidas por América (85) e Oceania (46).
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Fonte: http://www.portalum.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2903:estatisticas-da-igreja-catolica&catid=44:cotidiano&Itemid=403

Curiosidade de nossa Igreja, O anjo anunciou a Maria!

Por que a Anunciação foi feita por um anjo? Por que dirigida a Maria e não a São José? Perguntas levantadas e respondidas por Santo Tomás de Aquino revelam a beleza da ordem e da hierarquia.

Propriamente Santo Tomás é um sol da Teologia católica. Ele tem uma inigualável capacidade de explicar, de forma simples e contundente, aquilo que parece extremamente complicado. A leitura da Summa Teologica, se bem que exija uma certa preparação, não deixa de ser, além de amena, muitíssimo instrutiva.

Justamente estava eu lendo uma série de perguntas que ele formula inicialmente, segundo seu método de tratar os temas, a respeito de Nossa Senhora. E a primeira delas chamou-me a atenção pelo modo curioso como é formulada na Parte III, questão XXX, art. 2. Resumirei assim o problema para os leitores de Catolicismo: Deus faz tudo levando em consideração a hierarquia, respeitando os direitos daquele que é mais. Ora, Maria Santíssima, por ser a Rainha dos anjos, logicamente era mais do que eles. Logo, para comunicar a Maria Santíssima que Ela seria a Mãe de Deus, não deveria ter sido enviado um anjo — portanto, um inferior, súdito da Rainha — mas deveria tê-lo feito o próprio Deus. Assim se respeitaria a hierarquia, segundo a qual são os superiores que instruem os inferiores.

Essa primeira pergunta já me deixou sem saber qual a maneira de encaminhar uma solução. Numa consideração inicial, a dúvida tem seu fundamento, conduzindo a uma conclusão muito evidente. Mas a segunda pergunta foi ainda mais incisiva, talvez mais complicada: É conveniente que se respeite a hierarquia na família, na qual Deus pôs o marido como cabeça, conforme ensina: se as esposas quiserem saber algo, perguntem-no aos maridos (cfr. I Cor., 14-35). Portanto, o anjo deveria ter feito a anunciação a São José, pois este, como esposo da Virgem, é quem deveria tê-lo comunicado a Ela. Além do mais, o próprio São José foi instruído por um anjo (cfr. Mt 1, 20-21).

Ao terminar a leitura das perguntas de Santo Tomás, pensei: agora é que as coisas ficaram complicadas! Se eu não tivesse a certeza de estar lendo o próprio Doutor Angélico, julgaria ter apanhado por engano o livro de algum malvado “teólogo” encarregado de matar a fé, servindo-se para isso das próprias evidências e da Sagrada Escritura.

O desígnio de Deus

Coroação da Virgem
Por brevidade, não falarei das outras duas perguntas que Santo Tomás formulou, pois bastam estas para mostrar a complexidade do problema.
E aqui vem a parte mais interessante. Santo Tomás usava um sistema para ensinar seus alunos, que consistia em apresentar lado-a-lado dúvidas que, na realidade, consistem em objeções à tese defendida. O primeiro tipo de argumento constitui, muito bem formulado, uma dedução; e o segundo tipo, fatos ou evidências, algo que não pode ser nem deformado nem interpretado de outra maneira. Quando consideramos de um lado um fato inegável, e de outro algo que deduzimos, mas que se opõe ao fato, nossa dedução é errada sob algum ângulo, quer gostemos ou não.

Nesse caso concreto, as duas deduções que ele apresenta — mostrando que a anunciação deveria ter sido feita por Deus, ou diretamente a São José — se opõem a um fato concreto: a Sagrada Escritura diz com todas as letras que um anjo fez a anunciação a Maria. Ponto final.

Logo, por mais bela que possa parecer a argumentação em contrário, ela contém algo errado.

Confesso que tive muita curiosidade para adivinhar como seria a refutação do grande teólogo aos seus próprios argumentos, pois ambos me pareciam sólidos como uma rocha. Mas na refutação, antes de mais nada, ele mostra como foi conveniente o plano de Deus, e como Ele atuou com sabedoria infinita ao enviar um anjo a Maria. Isto por três motivos:

1. Porque há um desígnio divino geral, segundo o qual as coisas do Céu devem chegar aos homens por meio dos anjos. Eles foram os primeiros a ser instruídos sobre a Encarnação, e encarregados de instruir tanto São Zacarias, de quem viria o precursor (São João Batista), quanto Nossa Senhora sobre o plano de Deus.

2. Porque, assim como o início da decadência humana se deu por meio de um anjo, quando Eva caiu — pois um anjo decaído, um demônio, falou-lhe e a tentou —, assim também convinha que fosse através de um puro espírito, falando com uma mulher, que se desse o início da restauração humana, anunciando a vinda do Salvador.

3. Porque Maria Santíssima era virgem, e a virgindade é uma virtude angélica — associada aos anjos por fazer da vida terrena uma vida de espírito, celestial.

As regras e as exceções

Uma vez esclarecida genericamente a beleza do plano divino, passa Santo Tomás a refutar os argumentos contidos nas duas questões acima, e que parecem à primeira vista tão sólidos. Vou apresentar essa refutação resumidamente.

Sim, Nossa Senhora era Rainha dos anjos, por motivo da dignidade a que tinha sido chamada, e enquanto tal superior a eles. Mas no estado de vida mortal, enquanto ainda vivendo nesta Terra antes de ir ao Céu e ver a Deus, Ela ainda tinha que ser instruída, pois não conhecia todos os planos de Deus. Por isso mesmo, não era contrariar a ordem hierárquica o fato de Ela ser instruída por um anjo.

Quanto ao segundo argumento, resume-se assim: Santo Agostinho nos ensina, num sermão sobre a Anunciação, que Nossa Senhora esteve isenta de algumas leis gerais que se aplicam a todas as mulheres (basta pensar que foi preservada do pecado original). Ela concebeu Jesus Cristo por obra do Espírito Santo, sem intervenção do seu marido, São José. E foi desejo do próprio Deus que Ela tivesse conhecimento da conceição antes de seu marido, a quem somente depois esse fato foi revelado, em sonhos, por um anjo.

Pareceu-me interessante tratar desse tema, tão bem apresentado por Santo Tomás, pela beleza de sua complexidade. Deus é autor das regras gerais, mas Ele mesmo deseja que haja exceções. Por um lado, isso ressalta a beleza da regra; e por outro, ressalta uma majestade enquanto Deus, para dispensar da regra. Ele quer o matrimônio para a propagação da espécie; mas ao mesmo tempo, para o nascimento terreno de seu próprio Filho, desejou que isso ocorresse mediante uma virgem, por ação direta do Espírito Santo. Ele quer que na família o pai venha primeiro, depois a mãe, e em seguida os filhos; mas determinou que na Sagrada Família –– a família por excelência! –– o Filho fosse superior, por ser Deus; após vinha a Mãe, imaculada, e finalmente o pai. Mas nessa disposição não há lugar para revoltas, não há nada que tenha qualquer laivo de luta de classes. É a exceção da regra, que confirma o poder de Deus, mas sempre mantendo a beleza do plano inicial.

Nessas questões e explanações de Santo Tomás, fica claro que, como regra ou como exceção, Nossa Senhora é sempre um verdadeiro modelo para nós, digno de nossa admiração e de nosso amor.

(Artigo concedido pela revista Catolicismo)

São Martinho de Tours

11 de novembro
São Martinho de Tours

"Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa vontade", dizia Martinho, bispo de Tours, aos oitenta e um anos de idade.
Ele despertou para a fé quando ainda menino e depois, mesmo soldado da cavalaria do exército romano, jamais abandonou os ensinamentos de Cristo. A sua vida foi uma verdadeira cruzada contra os pagãos e em favor do cristianismo. Quatro mil igrejas dedicadas a ele na França, e o seu nome dado a milhares de localidades, povoados e vilas; como em toda a Europa, nas Américas. Enfim, em todos os países do mundo.
Martinho nasceu na Hungria, antiga Panônia, por volta do ano 316, e pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a freqüentar uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porém sem receber o batismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais à sua volta, seu pai o alistou na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afastá-lo da Igreja, o resultado foi inverso, pois Martinho continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, atual França.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia, um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite, o próprio Jesus apareceu-lhe em sonho usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião.
Com vinte e dois anos, já estava batizado, provavelmente pelo bispo de Amiens, afastado da vida da Corte e do exército. Tornou-se monge e discípulo do famoso bispo de Poitiers, santo Hilário, que o ordenou diácono. Mais tarde, quando voltou do exílio, em 360, doou a Martinho um terreno em Ligugé, a doze quilômetros de Poitiers. Lá, Martinho fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental.
No Ocidente, ao contrário do Oriente, os monges podiam exercer o sacerdócio para que se tornassem apóstolos na evangelização. Martinho liderou, então, a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges, ele visitava as aldeias pagãs, pregava o Evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência, fundava um mosteiro. Com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, logo todo o povo se convertia. Dizem os escritos que, nessa época, havia recebido dons místicos, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371, o povo aclamou-o, unanimemente, para ser o bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua peregrinação apostólica: visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Nas proximidades da cidade, fundou outro mosteiro, chamado de Marmoutier. E sua influência não se limitou a Tours, tendo se expandido por toda a França, tornando-o querido e amado por todo o povo.
Martinho exerceu o bispado por vinte e cinco anos. Morreu, aos oitenta e um anos, na cidade de Candes, no dia 8 de novembro de 397. Sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado na cidade de Tours.
Venerado como são Martinho de Tours, ele se tornou o primeiro santo não-mártir a receber culto oficial da Igreja e também um dos santos mais populares da Europa medieval.

Evangelho do Dia

Ano A - Dia: 11/11/2011

Como será a vinda do Filho de Deus

Leitura Orante
Lc 17,26-37
Como foi no tempo de Noé, assim também será nos dias de antes da vinda do Filho do Homem. Todos comiam e bebiam, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Depois veio o dilúvio e matou todos. A mesma coisa aconteceu no tempo de Ló. Todos comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e matou todos. Assim será o dia em que o Filho do Homem aparecer. Aí quem estiver em cima da sua casa, no terraço, desça, e fuja logo, e não perca tempo entrando na casa para pegar as suas coisas. E quem estiver no campo não volte para casa. Lembrem da mulher de Ló. A pessoa que procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo terá a vida verdadeira. Naquela noite duas pessoas estarão dormindo numa mesma cama. Eu afirmo a vocês que uma será levada, e a outra, deixada. Duas mulheres estarão moendo trigo juntas: uma será levada, e a outra, deixada. [Naquele dia, dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será levado, e o outro, deixado.]
Então os discípulos perguntaram:
- Senhor, onde vai ser isso?
Ele respondeu:
- Onde estiver o corpo de um morto, aí se ajuntarão os urubus.