domingo, 27 de setembro de 2009

VIDA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS


SUA ORIGEM


São Francisco nasceu no ano de 1181 ou 1182, em Assis, na Itália.

A data exata não se sabe. Ao ser batizado, ele recebeu da mãe o nome de João. Na Idade Média, o nome João ou Joana, por uma grande devoção a São João Batista, era muito popular.

Havia também o costume de, às vezes, a pessoa trocar de nome e o nome de batismo ficar esquecido.


Foi o que aconteceu com Francisco de Assis.

Ele recebeu, no Batismo, o nome João. Porém, o seu pai, Pedro di Bernardone, por gostar muito da França, onde fazia bons negócios, comprando tecidos para vender em Assis, não estando presente na ocasião do seu Batismo, mudou o nome de João para Francisco, prevalecendo este nome. Coisa parecida aconteceu com o nome da mãe de São Francisco: nós a conhecemos pelo nome de Pica, mas é porque ela nasceu numa região da França chamada Picardia.


O seu nome era Joana. Francisco teve também um irmão, chamado Ângelo, de quem pouco se sabe.

Jornada Franciscana 2009



Aconteceu em São Paulo no Colégio de Nossa Senhora Aparecida das Irmãs Franciscanas Ingolstadt no Bairro do Moema, a Jornada Franciscana 2009.

A Fraternidade de Porto Feliz, fretou um ônibus, que foi para Sorocaba buscar irmãos e partir direto para São Paulo

Oração Inicial, foi realizada Fraternidade N.Sra.dos Anjos (Sorocaba) e pela Fraternidade em Formação São Maximiliano Kolbe (Porto Feliz).



Frei Vitório Mazzuco palestrou sobre o Carisma Franciscano
e Reflexões em torno do Carisma


Após a almoço fraterno comunitário,
foram feitas algumas apresentações:


Apresentação artística:Coral CONSA
Coreografia: SR Franscarmo
Coreografia – Postulantes(Ir.Adriana)
JUFRA – Com teatro (LeonardoA.L.F.Silva)


Em seguida
Celebração Eucarística – Fr. Vitório Mazzuco, Frei José Antonio e Frei Agostinho.

Em nosso orkut, já está disponível fotos.
Em breve aqui em nosso Blog outras fotos!!!


Paz e Bem

01421.jpg (527×431)

COMENTÁRIO SOBRE O AMOR


OLIVEIRA, Pesquisado por Emerson de. Apostolado Veritatis Splendor: COMENTÁRIO SOBRE O AMOR.

Novamente, o Catecismo:

953 - A comunhão da caridade. Na "comunhão dos santos" "ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo" (Rm 14,7). "Se um membro sofre, todos os membros compartilham seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros compartilham sua alegria. Ora, vós sois o Corpo de Cristo e sois seus membros, cada um por sua parte" (1Cor 6-27). "A caridade não procura seu próprio interesse" (1 Cor 13,5) O menor dos nossos atos praticado na caridade irradia em benefício de todos, nesta solidariedade com todos os homens, vivos ou mortos, que se funda na comunhão dos santos. Todo pecado prejudica esta comunhão.

O papel superlativo do amor vê-se também quando se compara com a longanimidade, ou seja, suportar pacientemente o mal ou a provocação. Ser longânime significa ser paciente, bem como vagaroso em irar-se. O que torna as pessoas impacientes e prontas a irar-se? Não é a falta de amor? Contudo, o bom Deus é longânime e "tardio em irar-se". (Êxodo 34,6; Lucas 18,7) Por quê? Porque nos ama e "não deseja que alguém pereça". — 2Pedro 3,9.

O Catecismo diz:

1823 - Jesus fez da caridade o novo mandamento. Amando os seus "até o fim" (Jo 13,1), manifesta o amor do Pai que Ele recebe. Amando-se uns aos outros, os discípulos imitam o amor de Jesus que eles também recebem. Por isso diz Jesus: "Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Permanecei em meu amor" (Jo 15,9). E ainda: "Este é o meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15,12).

Já vimos por que o amor é maior do que a fé, e as razões fornecidas aplicam-se aos demais frutos do Espírito, isto é, a benignidade, a bondade, a brandura e o autodomínio. Todas estas são qualidades necessárias, nas não nos beneficiarão sem o amor, como Paulo observou em 1Coríntios 13,3: "e ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará." Por outro lado, é o amor que produz qualidades como a benignidade, a bondade, a fé, a brandura e o autodomínio. Assim, Paulo acrescentou que o amor é benigno e que "suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas". Sim, o "amor nunca falha". (1Coríntios 13,4.7.8) Tem-se dito acertadamente que os outros frutos do espírito são manifestações, ou variados aspectos, do amor, o primeiro mencionado. Assim sendo, dos nove frutos do espírito o amor é, deveras, o maior.

Semana Bíblica «a Palavra de Deus na vida e missão da Igreja»

Franciscanos Capuchinhos


Neste mês de Setembro, celebramos o mês da Bíblia. Aqui em Porto Feliz, acontece já à alguns anos a Semana Bíblica, promovida pela Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens.


Aqui em nosso blog, queremos promover um série com alguns tópticos pertinentes:

Liturgia em detrimento da Bíblia
A preferência, quase absoluta, que a Igreja tem dado à Liturgia é outra das críticas apontadas pelo biblista. Esta tendência “marginalizou, em grande parte, a dimensão profética, que é a primeira vertente do cristianismo”. E acrescenta: “Nós nunca vimos Jesus Cristo fazer liturgias; mas vemo-lo, durante toda a sua vida, no uso da palavra. Esse é que é o Jesus dos Evangelhos e do cristianismo”.

Para ilustrar a sua posição, Frei Herculano lembra a história da Igreja, comparando a acentuação litúrgica do catolicismo actual ao Templo judaico de Jerusalém, destruído pelos Romanos em 70 d.C.; este aspecto tem-se imposto ao profetismo (leitura e aplicação prática da palavra bíblica), que era a nota mais sonante dos primeiros séculos do cristianismo: “A Igreja parece que ressuscitou o Templo; por isso passámos a ter um cristianismo que sublinha as igrejas, a liturgia, as festas e o sacerdócio quase só como homem do templo”.

Em síntese, o cariz sacerdotal dos cristãos deixou de ser profético, passando a ser ritualista.

Diante desta situação, “a única solução é continuar a remar contra a maré”. “Os católicos – continua o biblista – não podem desanimar, apesar de certas estruturas serem impeditivas de tantas coisas”. “É uma pena!”, admite.

Ano Sacerdotal


O Movimento do Emaús tem entre outras de suas atividades, um grupo de E-mail, aonde mensagens diversas são enviadas aos seus membros, pedidos, notícias, recados etc.

E foi enviado por um irmão do Movimento, um teste que segue
abaixo, muito interessantes as questões e a análise final.

Reproduzimos aqui,
não se esqueçam de Amar e de rezar pelo seu Pároco!




Teste de estima sacerdotal:



1. Tens rezado ultimamente por teu pároco,
por teu bispo ou pelo Papa?



a) Nem sequer sei como se chamam.

b) Na Missa já se costuma pedir por eles, eu me associo a este pedido.

c) Faço-o todos os dias em minha oração pessoal.




2. Já revelaste tua consciência a um sacerdote,
confiando que ele pudesse te ajudar com teus problemas?


a) Cada um tem que resolver seus próprios problemas.

b) “Duas cabeças pensam melhor que uma”... É sempre conveniente escutar e acolher os conselhos de quem pode nos ajudar.

c) A maior ajuda que recebi de um sacerdote foi quando seus conselhos foram acompanhados do perdão de Deus no sacramento da confissão.





3. Quando escutas de teus amigos comentários anticlericais...


a) Faço o mesmo, para não pegar mal.

b) Faço-me surdo, como se não estivesse ali.

c) Digo o que penso, dando testemunho de minha fé.




4. Em um sacerdote vejo...

a) Uma “relíquia” do passado.

b) Um “profissional” da religião.

c) Um ministro de Deus; “outro Cristo” entre nós.




5. Quantas vezes convidaste o pároco a tua casa?


a) Só se chama o padre quando morre alguém.

b) Quando nossa avó está conosco, ele costuma trazer a Comunhão.

c) Várias vezes… Apreciei muito quando nos contou, durante a sobremesa, a história de sua vocação.




6. Quando ouves um sacerdote pregar…

a) Escuto-o dependendo de suas qualidades oratórias.

b) Escuto-o se o tema de que fala me parece interessante.

c) Vejo nele um instrumento pelo qual Deus me fala.




7. Quando se faz uma coleta em favor dos seminários…

a) Os padres estão sempre pedindo.

b) Pede-se para tantas coisas! É uma a mais!

c) Colaboro com prazer, porque penso que nenhuma vocação deveria se frustrar por falta de meios econômicos.




8. Quando vejo um sacerdote idoso na Igreja ou na rua…

a) Logo me vem à cabeça que a Igreja está decadente.

b) O importante é que reze a Missa rapidinho.

c) Dou graças a Deus por sua fidelidade e por todo o bem que ele pôde fazer.




9. Quando vejo um sacerdote jovem no altar...

a) Desconfio de sua inexperiência. Que teria ele para dizer a mim?

b) Observo-lhe para ver como ele age, e o “avalio”.

c) Glorifico a Deus por sua vocação e peço por ele intensamente.




10. Como reagirias se teu filho te dissesse que deseja ser sacerdote?

a) Perguntaria se ele ficou louco e lhe recordaria que temos de dar continuidade à família.

b) Pediria a ele que pensasse bem e que antes fizesse uma carreira universitária.

c) Seria uma das maiores alegrias da minha vida e o apoiaria plenamente.




11. Já sugeriste a alguma criança, adolescente ou jovem,
a possibilidade de ser sacerdote no futuro?



a) Eu não me meto em confusão. Cada um cuide de sua vida.

b) Sou da opinião de que temos de valorizar todas as vocações, mesmo que sejam diferentes da nossa.

c) Sim, já me concentrei em alguém concretamente e rezo por ele... Qualquer dia desses deixarei escapar a sugestão.




12. O que pensas da expressão do Santo Cura d’Ars:
“O sacerdote é o amor do Coração de Jesus?



a) Parece-me um espiritualismo desencarnado.

b) Acho que isto somente se poderia dizer de um padre santo.

c) Creio que esteja correto sim, embora “levem este tesouro em vasos de argila” (2 Cor 4,7).




Caso a maioria das respostas escolhidas tenha sido a letra “a”,
o bispo confessa que se surpreende que este teste tenha
chegado a tuas mãos, mas agradece a Deus
“por ter acontecido, para poder dizer-te,
como sacerdote que sou, que Deus te ama com loucura
e que espera de ti uma resposta de amor.




Se a letra “b” foi a resposta mais escolhida,
o bispo o convida a refletir:
“Não estás desfrutando dos tesouros
que Deus te oferece por meio do sacerdócio”.





Por outro lado, se a resposta mais valorizada foi a “c”,
o prelado aconselha:
“Não deixes de rezar a Deus pela santificação
dos sacerdotes e pelo aumento das vocações sacerdotais,
porque estou seguro de que a ti Deus vai escutar”.




Fraternidade São Maximiliano convida:

http://www.franciscanasalcantarinas.org.br/images/SFrancisco.jpg
2ª Semana Franciscana pela Paz
De 28/09 à 04/10 de 2009

Na 2ª apresentaremos um trabalho com os mais necessitados, que poderá ser feito em casa, com seu grupo de amigos, colocando aquilo que você é como doação.

Na 3ª faremos um encontro com Jesus refletindo sobre a sua boca...o que Ele dizia, como dizia, para quem dizia e sobre o que falava....traga a sua Bíblia.

Na 4ª faremos em minha casa um ensaio para cantar na missa do domingo.

Na 5ª faremos um jantar para os voluntários e frequentadores da Casa da MIsericórdia.

Na sexta o Sarau na Casa da Cultura....vale tudo...traga aquilo que lhe dá paz e partilhe com o grupo.

No sábado de manhã a nossa caminhada e a tarde um encontro com os jovens da igreja Nossa Senhora Aparecida.

No domingo de manhã a missa lá na São Francisco, ao meio dia a Benção dos Animais em frente a igreja de São Benedito...e paz, e bem...e muita paz e muito bem..

Carta circular

CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA

CARTA CIRCULAR Nº 520/2009
AOS PRESIDENTES DAS CONFERÊNCIAS
EPISCOPAIS SOBRE O ENSINO
DA RELIGIÃO NA ESCOLA

Roma, 5 de Maio de 2009

Eminência/Excelência Reverendíssima,

A natureza e o papel do ensino da religião na escola tornou-se objecto de debate e, nalguns casos, de novas legislações civis, que tendem a substituí-lo por um ensino do facto religioso de natureza multiconfessional ou de ética e cultura religiosa, mesmo contra as escolhas e direcção educativa que os pais e a Igreja procuram dar à formação das novas gerações.

Por isso, com a presente Carta Circular, destinada aos Presidentes das Conferências Episcopais, esta Congregação para a Educação Católica retém necessário recordar alguns princípios, que são aprofundados no ensinamento da Igreja, a clarificação e a norma acerca do papel da escola na formação católica das novas gerações; a natureza e a identidade da escola católica; o ensino da religião na escola; a liberdade de escolha da escola e do ensino religiosa confessional.

I. O papel da escola na formação católica das novas gerações

1. A educação apresenta-se hoje como uma tarefa complexa, desafiada pelas rápidas mudanças sociais, económicas e culturais. A sua missão específica permanece a formação integral da pessoa humana. Às crianças e aos jovem deve ser garantida a possibilidade de desenvolver harmoniosamente as próprias qualidades físicas, morais, intelectuais e espirituais. Os mesmos devem ser ajudados a adquirir um sentido mais perfeito da responsabilidade, a apreender o recto uso da liberdade e a participar activamente na vida social (cfr c. 795 Código de Direito Canónico [CIC]; c. 629 Código dos Cânones das Igrejas Orientais [CCEO]). Um ensino que desconhecesse ou marginalizasse a dimensão moral e religiosa da pessoa constituiria um obstáculo para uma educação completa, porque as "crianças e os adolescentes têm direito de serem estimulados a estimar rectamente os valores morais e a abraçá-los pessoalmente, bem como a conhecer e a amar Deus mais perfeitamente". Por isso, o Concílio Vaticano II pediu e recomendou "a todos os que governam os povos ou orientam a educação, para que providenciem que a juventude nunca seja privada deste sagrado direito" (Declaração Gravissimum educationis [GE ],1).

2. Uma tal educação requer o contributo de vários sujeitos educativos. Os pais, porque transmitiram a vida aos filhos, são os primeiros e principais educadores (cfr GE 3; João Paulo II, Exortação apostólica Familiaris consortio [FC], 22 de Novembro de 1981, 36; c. 793 CIC; c. 627 CCEO). Com a mesma razão, compete aos pais católicos cuidar da educação cristã dos seus filhos (c. 226 CIC; c. 627 CCEO). Nesta primordial tarefa os pais têm necessidade da ajuda subsidiária da sociedade civil e de outras instituições. Na verdade, "a família é a primeira, mas não a única e exclusiva comunidade educativa" (FC 40; cfr GE 3).

3. "Entre todos os meios de educação, tem especial importância a escola" (GE 5), que constitui o "principal auxílio aos pais para o desempenho do seu múnus de educar" (c. 796 §1 CIC), particularmente para favorecer a transmissão da cultura e a educação à vida com os outros. Nestes âmbitos, em concordância também com a legislação internacional e dos direitos do homem, "deve ser absolutamente assegurado o direito dos pais à escolha de uma educação conforme à sua fé religiosa" (FC 40). Os pais católicos "confiem os filhos às escolas em que se ministre educação católica; se não o puderem fazer, têm obrigação de procurar que fora das escolas se proveja à devida educação católica dos mesmos" (c. 798 CIC).

4. O Concílio Vaticano II recorda aos pais "o grave dever que lhes incumbe de tudo disporem, ou até exigirem", para que os seus filhos possam receber uma educação moral e religiosa e "progredir harmonicamente na formação cristã e profana. Por isso, a Igreja louva aquelas autoridades e sociedades civis que, tendo em conta o pluralismo da sociedade actual e atendendo à justa liberdade religiosa, ajudam as famílias para que a educação dos filhos possa ser dada em todas as escolas segundo os princípios morais e religiosos das mesmas famílias" (GE 7).

Em síntese:

- A educação apresenta-se hoje como uma tarefa complexa, vasta e urgente. A complexidade actual arrisca-se a perder o essencial: a formação da pessoa humana na sua integralidade, em particular relativamente à dimensão religiosa e espiritual.

- A acção educativa, mesmo sendo realizada por vários sujeitos, tem nos pais os primeiros responsáveis da educação.

- Tal responsabilidade exerce-se também no direito de escolher a escola que garanta uma educação segundo os próprios princípios religiosos e morais.

II. Natureza e identidade da escola católica: direito a uma educação católica para as famílias e para os alunos. Subsidiariedade e colaboração educativa.

5. A escola tem um papel particular na educação e na formação. No serviço educativo escolar distinguiram-se e continuam a dedicar-se louvavelmente muitas comunidades e congregações religiosas. Todavia é toda a comunidade cristã e, em particular, o Ordinário diocesano que têm a responsabilidade de "tudo dispor para que todos os fiéis desfrutem da educação católica" (c. 794 §2 CIC) e, mais concretamente, "se não houver escolas onde se ministre educação imbuída de espírito cristão, compete ao Bispo diocesano procurar que se fundem" (c. 802 CIC; cfr c. 635 CCEO).

6. Uma escola católica caracteriza-se pelo vínculo institucional que mantém com a hierarquia da Igreja, a qual garante que o ensino e a educação sejam fundados sobre princípios da fé católica e ensinados por professores que se distinguem pela recta doutrina e pela probidade de vida (cfr c. 803 CIC; cc. 632 e 639 CCEO). Nestes centros educativos, abertos a todos aqueles que partilhem e respeitem o projecto educativo, deve-se viver um ambiente escolar imbuído do espírito evangélico de liberdade e caridade, que favoreça um desenvolvimento harmónico da personalidade de cada um. Neste ambiente é ordenada toda da cultura humana à mensagem da salvação, de modo que o conhecimento do mundo, da vida e do homem, que os alunos gradualmente adquirem, seja iluminado pelo Evangelho (cfr GE 8; c. 634 §1 CCEO).

7. Deste modo, está assegurado o direito das famílias e dos alunos a uma educação autenticamente católica e, ao mesmo tempo, se atinja os outros fins culturais e de formação humana e académica dos jovens, que são próprios de qualquer escola (cfr c. 634 §3 CCEO; c. 806 §2 CIC).

8. Mesmo sabendo o quanto seja hoje problemático, é desejável que, para a formação da pessoa, exista uma grande sintonia educativa entre a escola e a família, a fim de evitar tensões ou fracturas no projecto educativo. É então necessário que exista uma estreita e activa colaboração entre os pais, professores e directores das escolas, e é oportuno favorecer os instrumentos de participação dos pais na vida escolar através de associações, reuniões, etc. (cfr. c. 796 §2 CIC; c. 639 CCEO).

9. A liberdade dos pais, das associações e instituições intermédias e da própria hierarquia da Igreja em promover escolas com identidade católica constituem um exercício do princípio de subsidiariedade. Este princípio exclui "o monopólio do ensino, que vai contra os direitos inatos da pessoa humana, contra o progresso e divulgação da própria cultura, contra o convívio pacífico dos cidadãos e contra o pluralismo que vigora em muitíssimas sociedades de hoje" (GE 6).

Em síntese:

- A escola católica é verdadeiro e próprio sujeito eclesial em razão da sua acção escolar em que se baseiam harmonicamente a fé, a cultura e a vida.

- Essa está aberta a todos aqueles que desejam partilhar o projecto educativo inspirado dos princípios cristãos.

- A escola católica é expressão da comunidade eclesial e a sua catolicidade é garantida pelas competentes autoridades (o Ordinário do lugar).

- Assegura a liberdade de escolha dos pais e é expressão do pluralismo escolar.

- O princípio de subsidiariedade regula a colaboração entre a família e as várias instituições dedicadas à educação.

III. O ensino da religião nas escolas

a) Natureza e finalidade

10. O ensino da religião na escola constitui uma exigência da concepção antropológica aberta à dimensão transcendental do ser humano: é um aspecto do direito à educação (cfr c. 799 CIC). Sem esta disciplina, os alunos estariam privados de um elemento essencial para a sua formação e desenvolvimento pessoal, que os ajuda a atingir uma harmonia vital entre a fé e a cultura. A formação moral e a educação religiosa favorecem também o desenvolvimento da responsabilidade pessoal e social e demais virtudes cívicas, e constituem então um relevante contributo para o bem comum da sociedade.

11. Neste sector, numa sociedade pluralista, o direito à liberdade religiosa exige a garantia da presença do ensino da religião na escola e a garantia que tal ensino seja conforme às convicções dos pais. O Concílio Vaticano II recorda: "[Aos pais] cabe o direito de determinar o método de formação religiosa a dar aos filhos, segundo as próprias convicções religiosas. (...) Violam-se os direitos dos pais quando os filhos são obrigados a frequentar aulas que não correspondem às convicções religiosas dos pais, ou quando se impõe um tipo único de educação, do qual se exclui totalmente a formação religiosa" (Declaração Dignitatis humanae [DH] 5; cfr c. 799 CIC; Santa Sé, Carta dos direitos da família, 24 de Novembro de 1983, art. 5, c-d). Esta afirmação encontra correspondência na Declaração universal dos direitos do homem (art. 26) e em tantas outras declarações e convenções da comunidade internacional.

12. A marginalização do ensino da religião na escola equivale, pelo menos em prática, a assumir uma posição ideológica que pode induzir ao erro ou produzir um prejuízo para os alunos. Além disso, poder-se-ia também criar confusão ou gerar um relativismo ou indiferentismo religioso se o ensino da religião estivesse limitado a uma exposição das várias religiões de modo comparativo e "neutro". A propósito, João Paulo II explicava: "A questão da educação católica compreende (…) o ensino religioso no âmbito mais alargado da escola, seja ela católica ou do estado. A tal ensino têm direito as famílias dos crentes, que devem ter a garantia que a escola pública – exactamente porque aberta a todos – não só não ponha em perigo a fé dos seus filhos, mas antes complete, com adequado ensino religioso, a sua formação integral. Este princípio está enquadrado no conceito de liberdade religiosa e do Estado verdadeiramente democrático que, enquanto tal, isto é no respeito da sua profunda e verdadeira natureza, se coloca ao serviço dos cidadãos, de todos os cidadãos, no respeito dos seus direitos e da suas convicções religiosas" (Discurso aos Cardeais e aos colaboradores da Cúria Romana, 28 de Junho de 1984).

13. Com estes pressupostos, compreende-se que o ensino da religião católica tem a sua especificidade na relação com as outras matérias escolares. Na verdade, como explica o Concílio Vaticano II: " a autoridade civil, que tem como fim próprio olhar pelo bem comum temporal, deve, sim, reconhecer e favorecer a vida religiosa dos cidadãos, mas excede os seus limites quando presume dirigir ou impedir os actos religiosos" (DH 3). Por estes motivos compete à Igreja estabelecer os conteúdos autênticos do ensino da religião católica na escola, que garanta diante dos pais e dos próprios alunos a autenticidade do ensino que se transmite como católico.

14. A Igreja reconhece esta tarefa como o seu ratione materiae e reivindica-o como sua própria competência, independentemente da natureza da escola (estatal ou não estatal, católica ou não católica) em que é ensinada. Por isso, "está sujeita à autoridade da Igreja (…) a instrução e a educação religiosa católica que se ministra em quaisquer escolas (…); compete à Conferência episcopal estabelecer normas gerais de acção nesta matéria, e ao Bispo diocesano regulamentá-la e vigiar sobre ela" (c. 804 §1 CIC; cfr também, c. 636 CCEO).

b) O ensino da religião na escola católica

15. O ensino da religião na escola católica identifica o seu projecto educativo: De facto, "o carácter próprio e a profunda razão de ser das escolas católicas, aquilo por que os pais católicos as devem preferir é precisamente a qualidade de o ensino religioso ser integrado na educação dos alunos" ( João Paulo II, Exortação apostólica Catechesi tradendae, 16 de Outubro de 1979, 69).

16. Nas escolas católicas também deve ser respeitada, como noutros lugares, a liberdade religiosa dos alunos não católicos e dos seus pais. Evidentemente, isso não impede o direito-dever da Igreja "de ensinar e testemunhar publicamente, por palavra e por escrito a sua fé", tendo em conta que "na difusão da fé religiosa e na introdução de novas práticas, deve sempre evitar-se todo o modo de agir que tenha visos de coacção, persuasão desonesta ou simplesmente menos leal" (DH 4).

c) Ensino da religião católica sob o perfil cultural e relação com a catequese

17. O ensino escolar da religião enquadra-se na missão evangelizadora da Igreja. É diferente e complementar da catequese na paróquia e de outras actividades, tais como a educação cristã familiar ou as iniciativas de formação permanente dos fiéis. Além do âmbito em que cada uma é ensinada, são diferentes as finalidades que se estabelecem: a catequese propõe-se promover a adesão pessoal a Cristo e o amadurecimento da vida cristã nos seus vários aspectos (Cfr Congregação para o Clero, Directório geral para a catequese [DGC], 15 de Agosto 1997, nn 80-87); o ensino escolar da religião transmite aos alunos os conhecimentos sobre a identidade do cristianismo e da vida cristã. Além disso, o Papa Bento XVI, falando aos professores de religião, indicou a exigência de "ampliar os espaços da nossa racionalidade, reabri-la às grandes questões da verdade e do bem, unir entre si a teologia, a filosofia e as ciências, no pleno respeito pelos seus próprios métodos e pela sua autonomia recíproca, mas também na consciência da unidade intrínseca que as conserva unidas. A dimensão religiosa, com efeito, é intrínseca ao facto cultural, contribui para a formação global da pessoa e permite transformar o conhecimento em sabedoria de vida". Para tal fim contribui o ensinamento da religião católica, com o qual "a escola e a sociedade se enriquecem de verdadeiros laboratórios de cultura e de humanidade, nos quais, decifrando a contribuição do cristianismo, habilita-se a pessoa a descobrir o bem e a crescer na responsabilidade, a procurar o confronto e a apurar o sentido crítico, a inspirar-se nos dons do passado para compreender melhor o presente e projectar-se conscientemente para o futuro" (Discurso aos professores de religião, 25 de Abril de 2009).

18. A especificidade deste ensinamento não diminui a sua própria natureza de disciplina escolar; antes pelo contrário, a manutenção daquele status é uma condição de eficácia: "É necessário, portanto, que o ensino religioso escolar se mostre como uma disciplina escolar, com a mesma exigência de sistema e rigor que requerem as demais disciplinas. Deve apresentar a mensagem e o evento cristão com a mesma seriedade e profundidade com a qual as demais disciplinas apresentam seus ensinamentos. Junto a estas, todavia, o ensino religioso escolar não se situa como algo acessório, mas sim no âmbito de um necessário diálogo interdisciplinar" (DGC 73).

Em síntese:

- A liberdade religiosa é o fundamento e a garantia da presença do ensino da religião no espaço público escolar.

- Uma concepção antropológica aberta à dimensão transcendental é a sua condição cultural.

- Na escola católica o ensino da religião é característica irrenunciável do projecto educativo.

- O ensino da religião é diferente e complementar da catequese; por ser ensino escolar não requer a adesão de fé, mas transmite os conhecimentos sobre a identidade do cristianismo e da vida cristã. Além disso, ele enriquece a Igreja e a humanidade com laboratórios de cultura e humanidade.

IV. A liberdade educativa, liberdade religiosa e educação católica

19. Concluindo, o direito à educação e a liberdade religiosa dos pais e dos alunos exercem-se concretamente através de:

a) a liberdade de escolha da escola."Os pais, cujo primeiro e inalienável dever e direito é educar os filhos, devem gozar de verdadeira liberdade na escolha da escola. Por isso, o poder público, a quem pertence proteger e defender as liberdades dos cidadãos, deve cuidar, segundo a justiça distributiva, que sejam concedidos subsídios públicos de tal modo que os pais possam escolher, segundo a própria consciência, com toda a liberdade, as escolas para os seus filhos" (GE 6; cfr DH 5; c. 797 CIC; c. 627 §3 CCEO).

b) A liberdade de receber, nos centros escolares, um ensino religioso confessional que integre a própria tradição religiosa na formação cultural e académica própria da escola. "Os fiéis esforcem-se por que na sociedade civil as leis orientadoras da formação da juventude provejam também à educação religiosa e moral nas próprias escolas, de acordo com a consciência dos pais" (c. 799 CIC; cfr GE 7, DH 5). De facto, está sujeita à autoridade da Igreja a instrução e educação religiosa católica que vem ensinada em qualquer escola (cfr c. 804 §1 CIC; c. 636 CCEO).

20. A Igreja está consciente que em muitos lugares, agora como em tempos passados, a liberdade religiosa não é totalmente realizada, nas leis e na prática (cfr DH13). Nestas condições, a Igreja faz o possível para oferecer aos fiéis a formação de que precisam (cfr GE 7; c. 798 CIC; c. 637 CCEO). Ao mesmo tempo, de acordo com a própria missão (cfr Concílio Vaticano II, Constituição pastoral Gaudium et spes, 76), não deixa de denunciar a injustiça que acontece quando os alunos católicos e as suas famílias são privados dos próprios direitos educativos e é ferida a sua liberdade religiosa, e exorta todos os fiéis a empenhar-se para que tais direitos sejam realizados (cfr c. 799 CIC).

Esta Congregação para a Educação Católica está convencida que os princípios acima recordados podem contribuir para encontrar uma cada vez maior consonância entre a tarefa educativa, que é parte integrante da missão da Igreja, e a aspiração das Nações no desenvolvimento de uma sociedade justa e respeitosa da dignidade de cada homem.

Da sua parte a Igreja, exercendo a diakonia da verdade no meio da humanidade, oferece a cada geração a revelação de Deus da qual se pode apreender a verdade última sobre a vida e sobre o fim da história. Esta tarefa que não é fácil num mundo secularizado, habitado pela fragmentação do conhecimento e pela confusão moral, compromete toda a comunidade cristã e constitui um desafio para os educadores. Sustenta-nos, no entanto, a certeza – como afirma Bento XVI – que "as nobres finalidades […] da educação, fundadas sobre a unidade da verdade e sobre o serviço à pessoa e à comunidade, tornam-se um instrumento de esperança poderoso e especial" (Discurso aos educadores católicos, 17 de Abril de 2008).

Pedimos a Vossa Eminência /Excelência de dar a conhecer a quantos estão interessados no serviço e missão educativa da Igreja os conteúdos da presente Carta Circular.

Agradecendo-Lhe pela cordial atenção e na comunhão de oração a Maria, Mãe e Mestra dos educadores, aproveitamos a ocasião para apresentar os nossos sinceros e cordiais cumprimentos e despedirmo-nos com sentimentos de particular veneração de Vossa Eminência/Excelência Reverendíssima devotamente no Senhor

Zenon Card. GROCHOLEWSKI,
Prefeito

Jean-Louis BRUGUÈS, O.P.,
Secretário

ECUMENISMO: Vergonha de ser virgem

Texto protestante,
site Ultimato


Augustus Nicodemus

Alguns anos atrás fiquei estarrecido com uma estatística publicada por uma revista evangélica após entrevistas feitas com jovens evangélicos de 22 denominações. Estes jovens, a grande maioria composta de solteiros, haviam nascido em lar evangélico e eram frequentadores regulares de igrejas. De acordo com a pesquisa, 52% deles já haviam tido sexo. Destes, cerca da metade mantinha uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros. A idade média em que perderam a virgindade era de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças.

Essa reportagem foi publicada em setembro de 2002. Desconfio que os números são ainda mais estarrecedores se forem atualizados para 2009.

Não vou aqui gastar muito tempo defendendo o que, acredito, a maioria dos nossos leitores já sabe que é nossa posição: sexo é uma bênção a ser desfrutada somente no casamento. Namorados que praticam relações sexuais estão pecando contra a Palavra de Deus. Mesmo que não tenhamos um versículo que diga "é proibido o sexo pré-marital" (desnecessário à época em que a Bíblia foi escrita, visto que na cultura do antigo Oriente não existia namoro, noivado, ficar, etc.), é evidente que a visão bíblica do casamento é de uma instituição divina da qual o sexo é uma parte integrante e essencial.

Alguns textos que mostram que contrair matrimônio e casar era uma instituição oficial entre o povo de Deus, e o ambiente próprio para desfrutar o sexo:

"... nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações" (Dt 7.3).

"... Aumentem quanto quiserem o preço e o presente pela noiva, e pagarei o que me pedirem. Tão-somente me dêem a moça por mulher" (Gn 34.12).

"... e lhe dará uma jovem em casamento..." (Dn 11.17).

"... Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?" (Mt 9.15).

"... nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento" (Mt 24.38).

"... Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento" (Jo 2.1-2).

"... Estás livre de mulher? Não procures casamento" (1Co 7.27).

"... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento..." (1Tm 4.1-3).

"... Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem..." (Dt 22.13-14)

"... qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32).

"... Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar" (Mt 19.10).

"... Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Co 7.9).

"... Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca" (1Co 7.28).

"... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" (1Co 7.39).

"... ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (Jo 4.17-18).

"... alguém (o presbítero e/ou pastor) que seja irrepreensível, marido de uma só mulher..." (Tt 1.6).

"... quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido." (1Co 7.1-2)

"... Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hb 13.4).

"... que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação" (1Ts 4.4-7).

As passagens acima (e haveriam muitas outras) mostram que casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus. As relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.

O ônus de provar que namorados podem ter relações sexuais como uma coisa normal é dos libertinos. Posso me justificar biblicamente diante de Deus por viver com minha namorada como se ela fosse minha esposa, não sendo casados? Como eu lido com essa evidência massiva de que o casamento é a alternativa bíblica para quem não quer ficar solteiro ou viúvo?

O que existe na verdade é aquilo que Judas menciona em sua carta, sobre pessoas ímpias que transformam a graça de Deus em libertinagem (Jd 4). Os argumentos do tipo, "quem casou Adão e Eva" demonstram o grau de má vontade e a disposição do coração de continuar na prática da fornicação, mesmo diante da resposta: "O caso de Adão e Eva não é nosso paradigma, a não ser que você tenha sido feito diretamente do barro por Deus e sua namorada tenha sido tirada de sua costela. Se não foi, então você deve se sujeitar ao paradigma que Deus estabeleceu para toda a raça humana, para os descendentes de Adão e Eva, que é contrair matrimônio, casar-se, um compromisso público diante das autoridades civis".

Os demais argumentos -- "é melhor que os namorados cristãos tenham sexo responsável entre sido que procurar prostitutas, etc." nem merecem resposta. O que falta realmente é domínio próprio, castidade, submissão à vontade de Deus, amor à santificação.

Chegamos ao ponto em que os rapazes e as moças cristãos têm vergonha de dizer, até mesmo em reuniões de mocidade e de adolescentes, que são virgens.

Tenho compaixão dos jovens e adolescentes de nossas igrejas. Mas sinto uma santa ira contra os libertinos, que pervertem a graça de Deus, pessoas ímpias, que desviam nossa juventude para este caminho. "A vingança pertence ao Senhor" (Rm 12.19).


• Augustus Nicodemus é pastor presbiteriano, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie