“O povo que andava na escuridão viu uma grande luz”
(Is 9, 1).
Uma vez mais acontece o Natal do Senhor. Tempo de ternura, de alegria e de renovada esperança.
Muitas vezes nos deparamos com a escuridão. Escuridão dentro de nós e em nosso derredor. Escuridão é ausência de luz, e a Luz verdadeira e sem ocaso é o próprio Deus. A luz que brilhou na escuridão é a chegada do Salvador!
As palavras de Isaías assumem um novo sabor, fazendo reviver o clima de expectativa e de esperança, de exultação e de alegria, sentimentos típicos do santo Natal.
Ao povo oprimido e aflito que andava na escuridão, apareceu “uma grande luz”, verdadeiramente “grande”, pois a luz que irradia da humildade do presépio é a “luz da nova criação”, o próprio Deus feito homem.
Natal é acontecimento de luz, é a festa da luz: na Criança de Belém, a luz primordial volta a resplandecer no céu da humanidade e dissipa as nuvens do pecado.
O fulgor do triunfo definitivo de Deus aparece no horizonte da história para propor aos seres humanos peregrinos um novo futuro de esperança.
Após longa espera, irrompe finalmente o esplendor do Dia novo. Nasceu o Messias, Deus-conosco! Nasceu Aquele que foi predito pelos profetas, longamente invocado por aqueles que “andavam na escuridão”; nasceu Aquele que foi esperado com amor de mãe pela Virgem Maria.
No silêncio e na escuridão da noite, a Luz faz-se Palavra e Mensagem de libertação.
Mais do que deter-nos em palavras, abandonemo-nos a uma contemplação feliz e agradecida do mistério da Encarnação do Filho de Deus. O mistério é imenso demais para explicá-lo com termos humanos.
A quem encontrarmos pelas estradas da vida, digamos simplesmente: o “Esperado” chegou! Natal é isso: acolher no coração e na vida Aquele que era esperado.
Votos de um santo e feliz Natal!
Por Dom Nelson Westrupp, scj, Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 - CNBB