quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Desenvolvimento Social e Sustentável - 24/2/2011
A presidente e a imprensa livre
Por OESP em 24/2/2011
"Uma imprensa livre, pluralista e investigativa é imprescindível para um país como o nosso (...) Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras", disse a presidente Dilma Rousseff no evento comemorativo de 90 anos da Folha de S.Paulo. Não é a primeira vez que a chefe de governo faz profissão de fé na imprensa livre, fundamento básico da democracia. Essas mesmas palavras ela já havia dito quando, recém-eleita, concedeu a sua primeira entrevista coletiva. E voltou a repetir o compromisso, sempre que oportuno. Mas o pronunciamento feito na Sala São Paulo diante de uma plateia de 1.200 convidados tem um significado especial e relevante.
Primeiro, pelo inequívoco sentido de alerta, quase uma palavra de ordem sobre a postura que os governantes devem manter em relação à imprensa, claramente explicitada na presença de todos aqueles com quem Dilma divide a responsabilidade de governar. E também, não menos importante, por tudo o que pode significar o simples fato de a presidente da República comparecer naquele evento e afirmar o que afirmou. Pode significar o resgate das relações de respeito e de compreensão mútua dos respectivos papéis que devem caracterizar a convivência entre o poder público e a mídia numa sociedade democrática.
É com otimismo, portanto, que, com mais esse vigoroso pronunciamento, se constata que o passado recente de permanente beligerância do poder central contra a imprensa livre é página virada.
Consciência cívica
Seguidores fiéis do ex-presidente Lula, como o fez há pouco o ministro Gilberto Carvalho, têm sistematicamente desdenhado os elogios a Dilma Rousseff por parte de quem, como este jornal, não poupa críticas a Lula quando julga que as merece. Argumentam que o que se pretende é "desconstruir" a imagem do ex-presidente. Na verdade, não fazem mais do que repetir o que o próprio Lula tem afirmado sempre que surge a oportunidade. Mas não há como deixar de registrar, e aplaudir, a enorme diferença, que não é apenas de estilo, entre as posições firmadas por Dilma numa questão fundamental como esta, a da liberdade de imprensa, e as insistentes diatribes de Lula e seus prepostos contra o trabalho dos jornalistas e a favor do "controle social" da mídia.
A verdade é que há muitos anos não se ouviam, por parte do chefe da Nação, declarações tão auspiciosas sobre os fundamentos da pluralidade democrática e o verdadeiro papel da imprensa. Afirmou Dilma Rousseff:
"A multiplicidade de pontos de vista, a abordagem investigativa e sem preconceitos dos grandes temas de interesse nacional constituem requisitos indispensáveis para o pleno usufruto da democracia, mesmo quando são irritantes, mesmo quando nos afetam, mesmo quando nos atingem. E o amadurecimento da consciência cívica da nossa sociedade faz com que nós tenhamos a obrigação de conviver de forma civilizada com as diferenças de opinião, de crença e de propostas".
Compromisso real
Em sua intervenção, o diretor de redação do jornal, Otavio Frias Filho, lembrou que, em nome do leitor, os jornalistas exercem a função de fiscais do governo, tendo sempre um compromisso com a democracia e com o desenvolvimento do País.
Essa alusão aos pesos e contrapesos que mantêm o equilíbrio da convivência democrática acabou estabelecendo uma feliz relação dialógica com o discurso da presidente da República, o que abre nova e promissora perspectiva para o futuro da imprensa no País. Pois, se a mídia conhece a extensão de sua responsabilidade social e sabe que essa responsabilidade deve ser cobrada pela sociedade, cabe ao poder público ser fiador do ambiente de liberdade indispensável ao exercício pleno da atividade jornalística.
Dilma Rousseff demonstrou firme convicção nesses princípios ao reiterar seu "compromisso inabalável com a garantia plena das liberdades democráticas, entre elas a liberdade de imprensa e de opinião". E foi além:
"Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais para ter um compromisso real com a democracia. Porque a democracia exige, sobretudo, este contraditório, e repito mais uma vez: o convívio civilizado, com a multiplicidade de opiniões, crenças, aspirações".
Um discurso realmente novo.
Salmo
Salmo 78 | |
1 Escutai o meu ensino, povo meu; inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca. 2 Abrirei a minha boca numa parábola; proporei enigmas da antigüidade, 3 coisas que temos ouvido e sabido, e que nossos pais nos têm contado. 4 Não os encobriremos aos seus filhos, cantaremos às gerações vindouras os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que tem feito. 5 Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, as quais coisas ordenou aos nossos pais que as ensinassem a seus filhos; 6 para que as soubesse a geração vindoura, os filhos que houvesse de nascer, os quais se levantassem e as contassem a seus filhos, 7 a fim de que pusessem em Deus a sua esperança, e não se esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos; 8 e que não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração de coração instável, cujo espírito não foi fiel para com Deus. 9 Os filhos de Efraim, armados de arcos, retrocederam no dia da peleja. 10 Não guardaram o pacto de Deus, e recusaram andar na sua lei; 11 esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver. 12 Maravilhas fez ele à vista de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoá. 13 Dividiu o mar, e os fez passar por ele; fez com que as águas parassem como um montão. 14 Também os guiou de dia por uma nuvem, e a noite toda por um clarão de fogo. 15 Fendeu rochas no deserto, e deu-lhes de beber abundantemente como de grandes abismos. 16 Da penha fez sair fontes, e fez correr águas como rios. 17 Todavia ainda prosseguiram em pecar contra ele, rebelando-se contra o Altíssimo no deserto. 18 E tentaram a Deus nos seus corações, pedindo comida segundo o seu apetite. 19 Também falaram contra Deus, dizendo: Poderá Deus porventura preparar uma mesa no deserto? Acaso fornecerá carne para o seu povo? 20 Pelo que o Senhor, quando os ouviu, se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e a sua ira subiu contra Israel; 21 Pelo que o Senhor, quando os ouviu, se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e a sua ira subiu contra Israel; 22 porque não creram em Deus nem confiaram na sua salvação. 23 Contudo ele ordenou às nuvens lá em cima, e abriu as portas dos céus; 24 fez chover sobre eles maná para comerem, e deu-lhes do trigo dos céus. 25 Cada um comeu o pão dos poderosos; ele lhes mandou comida em abundância. 26 Fez soprar nos céus o vento do oriente, e pelo seu poder trouxe o vento sul. 27 Sobre eles fez também chover carne como poeira, e aves de asas como a areia do mar; 28 e as fez cair no meio do arraial deles, ao redor de suas habitações. 29 Então comeram e se fartaram bem, pois ele lhes trouxe o que cobiçavam. 30 Não refrearam a sua cobiça. Ainda lhes estava a comida na boca, 31 quando a ira de Deus se levantou contra eles, e matou os mais fortes deles, e prostrou os escolhidos de Israel. 32 Com tudo isso ainda pecaram, e não creram nas suas maravilhas. 33 Pelo que consumiu os seus dias como um sopro, e os seus anos em repentino terror. 34 Quando ele os fazia morrer, então o procuravam; arrependiam-se, e de madrugada buscavam a Deus. 35 Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo o seu Redentor. 36 Todavia lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiam. 37 Pois o coração deles não era constante para com ele, nem foram eles fiéis ao seu pacto. 38 Mas ele, sendo compassivo, perdoou a sua iniqüidade, e não os destruiu; antes muitas vezes desviou deles a sua cólera, e não acendeu todo o seu furor. 39 Porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta. 40 Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto, e o ofenderam no ermo! 41 Voltaram at |
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