sábado, 24 de dezembro de 2011

A Glória do Burrinho

Era uma vez um burrinho. Burrinho como os demais que viviam no pasto, e que prestavam serviços, quando necessitavam deles.
Um dia, houve grande festa naquela terra. Era feriado. Feriado nacional. Comércio fechado. Escolas sem aulas. Tudo parado.
Nas avenidas principais daquela cidade, devidamente ornamentadas, aconteceria propagado desfile militar e escolar. É que as jóias, insígnias, bandeiras, medalhas, coroas que pertenceram ao rei daquele país seriam apresentadas ao povo, esparramado pelas calçadas.
Aí precisaram de um burrinho, que transportasse, processionalmente, aqueles tesouros, que representavam história gloriosa daquela nação.
E o burrinho, de que lhes falo, foi apanhado, lá no pasto. Colocaram régios arreios sobre seus lombos, ornamentos dourados que brilhavam ao sol. Daquela manhã engalanada e festiva. Encimando aqueles arreios, dispostas com muita arte e gosto, as preciosas jóias reais. No desfile militar, o pacato quadrúpede ocupava lugar de destaque, comandando a parada.
Rojões espocavam, a multidão aplaudia, a tropa se perfilava, numa alegria contagiante, que deslumbrava e emocionava.
Acabado o desfile, retiraram as jóias que o burrinho carregava, os arreios dourados, os adereços todos, e ele foi levado de volta ao pasto, sem maiores formalidades.
Lá chegando, o burrinho começou a conversar com os outros burricos, seus companheiros. Disse ele, vaidoso:
- Vocês viram o que me aconteceu? Andei pelas avenidas da cidade, nesta manhã. E quando eu passava, soltaram fogos e foguetes, houve aplausos de todos os lados, uma beleza: Até soldados perfilaram-se, em continência, enquanto bandas de música celebravam a festança. Vejam como eu sou importante! Vejam!
Aí, um outro burrico, que ouvia aquela bazófia do companheiro gabola, desafiou-o:
- Se você é tudo isso que está dizendo, tenha a coragem de retornar äs avenidas, por onde passou. Vá. Eu quero ver o que acontecerá!...
O burrinho vaidoso aceitou o desafio. Foi. Mas quando ele passava, apesar da cadência de seu passo garboso, moleques atiraram-lhe pedras, populares enxotaram-no aos gritos, brandindo relhos e chicotes, numa correria bárbara.
Cansado, resfolegando, envergonhado, assustadíssimo, o burrico retornou ao pasto, onde encontrou seus amigos, que o receberam, com desprezo e com desdém.
- E agora, o que dizes?, perguntaram-lhe, com zombaria. Então o burrinho vaidoso, cabisbaixo, filosofou:
- É. É verdade. Eu não tinha importância alguma. Eu sou igualzinho aos outros burrinhos. Só fui aplaudido enquanto carreguei as jóias do rei...
Linda lição! para nós. Para cada um de nós, hoje. Nela reflitamos, com humildade, na presença santíssima do Rei, de quem somos servos, tantas vezes inúteis...

Ivan Espíndola de Ávila

Natal todo dia

 

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Natal é celebrar a decisão de Deus vir morar no meio de Seu povo

Uma das maiores festas celebradas em todo o mundo é o Natal. A data comemora o nascimento de Jesus Cristo, em Belém; fato que marcou a linha do tempo com um antes e um depois. Essa festa tornou-se tradição, inspirou artistas e espalhou-se pelo mundo inteiro.
A natividade tornou-se fonte de inspiração para artistas clássicos como Michelangelo e Caravaggio, motivou São Francisco de Assis a montar o primeiro presépio vivo do mundo, contagiou escultores anônimos a prepararem presépios dos mais variados tipos e, na música, são inúmeras as canções natalinas como “Oh Holy Night”, “White Christmas” e, claro, “Noite Feliz”. No início dos anos 70, John Lennon compôs “Merry Christmas, The War is Over”, para celebrar o fim da guerra no Vietnã; até hoje a canção está presente nas comemorações natalinas.
Na atualidade, o Natal movimenta a economia, reúne famílias e amigos e desperta sentimentos nobres como a esperança, a caridade, a fé. Poetas chegam a sonhar com a possibilidade de ser Natal todo dia. Nessa data, as pessoas são capazes de promover mais momentos de alegria, abrem-se para dar e receber perdão, ficam mais sensíveis em relação aos menos favorecidos.
Recente estudo realizado pelo Centro Pew de Pesquisa, dos Estados Unidos, revelou que os cristãos representam um terço da população mundial. Isso demonstra que as tradições cristãs são capazes de atingir todas as culturas, e isso é visível nesse período natalino. Não há quem não se envolva com as luzes, o brilho, a emoção, a paz que essa festa cristã irradia.
Natal é celebrar a decisão de Deus vir morar no meio de Seu povo. O nascimento do Menino Deus aconteceu durante a “Pax Romana” (um período longo de paz e segurança no Império Romano) e demonstra que Ele é maior que os simples acordos pacifistas formalizados por líderes mundiais. Jesus é a Paz. Em Belém, Cristo assumiu nossa humanidade e quis tornar-se um de nós. Todos os dias centenas de peregrinos fazem memória do Natal naquela região da Palestina. Lá, Santas Missas são celebradas em todas as línguas e todos os dias é possível ouvir “Feliz Natal” porque Jesus continua a nascer no coração de quem se faz pequeno e acolhe a salvação.

Como celebrar o Natal?

 

Celebremos o Natal percebendo-o como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus.
No dia 25 de dezembro celebramos a Festa do Natal, que nos recorda o nascimento de Jesus. Os dias que antecedem o 25 de dezembro são dias marcados por manifestações diversas e, através dos cartões, telefonemas, e-mail ou visitas, as pessoas expressam seus votos de Feliz Natal!
Nesses dias, de um lado, somos bombardeados pelas propagandas veiculadas na mídia (Rádio e TV), incitando a população a ir às compras, conseguindo assim criar um espírito consumista, lembrando que para muitos essa é uma época do ano oportuna para negócios.
O aspecto meramente comercial e econômico prevalece nas lojas de shopping nas grandes cidades e em todas as vitrines, com as mais variadas ofertas e possibilidades de compras.
E assim algumas pessoas vão celebrando os seus natais, enfatizando os aspectos exteriores e comerciais da festa, aproveitando da data para a exacerbação das vaidades e do esbanjamento.
Porém, há uma outra maneira de se celebrar o Natal, cuja preocupação é a de resgatar seu verdadeiro sentido. Aqui a Igreja exerce papel preponderante, passando pêlos meandros da liturgia.
E inegável que nós cristãos também acabamos entrando um pouco no esquema proposto pela sociedade consumista. O Natal no Brasil pouco difere de outros países: reúne-se a família, trocam-se presentes junto à árvore de natal, arma-se o presépio, acontece o amigo secreto, sentamo-nos ao redor da mesa para a ceia após a missa da noite do dia 24 de dezembro.
Mas, no Brasil, por conta de tanta miséria, muitos brasileiros não sabem o que é natal, enquanto troca de presentes, comida e bebida.
Faz a diferença quem celebra o Natal colocando o espírito cristão, não se deixando enganar, mas celebrando verdadeiramente o Natal com a certeza de que no coração do Natal está Jesus. Celebremos o Natal, recordando o nascimento de Jesus, e "Jesus não é uma tradição anual, não é um mito, não é uma fábula. Jesus é parte verdadeira da nossa história humana.
O sentido teológico da vinda de Cristo não destrói por si só a moldura festiva e a poesia do natal, mas a redimensiona e a coloca em seu justo contexto:Jesus que nasce é a Palavra de Deus que se faz carne"(cf. Missal Dominical, pág. 80).
Celebremos o Natal percebendo-o como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus; como tempo de reconciliação, quando devemos afastar de nós o ódio, o rancor, o ressentimento e a inveja; tempo de recuperar os princípios da vida cristã, refletindo o verdadeiro significado do natal, sempre muito evocado, porém pouco meditado; tempo de compreender que Deus armou sua tenda entre nós; o céu desceu à terra. Por amor do Pai fomos contemplados com o maior presente: Jesus na gruta de Belém.
Natal é tempo de chegar até os irmãos e irmãs, amigos e amigas, para simplesmente dizer-lhes, tendo Cristo no coração: Feliz Natal!
Pe. Ademir Gonçalves, C.Ss.R.

Anunciando o Natal de Jesus no centro de São Paulo

 

Panetones ganham sabores inusitados na região Noroeste, SP

Sabores salgados são novidade este ano em Rio Preto.
Geléia de tangerina entra no recheio de panetones em Araçatuba.

O panetone é um dos clássicos do Natal. Nas mesas da região de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, ele vai aparecer diferente. Graças a criatividade de diversos comerciantes e confeiteiros que resolveram dar cara nova à massa.

Nos últimos anos, o produto ganhou sabores diferentes, de acordo com a culinária típica de cada região. Em uma fábrica de Araçatuba, o panetone cortado em camadas ganhou trufa de chocolate e geléia de uma fruta típica do interior na região noroeste: tangerina. A combinação do azedinho com o doce caiu no gosto dos consumidores. Depois de montado, mais chocolate, frutas secas e castanhas. Dos 300 pedidos feitos por dia na confeitaria, pelo menos a metade é deste sabor.

Em São José Do Rio Preto, os panetones diferentes também fazem sucesso. O mais procurado numa pequena fábrica da cidade é o frutas em calda. Goiaba, figo, e abacaxi tomam o lugar das frutas cristalizadas. Tem também invenções como: cereja com nozes, o de leite condensado com damasco e até o panetone na caneca.

E quem pensa que os sabores são apenas doces, está enganado. Em Rio Preto, uma confeitaria resolver apresentar uma novidade este ano e apostou em panetones salgados, como o de massa folhada de cachorro quente e à moda nordestina com carne seca, queijo e requeijão. Com tantas opções, difícil é escolher o sabor de apenas um.

Noite de Natal

 

Noite feliz! Noite de luz! Noite de paz! O centro da noite que se aproxima é o Menino do presépio, o “Menino que nos é dado”, segundo o profeta Isaías. Este Menino é chamado de “Príncipe da paz”; traz consigo a força renovadora de toda velhice do mundo. Na voz do profeta, “este Menino é Deus-conosco”. Ele será mais sábio que Salomão para fazer justiça, mais forte que Davi para reunir o povo de Deus. Ele será um líder maior que Moisés para conduzir a humanidade à vida eterna.
Nós o vemos reclinado na manjedoura onde comem os animais. Ele é maior que todo o universo porque “tudo foi feito por meio dele e sem Ele nada foi feito”. O Menino nasceu em Belém, a mais pequenina cidade da Judéia, na simplicidade, humildade e pobreza.
Esta a noite feliz em que o céu e a terra se uniram numa aliança nova a ser selada, para sempre, com o sangue desse Menino a ser, um dia, derramado na cruz a fim de reabrir para a humanidade as portas do “Paraíso perdido”. Esta a noite feliz que nos convida a entrar na gruta despojada e pobre que abriga toda a riqueza do céu e da terra: o Menino Deus envolto em panos, deitado no cocho que alimenta animais. Ali está sob o aconchego de seus pais, Maria e José, porque “não havia lugar para eles na casa dos homens”. Esta a noite feliz para todos que entram na mesma gruta, com espírito de fé, à procura de Deus.
Nesta gruta encontramos um homem, justo e santo, chamado José, carpinteiro de profissão que acolheu o mistério da encarnação do Filho de Deus no seio de sua esposa. Nesta gruta, encontramos Maria, a jovem mãe judia que acaba de dar à luz, também de modo misterioso, o Filho gerado em seu seio pela ação do Espírito Santo. Com nossos olhos extasiados, encontramos nessa mesma gruta a quem mais procuramos: o Filho do Pai eterno, “Deus de Deus, Luz da Luz” e também Filho de Maria, “imagem visível do Deus invisível” que vem salvar o povo de seus pecados. Por tudo isso, esta é a noite feliz!
Esta é a noite de luz, da luz que envolveu os pastores nos campos de Belém onde o Anjo do Senhor lhes anunciou uma grande alegria: “Nasceu-vos, hoje, um Salvador”. Esta a noite de luz que nos envolve a todos no amor de Deus Pai que entrega seu Filho Unigênito para ser nosso Irmão primogênito que veio nos ensinar a amar a Deus e chamá-lo de Pai e amar nossos semelhantes e chamá-los de irmãos. Esta a noite de luz que nos arranca das trevas do pecado, reveste-nos da filiação divina e torna-nos herdeiros de Deus e co-herdeiros de seu Filho, o Verbo que se fez carne e veio morar conosco. “O povo que caminhava na escuridão viu uma grande luz.” Com essa viva imagem, Isaías não se refere à escuridão da noite mas à escuridão da mente, do coração, de uma vida sem destino. A escuridão dos nossos dias é a fome, a impunidade, a corrupção... O Menino do presépio é a “Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”. Por tudo isso, esta é a noite de luz.
Esta a noite de paz, noite em que Deus entra na família humana e nós entramos na família de Deus. Nesta noite, os anjos cantam: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra.” Eis a grande revelação: nossa paz nasce do amor de Deus por nós que nos leva a amá-lo em nossos irmãos. Natal, festa que toca profundamente nossos corações, desperta em nós a ternura diante da Criança do presépio, impele-nos a seguir o exemplo dos pastores que, depois de ouvir o anúncio do Anjo do Senhor e o canto dos anjos, logo decidem: “Vamos a Belém ver o acontecimento que o Senhor nos revelou”. Esta a noite de paz que nos faz olhar para dentro da história e contemplar o Menino do presépio que, depois de crescido, pôs-se a falar para a multidão: “Vinde a mim todos que estais fatigados e eu vos aliviarei. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e achareis a paz que vossos corações tanto procuram.” Esta a noite da vitória do amor sobre a malquerença, a noite do oferecimento do perdão, a noite em que se superam desigualdades, a noite em que se busca a unidade entre todos. Por isso, esta é a noite de paz!
Noite feliz! Noite de luz! Noite de paz! Podemos ver nela a grande e inefável noite porque grande e inefável é o acontecimento do Natal. Ao chegar a plenitude do tempo, levando a termo a longa espera dos séculos, nasceu o Filho de Deus entre nós na pobreza, simplicidade e humildade da gruta de Belém. Ele tomou “a semelhança humana, humilhou-se e fez-se obediente até a morte e morte de cruz”, o que revela a medida sem medida do amor de Deus Pai pela humanidade. Despojado, humilde e simples há de ser nosso coração para que o “Menino que nos foi dado” possa nele nascer.
O dia de Natal vale por todos os outros. Nesse dia, reconhecemo-nos irmãos, somos solidários com os pobres, esquecemos o egoísmo que nos leva a pensar só em nós mesmos e o orgulho que faz nos considerarmos mais que os outros. Nesse dia, desejamos votos de felicidade a quantos passam por nós, enviamos cartões aos amigos, damos presentes em homenagem a quem se faz Presente entre nós e se dá como Presente para nós. Por que esses sentimentos não nos acompanham todos os dias do ano?

Pascom/Porto Feliz

A Liturgia do Natal

Natal não é festa de uma ideia, mas é a festa que celebra a nossa salvação

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É no ano 336 que temos a primeira notícia da Festa do Natal, ocorrida em Roma. Por intermédio de Santo Agostinho, temos conhecimento de que essa festa era celebrada no século IV também na África. Também na Espanha, no final do século IV, o Natal já era celebrado.

A data 25 de dezembro não é confirmada historicamente como oficial ao nascimento de Jesus. Segundo estudiosos, a explicação mais provável nasce na tentativa de a Igreja de Roma suplantar a festa pagã do “Natalis (solis) incicti”.

Foi no século III que se difundiu no mundo greco-romano o culto ao sol. Foi o Imperador Aureliano (275 d.C.) que deu a esse culto uma importância oficial. Assim, o culto ao sol tornou-se um símbolo da luta pagã contra o Cristianismo. A data principal dessa festa era 25 de dezembro. Era celebrada no solstício 1 de inverno e representava a vitória anual do sol sobre as trevas. Visando purificar essa celebração pagã, a Igreja deu a ela um significado diferente, tendo como base uma rica temática bíblica: Lucas 1,78; Efésios 5,8-14. Enquanto celebrava-se o nascimento do sol, a Igreja apresentou aos cristãos o nascimento do verdadeiro Sol: Cristo, que apareceu ao mundo após longas noites de pecado.

Celebrar o Natal é celebrar o Sol da Vida, que nos ilumina com Sua graça salvadora. É a Luz de um novo tempo que nasce em nosso coração e deseja fazer morada definitiva em nós.

São Leão Magno, em seu "Sermão de Natal", escreve: “O Natal do Senhor não se apresenta a nós como lembrança do passado, mas o vemos no presente”. Fazemos memória presente do nascimento de Cristo em meio à nossa frágil humanidade. Natal não é festa de uma ideia, mas é a festa que celebra a nossa salvação. A Festa do Natal é o ponto de partida para nossa salvação realizada por Cristo.

O Tempo do Natal começa com as primeiras Vésperas do Natal e termina no domingo depois da Epifania (entre 2 e 8 de janeiro). Interessante ressaltar que a Liturgia do Natal do Senhor se caracteriza por quatro Celebrações da Eucaristia, assim distribuídas:

1 – Na tarde do dia 24 se celebra a Missa vespertina . Esta Missa tem caráter festivo, com o canto do Glória e a Profissão de Fé.

2 – Na noite de 25, em geral à meia-noite, celebra-se a primeira Missa do Natal do Senhor.

3 – Ao alvorecer se celebra a segunda Missa do Natal.

4 – Durante o “dia” de Natal se celebra a terceira Missa da festividade.

A solenidade do Natal prolonga sua celebração por 8 dias contínuos, conhecidos como: Oitava do Natal.

Cada uma destas quatro Missas tem Leituras e Orações próprias, a saber:

1 – Missa da Vigília: Primeira Leitura: Is 62,1-5; Salmo Responsorial: Sl 88; Segunda Leitura: At 13,16-17.22-25; Evangelho: Mt 1,1-25.

2 – Missa da Noite: Primeira Leitura: Is 9,1-6; Salmo Responsorial: Sl 95; Segunda Leitura: Tt 2,11-14; Evangelho: Lc 2,1-14.

3 – Missa da Aurora: Primeira Leitura: Is 62,11-12; Salmo Responsorial: Sl 96; Segunda Leitura: Tt 3,4-7; Evangelho: Lc 2,15-20.

4 – Missa do Dia: Primeira Leitura: Is 52,7-10; Salmo Responsorial: Sl 97; Segunda Leitura: Hb 1,1-6; Evangelho: Jo 1,1-18.

Natal é tempo de festa e alegria. É tempo de estar unido à comunidade celebrando o dom da vida manifestada no nascimento de Jesus Cristo. Celebrar o nascimento de Cristo é estar unido à Igreja em todo o mundo que se une na fé e na esperança de um novo tempo. A participação nas Missas é fundamental, pois nos reunimos em comunidade, na qual o Cristo se revela a cada um de nós e a todos por meio do Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia. Para melhor participarmos destas celebrações é interessante meditarmos antecipadamente as Leituras que serão proclamadas durante a Missa. O silêncio exterior e interior é oportunidade para melhor celebrarmos o Sol da Vida, que nos ilumina com Seu amor salvífico.

Bispo alerta sobre descristianização do Natal e vivência cristã

 

Dom Henrique Soares, bispo auxiliar da arquidiocese de Aracaju (SE) e mestre em teologia dogmática com especialização em eclesiologia

"O Natal não é simplesmente a festa de um dia (...) é o tempo no qual a Igreja celebra a graça da manifestação, da aparição do Filho eterno do eterno Pai na nossa natureza humana", afirmou o bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju (SE), Dom Henrique Soares, mestre em teologia dogmática com especialização em eclesiologia.
Em entrevista ao noticias.cancaonova.com, Dom Henrique destaca como o cristão deve vivenciar esse tempo litúrgico e alerta sobre o processo de descristianização do Natal que tem acontecido na sociedade.
noticias.cancaonova.com: Qual o sentido do Natal? Como cada cristão deve vivê-lo?
Dom Henrique: O Natal não é simplesmente a festa de um dia. É um tempo litúrgico, isto é, um tempo sagrado no qual nos ritos, palavras, gestos e símbolos da liturgia, cheios do Espírito Santo, a Igreja torna presente o mistério da graça da vinda do Filho de Deus para ser humano como nós, elevando a humanidade a Deus. Dito em outras palavras: o Natal é o tempo no qual a Igreja celebra a graça da manifestação, da aparição do Filho eterno do eterno Pai na nossa natureza humana. Este tempo é celebrado com cinco festas: a Natividade do Senhor, a Sagrada Família, Santa Maria Mãe de Deus, Epifania do Senhor e Batismo do Senhor. Há ainda uma sexta festa, fora do tempo do Natal, mas a ele ligada: a Apresentação do Senhor, no dia 2 de fevereiro.
noticias.cancaonova.com: Vivemos em uma época na qual o valor da celebração do nascimento do Senhor dá lugar ao espírito consumista que leva famílias inteiras a viverem a data como uma simples festividade. Na visão do senhor, essa seria mais uma tendência imposta pelo relativismo?
Dom Henrique: Mais do que relativismo, trata-se do processo de descristianização e de secularização. Mas, não culpo a mundo, culpo os membros da Igreja. Nossas Missas são piedosas, exprimem o sagrado, ajudam a contemplar o Mistério ou, ao invés, são shows, teatrinhos, oficina de criatividade tola do padre e de outros ministros? Nossa catequese e nossas homilias introduzem realmente no Mistério ou, ao invés, são discursos insossos sobre mil assuntos, relegando o essencial ao segundo plano? Basta ver o quanto não é boa a consciência, a vivência dos fiéis ao participarem dos ritos sagrados...
noticias.cancaonova.com: Sabemos que o Natal por se tratar de uma das grandes celebrações litúrgicas da Igreja convida os católicos a participarem das Missas próprias de cada dia. Além das Celebrações, os cristãos também são convidados a práticas de piedade diversas ou a outras ações concretas que incentivem a boa vivência do real espírito natalino?
Dom Henrique: É indispensável participar da Missa do Natal, de Santa Maria Mãe de Deus e do Domingo da Epifania. Também é tempo de uma oração em família mais cuidadosa, de um tempo mais longo de leitura e oração com a Palavra de Deus e de atenção aos pobres, sendo para eles uma presença de Cristo, que se fez presente na nossa pobreza.
noticias.cancaonova.com: O Papa disse no Natal de 2005 que Deus é tão grande, que se faz pequeno. A partir dessa afirmação do Pontífice podemos concluir que também somos convidados a entrar em cheio na espiritualidade de um Deus que é simples?
Dom Henrique: O Natal é a festa da pobreza de Deus: "Sendo rico se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza". Deus se fez pequeno, fez-se um de nós. No natal experimentamos que não estamos sozinhos, que Deus caminha conosco, e somos convidados a descobri-lo nas coisas pequenas, no que é simples e aparentemente sem valor. Deus não é Deus do mega, mas do micro!

Arcebispo celebra Missa da Noite de Natal na Catedral

 


O arcebispo dom Eduardo Benes preside a celebração de missa nesta noite santa de Natal na Catedral Metropolitana.

O arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, preside às 20 horas deste sábado, 24 de dezembro, a missa solene da Noite de Natal, comemorando o auspicioso acontecimento do nascimento do Menino-Deus a 2011 anos atrás, na igreja da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Ponte. Durante a celebração, o Sr. Arcebispo receberá das mãos de uma criança a imagem de Jesus, a abençoará e solenemente a depositará na manjedoura do significativo presépio também montado no interior de nossa igreja-mãe.

Hoje, aliás, a grande maioria das igrejas paroquiais e/ou conventuais e capelas da cidade e da região, assim como acontece em todo o mundo cristão, abre suas portas a partir do final da tarde (considerando o `horário de verão' em vigor no Brasil), para a celebração solene da Missa da Noite de Natal - também popularmente bastante conhecida simplesmente como `Missa do Galo', em vista do horário em que antigamente era (e o é ainda em muitas regiões do Brasil e do mundo) realizada, por volta da maia-noite. Ainda no centro histórico de Sorocaba haverá neste sábado, além da Catedral Metropolitana, missas de Natal na igreja do Mosteiro de São Bento às 18 e na igreja de Nossa Senhora do Rosário, junto ao Colégio Santa Escolástica, da Congregação das Missionárias Beneditinas de Tutzing, às 19 horas.

Já no Santuário Arquidiocesano de São Judas Tadeu, no bairro do Central Parque, o padre Flávio Jorge Miguel Júnior presidirá a celebração da Missa da Noite de Natal às 19 horas.

DIA DE NATAL - Amanhã, domingo, 25 de dezembro, a Catedral Metropolitana terá missas do dia de Natal às 10, 18 e 20 horas. Na igreja do Colégio Santa Escolástica será às 7, na igreja de Santa Cruz (ao lado do antigo Asilo São Vicente de Paulo) às 8h30 e na igreja do Mosteiro de São Bento às 9 e às 11 horas. No Santuário de São Judas Tadeu, serão também três horários: 8, 10 e 19 horas.

Natal é tempo de: Gratidão

 

natal gratidão

Estamos às portas da celebração do Natal do Senhor!

Natal é tempo  de fazer uma viagem para dentro de si e promover um efetivo renascimento moral.

Foi para nos fazer melhores que o sábio aniversariante, homenageado no Natal, veio à Terra.

Ele veio para nos ensinar sabedoria e o caminho para a felicidade. Por isso é que Natal é tempo de gratidão, de reconhecimento, de pensar sobre seu verdadeiro significado.

Natal também é tempo de orar.É tempo de abrir o coração.

É tempo de agradecer, reciclar os pensamentos e perdoar.

É tempo de otimismo e esperança!

É um tempo de agradecer a Deus o melhor presente que Ele nos deu: seu próprio Filho feito homem no seio da humanidade! É o próprio Deus assumindo a nossa história!

Porém, quantos, de fato, celebram o Nascimento de Jesus? Talvez para uma grande parte da humanidade esta é uma festa do Papai Noel…

Contudo, para nós cristãos este é um tempo de graça, de louvor e agradecimento a Deus por Ele ter-se feito homem, divinizando a humanidade.

É momento de celebração e de revisão de vida, pois se um Deus se dignou assumir a nossa história, a nossa condição humana (em tudo, exceto o pecado), devemos avaliar como nós recebemos em nosso coração, em nossa vida, este Deus que se nos apresenta em cada pessoa que se aproxima de nós.

O Natal faz-nos mais alegres, mais unidos, leva-nos à troca de presentes para lembrar-nos que se Deus o próprio Deus se fez presente para nós e entre nós, assim também cada um de nós deve ser um presente de Deus para o outro, através do amor, do perdão, da misericórdia, da amizade e da solidariedade.

Neste tempo também, enviamos cartões com os melhores votos de felicidades para todos os amigos e conhecidos. Porém, mais do que desejar é necessário que nós, acima de tudo, criemos condições para que aquilo que desejamos aos outros se torne realidade concreta na vida deles e nossa também.

Sendo este tempo um momento especial de revisão de vida, olhemos para nossas atitudes ao longo do ano que termina e vejamos se fomos motivo de “natal de Deus” no coração e na vida das pessoas com as quais nos encontramos ao longo dele. Caso tenhamos sido mais Pedro (que o negou), Pilatos (que se omitiu), Judas Iscariotes (que o traiu), ainda há tempo de darmos a Deus-Menino o presente de nosso compromisso de mudarmos nossa atitude; há tempo de arrependimento (como Pedro que, tomando consciência de sua negação, chorou amargamente, arrependido).

Que neste Natal você possa dar a Jesus-Deus-Menino o presente mais valioso que você possui: seu coração e sua vida totalmente voltados para Ele, estando voltados também para os outros, num compromisso de, juntos, construirmos um mundo mais justo, mais humano e mais fraterno.

Que a loucura do amor de Deus ao fazer-se um de nós contagie-nos a “fazermos tudo para todos, a fim de ganharmos alguns para Deus a qualquer custo” (1 Cor 9, 22b.).

Que Maria, Nossa Senhora e Nossa Mãe, a que soube fazer de sua vida um eterno presépio para o Natal de Deus, ajude a todos nós a sermos acolhedores do Deus-Menino que se faz gente nas gentes com as quais convivemos e encontrarmos.

Feliz Natal de Deus em seu coração, em sua vida e no seio de sua família.

Símbolos da celebração do Natal

 

DATA - A comemoração do Natal no dia 25 de dezembro iniciou-se no ano 336, por decisão do Papa Júlio I. Até essa época o Natal era comemorado em diversas datas, conforme a tradição de cada país, pois os evangelhos não trazem nenhuma informação sobre a data precisa para o nascimento de Jesus. O dia 25 foi escolhido para substituir as festas pagãs do “natalis Solis invictus” (o nascimento do Sol invicto). Para os cristãos, Jesus é o verdadeiro sol que ilumina todo homem. Portanto, em um processo de inculturação do evangelho, a Igreja substituiu as festas pagãs em homenagem ao astro-rei por uma homenagem ao verdadeiro Rei.
PRESÉPIO - É o mais significativo dos símbolos do Natal. O primeiro presépio de que se tem notícia foi montado por São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, no ano de 1223. Francisco teve a idéia de reproduzir o cenário da noite de Belém: armou uma choupana, onde colocou a manjedoura, rodeada de animais, pronta para acolher os personagens centrais da narrativa: José, Maria e o Menino recém-nascido. Francisco chamou os habitantes das proximidades, para que na noite de Natal estivessem presentes naquele local humilde, que tão bem relembrava o episódio daquela outra "noite" bela e inesquecível, a do nascimento do Menino-Deus.
COROA - A palavra "advento" vem da expressão latina “ad venire”, que significa "o que há de vir". Trata-se do período de quatro semanas que antecedem ao Natal, durante o qual se costuma enfeitar as igrejas e os lares com a Coroa do Advento. É uma guirlanda, geralmente verde, sinal de esperança e de vida, enfeitada com uma fita vermelha, que simboliza o amor de Deus por nós.
ÁRVORE - No inverno rigoroso do Hemisfério Norte, debaixo da neve constante, as árvores perdem suas folhas e somente o pinheiro permanece verde. Desse modo, a Árvore de Natal representa a figura de Cristo, a verdadeira vida, em qualquer lugar e em qualquer tempo. As bolas coloridas que a enfeitam são símbolos dos dons que o nascimento de Jesus nos traz. Também representam as boas ações praticadas por quem segue Jesus.
A árvore de Natal é um sinal da “deslumbrante luz” de Jesus, afirmou o Papa Bento XVI ao receber (no dia 17 de dezembro de 2005) um grupo de peregrinos da Áustria, entre os quais se encontravam representantes civis e eclesiásticos, que o presentearam com uma imponente árvore procedente dos bosques de Eferding e que brilhou na Praça São Pedro, no Vaticano. “Com sua luminosa presença, Jesus dissipou as trevas do erro e do pecado e trouxe à humanidade a alegria da deslumbrante luz divina, da qual a árvore natalina é sinal e recordação” – disse o papa. Ele reconheceu que, neste sentido, a árvore de Natal é um convite a acolher no coração o dom da alegria, da paz e do amor de Jesus.
ESTRELA - Quando Jesus nasceu, conta a história que reis magos, vindos do Oriente, chegaram a Jerusalém à procura do Menino Deus, guiados por uma estrela. A grande e brilhante estrela de Natal, símbolo do próprio Jesus a apontar o caminho de nossa vida, tem quatro pontas e uma cauda luminosa. As quatro pontas representam as direções da Terra, significando que de todos os lados vêm pessoas para adorar o Menino Jesus.
VELAS - Representam a presença de Cristo e sua grande luz, pois Ele disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não anda nas trevas". Logo, as velas de Natal enfeitam qualquer ambiente cristão, levando luz e força ao mundo. Nos tempos mais antigos, colocavam-se velinhas acesas nas árvores de Natal, as quais foram sendo substituídas por pequenas lâmpadas coloridas, que causam menos riscos de incêndios, queimaduras.
PRESENTES – Apesar dos apelos consumistas de hoje, os presentes também têm seu significado. Os pastores e os reis magos levaram presentes a Jesus. Isso deu origem à tradição de se dar presentes na época do Natal. Também nos recordam que Jesus é o grande presente de Deus para nós.
CANÇÃO NATALINA - A conhecida canção de Natal "Noite Feliz", com sua letra traduzida para mais de 60 idiomas diferentes, é a música mais cantada em todo o mundo, um dos símbolos do Natal. "Noite Feliz" foi composta na Áustria, no ano de 1818, por Franz Gruber.

Evangelho do Dia

Ano B - Dia: 24/12/2011

O canto de Zacarias

Leitura Orante
Lc 1,67-79
Zacarias, o pai de João, cheio do Espírito Santo, começou a profetizar. Ele disse:
- Louvemos o Senhor, o Deus de Israel,
pois ele veio ajudar o seu povo
e lhe dar a liberdade.
Enviou para nós um poderoso Salvador,
aquele que é descendente
do seu servo Davi.
Faz muito tempo que Deus disse isso
por meio dos seus santos profetas.
Ele prometeu nos salvar
dos nossos inimigos
e nos livrar do poder de todos
os que nos odeiam.
Disse que ia mostrar a sua bondade
aos nossos antepassados
e lembrar da sua santa aliança.
Ele fez um juramento
ao nosso antepassado Abraão;
prometeu que nos livraria
dos nossos inimigos
e que ia nos deixar servi-lo sem medo,
para que sejamos somente dele
e façamos o que ele quer
em todos os dias da nossa vida.
E você, menino, será chamado de
profeta do Deus Altíssimo
e irá adiante do Senhor
a fim de preparar o caminho para ele.
Você anunciará ao povo de Deus
a salvação
que virá por meio do perdão
dos pecados deles.
Pois o nosso Deus é misericordioso
e bondoso.
Ele fará brilhar sobre nós a sua luz
e do céu iluminará todos os que vivem
na escuridão da sombra da morte,
para guiar os nossos passos
no caminho da paz.

Governo federal fixa salário mínimo em R$ 622 para 2012

 

Ministério do Planejamento enviou ao Congresso proposta de R$ 622,73.
Expectativa era Dilma arredondar para R$ 625, mas ela reduziu o valor.

 

A presidente Dilma Rousseff assinou decreto nesta sexta-feira (23) que fixa em R$ 622 o valor do salário mínimo a partir de 1º de janeiro de 2012, segundo informações da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. A Casa Civil confirmou o novo valor, mas disse não saber se o texto já foi assinado por Dilma.

Atualmente, o mínimo é de R$ 545. O novo valor passa a ser pago a partir de fevereiro referente ao mês de janeiro.

Em novembro, o Ministério do Planejamento enviou ao Congresso Nacional proposta que corrigia o valor do salário mínimo de R$ 545 para R$ 622,73. O orçamento de 2012 foi aprovado pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira, mas o valor do salário mínimo é fixado por decreto presidencial.

A expectativa era de que Dilma arredondasse o valor do salário mínimo para R$ 625, no entanto ela reduziu o valor para R$ 622. No ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva arredondou o valor para cima.

Em fevereiro, o Congresso aprovou a política de valorização do mínimo para os próximos quatro anos. Segundo a regra, os reajustes serão calculados a partir do resultado da inflação do ano mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. O texto estabelece ainda que o valor exato será fixado por decreto pela presidente.

A possibilidade de fixar o salário por decreto chegou a ser questionada pela oposição no Supremo Tribunal Federal, mas a Corte manteve a lei.

O Ministério da Fazenda informou que não comentará o arredondamento para baixo. O Ministério do Planejamento informou que o governo se utilizou da estimativa mais recente para o INPC para corrigir o salário mínimo do próximo ano, mas não soube dizer qual o valor utilizado. Informou que esse cálculo é feito pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com números do governo federal, que estão na Lei de Diretrizes Orçamentárias sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, o aumento de R$ 1 no salário mínimo equivale a uma elevação de gastos de cerca de R$ 300 milhões.

Deste modo, um aumento de R$ 77 representa uma despesa extra de cerca de R$ 23 bilhões para o governo.

Pelo formato de correção acordado entre o governo federal e sindicatos, o salário mínimo deverá superar a barreira dos R$ 800 em 2015.