domingo, 16 de maio de 2010
Pastor acusado de violentar criança de 6 anos disse que foi “tentado pelo diabo”.
Maternidade e humanidade: Uma história inseparável
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Ao aproximar-se, como todos os anos, o Dia das Mães, vem novamente o desejo de refletir sobre a maternidade, seu mistério, sua beleza. Depois do Natal, trata-se da festa mais celebrada e por isso mais esperada pelo comércio. Mais que os pais, que as crianças, que qualquer outro pretexto ou data ou efeméride, as mães são celebradas e comemoradas e presenteadas, revelando bem claramente a importância que lhes é dada não só pelos filhos, mas pela sociedade em geral.
Porém, quando e como nasceu o Dia das mães? Como é a história do nascimento no calendário humano desta festa que hoje se impôs como acontecimento obrigatório na maioria dos países do mundo? Quando e por que as mães começaram a ter um “dia” especial para ver sua maternidade celebrada e festejada?
As primeiras celebrações do Dia das Mães remontam à antiga Grécia, onde era cultuada a deusa Rea, a mãe dos deuses Zeus, Poseidón e Hades. Essa comemoração também coincidia com a chegada da primavera. Sendo a religião dos gregos, como em geral as religiões antigas, regulada de acordo com os ciclos da natureza, a Primavera significava a chegada da vida após a “morte” trazida pelo frio e pelo gelo do inverno. As árvores nuas e secas recomeçavam a reverdecer e florescer, a natureza inteira despertava do sono onde estava mergulhada e renascia. Rea então era celebrada e louvada como aquela que, sendo mãe dos principais deuses do Olimpo - Zeus, deus do céu e do trovão; Poseidón, deus do mar e dos terremotos; Hades, deus da morte e do mundo invisível – era mãe de toda a realidade criada.
Os povos antigos realizavam então uma adoração formal à mãe com cerimônias a Rea ou a Cibeles, outro nome invocado para personificar a terra fértil, assim como Gea. Cibeles era uma deusa das cavernas e das montanhas, muralhas e fortalezas, da Natureza e dos animais. Era, assim, uma divindade de vida, morte e ressurreição. E comandava, em toda a realidade onde vivia a humanidade, o processo da vida que vencia a morte.
Os romanos retomaram esse costume grego e chamaram esta celebração a Hilária, situando-a nos “idos de março”, época em que no hemisfério norte, a primavera começava a despontar e recriar a natureza adormecida pelo frio invernal.
O cristianismo, que já nasceu dentro das culturas onde anunciou o evangelho, tomou estas festas existentes e transformou estas celebrações colocando ao centro a figura de Maria de Nazaré, mãe de Jesus. Em alguns países católicos, como o Panamá, o Dia das Mães é então celebrado não no primeiro quartel do ano, ou em maio, mês de Maria, mas no dia 8 de Dezembro, que é também e simultaneamente, a festa da Imaculada Conceição de Maria.
Com o processo de secularização, quando as festas religiosas vão perdendo sua força configuradora do tempo e do espaço e já não comandam mais o calendário e as estações, encontramos uma origem do Dia das mães mais perto de nós, no século XX com um motivo muito afetivo e real.
Uma jovem norte-americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em profunda depressão. Preocupadas com o profundo sofrimento da jovem, algumas de suas amigas decidiram oferecer-lhe uma festa para perpetuar a memória da falecida. Annie, agradecida, quis que essa homenagem fosse não apenas para sua mãe, mas pudesse ser estendida a todas as mães, vivas ou mortas.
A comemoração foi ganhando adeptos e se alastrou pelos Estados Unidos até que em 1914 sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio.
No Brasil foi em 1932 que o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. E em 1947 o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, do Rio de Janeiro, determinou que a data fizesse parte também do calendário oficial da Igreja Católica.
Como vemos, seja na esfera do sagrado e do profano, no céu ou na terra, na antiguidade ou na atualidade, a maternidade foi e é sempre algo que a humanidade entendeu dever louvar, comemorar, celebrar.
Nem poderia ser de outra maneira. Poucas coisas há tão importantes para um ser humano como o ventre que o gerou e o trouxe à vida e à luz. Todas as certezas podem ruir. Sempre restará uma: a de ter sido gestado e parido do ventre de uma mulher. Por isso culturas como a judaica, por exemplo, vêem na mãe a segurança da pertença ao povo. É judeu quem é filho de mãe judia. E no Brasil, a abolição da escravatura começa pelos ventres das africanas que, ainda que escravas, têm um “ventre livre”, capaz de parir filhos alforriados já ao nascer, sobre quem já não pesam as cadeias e o jugo terríveis que dizimaram gerações.
Ventre que gera, abriga, dá à luz. Peitos que alimentam, aconchegam, aninham. Mãos que acariciam, lavam, penteiam, fazem dormir. Olhos que riem e choram ao ritmo da vida de outro; coração que gerou o bater de outro coração e baterá toda a vida não mais ao próprio ritmo, mas no ritmo outro que alterará o seu.
A maternidade é a condição de possibilidade de que a humanidade continue existindo. É a prova cabal e indubitável de que, por mais rigoroso e cruel que seja o inverno, a primavera está sempre à espreita em algum ventre grávido, derramando-se morna e branca de dois seios túrgidos e repletos.
Bem sabiam os antigos ao celebrar a deusa Rea ou Cibeles. É digno e justo louvar a maternidade de todas as mães havidas e por haver pois nelas, por elas e graças a elas, a história da humanidade continua a ser uma história onde a vida sai sempre vitoriosa de todas as contendas.
FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODAS E TODOS!!!
Artesanto portofelicense na televisão
|
Meio ambiente em Porto Feliz: relacionamentos com os leitores
Uma leitora de Sorocaba, acessou nosso blog e pede por ajuda:
comentários:
- sandra regina disse...
- SOU ESTUDANTE DA ETEC FERNANDO PRESTES EM SOROCABA NO CURSO DE TURISMO E PRECISO FAZER UM TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO CUJO TEMA É A CIDADE DE pORTO fELIZ MEU TEMA ESPECIFICAMENTE É OIMPACTO AMBIENTAL NESTA CIDADE.MAS NÃO ESTAMOS CONSEGUINDO ESTAS INFORMAÇÕES DE FORMA ESPECÍFICA EM LUGAR ALGUM.O PLANO DIRETOR NA VERDADE NÃO FALA COISA COM COISA SOBRE ISSO.O QUE PRECISAMOS SABER É QUAIS SÃO OS IMPACTOS AMBIENTAIS SOFRIDOS POR ESTA CIDADE. PODERIA NOS AJUDAR ? Sugerismo o seguinte link, clique aqui Ano passado a expedição do Flutuador da Rede Globo, mostrou pontos fracos do meio ambiente em Porto Feliz link 1 link 2 link 3
Show do Pe Fábio de Melo
Pe Paulo abriu o show
Oposição divulga comunicado a População
Domingo da Ascensão do Senhor
Judaísmo (I)
Dia do Gari
Prefeitura nos bairro 2010
|
Acontece hoje!
Catedral Metropolitana de Sorocaba
11h30m
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 44º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
«O sacerdote e a pastoral no mundo digital:
os novos media ao serviço da Palavra»
[Domingo,16 de Maio de 2010]
Queridos irmãos e irmãs!
O tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais – «O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra» – insere-se perfeitamente no trajecto do Ano Sacerdotal e traz à ribalta a reflexão sobre um âmbito vasto e delicado da pastoral como é o da comunicação e do mundo digital, que oferece ao sacerdote novas possibilidades para exercer o seu serviço à Palavra e da Palavra. Os meios modernos de comunicação fazem parte, desde há muito tempo, dos instrumentos ordinários através dos quais as comunidades eclesiais se exprimem, entrando em contacto com o seu próprio território e estabelecendo, muito frequentemente, formas de diálogo mais abrangentes, mas a sua recente e incisiva difusão e a sua notável influência tornam cada vez mais importante e útil o seu uso no ministério sacerdotal.
A tarefa primária do sacerdote é anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e comunicar a multiforme graça divina portadora de salvação mediante os sacramentos. Convocada pela Palavra, a Igreja coloca-se como sinal e instrumento da comunhão que Deus realiza com o homem e que todo o sacerdote é chamado a edificar n’Ele e com Ele. Aqui reside a altíssima dignidade e beleza da missão sacerdotal, na qual se concretiza de modo privilegiado aquilo que afirma o apóstolo Paulo: «Na verdade, a Escritura diz: “Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido”. […] Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acreditam? E como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados?» (Rm 10,11.13-15).
Hoje, para dar respostas adequadas a estas questões no âmbito das grandes mudanças culturais, particularmente sentidas no mundo juvenil, tornaram-se um instrumento útil as vias de comunicação abertas pelas conquistas tecnológicas. De facto, pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino: «Ai de mim se não anunciar o Evangelho!» (1 Cor 9,16). Por conseguinte, com a sua difusão, não só aumenta a responsabilidade do anúncio, mas esta torna-se também mais premente reclamando um compromisso mais motivado e eficaz. A este respeito, o sacerdote acaba por encontrar-se como que no limiar de uma «história nova», porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao serviço da Palavra.
Contudo, a divulgação dos «multimédia» e o diversificado «espectro de funções» da própria comunicação podem comportar o risco de uma utilização determinada principalmente pela mera exigência de marcar presença e de considerar erroneamente a internet apenas como um espaço a ser ocupado. Ora, aos presbíteros é pedida a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas «vozes» que surgem do mundo digital, e anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese.
Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios – adquirido já no período de formação – com uma sólida preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte, alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor. No impacto com o mundo digital, mais do que a mão do operador dos media, o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da «rede».
Também no mundo digital deve ficar patente que a amorosa atenção de Deus em Cristo por nós não é algo do passado nem uma teoria erudita, mas uma realidade absolutamente concreta e actual. De facto, a pastoral no mundo digital há-de conseguir mostrar, aos homens do nosso tempo e à humanidade desorientada de hoje, que «Deus está próximo, que, em Cristo, somos todos parte uns dos outros» [Bento XVI, Discurso à Cúria Romana na apresentação dos votos de Natal: «L’Osservatore Romano» (21-22 de Dezembro de 2009) pág. 6].
Quem melhor do que um homem de Deus poderá desenvolver e pôr em prática, mediante as próprias competências no âmbito dos novos meios digitais, uma pastoral que torne Deus vivo e actual na realidade de hoje e apresente a sabedoria religiosa do passado como riqueza donde haurir para se viver dignamente o tempo presente e construir adequadamente o futuro? A tarefa de quem opera, como consagrado, nos media é aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era «digital», os sinais necessários para reconhecerem o Senhor; dando-lhes a oportunidade de se educarem para a expectativa e a esperança, abeirando-se da Palavra de Deus que salva e favorece o desenvolvimento humano integral. A Palavra poderá assim fazer-se ao largo no meio das numerosas encruzilhadas criadas pelo denso emaranhado das auto-estradas que sulcam o ciberespaço e afirmar o direito de cidadania de Deus em todas as épocas, a fim de que, através das novas formas de comunicação, Ele possa passar pelas ruas das cidades e deter-se no limiar das casas e dos corações, fazendo ouvir de novo a sua voz: «Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo» (Ap 3, 20).
Na Mensagem do ano passado para idêntica ocasião, encorajei os responsáveis pelos processos de comunicação a promoverem uma cultura que respeite a dignidade e o valor da pessoa humana. Este é um dos caminhos onde a Igreja é chamada a exercer uma «diaconia da cultura» no actual «continente digital». Com o Evangelho nas mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo também de continuar a preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, não descurando uma atenção particular por quem se encontra em condição de busca, mas antes procurando mantê-la desperta como primeiro passo para a evangelização. Efectivamente, uma pastoral no mundo digital é chamada a ter em conta também aqueles que não acreditam, caíram no desânimo e cultivam no coração desejos de absoluto e de verdades não caducas, dado que os novos meios permitem entrar em contacto com crentes de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas. Do mesmo modo que o profeta Isaías chegou a imaginar uma casa de oração para todos os povos (cf. Is 56,7), não se poderá porventura prever que a internet possa dar espaço – como o «pátio dos gentios» do Templo de Jerusalém – também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido?
O desenvolvimento das novas tecnologias e, na sua dimensão global, todo o mundo digital representam um grande recurso, tanto para a humanidade no seu todo como para o homem na singularidade do seu ser, e um estímulo para o confronto e o diálogo. Mas aquelas apresentam-se igualmente como uma grande oportunidade para os crentes. De facto nenhum caminho pode, nem deve, ser vedado a quem, em nome de Cristo ressuscitado, se empenha em tornar-se cada vez mais solidário com o homem. Por conseguinte e antes de mais nada, os novos media oferecem aos presbíteros perspectivas sempre novas e, pastoralmente, ilimitadas, que os solicitam a valorizar a dimensão universal da Igreja para uma comunhão ampla e concreta; a ser no mundo de hoje testemunhas da vida sempre nova, gerada pela escuta do Evangelho de Jesus, o Filho eterno que veio ao nosso meio para nos salvar. Mas, é preciso não esquecer que a fecundidade do ministério sacerdotal deriva primariamente de Cristo encontrado e escutado na oração, anunciado com a pregação e o testemunho da vida, conhecido, amado e celebrado nos sacramentos sobretudo da Santíssima Eucaristia e da Reconciliação.
A vós, queridos Sacerdotes, renovo o convite a que aproveiteis com sabedoria as singulares oportunidades oferecidas pela comunicação moderna. Que o Senhor vos torne apaixonados anunciadores da Boa Nova na «ágora» moderna criada pelos meios actuais de comunicação.
Com estes votos, invoco sobre vós a protecção da Mãe de Deus e do Santo Cura d’Ars e, com afecto, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – de 2010.
BENEDICTUS PP. XVI