27/06/10 - 13º domingo do tempo comum
I Reis 19, 16b.19-21 – Vocação de Eliseu: o serviço.
Salmo 16(15) – “Ó Senhor, sois minha herança para sempre.”
Gálatas 5, 1-13-18 – A liberdade do cristão
Lucas 9, 51-62 – A disposição de quem escolheu e quer seguir o Cristo.
Em época de Copa do Mundo, a liturgia vem tocar a bola com as seleções do mundial. Um técnico, um jogador, um time, não podem ficar lamentando uma bola perdida, um gol sofrido, um gol perdido, um lance incompreendido pelo juiz, a qualidade da jabulani, as condições climáticas, a sorte do adversário, o azar próprio, ou uma derrota. Também não há tempo para comemorar demais a tradição da camisa, as glórias passadas, um título conquistado recentemente, um lance bonito, um gol espetacular, uma vitória sofrida, uma exibição de gala. Não há tempo para sentimentos que não nos remetem à frente. O torneio é rápido. Um tempo jogado chama o próximo. Outro jogo está aí e a decisão está próxima. Não podemos perder o foco da vitória!
O passado nos serve de experiência sim. Dizem que o inteligente aprende com os próprios erros e o sábio aprende com os erros do outro. O que aprendemos com a vida deve estar sempre com a gente, mas não para nos impedir de avançar e sim para nos alavancar a novas experiências.
Como é triste conversar com alguém amargurado, que fica reclamando sempre da família, do serviço, dos amigos, da igreja, do governo... De que adianta isso? Para onde caminha? O que constrói? A qual reino está servindo? De que vale a liberdade que possui?
A liturgia nos dá lances que merecem o replay para apreciarmos melhor cada detalhe na câmera em alta definição. CONTEMPLE:
1) O desprendimento e a disposição de Eliseu em servir.
2) O salmista que coloca o seu coração junto de Deus para cantar a delícia eterna e a alegria de permanecer ao lado do Senhor.
3) O foco de Jesus em fazer a vontade de Deus que não permite espaço ao ódio e à vingança.
4) As três vocações do evangelho:
I) A primeira não permite o comodismo;
II) A segunda exige urgência no serviço ao Reino de Deus;
III) A terceira não permite saudosismo (bom ou ruim).
5) A lição da comunidade dos Gálatas: a liberdade é dom para a caridade.
Cada gesto de pura fé, caridade e esperança é gol, é vitória do Reino. Precisamos trabalhar pelo Reino como uma grande torcida que se junta para se divertir num jogo da seleção. Aí somos todos iguais naquele sofrimento de cada quatro anos: “Haja coração!” (rsrsrsrsrs)
Um abraço a todos os companheiros de “seleção”, os que foram batizados como eu!
José Luiz Garcia