Para o regime comunista trata-se de “perfeitos desconhecidos” e desde os anos 80 funcionário algum fornece qualquer informação sobre eles.
1954: túmulo de três sacerdotes martirizados em Chunchon |
Nos anos 50, 30% dos habitantes da capital Pyongyang professavam a fé católica, mas no resto do país atingiam só o 1%.
Durante a Guerra de Coréia (1950-1953) as tropas comunistas massacraram missionários, religiosos estrangeiros e católicos coreanos. O regime norte-coreano, satélite de Rússia e da China, tentou varrer toda presença cristã. No Norte foram destruídos todos os monastérios e igrejas, e os monges e sacerdotes foram condenados a morte.
Pe Antoine Gombert: mártir dos nortecoreanos |
Desde aquela época não se têm mais notícias dos 166 sacerdotes e religiosos presentes no país pelo fim da guerra. “São perfeitos desconhecidos” respondem sempre os burocratas socialistas.
Oficialmente não ficou nem clero nem culto. Fontes de AsiaNews no país afirmam que os “verdadeiros” católicos que restam, não são mais de duzentos, na sua maioria idosos. O regime autoriza apenas a igreja de Changchung na capital Pyongyang. Na realidade, é mera “vitrina” de propaganda do regime.
Os fiéis devem professar a fé em secreto. Se forem descobertos numa missa podem ser presos, torturados e condenados à pena capital. O simples fato de possuir uma Bíblia é crime punível com a morte.
Mons. Hong Yong-ho foi nomeado Vicário Apostólico de Pyongyang em 24 março de 1944 pelo Papa Pio XII. Em 10 março de 1962 a Santa Sé elevou o Vicariato à condição de diocese em protesta contra a perseguição do regime comunista.
Mons. Hong tornou-se um símbolo da resistência católica, mas hoje está “desaparecido”. Se ele estiver vivo teria mais de cem anos, e o Vaticano julga que “não pode se excluir que ainda esteja prisioneiro em algum campo de reeducação”.
Enquanto isso, na Coréia do Sul, num regime de liberdades, os católicos aumentam continuadamente e já superaram a barra de 10% da população total, segundo a agência UCANews.
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