Após serem notificados na sexta-feira (28), as 19h23m, o jornal Tribuna das Monções foi impedido de circular em Porto Feliz divulgando os resultados de sua pesquisa. Todos os seus exemplares foram retirados de todos os pontos de comercialização. A liminar atendeu a reivindicação da coligação “"Pra Porto seguir Feliz", argumentando contra metodologia da pesquisa. Em sua página na rede social Facebook, Antonio José Netto, confirmou a ação judicial, afirmou que o jornal não cometeu uma “fraude”, admitiu que a pesquisa foi realizada de maneira “simples”, faltando apenas a “amostragem”. também afirmou que não recorrerá da liminar (pois cabe recurso), deixou seu lamento pessoal pelo episódio e afirmou que o jornal não tem “partido político”. O jornal também optou por não fazer uma edição extra para circular no final de semana, sem a divulgação da pesquisa. O jornal foi notificado, e não recebeu a multa estipulada de cinquenta e três mil reais.
Leia a íntegra:
É verdade que a Justiça, a pedido do PT, deu liminar para que a pesquisa da Tribuna não circulasse, mas não é verdade que houve fraude ou má fé. Houve, sim, uma pesquisa simples onde constava o nomes dos candidatos, indecisos, nulos e brancos.
Faltou, portanto, a amostragem: divisão por sexo, grau de instrução e nível econômico do entrevistado, e a margem de erro. Esta última existiu. Está na lei, mas não foi observado. Não foi colocado. Isso não mudaria nada porque quando o eleitor vai às urnas, leva apenas o título e vota. Mas está na lei que uma pesquisa tem que fazer essa amostragem mesmo que não a divulgue. Os formulários e demais documentos da pesquisa serão entregues à justiça como prova de que não houve nenhum tipo de mau procedimento, e a Tribuna não recorrerá da liminar, o que poderia fazer. Acabou o encanto. Eu, pessoalmente, assumo a responsabilidade pela falha, mas lamento que a a maioria da população não possa saber dos números reais do que colhemos. Fomos intimados às 19:23h. da sexta-feira, muitos exemplares estavam vendidos e por isso nem a justiça pode fazer alguma coisa porque o jornal estava nas bancas desde às 18 h. de ontem, sexta-feira. O que sobrou, foi recolhido por nós mesmos e também estará à disposição da Justiça.
Mas não é correto dizer que houve fraude. É uma leviandade essa afirmação. Fraudar uma pesquisa é distorcer os números, aumentá-los para esse ou aquele, e isso não tem preço, para responder àqueles que podem pensar dessa maneira.
A Tribuna não tem partido político. Temos, sim, a gana pela notícia bem feita. E pensávamos estar fazendo a coisa certa sem prejudicar quem quer que fosse. Todos os candidatos são conhecidos e amigos. Já procedemos da mesma maneira em várias eleições e nunca sofremos qualquer medida judicial. Mas a história era outra, se me entendem. A intenção era mostrar os números que em outros recantos são exibidos
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