Sexo, sim - O ritmo pode mudar. Mas o sexo, como a vida, continua para esses deficientes físicos. Para a mulher, as mudanças incluem a descoberta de novas zonas de prazer. "Como as sensações que geram orgasmo não são apenas genitais, ela acaba encontrando outros caminhos", afirma Lianza. Pode haver também alteração no ciclo menstrual no período imediatamente posterior à lesão. Depois, volta tudo ao normal.
Para o homem, a principal novidade é a ereção reflexa. "Quando você quer ter uma relação, não tem controle, é uma bagunça. Mas, com o tempo, você vai conhecendo seu corpo e a sensibilidade vai voltando", diz o tetraplégico Fabiano Puhlmann, de 43 anos, psicólogo e autor do livro A Revolução Sexual sobre Rodas. Puhlmann é casado há 12 anos.
Há casos em que a ereção involuntária é preservada, mas não é tão boa. Aí, pode-se fazer uso de drogas como o Viagra. A ejaculação também pode ser dificultada, mas em geral acontece. E, mesmo que não ocorra, ou que aconteça de maneira retrógrada - quando o sêmen vai para a bexiga, de onde é eliminado com a urina –, não se perde a possibilidade de ser pai. Uma coleta de sêmen, a ser introduzido na parceira, resolve a questão.
Muitos casamentos cristãos sobrevivem a todas as dificuldades íntimas, quando o amor prevalece. Os sentimentos de amizade e companheirismo crescem, neste período de adaptações e de novas redescobertas, é como se começasse tudo de novo.
Paz e Bem