ENCONTROS
Podemos dizer que o encontro de Francisco com o leproso foi o encontro dele com os crucificados históricos - e não imaginários - deste mundo. A partir deste encontro, ele intensificou, ainda mais, a assistência aos pobres.Mas haveria muito mais encontros. Outro deles foi com o crucificado numa igrejinha em ruínas, cujo padroeiro era São Damião. Nela, Francisco recebeu do crucificado o mandato de restaurar a Igreja.
Obediente ao mandato, Francisco pôs-se logo a trabalhar. Reconstruiu três pequenas igrejinhas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro. Todas fora dos muros de Assis, da mesma forma que os leprosos também viviam fora dos muros.
Pensando que o mandato do Senhor se referia somente à reconstrução da igreja de pedra, assim o fez.
Mas depois o Espírito Santo lhe revelou que se tratava, principalmente, da Igreja viva, formada pelas pessoas pelas quais o Senhor derramou o seu sangue. Esta revelação se deu através de um novo encontro: o do Evangelho do envio dos Apóstolos, lido em 1208, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, na festa de São Matias, Apóstolo.
Foi aí que o Senhor pedia para não levar bastão, túnica, etc. Após a explicação do sacerdote, Francisco disse com entusiasmo: “É isso que eu quero, isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o coração!”
Com um novo mandato do Senhor – o de pregar o Evangelho -, vai lá Francisco, com todo o entusiasmo, e começa a reconstruir a Igreja formada por pessoas.