outro lado:
Prezado Bispo Edir Macedo,
Mais uma vez o Ministério Público do Estado de São Paulo formulou junto à Justiça de São Paulo denúncia contra o senhor e outros religiosos e cooperadores da Igreja Universal do Reino de Deus, por suposta prática de crime de lavagem de dinheiro e outras condutas tidas como delituosas.
Essas acusações nada mais são do que uma repetição do conteúdo de outro procedimento instaurado em 1999, para apurar crime de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal que tinha como investigados, à época, praticamente as mesmas pessoas que agora o Ministério Público quer colocar novamente como réus.
Nesse inquérito de 1999, o Bispo Edir Macedo, juntamente com outros religiosos e cooperadores da Igreja Universal, foram exaustivamente investigados por anos e, finalmente, a apuração foi arquivada em 2006, pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria Geral da República.
Repita-se, o Ministério Público quer colocar estas pessoas como réus, novamente, em procedimento devidamente arquivado pela Corte Suprema do nosso país – o STF, a última instância, ou seja, eles investigarão fatos já decididos em definitivo. E, pasmem! O mesmo Ministério Público que pediu o arquivamento, agora quer investigar tudo de novo; nem os próprios membros desta Instituição se entendem.
A acusação do momento nada mais é do que a repetição dos mesmos fatos que o Supremo Tribunal Federal arquivou. Ela mais uma vez revolve fato ocorrido em 1992, quando alguns religiosos ligados à Igreja obtiveram empréstimo no exterior para o pagamento da compra da TV Record do Rio de Janeiro.
Ao longo destes anos, este empréstimo no exterior foi pago mediante prestações que acabaram sendo novamente consideradas como desvio para lavagem de dinheiro.
Na verdade, a organização Globo reage contra o Bispo Edir Macedo, em razão do crescimento vertiginoso da audiência da TV Record, que ameaça ou mesmo já ultrapassou a audiência da TV Globo. E com isto eles não se conformam.
No Jornal Nacional de ontem, 11 de agosto, o tempo dedicado pelo noticiário a tentar desmoralizar os trabalhos da Igreja Universal, voltados à fé evangélica, à realização de inúmeras obras sociais, ultrapassou qualquer medida de bom senso. Em um noticiário de 35 minutos, mais de 1/3 do tempo foi voltado a agredir a Igreja e seus pastores, que nada têm a ver com este novo procedimento instaurado pelo Ministério Público de São Paulo, no qual se investigam pessoas físicas.
De mais a mais, a própria Rede Globo é totalmente incongruente em seus noticiários e reportagens, pois no Jornal Nacional ataca a Igreja Universal como se ela fosse a autora de todos os delitos, sabedora de que quem está sendo investigado são pessoas físicas. Mas, em seu jornal escrito – O Globo –, fala que a Igreja Universal e seus fiéis são vítimas, ou seja, na invocação de seu “direito de informar” ela dá a mesma informação com nuances diferenciadas e totalmente distorcidas da realidade - em uma matéria ela ataca e na outra ela fala que essa mesma pessoa é vítima!
Só há uma explicação para isto: a busca da audiência, fazendo um sensacionalismo barato, pois falar da Igreja Universal neste país dá “IBOPE”, mesmo ela não sendo a investigada.
Da mesma forma a manchete de primeira página do jornal Folha de São Paulo, publicada no mesmo dia, foi de tal forma escandalosa e absurda que mais parecia que noticiava o maior escândalo político do país.
Na verdade, estas acusações criminosas nem merecem resposta. Enfrentaremos o processo com a mesma tranquilidade de outras vezes e nossa maior e irrespondível defesa é no sentido de que o Supremo Tribunal Federal já investigou tais fatos e a pedido da Procuradoria Geral de República arquivou o inquérito.
Temos a certeza de que o caso agora inventado terá o mesmo destino.
Arthur Lavigne
Advogado