domingo, 13 de junho de 2010

mensagem para você

Não existe planejamento na existência. O futuro não será apenas uma repetição; algo novo está sempre acontecendo, e você nunca pode tomá-lo como garantido.


  Dai-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço. Gabriela Mistral (poetisa)

Tietê: Alunos da rede municipal de ensino fazem avaliação odontológica


A Secretaria de Saúde, através do Centro Odontológico, iniciou neste mês, a avaliação anual para prevenção e tratamento da cárie em alunos da rede municipal de ensino de Tietê.

A avaliação, realizada nas próprias escolas durante o período das aulas, é feita através do índice epidemiológico CPO-D, o qual visa à diagnose de dentes cariados, perdidos ou obturados. Quando algum desses problemas é detectado pelo dentista, os pais ou responsáveis do aluno são informados e a criança é encaminhada para tratamento no Centro Odontológico ou nas unidades básicas de saúde do município.
A cárie dentária é uma doença bastante comum, causada por uma bactéria e na maioria das vezes está associada à má higienização bucal e aos hábitos alimentares do paciente. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde é especialmente freqüente entre crianças de 12 anos de idade, razão pela qual a avaliação escolar é tão importante.
Antônio Darci Cristo, cirurgião dentista e diretor do departamento odontológico, explicou que, além do levantamento, os profissionais do Centro estão orientando as crianças quanto a correta escovação e realizando o bochecho fluoretado, para ensinar os alunos como prevenir a cárie e manter a saúde bucal.
Atualmente o levantamento está sendo realizado nas escolas Franklin e Carlina, mas toda a rede municipal de ensino será atendida, totalizando aproximadamente 6 mil crianças avaliadas.







Ano Sacerdotal chega ao fim

Pe Serafim, pregador internacional

O ano sacedotal, decretado pelo Papa Bento XVI na Festa do Sagrado Coração de Jesus de 2009, foi frutuoso para o Presbitério de Sorocaba, em uma primeira avaliação do Arcebispo Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues. Ele esteve durante toda a manhã dessa sexta Feira, com os 50 sacerdotes da arquidiocese , que participaram de um momento de espiritualidade na Chácara São José, em Sorocaba, que marcou o encerramento do ano sacerdotal. 

Dom Eduardo falou com a Pascom em um dos intervalos “Tenho a certeza de que nós, pudemos repensar a nossa vida neste ano sacerdotal, conforme proposta do Santo Padre o Papa Bento XVI, colocando-nos diante do tema “Fidelidade a Cristo”, e inspirando-se na santidade de São João Maria Vianey” Dom Eduardo, que fez questão de enfatizar que o Bispo é um Sacerdócio mais ampliado, e que o sacerdote é também uma extensão do Bispo, lembrou sobre os escândalos envolvendo sacerdotes, divulgados na grande mídia justamente no ano sacerdotal.

“Tivemos de manhã, em um primeiro momento a nossa adoração ao Santíssimo e eu convidei os padres a chorarmos pelos nossos pecados, principalmente pelos pecados dos nossos irmãos que estiveram envolvidos nesses fatos divulgados pela imprensa nacional, a palestra do Padre Serafim muito contribuiu para refletirmos sobre a misericórdia de Deus e creio que saímos fortalecidos deste ano sacerdotal, que embora termine hoje, marcou o início de um tempo novo para os presbíteros, marcado profundamente pela busca a essa fidelidade ao nosso ministério”

Nessa data, que também é o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero, os sacerdotes tiveram a oportunidade de ouvirem, com a ajuda de um intérprete, a pregação do Padre Seraphim Michalenko, que é Reitor do Santuário Nacional da Divina Misericórdia, nos EUA, licenciado pela Pontifícia Universidade de São Tomás (Angelicum) e pelo Instituto Pontifico das Igrejas Orientais, sendo um renomado pregador internacional para padres. 

Ele abordou principalmente o texto da Carta aos Hebreus, trabalhando a questão do sacrifício de Cristo e a sua ligação íntima com o Ministério Sacerdotal. 

Na avaliação do Padre José Edmilson, da Paróquia São Bento, o ano sacerdotal deixou um balanço bastante positivo para os padres, tanto aos mais idosos como aos mais jovens, como é o seu caso “Neste ano sacerdotal, fomos estimulados em todos os momentos de reflexão e oração em comum, a buscarmos a fidelidade, não em seu caráter meramente legalista, mas sim como princípio de vida, vivendo no nosso dia a dia, imitando a Cristo que é o verdadeiro Sacerdote, então eu acho que a Fidelidade é possível sim”- concluiu.

O encontro, que iniciou-se com a adoração ao Santíssimo na capela da Casa de Retiros São José, teve mais uma palestra que abordou o Sacerdócio Ministerial, e depois encerrou-se com um almoço, onde parte do custo foi oferecido carinhosamente pelo Apostolado da Oração da nossa arquidiocese, conforme informou o Pe Flávio, na convocação enviada aos sacerdotes.

Veja o vídeo com a mensagem de Dom Eduardo

Porto Feliz é representada em Fórum de Segurança

GCMs participam de treinamento tático

Decolando no Namoro

 

Decolando no Namoro
Antonio Lemos, LC

Um dos meus companheiros no seminário era piloto de avião antes de descobrir a sua vocação ao sacerdócio. Disse-me que antes de voar todo o piloto tem que conferir o "checklist", uma lista de procedimentos que devem ser verificados para ter certeza que o avião está em condições de ser operado. O ritual, que dura dez minutos, nunca pode ser dispensado. Entre outras coisas, ele tem que verificar o trem de pouso, as turbinas e o painel de controle. Se algo está falhando, o avião não decola de jeito nenhum.

O namoro de um casal cristão, onde o verdadeiro amor, amizade e respeito estão presentes, deve ser protegido e impulsionado pela castidade. Para tanto, há alguns pontos essenciais no “checklist” da castidade, que todos os casais deveriam conferir regularmente. Ser casto no namoro não é impossível como comer farofa e assobiar ao mesmo tempo. É possível, e tem muita gente que já conseguiu e continua conseguindo.


1) O trem de pouso: a oração. Não tem outro remédio. Quem não pede a Deus o dom da castidade nunca vai chegar a lugar nenhum, assim como nenhum avião vai aterrizar sem que o trem de pouso funcione. Orar é cultivar a amizade com Deus, e para isso há várias maneiras bem práticas. É importante viver estes pequenos atos como um casal e aproveitar para crescer juntos na fé.

• Receber a comunhão frequentemente.
• Confessar-se mensalmente para estar aberto a graça de Deus. Lembre sempre que ao cair é importante segurar na mão de Cristo e levantar para tentar novamente.
• Visitar Jesus Cristo na Eucaristia durante a semana. Vale até combinar com a namorada de passar na igreja antes de ir ao cinema no sabadão á tarde.
• Rezar o terço juntos e ficar muito perto de nossa Mãe do Céu.


2) O painel de controles: a amizade com o Espírito Santo. Ele é o melhor amigo de um casal de namorados. É o guia seguro para o sucesso do relacionamento e para viver castamente. Funciona como o painel de controles na cabine de comando, sem ele o piloto não tem ideia para onde levar o avião. E como é possível seguir as suas inspirações divinas? Além da oração, a maneira mais segura é procurar a orientação espiritual de outras pessoas, principalmente através dos sacerdotes. Por isso, para viver o namoro de acordo com a vontade de Deus é importante ter direção espiritual (pessoal e como casal). Essa direção espiritual se trata de uma revisão do relacionamento à luz do Espírito Santo e com a ajuda do sacerdote.


3) As turbinas: fugir das ocasiões de pecado. Há muitas tentações que podem ser facilmente evitadas. É só colocar os motores e as turbinas do avião para tomarmos distância delas. Alguns pontos bem concretos:

• evitar estar sozinhos.
• selecionar bem o tipo de assuntos nas conversas.
• não dar ouvidos à influência de amigos que não vivem castamente.
• não frequentar ambientes que não compartilham dos mesmos ideais cristãos de pureza.
• também é muito recomendado liberar toda a energia do corpo praticando regularmente algum esporte ou então fazendo exercícios ao ar livre.

Se você marcou “OK” em todos os pontos do seu “checklist”, então o seu namoro está pronto para decolar na castidade. No final das contas, o mais importante é lembrar sempre que o sucesso do namoro é fazer a vontade de Deus e crescer juntos no amor.

Guarda Civil Portofelicense faz investimentos

Bairro Campos de Boituva receberá pavimentação


Os serviços de preparação para a pavimentação asfáltica do bairro Campos de Boituva, próximo ao Centro Nacional de Paraquedismo, foram iniciados no dia 26 de maio. Atualmente a equipe da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos realiza a confecção de guias e sarjetas.

As ruas Dr. Newton Raul Faria de Almeida, Waldemar da Silva Ramos, Domingos Waldemar Belluci e Henrique Walter ainda receberão as obras de confecção de galerias de captação de águas pluviais e preparação do sub leito para aplicação de base e pavimento com massa asfaltica.
Ao total, o bairro terá mais de 1 quilômetro asfaltado. Segundo o Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Orley Ivan Cardoso, a obra deverá ser concluída em breve, possivelmente ainda este mês, caso não haja atrasos devido as condições climáticas.
As obras de pavimentação do bairro estão sendo realizadas pela Prefeitura de Boituva através de um convênio firmado junto ao Governo Estadual.



Santo António nas palavras do Papa


Catequese sobre o Santo português, um dos «mais populares de toda a Igreja Católica»

Gostaria de falar de outro santo pertencente à primeira geração dos Frades Menores: António de Pádua ou, como é também chamado, de Lisboa, referindo-se à sua cidade natal.

Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não só em Pádua, onde foi construída uma maravilhosa Basílica que conserva os seus despojos mortais, mas em todo o mundo. São queridas aos fiéis as imagens e as imagens que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus no colo, em recordação de uma milagrosa aparição mencionada por algumas fontes literárias.

António contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus salientes dotes de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico.

Nasceu em Lisboa numa família nobre, por volta de 1195, e foi baptizado com o nome de Fernando. Uniu-se aos cónegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiro no mosteiro de São Vicente em Lisboa e, sucessivamente, no da Santa Cruz em Coimbra, famoso centro cultural de Portugal.

Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que fez frutificar na actividade do ensino e da pregação. Aconteceu em Coimbra o episódio que contribuiu para uma mudança decisiva na sua vida: ali, em 1220 foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos, que tinham ido a Marrocos, onde encontraram o martírio.

A sua vicissitude fez nascer no jovem Fernando o desejo de os imitar e de progredir no caminho da perfeição cristã: então, pediu para deixar os Cónegos agostinianos e para se tornar Frade Menor. O seu pedido foi aceite e, tomando o nome de António, partiu também ele para Marrocos, mas a Providência divina dispôs de outro modo.

Após uma doença, foi obrigado a partir para a Itália e, em 1221, participou no famoso "Capítulo das Esteiras" em Assis, onde encontrou também São Francisco. Em seguida, viveu algum tempo no escondimento total num convento de Forli, no norte da Itália, onde o Senhor o chamou para outra missão.

Enviado, por circunstâncias totalmente casuais, a pregar por ocasião de uma ordenação sacerdotal, mostrou ser dotado de ciência e eloquência, e os Superiores destinaram-no à pregação.

Começou assim na Itália e na França, uma actividade apostólica tão intensa e eficaz que induziu muitas pessoas que se tinham afastado da Igreja a reconsiderar a sua decisão. António foi também um dos primeiros mestres de teologia dos Frades Menores, ou até o primeiro.

Iniciou o seu ensino em Bolonha, com a bênção de São Francisco, o qual, reconhecendo as virtudes de António, lhe enviou uma breve carta, que iniciava com estas palavras: "Agrada-me que ensines teologia aos frades".

António lançou as bases da teologia franciscana que, cultivada por outras insignes figuras de pensadores, teria conhecido o seu ápice com São Boaventura de Bagnoregio e com o beato Duns Escoto.

Tornando-se Superior dos Frades Menores da Itália setentrional, continuou o ministério da pregação, alternando-o com as funções de governo. Concluído o cargo de Provincial, retirou-se para perto de Pádua, aonde já tinha ido outras vezes. Após um ano, faleceu nas portas da cidade, a 13 de Junho de 1231.

Pádua, que o tinha acolhido com afecto e veneração durante a vida, tributou-lhe para sempre honra e devoção. O próprio Papa Gregório IX, que depois de o ter ouvido pregar o tinha definido "Arca do Testamento", canonizou-o só um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.

Sermões
No último período de vida, António pôs por escrito dois ciclos de "Sermões", intitulados respectivamente "Sermões dominicais" e "Sermões sobre os Santos", destinados aos pregadores e aos professores dos estudos teológicos da Ordem franciscana.

Nestes Sermões ele comentava os textos da Escritura apresentados pela Liturgia, utilizando a interpretação patrístico-medieval dos quatro sentidos, o literal ou histórico, o alegórico ou cristológico, o antropológico ou moral, e o analógico, que orienta para a vida eterna.

Hoje redescobre-se que estes sentidos são dimensões do único sentido da Sagrada Escritura e que é justo interpretar a Sagrada Escritura procurando as quatro dimensões da sua palavra. Estes Sermões de Santo António são textos teológico-homiléticos, que reflectem a pregação bíblica, na qual António propõe um verdadeiro itinerário de vida cristã.

É tanta a riqueza de ensinamentos espirituais contida nos "Sermões", que o Venerável Papa Pio XII, em 1946, proclamou António Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de "Doutor evangélico", porque desses escritos sobressai o vigor e a beleza do Evangelho; ainda hoje os podemos ler com grande proveito espiritual.

Nestes Sermões Santo António fala da oração como de uma relação de amor, que estimula o homem a dialogar docilmente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que suavemente envolve a alma em oração.

António recorda-nos que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio que não coincide com o desapego do rumor externo, mas é experiência interior, que tem por finalidade remover as distracções causadas pelas preocupações da alma, criando o silêncio na própria alma.

Segundo o ensinamento deste insigne Doutor franciscano, a oração é articulada em quatro atitudes indispensáveis que, no latim de António, são assim definidas: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. Poderíamos traduzi-las do seguinte modo: abrir com confiança o próprio coração a Deus; é este o primeiro passo do rezar, não simplesmente colher uma palavra, mas abrir o coração à presença de Deus; depois, dialogar afectuosamente com Ele, vendo-o presente comigo; e depois muito natural apresentar-lhe as nossas necessidades; por fim, louvá-lo e agradecer-lhe.

Caridade
Deste ensinamento de Santo António sobre a oração captamos uma das características específicas da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, isto é, o papel atribuído ao amor divino, que entra na esfera dos afectos, da vontade, do coração, e que é também a fonte da qual brota uma consciência espiritual, que supera qualquer conhecimento. De facto, amando, conhecemos.

Escreve ainda António: "A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem o amor, a fé esmorece" (Sermomes Dominicales et Festivi II, Messaggero, Pádua 1979, p. 37).
Só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual: é este o objecto privilegiado da pregação de Santo António. Ele conhece bem os defeitos da natureza humana, a nossa tendência a cair no pecado, e portanto exorta a continuar a combater a inclinação da avidez, do orgulho, da impureza, e a praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza.

No início do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescer do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por este motivo, António convidou várias vezes os fiéis a pensar na verdadeira riqueza, a da cruz, que tornando bons e misericordiosos, faz acumular tesouros para o Céu. "Ó ricos assim exorta ele tornai-vos amigos... dos pobres, acolhei-os nas vossas casas: serão depois eles, os pobres, quem vos acolherão nos eternos tabernáculos, onde há a beleza da paz, a confiança da consciência, a opulenta tranquilidade da eterna saciedade" (Ibid., p. 29).

Não é porventura este, queridos amigos, um ensinamento muito importante também hoje, quando a crise financeira e os graves desequilíbrios económicos empobrecem não poucas pessoas, e criam condições de miséria?

Na minha Encíclica Caritas in veritate recordo: "A economia tem necessidade da ética para o seu correcto funcionamento não de uma ética qualquer, mas de uma ética amiga da pessoa" (n. 45).

Crucifixo
António, na escola de Francisco, coloca sempre Cristo no centro da vida e do pensamento, da acção e da pregação. Esta é outra característica típica da teologia franciscana: o cristocentrismo. Ela contempla benevolamente, e convida a contemplar, os mistérios da humanidade do Senhor, o homem Jesus, de modo particular, o mistério da Natividade, Deus que se fez Menino, se entregou nas nossas mãos: um mistério que suscita sentimentos de amor e de gratidão para com a bondade divina.

Por um lado a Natividade, ponto central do amor de Cristo pela humanidade, mas também a visão do Crucifixo inspira em António pensamentos de reconhecimento para com Deus e de estima pela dignidade da pessoa humana, de modo que todos, crentes e não-crentes, possam encontrar no Crucificado e na sua imagem um significado que enriquece a vida.

Escreve Santo António: "Cristo, que é a tua vida, está pendurado diante de ti, para que tu olhes para a cruz como para um espelho. Nela poderás conhecer quanto mortais foram as tuas feridas, que nenhum remédio teria podido curar, a não ser o do sangue do Filho de Deus. Se olhares bem, poderás dar-te conta de como são grandes a tua dignidade humana e o teu valor... Em nenhum outro lugar o homem pode aperceber-se melhor do seu valor, a não ser olhando para o espelho da cruz" (Sermones Dominicales et Festivi III, pp. 213-214).

Meditando estas palavras podemos compreender melhor a importância da imagem do Crucifixo para a nossa cultura, para o nosso humanismo nascido da fé cristã. Precisamente olhando para o Crucifixo vemos, como diz Santo António, como é grande a dignidade humana e o valor do homem.

Em nenhum outro ponto se pode compreender quanto o homem vale, precisamente porque Deus nos torna tão importantes, nos vê tão importantes, que somos, para Ele, dignos do seu sofrimento; assim, toda a dignidade humana aparece no espelho do Crucifixo e olhar em sua direcção é sempre fonte do reconhecimento da dignidade humana.

Queridos amigos, possa António de Pádua, tão venerado pelos fiéis, interceder pela Igreja inteira, e sobretudo por aqueles que se dedicam à pregação; oremos ao Senhor para que nos ajude a aprender um pouco desta arte de Santo António.

Os pregadores, inspirando-se no seu exemplo, tenham a preocupação de unir doutrina sólida e sã, piedade sincera, incisiva na comunicação. Neste Ano sacerdotal, rezemos para que os sacerdotes e os diáconos desempenhem com solicitude este ministério de anúncio e de actualização da Palavra de Deus aos fiéis, sobretudo através das homilias litúrgicas. Sejam elas uma apresentação eficaz da eterna beleza de Cristo, precisamente como António recomendava: "Se pregas Jesus, Ele comove os corações duros; se o invocas, alivia das tentações amargas; se o pensas, ilumina o teu coração; se o lês, sacia-te a mente" (Sermones Dominicales et Festivi III, p. 59).

(Audiência geral de 10 de Fevereiro de 2010.