Já está na web o cartaz do Encontro da Pastoral da Comunicação produzido pela Diocese de Limeira A Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1 divulgou, nesta segunda-feira (4), o cartaz para o 16º Encontro Regional de Comunicação. Este material foi produzido pelo Setor de Comunicação da Diocese de Limeira para fins de divulgação do Encontro, que terá como tema «Comunicadores no mundo digital: motivações e desafios». O cartaz, criado por Michele Bais, sintetiza os novos processos de comunicação existentes na sociedade contemporânea. Padre Marcos Ramalho, responsável pela concepção do cartaz, explica a simbologia contida no cartaz. “A linguagem binária (os zeros e uns, que nos remetem a linguagem dos computadores) e os cabos de fibra ótica (que compõe o fundo azulado do cartaz), nos recorda que os seres humanos estão interligados por novas tecnologias e linguagens. O desenho do átomo (estrutura elementar de toda matéria existente) nos lembra que também a comunicação é inerente a nossa natureza humana. Comunicar é viver e viver é comunicar, poderíamos dizer. Somos humanos porque somos capazes de comunicação, e através da comunicação vamos nos fazendo humanos. Comunicando podemos construir (ou desconstruir) nossa humanidade. Comunicando podemos reinventar (ou não) a nossa história, o nosso destino.” O 16° Encontro Regional de Comunicação acontece, de 5 a 7 de novembro, em Sorocaba (SP). Para fazer download desse cartaz, basta acessar o site www.cnbbsul1.org.br na seção Setor de Comunicação. |
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Encontro da Pascom
Dia de agradecer pelas graças alcançadas
Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida inspira a fé e a vida de muitas pessoas, que qualificam as melhorias alcançadas como milagres intercedidos pela santa católica. As manifestações de carinho e agradecimento aumentam no dia celebrado em homenagem à Nossa Senhora. Cada devoto agradece do seu jeito, mas todos tem uma história para contar.
Natural do Paraná, a dona de casa Alzira Ferreira Catarino, de 45 anos, ainda possui a primeira imagem de Nossa Senhora Aparecida adquirida há mais de 20 anos. Derrubada por um vento forte que entrou pela porta da casa, a imagem foi colada com fita adesiva e ainda continua a receber quem anda cozinha adentro. O vento foi tão forte que era para ter derrubado tudo naquele dia, mas só ela caiu. Parece que ela caiu para que a casa continuasse em pé, disse.
Mãe de três filhos criados com dificuldades financeiras, Alzira atribui todas as conquistas à Nossa Senhora. A maior delas foi em relação aos estudos da filha mais velha, de 25 anos, que formou-se em nutrição no ano passado. Quando Bruna, que sempre estudou em escola pública, passou na faculdade, a família não tinha condições de pagar a mensalidade, que custava cerca de R$ 1.000. Então, toda semana, mãe e filha faziam orações e novenas para que conseguissem pagar os estudos, senão Bruna teria que desistir do curso superior. No primeiro ano, conseguiram uma bolsa parcial e a mensalidade caiu para R$ 700. Fez muita diferença, mas ainda era muito difícil, disse Alzira. Mesmo assim a família não desistiu e, no final do segundo ano, Bruna foi contemplada com uma bolsa de 100%. Além da bolsa, logo que terminou a faculdade, a filha de Alzira logo conseguiu um emprego. Se não fosse a intercessão de Nossa Senhora, a Bruna não teria nem conseguido terminar a faculdade. Mas Nossa Senhora conhece as nossas necessidades e está sempre nos amparando, afirmou Alzira, que ainda destacou. Muitas pessoas ainda sofrem na vida por falta de fé, porque não acreditam.
A família toda de Marina Norberto Viana, de 53 anos, estava em festa. Depois de três anos de privações e dificuldades, a filha Adriana Aparecida Viana, de 31, conseguiu abrir o próprio restaurante ontem de manhã, na cidade de Votorantim. A nossa intenção era inaugurar depois do feriado, mas uma empresa para quem prestamos serviço resolveu abrir e pediu almoço para os funcionários. Então inauguramos na véspera do dia de Nossa Senhora, e só temos a agradecer mais essa graça na nossa vida, afirmou Marina.
Com Aparecida no nome em homenagem à santa, a filha Adriana contou que muitas pessoas falavam para ela desistir do negócio, que antes funciona numa cozinha industrial montada de forma improvisada na própria casa. Nós persistimos e hoje estamos correndo para dar conta do trabalho, graças a Deus, disse Adriana.
Como praxe nas famílias católicas, o estabelecimento foi ontem mesmo abençoado pelo diácono José Laerte, que aspergiu água benta por todo o local. Temos a certeza de que aquele que trabalha honestamente, Deus abre as portas, por intercessão de Nossa Senhora, destacou o diácono.
Devota, Marina visita a Basília de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida, todos os anos. Ela enumerou uma série de bênçãos atribuídas à Padroeira do Brasil, entre elas, a vida do neto de três anos. Quando tinha apenas 20 dias, ele engasgou e quase morreu. Só sobreviveu porque havia uma médica pediatra passando pela calçada do hospital naquele momento, que foi chamada por uma enfermeira. Naquele momento, eu estava com meu neto nos braços, rezando para Nossa Senhora, contou, emocionada.
Em Sorocaba e Votorantim
Fiéis de Sorocaba e Votorantim homenageiam a Padroeira
Cruzeiro on-lineMilhares de fiéis de Sorocaba e Votorantim se aglomeraram nesta terça-feira em capelas, celebrações e às ruas em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil.
No Santuário de Aparecidinha nove missas foram realizadas por padres de várias paróquias e cerca de 10 mil pessoas, segundo o pároco da igreja, o padre José Antônio Leite de Oliveira, passaram pelo local, seja para participar das missas ou para se aproximar da imagem que representa a santa e prestar homenagens à padroeira.
Em Votorantim, um dos pontos marcantes das comemorações foi a tradicional procissão motorizada, que reuniu, segundo os organizadores, cerca de 3 mil veículos, além de motos e caminhões, que percorreram as principais ruas da cidade, juntamente com a imagem da santa.
Dilma busca apoio em templos e igrejas de Sorocaba
Para tentar estancar a perda de votos entre os evangélicos e católicos, a campanha de Dilma Rousseff (PT) escalou em Sorocaba aliados para percorrerem igrejas e templos da cidade e da região, de diversas denominações, entre as quais a Universal do Reino de Deus, Batista, Quadrangular, Catedral Evangélica e ainda Assembleia de Deus, ministérios Madureira e Belém, esta última com cerca de 400 unidades espalhadas por 47 municípios.
O objetivo, segundo o presidente do PT em Sorocaba, José Carlos Triniti, é evitar a propagação “ainda maior” do que chamou de “rede de boatos e intrigas” plantados contra a candidata petista à Presidência da República, a respeito de temas polêmicos como o aborto, união civil entre pessoas do mesmo sexo e proibição de proferir religião em órgãos públicos.
A coordenação de campanha da presidenciável do PT escalou lideranças dos diretórios municipais dos principais colégios eleitorais do País, entre os quais Sorocaba, que conta com mais de 407 mil eleitores, para montar agendas com pastores, bispos, padres e diáconos, além de coordenadores de grupos ligados a assuntos políticos de vários segmentos religiosos.
Isto, para pedir o apoio a Dilma, apresentar e reafirmar as propostas de governo, sobretudo a temas ligados aos valores morais e cristãos, para que isso reflita em votos à candidata. “Nesses 19 dias que restam até o 2.º turno das eleições estamos intensificando as articulações junto a essas lideranças religiosas para que elas conversem com seus fiéis a respeito da onda de boatos que a oposição está plantando; mostrem a verdade dos fatos e ainda os fiéis possam conhecer as propostas e o que pensa, de verdade, a candidata Dilma Rousseff, a respeito desses assuntos polêmicos e ligados aos valores morais e cristãos, inclusive acessando a página da campanha na internet”, disse Triniti.
Ele acrescentou que O PSDB está distribuindo panfletos apócrifos para vincular a imagem da Dilma à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por isso, o PT chegou a criar uma central de boataria, para esclarecer as dúvidas dos eleitores. “Além disso, a coligação lançou um manifesto para o segundo turno, no qual queremos evitar e repelir esta verdadeira guerra suja que está sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosos como centro de uma disputa eleitoral”.
Esclarecer eleitores
Pela Igreja Universal do Reino de Deus, a “missão” ficou a cargo do pastor e vereador Irineu Toledo (PRB), que já participou de reunião com a cúpula do PT local. A determinação pelo apoio a Dilma veio do líder e fundador da Igreja, o bispo Edir Macedo. “O pastor Irineu, a pedido do bispo Edir Macedo, vai percorrer todas as igrejas de Sorocaba e região, conversando com os fiéis e desmentindo essa boataria”, explicou.
Presidente do Fórum Evangélico de Sorocaba e uma das lideranças da Igreja Batista do Calvário, Getúlio Galvão de Souza, disse que nesta semana intensificou os contatos com os fiéis para negar que a candidata do PT tenha dito que “nem Jesus Cristo me tira essa vitória” - frase atribuída a Dilma na internet.
Ressaltou Souza que a candidata já afirmou que é contra o aborto. “Além disso, está uma boataria muito grande sobre vários assuntos cristãos, que acabam confundindo os fiéis e, consequentemente, eleitores. Importante que, sabendo da verdade, possamos decidir. Não é uma postura correta do evangélico, do cristão, propagar boatos”, completou.
Fé e Política
O líder religioso Getúlio Galvão de Souza ressaltou que na próxima quinta-feira deve se reunir, acompanhado pelo deputado estadual reeleito Hamilton Pereira (PT) com o pastor Flávio Antonio, líder da Catedral Evangélica de Sorocaba, igreja oriunda da Quadrangular, para discutir o apoio à candidata Dilma. A Catedral Evangélica possui 40 igrejas no Estado, das quais 12 em Sorocaba.
Nos próximos dias ambos também devem se encontrar com o pastor Osmar José da Silva, presidente do Conselho de Pastores, e uma das lideranças da Assembleia de Deus, Ministério do Belém, que em 47 cidades da região possui 400 templos. “Em seguida vamos nos reunir com as lideranças do Ministério Madureira”, disse Galvão de Souza.
Pela Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) o pastor e deputado federal reeleito com 116.317 votos, Jefferson Campos (PSB), bem como o também pastor e vereador Carlos Cézar (PSC), eleito deputado estadual com 67.189 votos, disseram que vão seguir os partidos e apoiar Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições.
O Grupo Fé e Política, entidade ligada à Igreja Católica, tem mantido contato com lideranças da Arquidiocese, que possui 52 paróquias em 13 cidades da região, na tentativa, segundo declarou o coordenador do grupo, Carlos Leite, de rebater as acusações colocadas na internet a respeito da candidata do PT, Dilma Rousseff. “O objetivo é alertar o fiel e eleitor quanto ao voto consciente e livre, além de distinguir o que é calúnia, mentira, do que é verdade”, argumentou.
Dilma visitou Santuário de Aparecida no dia 11
APARECIDA, São Paulo (Reuters) - A candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, visitou o Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo.
Dilma acompanhou uma missa e caminhou pelo santuário onde visitou o lugar onde se encontra a imagem da santa padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, sendo aplaudida diversas vezes pelo público presente.
RELIGIÃO
Durante a missa, a candidata preferiu não comungar. "Eu prefiro ter essa manifestação - até pode ser uma questão minha- mais recatada", explicou.
Dilma afirmou que nunca tinha visitado a basílica antes e se mostrou irritada ao ser questionada sobre sua crença. "Acho que ninguém tem o direito de dizer qual é a minha crença, quem pode julgar sobre crenças e religiões é Deus."
A candidata disse ser muito devota de Nossa Senhora Aparecida, e que essa devoção se aprofundou nos últimos anos, sem explicar os motivos.
Serra visita santuário católico e nega desvio de doação para sua campanha
Publicada em 12/10/2010 às 14h26m
Silvia AmorimAPARECIDA, SP - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, respondeu nesta terça-feira à declaração da sua adversária, Dilma Rousseff (PT), de que a campanha tucana teria sido alvo de desvio de recursos por parte do engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-funcionário da Dersa. Serra negou o fato e acusou a petista de tentar criar factoides para prejudicar a candidatura dele.
- Vamos deixar claro. A candidata Dilma Rousseff chegou no debate e disse que tinha havido um desvio de R$ 4 milhões na minha campanha. Ou seja, que alguém contribuiu e não chegou à minha campanha. Isso não é verdade. Ele não fez nada disso. Ele é totalmente inocente. Eu não pude responder no dia, porque ela aproveitou o final de uma fala e depois entrou outro assunto. Isso são factoides feitos para pegar na imprensa. Alguns funcionam, como estamos vendo agora. É um factoide que deu certo. Ela tentou dez, um ou dois acabam pegando - afirmou Serra, que ontem, em carreata em Goiânia, já havia acusado a campanha da adversária de criar factoides , como a suposta declaração atribuída à mulher dele, Monica.
Serra disse que a adversária introduziu na campanha o suposto desvio de recursos por "falta de assunto":
- É pura fantasia e falta de assunto.
O eventual desvio de doações para a campanha do tucano foi mencionado pela primeira vez por Dilma no debate da TV Bandeirantes, no domingo passado. No programa, Serra não respondeu à petista.
O presidenciável tucano visitou nesta manhã o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, no interior paulista. Ao lado da mulher, Monica, do candidato a vice, deputado Indio da Costa (DEM-RJ), e do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, Serra assistiu à cerimônia de comemoração ao Dia da Criança e da padroeira do Brasil.
Segundo a organização, cerca de 35 mil católicos participaram da missa. Monica recebeu, durante a cerimônia, uma réplica da imagem de Nossa Senhora. A igreja pediu a ela, que nasceu no Chile, que entregasse a imagem aos mineiros que estão soterrados em uma mina no país vizinho.
A cerimônia durou cerca de duas horas. Ao contrário de Dilma, que visitou ontem a Basílica e não comungou, Serra aceitou a hóstia oferecida durante a missa. O candidato chegou após cerca de 15 minutos do início da celebração, mas, ao ser apresentado pelo arcebispo, dom Serafim Fernandes, foi bastante aplaudido.
Em São Paulo
Projeto pretende conscientizar população
Foto: Agência Estado
Foto: Agência Estado
Um trecho do rio Tietê na capital paulista foi palco de uma procissão fluvial na manhã nesta terça-feira, em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. A procissão fez parte do projeto Tietê Esperança Aparecida, que tem, além do aspecto religioso, o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do trabalho de despoluição e revitalização do rio Tietê.
A imagem da padroeira foi carregada do Porto Verão, na barragem da Penha, e foi até a Ponte das Bandeiras. O projeto foi criado em 2004 pelo padre Palmiro Carlos Paes, da paróquia São Luiz Gonzaga, de Pirituba. O evento terá participação da banda dos "Arautos do Evangelho". Antes de chegar à capital paulista, a imagem passou pelas cidades de Salesópolis, onde nasce o rio Tietê, Biritiba Mirim, Guarulhos e pelo parque ecológico do Tietê, zona leste da Capital.
Desde 16 de julho de 1930
A Rainha e Padroeira do Brasil
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI, sendo coroada. Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
Direto de Aparecida
Redação Santuário Nacional
Uma linda procissão leva a frente o carro-andor da Mãe Aparecida.
Em destaque, uma reprodução do pescador Felipe Pedroso, com uma parte da Imagem em uma das mãos e a cabeça na outra.
É desta forma que os devotos da Padroeira do Brasil estão neste momento percorrendo as ruas da cidade de Aparecida.
“Fico emocionada. Há 4 anos eu venho a Aparecida e só vou embora quando a procissão termina”, explicou Sueli Castro, de Curitiba (PR), que está em Aparecida desde a última sexta-feira (8).
Após a procissão solene, um grande show com Padre Fábio de Melo encaminha a finalização dos festejos da Festa da Padroeira 2010.
Após a apresentação, haverá show pirotécnico, que segundo a Segurança Patrimonial do Santuário, deve durar 15 minutos.
Cerca de 10 mil pessoas são esperadas para o show.
Hoje é dia de Nossa Senhora Aparecida - um pouco de história
12 de Outubro
A História mais autêntica e admirável do encontro da imagem milagrosa por pescadores; graças e benefícios provenientes da maternal e poderosa intercessão junto a DEUS; Basílica Nova, Santuário Nacional; informações preciosas para romeiros, peregrinos e visitantes.
OS JESUÍTAS
Nossa Senhora Aparecida
Desde o descobrimento do Brasil uma nova força encheu de esperanças a Coroa Portuguesa, para conseguir êxito na colonização das terras descobertas. Era a força espiritual, representada pelos padres da Companhia de Jesus (Jesuítas), que apesar de recém-fundada, tinha conquistado a confiança do Rei Dom João III, que decidiu dar-lhes auxílio e proteção.
Por isso os padres jesuítas tiveram a honra de iniciar no Brasil um profundo trabalho catequético, com a ajuda da Monarquia Portuguesa. E com muita coragem e disposição dedicaram-se à conversão e evangelização das ferozes e selvagens tribos indígenas que povoavam nossa terra.
Dentre os muitos e audazes Padres que exercitaram heroicamente o ideal cristão em terras brasileiras, mencionamos Padre Manoel da Nóbrega, Padre Navarro, Padre Galvão e Padre José de Anchieta, que fundaram e trabalharam ativamente nos núcleos de colonização, que hoje são notáveis e importantes cidades, como São Paulo, Vitória, São Vicente, Anchieta e muitas outras.
A preocupação inicial era formar o povoado, construindo escolas, ambulatórios, centro de catequese, a fim de facilitar a fixação e o enraizamento do índio e de sua família, inclusive procurando catequiza-los no próprio idioma indígena. Com este procedimento racional, os padres criaram condições favoráveis para que as comunidades crescessem e se ampliassem.
Entre as diversas tribos existentes, algumas eram nômades, não se fixavam por longo tempo em nenhum lugar. Por isso mesmo, mereceram uma atenção mais especial dos Jesuítas, porque não permanecendo nos povoados, ao se deslocarem para outras regiões geralmente levavam algumas pessoas que já residiam na comunidade e causavam com a partida, um certo desânimo naqueles que permaneciam. E foi assim que a perseverança admirável dos missionárias, depois de insistentes tentativas, conseguiram vencer a resistência indígena e vagarosamente foi-se observando um processo de fixação, fazendo com que eles assumissem os deveres, obrigações e regalias no povoado sabiamente orientados pelos prelados. Organizaram um esquema de trabalho permanente, que os mantinha os índios sempre ocupados, produzindo para eles mesmos e para a comunidade.
Por outro lado, felizmente aquelas revoluções religiosas que ocorreram na Europa no século XVI e causaram tanto mal, não afetaram e nem influenciaram em nada, a nascente vida religiosa brasileira. O país nasceu sob o signo da Cruz, fiel ao evangelho do SENHOR JESUS e submissa a hierarquia eclesiástica apostólica romana, e assim continua até hoje. Em 1550 foi constituída a Diocese da Bahia e em 1575 fundada a Diocese do Rio de Janeiro. Hoje, o Brasil possuí dezenas de Arquidioceses, centenas de Dioceses, dezenas de Prelazias, diversas Eparquias e mais de 10.000 Paróquias espalhadas por todo o território nacional.
OS BANDEIRANTES
No alvorecer do século XVIII, os povoados já apresentavam um notável crescimento e o comércio era intenso pela multiplicidade de transações, movimentando e estimulando os habitantes que buscavam a conquista e consolidação de uma boa condição financeira. Foi quando também surgiu a "febre do ouro" , uma procura nervosa e obstinada do precioso metal, alimentando a idéia e o sonho em muita gente que queriam enriquecer de qualquer maneira.
A procura sistemática e corajosa, começou com os bandeirantes que partiam de Taubaté, SP, em demanda ao interior agreste, detendo-se em muitos lugares, onde imaginavam encontrar o ouro. Andavam pelos montes verdes e rochosos, varando torrentes, escalando tombadouros, passando por divisores de água e alcançando vales imensos, nos quais renascia sempre uma esperança de êxito, de concretizar o objetivo de suas incursões, satisfazendo a ambição e a audácia.
O ciclo das esmeraldas tinha encerrado com a morte do destemido bandeirante Fernão Dias. Agora era a vez dos bandeirantes José Gomes de Oliveira e seu ajudante Vicente Lopes, que saíram do Rio Paraíba, próximo a Taubaté e foram até as nascentes do Rio Doce em Minas Gerais, à procura de ouro. Depois veio Antônio Rodrigues Arzão, que seguindo o mesmo caminho, encontrou areias auríferas no Rio Casca. Depois vieram Salvador Fernando Furtado, Carlos Pedroso da Silveira, Bartolomeu Bueno, Tomás Lopes de Camargo, Francisco Bueno da Silva e muitos outros, que atingiram o cerro Tripui, criaram o primeiro povoado de Ouro Preto e descobriram também numerosas jazidas em Mariana e no Rio das Mortes.
AS MINAS DE OURO
Nossa Senhora Aparecida
As notícias se espalharam ligeiras, afinal era uma surpresa agradável e prometedora que excitou as pessoas e enervou todas as regiões do Brasil Colonial. Para as minas acorreram gente de todas as classes, cores e níveis sociais, ansiosos e cheios de esperança, vislumbrando a possibilidade de ganharem muito dinheiro. As jazidas foram literalmente invadidas por homens, mulheres, crianças e idosos, que largaram empregos e propriedades, para se aventurarem na extração do ouro.
Mas no meio de tanta gente, de pensamentos e instruções tão heterogêneos, começou a acorrer o inevitável representado por mal-entendidos, discussões, provocações, as pequenas brigas e os primeiros conflitos sérios entre os mineiros antigos e os novos mineradores. O ambiente degenerou de tal modo, que culminou com brigas violentas e muitas mortes, na longa e primitiva guerra dos "Emboabas".
A partir desta época, as dificuldades aumentaram para a maioria daqueles que demandavam às minas, porque eram assaltados e roubados, perdiam as suas economias e a condição mínima para poderem viver, por isso se sujeitavam as exigências dos "aliciadores" de mão de obra, que impunham um trabalho escravo com um máximo de empenho em troca de um salário reduzido. Também os negros trazidos da África como escravos, nos famosos e detestáveis navios negreiros e chegaram ao Brasil a partir do inicio do século XVI e mais precisamente, desde o ano 1540, eram levados para as minas onde trabalhavam sem cessar, para satisfazer a gula insaciável de enriquecimento de seus patrões. Suportavam uma cruel tirania em benefício de poucas pessoas que comandavam o esquema da extração mineral.
COROA PORTUGUESA
O Rei de Portugal tentou por diversas formas acabar com as brigas e criar normas para a exploração do ouro, objetivando proteger as classes menos favorecidas e garantir também a cobrança de seu imposto, que era de 1/5 sobre o total extraído, ou seja, 20% da produção global de ouro. Com este objetivo determinou que o metal fosse fundido em barras com o carimbo do Império, para serem autorizadas a sua comercialização.
Todavia, diversos fazendeiros, principalmente no interior de Minas Gerais, montaram instalações e adestraram um pessoal a fim de fazer a extração e o beneficiamento do metal, objetivando fugir do pagamento do Imposto de 20% (vinte por cento) exigido pelo Rei de Portugal. Dessa forma, eles fabricavam nas suas fundições as barras de ouro e aplicavam um carimbo do Império falsificado com tanta perfeição, que ninguém percebia e assim, comercializavam o ouro sem qualquer dificuldade.
CAPITANIA DE SÃO VICENTE
Como o quadrilátero aurífero de Minas Gerais pertencia a Capitania do Rio de Janeiro que territorialmente abrangia o atual Estado do Rio de Janeiro, Estado de Minas Gerais e Estado de São Paulo, por carta régia de 9 de Novembro de 1709, o Rei de Portugal desmembrou a Capitania em duas, mantendo a Capitania do Rio de Janeiro onde está o atual Estado do Rio de Janeiro, e a Capitania de São Vicente que abrangia os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Os portugueses esperavam que com esta divisão, pudessem manter um maior controle sobre as minas e acabar de modo efetivo com as guerras e roubos, a fim de que o povo: escravos, brancos e índios, não fossem completamente explorados pela ganância irresistível de uma pequena classe privilegiada.
Artur de Sá foi o primeiro Governador da Capitania recém fundada de São Vicente e logo, implantou com certo sucesso uma organização na exploração do ouro, além de um severo policiamento para manter a disciplina e a ordem no garimpo. Mas na realidade, conseguiu isto por pouco tempo. A cobiça era muito grande e em conseqüência, oferecia uma perigosa margem para tramas diabólicas. Não havia fraternidade e nem piedade, uns poucos ganhavam fortunas, enquanto a maioria que realmente trabalhava, estava subjugada e escravizada. Para estes, a única solução possível, para neutralizar o peso da escravidão e aliviar os seus sofrimentos, era voltar-se para DEUS, com súplicas fervorosas, acompanhadas de muitas lágrimas e muita fé, pedindo ao CRIADOR que lhes concedessem misericórdia e justiça.
GOVERNADOR DA CAPITANIA
Nossa Senhora Aparecida
Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, homem de poucas palavras e muito religioso, pertencia a uma das mais ilustres famílias do Reino Português, tendo realizado em ocasiões diferentes, diversos serviços para o seu país, na Europa e nas Colônias Portuguesas de Ultramar.
Nasceu em 1688, estudou artes militares e estreou muito jovem na carreira das armas, lutando na guerra de sucessão na Espanha e depois, foi encarregado de trazer de retorno à Portugal, a tropa militar Portuguesa, durante o armistício que antecedeu a assinatura do tratado de Utrech.
Em 1716 concorreu com mais oito candidatos, atendendo ao convite da Coroa Portuguesa, para provimento do cargo de Governador e Capitão Geral da Capitania de São Vicente, no Brasil, cuja área abrangia os atuais Estados de São Paulo e Minas Gerais. Venceu o concurso por suas inegáveis e admiráveis qualidades. Em 22 de Dezembro de 1716, por despacho do Rei de Portugal, Dom João V, foi nomeado para o posto, sendo o terceiro Governador na história da Capitania.
Além do título de Conde de Assumar, possuía outros: Comendador da Ordem de São Cosme e Damião de Azere, Comendador da Ordem de Cristo do Conselho de Sua Majestade, Vice-Rei das Índias, Marquês de Caste o Novo e de Alorna, Sargento Mor de Batalha de seus Exércitos.
Antes de terminar o seu mandato governamental de 4 anos na Capitania de São Vicente, no ano de 1720 desmembrou sua Capitania em duas, por causa da grandeza do território, separando São Paulo de Minas Gerais, justamente definindo as áreas que hoje são ocupadas pelos dois Estados.
O Conde embarcou em Lisboa para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em Junho de 1717.
No mês de Agosto seguiu de navio para Santos, fazendo escala em Parati, onde deixou sua bagagem, que foi transportada por terra para a Vila de Guaratinguetá. De Santos viajou para São Paulo, a fim de tomar posse na sede da Capitania, onde chegou no dia 4 de Setembro.
No dia 8 de Setembro, dedicado a celebração da Natividade de NOSSA SENHORA, mandou um emissário levar às Minas, a Certidão de sua posse.
VIAGEM ÀS MINAS
Nossa Senhora Aparecida
A Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nº 3, de 1939, publicou nas páginas 295 a 316, o Diário completo da jornada feita por Dom Pedro de Almeida, desde o Rio de Janeiro até São Paulo, e desta cidade até as Minas em Ouro Preto e Mariana, no ano de 1717, um precioso documento descoberto no Arquivo do Governo Português, em Lisboa.
No dia 26 de Setembro de 1717, mandou outro emissário às Minas, para avisar a todos administradores de sua próxima visita. A viagem tinha como objetivo primordial conhecer e verificar as condições de trabalho nas Minas de Ribeirão do Carmo, hoje cidade de Mariana, nas Minas de São João Del Rei e de Vila Rica de Ouro Preto.
No dia seguinte, saiu de São Paulo e rumou em direção ao Vale Paraíba, parando primeiro em Mogi das Cruzes, depois em Jacareí, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, chegando à Vila de Guaratinguetá no dia 17 de Outubro e lá permaneceu até o dia 30, esperando por sua bagagem que havia deixado em Parati para ser enviada à Guaratinguetá em tropa de animais, onde só chegou no dia 28.
VEREADORES PREPARAM UM BANQUETE
Nossa Senhora Aparecida
Aqui, é particularmente importante fixarmos esta data de 17 de Outubro de 1717, porque existia dúvidas sobre a data exata da chegada de Sua Excelência, o Governador da Capitania, a Guaratinguetá. A mencionada Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, publicando o Diário completo da viagem, eliminou definitivamente todas as controvérsias sobre a data.
Na véspera, a Câmara Municipal contratou diversos pescadores para trazerem uma boa quantidade de peixes, que seriam preparados para o banquete, que foi elaborado com todo o requinte, objetivando agradar o Governador e sua comitiva.
Porto de Itaguaçú
Acesso ao Porto de Itaguaçú
PREPARATIVOS
Estavam no anoitecer do dia 16 de Outubro de 1717 e a temperatura era agradável, com uma suave brisa que agitava as ramadas das árvores. Os pescadores fizeram seus preparativos, colocaram as canoas no Rio Paraíba e remaram em busca dos peixes, fazendo os primeiros lanços de rede no porto de José Correia Leite. Com bastante habilidade e perícia, lançavam e recolhiam a rede em diversos lugares, mas os peixes não apareciam. As horas corriam ligeiras, o relógio já marcava 23 horas, sem que as redes dos barcos espalhados em diferentes áreas, conseguissem trazer um peixe sequer. Desiludidos, quase todos os pescadores abandonaram a pescaria aproximadamente a meia-noite, certos de que aquele dia não era próprio para a pescaria, como diziam: " os peixes tinham sumido do rio". Só permaneceu um barco, com Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João.
PORTO DE ITAGUAÇÚ
Dia de Nossa Senhora Aparecida
Já rompia o dia com o clarão dos primeiros raios de sol, e os três pescadores estavam bem distantes do local onde iniciaram a pescaria. Aproximavam-se do porto de Itaguaçu, sem que seus esforços tivessem sido recompensados com uma boa quantidade de peixes. O Rio Paraíba que era o sustento deles, nunca tinha se portado assim, tão hostil. Mas não podiam desanimar, porque precisavam do dinheiro que receberiam com a venda dos peixes. Tinham sérios compromissos à serem atendidos e também, não é todo dia que chega um visitante ilustre em Guaratinguetá para ensejar-lhes a oportunidade de comercializar muitos peixes. Era uma chance que precisava ser aproveitada. Por causa da visita do Governador da Capitania, tinham sido recomendados pelo pessoal da Câmara: "se levassem muitos peixes seriam bem remunerados".
Dia de Nossa Senhora Aparecida
João Alves, o mais jovem, chegou a exclamar: "será que pescaram todos os peixes do rio e esqueceram de nos avisar?" E no silêncio da madrugada só se ouvia o riso humorado dos três, que sem compreenderem o que acontecia, comentavam o fato com tranqüilidade de espírito e plena aceitação da ocorrência , sem apelações, impropérios ou qualquer manifestação rancorosa. Sem dúvida, precisavam dos peixes e lutavam tenazmente para conseguí-los, mas aceitavam com dignidade o fracasso da pescaria.
Agora estavam no porto de Itaguaçú ... O suor brotava de suas fontes morenas, queimadas pelo sol, enquanto perseverantemente insistiam na faina de lograr êxito na pescaria. E aí aconteceu o imprevisível...
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