sábado, 14 de janeiro de 2012

600 mil pessoas ainda moram em tendas, conta núncio no Haiti

 

Há dois anos o terremoto devastou o Haiti, um dos países mais pobres do mundo. População ainda precisa de ajuda

Dois anos atrás, no dia 12 de janeiro de 2010, o Haiti foi devastado por um terrível terremoto. Aos poucos o país tenta se recuperar, mas são muitas as dificuldades, salienta o Núncio Apostólico no Haiti, Dom Bernardito Auza.
"No Haiti a reconstrução foi e ainda é particularmente difícil e cara, porque tudo é importado, até mesmo a areia. Existe também a questão do relacionamento entre doadores e instâncias haitianas",destaca o núncio.
Dom Bernardito Auza explica que o mandato da Comissão para a reconstrução do Haiti expirou em 21 de outubro passado, e não existe mais uma estrutura ou uma instituição para orientar ou direcionar os esforços. O Parlamento deve ainda tratar a questão e a questão não está no programa legislativo.
"Os temas da gestão, de quem administra os fundos, e, especialmente, de quem recebe os contratos, são muito delicados nos dias de hoje. Existem ainda cerca de 600 mil pessoas morando em tendas, inclusive os nossos seminaristas maiores", conta.
O núncio esclarece ainda que alguns praças públicas foram recuperadas, como a importante Praça de São Pedro (Place Saint-Pierre), em Petionville.
"A Igreja tem dezenas e dezenas de projetos de reconstrução, mas as fases preparatórias técnicas são longas e difíceis, além disso, devemos considerar a questão dos fundos e prioridades", afirma.
Na verdade, segundo Dom Auza, existem projetos que estão quase prontos, mas que não são considerados como prioridade, e os projetos considerados prioritários ainda não foram concluídas as fases preparatórias. Por exemplo, a reconstrução dos dois Seminários maiores nacionais de Filosofia e Teologia é uma prioridade absoluta, mas o projeto ainda não está pronto, porque o processo para a posse do terreno não foi ainda concluído.
"Decidiu-se não voltar mais aos lugares onde estavam antes do terremoto. Enquanto isso, os graves problemas do Haiti, que existiam antes do terremoto, persistem: em primeiro lugar, a pobreza material e social muito generalizada. As crianças não vão à escola ou vão com grandes dificuldades para pagar as mensalidades escolares, pois as escolas públicas são aproximadamente 10% do total, e 90% são escolas particulares e custam muito! ",enfatiza.
O Arcebispo de Porto Príncipe, Dom Guire Poulard, divulgou uma linda mensagem de encorajamento a todos, convidando a lembrar os mortos e incentivando os haitianos a assumirem o controle da situação, dizendo que "a reconstrução será haitiana ou não haverá reconstrução".
"A Igreja Católica não se desencoraja e continua trabalhando em favor dos menores e mais pobres", disse.
Ele sublinha na conclusão que existem muitas atividades programadas, dentre elas a inauguração do novo setor de neonatologia do hospital católico pediátrico "Saint Damien," patrocinado pelo Hospital Menino Jesus, "portanto, pelo Vaticano, e pelo Santo Padre", e a inauguração de uma nova universidade no norte do país (que se chamará Universidade Henri Christophe), presente da República Dominicana ao Haiti.

Convite!

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Sisu recebe 3,41 milhões de inscrições

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação (MEC) recebeu 3. 411.111 inscrições, feitas por 1.757.399 candidatos, até as 23h59 da quinta-feira, 12, quando foi encerrado o prazo. Cada estudante teve o direito de fazer até duas opções de cursos e de instituições. O número de inscritos este ano superou em 62% o registrado no primeiro semestre de 2011, quando 1.080.194 pessoas concorreram às vagas oferecidas.

A ferramenta, criada pelo MEC para unificar o processo seletivo de universidades públicas por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entrou no ar à meia-noite de sexta-feira, 6.

O Sisu está oferecendo, para o primeiro semestre deste ano, 108.552 vagas em 3.327 cursos de 95 instituições públicas de ensino superior. A unidade da Federação que registrou o maior número de inscrições foi o Rio de Janeiro: 381.721. Na sequência vêm Minas Gerais, 367.259; São Paulo, 292.742; Ceará, 243.311; Rio Grande do Sul, 233.324; Bahia, 214.597, e Pernambuco, 193.652.

O candidato aprovado na primeira chamada terá os dias 19 e 20 deste mês para fazer a matrícula na instituição de ensino em que foi selecionado. Os aprovados na primeira opção de curso serão automaticamente retirados do sistema. Caso não façam a matrícula na instituição, perderão a vaga. Os selecionados para a segunda opção ou aqueles que não forem selecionados para nenhuma delas permanecerão no sistema e poderão ser convocados nas chamadas seguintes

Brasileiros têm linha de crédito para material de construção

 

O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira, 13, a resolução do conselho curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que aprovou investimentos de R$ 300 milhões para a aquisição de material de construção.

De acordo com dados do governo, 33 milhões de brasileiros com carteira assinada que recolhem recursos ao FGTS terão direito a essa nova linha de crédito, mediante empréstimo a ser concedido pelos bancos, especialmente a Caixa Econômica Federal.

A linha de crédito voltada para reforma e ampliação de imóveis residenciais é de até R$ 20 mil por pessoa, a uma taxa de 12% ao ano, num prazo de 120 meses. De acordo com o assessor especial do Ministério do Trabalho e Emprego, Paulo Furtado, é a taxa mais barata do mercado. Os recursos poderão ser usados também para a aquisição de materiais específicos como de aquecimento solar, hidrômetros e equipamentos que melhorem a sensibilidade das pessoas com necessidades especiais.

Segundo Furtado, a Caixa tem 30 dias para regulamentar essa medida. A expectativa é que, a partir da primeira quinzena de fevereiro, esses recursos estejam disponíveis para acesso do trabalhador.

Tragédias, Bem Comum, Solidariedade

 

Voluntários ajudam vítimas das chuvas no Rio de Janeiro

Começamos mais um ano marcados pelas notícias de uma série de tragédias ocasionadas pelos temporais do mês de janeiro. Desde que eu me entendo por gente que acompanho a seqüência de tragédias que atingem as pessoas em todas as cidades e particularmente na cidade do Rio de Janeiro. Certamente que o ano de 1966 ainda está marcado na memória dos cariocas que tem mais de 60 anos de idade.
Assim entra ano e sai ano, se o tempo é de chuvas mais intensas, podemos contar com o anúncio de alguma tragédia. O que sempre me chama a atenção e espanta é o fato de que, em cada momento desses, aqueles que têm o dever constitucional de zelar pelo bem estar dos cidadãos e prover o necessário para que se minimizem as situações de calamidade, vêm a público para falar dos muitos projetos e liberação de recursos. Passado o tempo, e as tragédias meio esquecidas na correria da vida urbana, constatamos diante de novas tragédias que tudo o que tinha sido dito ficou também no esquecimento. Isto é o que nos chega das muitas notícias anunciadas pela imprensa.
Por outro lado, diante da dor e sofrimento de tantas famílias que perdem seus entes queridos e também seus pertences, que têm sua vida de uma hora para outra completamente desorganizada, sem que se saiba o que fazer, nasce uma onda de esperança e conforto de tantos que se colocam solidariamente voluntários com seu tempo e trabalho, e de outros tantos que com suas doações tentam ajudar nos momentos de mais precariedade para que estas pessoas tenham um pouquinho de conforto em meio a tanta dor.
Diante de tudo isto, somos levados a rever o que nos dizem os documentos do Magistério da Igreja, no que diz respeito ao bem comum: “As exigências do bem comum derivam das condições sociais de cada época e estão estreitamente conexas com o respeito e com a promoção integral da pessoa e dos seus direitos fundamentais. Essas exigências referem-se, antes de mais, ao empenho pela paz, à organização dos poderes do Estado, a uma sólida ordem jurídica, à salvaguarda do ambiente, à prestação dos serviços essenciais às pessoas, alguns dos quais são, ao mesmo tempo, direitos do homem: alimentação, moradia, trabalho, educação e acesso à cultura, saúde, transportes, livre circulação das informações e tutela da liberdade religiosa. O bem comum correspondente às mais elevadas inclinações do homem, mas é um bem árduo de alcançar, porque exige a capacidade e a busca constante do bem de outrem como se fosse próprio. A responsabilidade de perseguir o bem comum compete, não só às pessoas consideradas individualmente, mas também ao Estado, pois que o bem comum é a razão de ser da autoridade política. Na verdade, o Estado deve garantir coesão, unidade e organização à sociedade civil da qual é expressão (cf. Compendio Doutrina Social da Igreja 166s).
Assim, agradecemos a Deus por tantas atitudes de solidariedade vividas nestes tempos de dor para tantas famílias. Conclamamos a todos para que em sua generosidade possam continuar a sua ação solidária com as vítimas. E pedimos ao Senhor da vida que ilumine o coração e a mente daqueles que tem a responsabilidade de governo para que encontrem formas de ação que atuem de forma mais eficaz e preventivamente.

Artigo do Cônego Manuel Manangão - Vigário Episcopal para a Caridade Social
Arquidiocese do Rio de Janeiro

Evangelho do Dia

Ano B - Dia: 14/01/2012

Jesus e Levi

Mc 2,13-17
Jesus saiu outra vez e foi para o lago da Galiléia. Muita gente ia procurá-lo, e ele ensinava a todos. Enquanto estava caminhando, Jesus viu Levi, filho de Alfeu, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Então disse a Levi:
- Venha comigo.
Levi se levantou e foi com ele. Mais tarde, Jesus estava jantando na casa de Levi. Junto com Jesus e os seus discípulos estavam muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama que o seguiam. Alguns mestres da Lei, que eram do partido dos fariseus, vendo Jesus comer com aquela gente e com os cobradores de impostos, perguntaram aos discípulos:
- Por que ele come e bebe com essa gente?
Jesus ouviu a pergunta e disse aos mestres da Lei:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu vim para chamar os pecadores e não os bons.