terça-feira, 9 de abril de 2013

Papa recebe secretário-geral da ONU

 

O papa Francisco recebeu nesta terça-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em audiência particular no Vaticano

O papa Francisco recebeu nesta terça-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em audiência particular no Vaticano. Principais assuntos tratados foram a Paz mundial, conflitos regionais e problemas sociais que afetam os mais pobres.

Papa Francisco promete visitar centro de refugiados indocumentados

 

Papa Francisco

Roma, 09 Abr. 13 / 10:19 am (ACI/EWTN Noticias).- O presidente do Serviço Jesuíta para os Refugiados em Roma, Padre Giovanni La Manna, assegurou que o Papa Francisco telefonou pessoalmente para ele comunicando sua intenção de visitar logo o Centro Astalli onde os Jesuítas assistem milhares de refugiados indocumentados.

"Escrevi ao Papa para convidá-lo ao refeitório para pessoas carentes Astalli. Ontem recebi uma ligação no celular, era o Papa Francisco para confirmar sua visita. É estupendo", escreveu em 7 de abril o Pe. La Manna em sua conta do Twitter.

São oferecidos gratuitamente no Centro Astalli, para todas as pessoas sem distinção de raça ou religião, um atendimento médico e psicológico, serviços de atenção legal, refeições, chuveiros e banheiros para higiene pessoal, roupas e buscam através da educação introduzi-los na sociedade.

O que diferencia o Centro Astalli de outras casas de acolhida é a segurança que se oferece aos refugiados de não serem identificados. Desta maneira, as pessoas em dificuldade podem pedir ajuda sem medo a serem deportadas já que os jesuítas têm um acordo com a cidade de Roma para assegurar seu anonimato.

A maioria dos imigrantes que chegam ao centro são refugiados que fugiram do Oriente Médio e África em busca de um futuro melhor. Vale destacar que a Igreja não apoia a imigração ilegal, mas sim que as pessoas possam encontrar condições mais dignas fora dos seus países de origem.

O centro se encontra no coração da cidade e sempre tem longas filas para entrar. Os refugiados geralmente são muçulmanos que chegam a Europa em um estado físico e mental lamentáveis, um fenômeno que cresce com o passar dos anos.

O Pe. La Manna, que trabalha no centro jesuíta desde 2003, explicou em uma entrevista anterior concedida ao grupo ACI, que atrás dos refugiados se escondem tragédias dilaceradoras.

A maioria deles fugiu porque sua vida estava em perigo, por motivos políticos, de religião, de liberdade… outros porque "ser cristão em um país muçulmano é muito difícil. Também há muitas mulheres que fogem porque são obrigadas pela família a casar-se com alguém que não amam", assinala.

A inspiração de ajudar estes refugiados "provém do Evangelho. Não inventamos nada, somente temos presente o que diz o Evangelho, o que nos ensina. E ao receber às pessoas não se faz diferenças pela cor de pele, de idioma, e também de religião, para nós são pessoas, e merecem atenção e ajuda, e não se faz distinções", afirma.

O Serviço Jesuíta ao Refugiado nasceu no ano 1980 e se estende por todo mundo para ajudar a estas pessoas em dificuldade. Particularmente no Centro Astalli recebem uma média de 400 pessoas ao dia. Para assisti-los, os jesuítas contam com o trabalho de voluntários.

Cardeal Amato representará Papa na beatificação de Nhá Chica


Rádio Vaticano

A Congregação das Causas dos Santos divulgou nesta segunda-feira, 9, um comunicado confirmando a data de beatificação de Francisca de Paula De Jesus, conhecida como "Nhá Chica", no dia 4 de maio, às 15h, na cidade mineira de Baependi. No comunicado, informa-se ainda que o representante do Papa Francisco nesta celebração será o Prefeito da Congregação, Cardeal Angelo Amato.
Segundo as forças de segurança de Minas Gerais, mais de 30 mil pessoas são aguardadas em Baependi, cidade onde Nhá Chica viveu e que tem menos de 20 mil habitantes. Filha de escrava, ela era analfabeta, por isso precisava de alguém que lesse a ela as Escrituras Sagradas. Compôs uma Novena a Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem. Seu trabalho era atender a todos que a procuravam, sem discriminar ninguém, uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração.
Estarão presentes na cerimônia Ana Lúcia Meirelles - que recebeu o milagre por intercessão de Nhá Chica -, bispos e diversos padres, religiosos e religiosas e autoridades civis.

Paróquias são tema central da Assembleia Geral dos Bispos

André Alves
Da Redação

Arquivo

Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário-geral da CNBB

A 51ª Assembleia dos Bispos do Brasil terá início nesta quarta-feira, 10, em Aparecida (SP). A reunião começa com celebração da Missa no Santuário Nacional, seguida da abertura com entronização da Palavra de Deus e a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A partir desse momento, têm início os trabalhos do encontro.

O tema geral da assembleia deste ano é "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia". De acordo com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, com este tema a Igreja no Brasil deseja repensar o serviço que as paróquias oferecem à evangelização.

Segundo o bispo, a sociedade vive uma realidade urbana, digital e virtual próprias deste tempo e por isso é necessário rever as estruturas das paróquias. Para Dom Leonardo, a paróquia, na forma em que foi criada e pensada, não responde mais às necessidades do tempo, mas “continua sendo um instrumento importante para a dinamização da Igreja”.

Citando o Documento de Aparecida, o bispo ressalta que a paróquia não deve ser um lugar apenas para a busca dos sacramentos, mas um local onde as pessoas possam se encontrar, celebrar e enfrentar a vida cotidiana.

Na opinião do secretário-geral da CNBB, tratar desse assunto na Assembleia significa questionar como a Igreja, por meio da paróquia, pode ser mais viva; “uma Igreja que realmente é uma presença ativa, uma presença de conselho, de esperança, de fraternidade e justiça”.

Dificuldades na evangelização paroquial

Perguntado sobre as principais dificuldades das paróquias na evangelização, Dom Leonardo, afirma ser a aproximação com as pessoas. “Uma das questões mais difíceis é chegarmos às pessoas. Creio que ainda estamos esperando, apesar de termos avançado muito na Igreja no Brasil no espírito missionário, ainda esperamos as pessoas virem. A paróquia precisa criar esse espírito missionário de ir ao encontro das famílias, das pessoas e criar esses grupos, também por rua ou por prédio, que se reúnem e rezam juntos."

O Papa Francisco tem nos demonstrado isso, diz o bispo. “A Igreja precisa estar mais próxima das pessoas, não nos isolarmos. Talvez a paróquia, na sua estrutura, precise estar mais a serviço das pessoas. A estrutura que criamos precisa estar a serviço das pessoas e não as pessoas a serviço das estruturas. Elas podem nos ajudar a servir melhor."

Sub-temas da Assembleia

O Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil, as questões agrárias e os textos litúrgicos do Missal Romano são assuntos que Dom Leonardo adiantou que também farão parte das plenárias.

Segundo o bispo, os critérios de escolha do tema geral e dos sub-temas variam de acordo com as necessidades atuais da Igreja, com as propostas oferecidas pelas comissões e questões relevantes como, por exemplo, a situação agrária no país. No entanto, Dom Leonardo garantiu que todos os temas passam por votação no Conselho Permanente da CNBB.

Mensagem ao Papa Francisco

No final da Assembleia, os bispos farão uma mensagem que será enviada ao Papa, como tem acontecido nas assembleias gerais anteriores. O texto será escrito por uma comissão composta de três bispos, responsável pela elaboração dos documentos da Assembleia. A mensagem passará pela aprovação de todos os prelados e será encaminhada ao Papa Franscico.

“A mensagem será enviada ao Santo Padre expressando a nossa comunhão, nossa fidelidade e o desejo de trabalharmos e estarmos a serviço do Evangelho”, diz Dom Leonardo.

Ao todo mais de 300 bispos devem participar da 51ª Assembleia Geral, além dos assessores e demais pessoas ligadas à CNBB.Os bispos ficarão hospedados em hotéis próximos uns dos outros. Segundo Dom Leonardo, a proximidade aumentará as possibilidades de reuniões, bate-papos e convivência fraterna entre os bispos que participarão do evento.