sábado, 24 de abril de 2010

PADRES PEDÓFILOS E A PEDOFILIA: PONDERAÇÕES






Dom Henrique Soares da Costa 
(Bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju).

“Caro Leitor, em algumas partes do mundo – também no nosso País – têm surgido escândalos provocados por padres pedófilos (há também outros vários escândalos ligados à vida sexual dos sacerdotes). Na Europa, sobretudo, a imprensa e certos ambientes da Igreja ditos progressistas vêm procurando associar esses tristes e inaceitáveis casos ao celibato. Eis algumas ponderações que gostaria de fazer:

1. Há, sim, na Igreja, sacerdotes pedófilos. É triste, é vergonhoso, mas é verdade. Eles não estão nela porque a Igreja os promove e os acolhe... Há sacerdotes pedófilos, como há pastores evangélicos pedófilos, pais de família pedófilos, professores pedófilos, juízes pedófilos, médicos, psicólogos, militares e jornalistas pedófilos... Nem mais nem menos! Aliás, como já acenei, a grande maioria dos abusos de menores dá-se no recinto do próprio lar.Quando era padre, acompanhei muitos desses dramas dolorosos e de difícil resolução...

Então, por que aparecem muito mais os casos de padres pedófilos? Por vários motivos. Eis alguns: (1) É muito mais difícil para um sacerdote se esconder; (2) os casos com padres são mais divulgados pelo potencial de escândalo e de atrair atenção; (3) há o contato de muitos padres com jovens coroinhas e jovens educandos nas escolas católicas; (4) em alguns países há uma indústria mafiosa para arrancar dinheiro da Igreja com casos de pedofilia verdadeiros ou forjados...

2. Associar a pedofilia ao celibato é pura má fé! Uma coisa é totalmente independente da outra. Um pedófilo pode mascarar-se por baixo do ministério sacerdotal como pode encapar-se num casamento! E são tantos! O celibato é um dom de Deus para a Igreja e, que fique bem claro: não há nenhuma propensão do Papa e do episcopado de suspender a disciplina atual, que exige o celibato dos sacerdotes! A crise de vocação não é motivada pelo celibato, como também a crise de fidelidade não tem no celibato sua causa! A crise é de fé, não de celibato!

3. É preciso deixar claro o seguinte: o atual processo de secularização, de banalização do sagrado, da redução do sacerdócio a uma profissão e do padre a um fazedor de pastoral - esquecendo a ontologia mesma do sacerdócio, isto é, a essência, o ser mais profundo do padre, que pelo sacramento da Ordem torna-se um homem de Deus, um outro Cristo, um homem inteiramente consagrado “às coisas de Deus” -, é isto, precisamente, que leva ao relaxamento e ao enfraquecimento da vida moral de tantos padres.

Há uma tendência, até mesmo em certos setores da Igreja, de ver o padre de modo secularizado, tirando-lhe todo o sentido sagrado e místico. Até na nomenclatura, quantas vezes, em tantos ambientes teologicamente doutos, evita-se chamar o padre de sacerdote para denominar-lhe simplesmente presbítero... É de fé católica e é indispensável recordar: o padre deve ser um homem de Deus, um homem sagrado e consagrado, um homem cujo modo de ser e de viver deve trazer claramente as marcas do Eterno!

4. Nunca nos esqueçamos: somos pecadores! O padre, como qualquer outro ser humano, é membro de uma humanidade ferida, com falhas, com más tendências, com fraquezas. Os padres são assim, os casados são assim, a humanidade toda é assim! O cristianismo ensina claramente que todos somos marcados pela ferida do pecado original. Não somos certinhos, bonzinhos, cheirosinhos! Somos lavados por Cristo, salvos por Cristo, recuperados, curados pela cruz de Cristo!

Não é por acaso e não é jogo de cena que ao início de toda Missa comecemos por bater no peito pedindo perdão. O pecado é uma realidade concreta, forte, próxima, presente na nossa existência. Contra o pecado é necessária a vigilância, a oração, a mortificação, uma profunda adesão ao Senhor. Nunca nos deveríamos assustar com o pecado, mas olhar para o remédio, que é Cristo, e dele fazer uso!

Sempre houve padres com más tendências na área sexual-afetiva. Muitos desses conseguiram superar e integrar suas misérias com uma vida espiritual séria e devota. Com a oração, a sincera busca da direção espiritual, a confissão e os demais meios que a Igreja nos oferece para buscar a santidade; é possível ir superando as feridas e quedas e ser um santo sacerdote, um verdadeiro homem de Deus. O padre, o cristão não são uns impecáveis, mas pessoas a caminho no seguimento de Cristo, olhando para ele, nele colocando a esperança, nele procurando o perdão e nele crescendo dia por dia, até o Dia eterno.

O problema é que com a secularização e o relativismo atuais, tudo parece permitido, tudo é jogado na conta da misericórdia de Deus, tudo é resolvido psicologicamente! Penso que um dos maiores problemas para uma verdadeira e leal vivência do celibato dos padres é, precisamente, a secularização, isto é, a mundanização; a perda da consciência e dos sinais de uma clara identidade que mostra que o sacerdote é um homem de Deus.

Muitos na Igreja alegam que os sinais de uma identidade (no agir, no rezar, no modo de viver, no vestir, no modo de se divertir...) são uma capa para esconder insegurança e vida dupla... Não concordo de modo algum! Há, realmente, aqueles, que se prendem de modo exagerado e patológico a sinais externos, como as vestes eclesiásticas e paramentos, descuidando-se de outros aspectos importantes e até mesmo do cultivo de uma piedade profunda, madura e integrada, de um zelo pastoral verdadeiro, de uma simplicidade de vida, sem ostentações ou luxos e sem excessivas preocupações materiais.

Mas, daí, a se afirmar, como é costume hoje em muitos meios da Igreja, que valorizar o sagrado do sacerdócio é sinal e sintoma de hipocrisia, de carreirismo, de exibicionismo, de autoafirmação e mascaramento, é realmente um passo muito comprido e serve somente para justificar o outro extremo: a secularização, a vida sem piedade, uma compreensão do sacerdócio de modo simplesmente humano, funcional e mesmo profissional...

5. Vivemos num mundo complexo, paganizado, em crise de valores... Os jovens que entram no seminário não vêm do céu, mas do mundo. É fácil tirar o menino do “mundo”, mas tirar o “mundo” do menino, como é difícil. Aqui a urgência de uma formação seminarística que dê mística sacerdotal sólida, madura e profunda aos candidatos ao sacerdócio, também a necessidade de conhecer a dinâmica afetiva dos seminaristas.

É preciso ter bem claro: um rapaz que não consiga ser casto no celibato não pode, de modo algum, ser padre! Um rapaz com tendências pedófilas tem que ser imediatamente mandado embora do seminário. Do mesmo modo, um sacerdote que se mostra incapaz de viver seu celibato deve ser aconselhado a deixar o exercício do ministério e, no caso de pedofilia, deve ser realmente excluído do exercício do sacerdócio: deve ser demitido do estado clerical.

Quanto à tão propalada condescendência de Igreja com padres pedófilos no passado, é bom não esquecer que não se tinha nem de longe ideia da extensão e da gravidade da situação dessas pessoas pedófilas... O problema da pedofilia na sociedade é uma realidade que emergiu há poucas décadas atrás e ainda nos surpreende a todos!
6. É bom também que se saiba que na Igreja há o Direito Canônico: ninguém pode ser condenado sem uma acusação formal, sem ser antes advertido, sem o direito de defender-se. Não é justiça e é contra a caridade promover pura e simplesmente uma caça às bruxas. Como também é pecado grave de omissão por parte da autoridade eclesiástica simplesmente fechar os olhos para os escândalos e delitos dos sacerdotes: é necessário tomar corajosamente as medidas cabíveis!

7. Uma coisa importante: a infidelidade de muitos não pode deixar na sombra a fidelidade heroica e silenciosa de muitos e muitos tantos que, no dia-a-dia, sem aparecer em jornais, dão um esplêndido testemunho de amor a Cristo e aos irmãos. Que ninguém duvide: a grande maioria de nossos padres vive com alegria e amor a Cristo o seu celibato e é digna de todo o respeito e toda a confiança de nossa parte!

Os católicos devem ter muito cuidado com uma imprensa em geral anticristã e sensacionalista, preocupada não com a verdade, mas com o escândalo. Quanto já se tentou incriminar o Santo Padre dos mais variados modos! Quanto já se deturpou atitudes e palavras do Papa! Que inferno fizeram os meios de comunicação com o caso da menina do aborto de Alagoinha, em Pernambuco... Até quando seremos ingênuos, achando que os meios de comunicação transmitem a mais pura verdade, sem escusos interesses por trás da notícia?

8. Uma última observação: nos momentos de glória e beleza da vida da Igreja (como, por exemplo, no sepultamento de João Paulo II) é fácil estufar o peito e declarar-se católico. O católico verdadeiro, o verdadeiro filho da Igreja, é aquele que nos momentos de dor e de escândalo, quando a Igreja é apedrejada, chora com sua Mãe católica, crava os olhos em Cristo, reza e permanece fiel.

Para este, vale a palavra do Salvador: “Fostes vós que permanecestes comigo em todas as minhas tribulações!” Nunca esqueçamos: o mundo não está preocupado com o bem da Igreja ou das vítimas da pedofilia, mas com o escândalo, o sensacionalismo e a imposição hipócrita do politicamente correto. É só!”

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.
 
 

Notícias de Porto Feliz

Foto



A EMEF “Vereador Carlos Roberto de Oliveira” promoveu o Campeonato Interclasses e Festa do Sorvete no dia 17 de abril, em Porto Feliz.

O evento começou por volta de 8 horas e seguiu até as 13 horas, com a participação dos alunos, professores, funcionários e direção da escola.

Segundo a diretora, Elisete Beranger Ezequiel, a festividade aproximou alunos e professores. “Pretendemos com atividades como esta trazer uma maior afetividade para o ambiente escolar”, explicou.

O campeonato na modalidade de futsal masculino e feminino foi organizado pelo professor de Educação Física, Luis Marchi. Houve entrega de medalhas para os vencedores.

Além de sorvetes foram vendidos salgados e refrigerantes. A renda do evento será utilizada para a formatura dos alunos dos nono anos.




Casa da Cultura
A Casa da Cultura “Narcisa Stettner Pires”, em Porto Feliz, realiza exposição dos quadros da artista Luzia Lemos, até o dia 07 de maio. Luzia participou de exposições em amostras coletivas em Sorocaba e participa do concurso “Talentos da Maturidade”, que incentiva a produção e a memória cultural de pessoas com 60 anos ou mais.
A Casa da Cultura está localizada na rua Tristão Pires, 123, centro – Porto Feliz/SP.


AI / Prefeitura de Porto Feliz

Atenção motoristas em Porto Feliz

 
Porto Feliz terá algumas ruas do centro da cidade interditadas, devido a eventos programados para este fim de semana. No dia 23 de abril, das 20 às 22 horas, será interditado o cruzamento entre as ruas Ademar de Barros e Santa Cruz, próximo à escola Coronel Esmédio.

Já nos dias 24 e 25 de abril, a interdição será feita na avenida Monsenhor Seckler, também das 20 às 22 horas. Nestes locais haverá eventos da Comunidade Atos.

A Coordenadoria também interditará a rua frontal à Igreja Matriz no dia 25 de abril, das 13 às 18 horas, onde haverá apresentações de capoeira, e a Praça Coronel Esmédio, em frente à Cybelar, onde haverá obra do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), a partir das 8 horas.

A Coordenadoria de Sistema Viário orienta os motoristas a evitar o trânsito nestes locais.

Festa de São Benedito 2010 vídeo

A utopia franciscana


Dentro do mundo dividido por roupas bufantes e andrajos vis, medos e discriminações, classes e guetos, São Francisco entendeu que a mais radical mensagem evangélica vinha do céu, mas tinha que ser construída, aqui, na terra. Cristo trouxe a morte dos exclusivismos, decretou o fim dos privilégios e abriu as portas do banquete para todos, indistintamente.

Na pregação de Cristo, o paraíso não tem cercas. Nem o convento. Por causa do fratemismo. Pobres, doentes e pecadores são os privilegiados destinatários do anúncio da Boa Nova. Com Cristo, o Reino de Deus chegou e são reinagurados os tempos divinos da Fraternidade definitiva. Somos todos irmãos, porque temos todos um Deus que é igualmente Pai de todos. 

Isto São Francisco intuiu e quis dar corpo a esta realidade dentro e fora da Ordem..Por isso, não quis que ninguém fosse Abade ou Prior, mas que todos fossem simplesmente irmãos. Fora dos conventos, também. A começar pelos leprosos, pelos pecadores e por Dona Pobreza, todos deveriam ser tratados da mesma forma. IRMÃO, eis o grande título resgatado pela utopia franciscana!

Vida Apostólica


Jesus Cristo, o enviado do Pai, na concretização de seu plano de salvação, tem este projeto de vida: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Após longo tempo de convivência e preparação, Jesus enviou os Apóstolos a evangelizar: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”.

A forma como Francisco iria exercer a missão lhe foi revelada mais tarde, na Porciúncula, quando escutou o Evangelho em que o Senhor envia os Apóstolos em missão. Na alegria de ter encontrado a resposta do que buscava, exclama: “É isto que eu quero, isto que procuro, é isto que eu desejo fazer do íntimo do coração. A partir de então, com grande fervor de espírito e alegria da alma começou a pregar a todos a penitência, edificando os ouvintes com palavras simples, mas com o coração nobre. A palavra dele era como fogo ardente que penetrava o mais íntimo do coração e enchia as mentes de todos de admiração” .(1Cel 22,3)

Aos poucos, outras pessoas deixaram-se tocar por esse jeito de viver, de pregar e juntaram-se a Francisco. Aumentando consideravelmente o número de seguidores, Francisco escreveu para si e seus irmãos uma Forma de Vida, e o Papa Inocêncio III a aprovou.


Novena pelo Papa Bento 7

Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam et portae inferi non paevalebunt adversus eam”
(Matthaeus. XVI,18)

V. Oremos para o nosso Papa Bento.
R. Para que o Senhor o sustente, o faça viver em graça e paz sobre a terra, e para que o Senhor, não permita, que ele caia nas mãos de seus inimigos, e nas emboscadas tramadas por suas mentes.

V. Tu és Pedro
R. E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.

Oremos: Deus Onipotente e eterno Deus, tenha misericórdia do teu servo o nosso querido Papa Bento, e na tua bondade, guie-o na tua estrada para a salvação eterna, para que através do dom da tua graça, ele possa entender aquilo que é a Tí querido, e possa realizá-lo com a tua força e sabedoria. Isto pedimos com Maria, por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém!!!


Pascom - oremos:
Unamo-nos em oração pela Igreja de Cristo, para que o Espírito Santo de Deus, seja Luz para guiar toda a Igreja, o Papa, Bispos, Sacerdotes e todo o Povo, para o Caminho que leva a Deus Uno e Trino. Amém


Em nome 
do PAI + DO FILHO + DO ESPÍRITO SANTO
Amém

Festa de Santo Expedito 2010

Procissão que percorreu ruas de três bairros

Aconteceu dos dias 16 ao dia 19, as Festividades de Santo Expedito. Santo Católico, invocado como intercessor nas causa urgentes. Aqui em Porto Feliz, a Capela de Santo Expedito fica na avenida Getúlio Vargas, onde, antigamente ficava o Cruzeiro. A comunidade pertence a Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

A programação religiosa começou na sexta-feira com Missa na Capela e programação festiva na Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida. No sábado, a Missa foi celebrada pelo Padre Toninho da Paróquia Mãe dos Homens de Porto Feliz. 

Igreja Nossa Senhora Aparecida, na Missa domingo de manhã


No domingo, começou com procissão partindo da Capela de Santo Expedito, cruzando o bairro bambú, jardim Bela Fonte e finalmente no Cidade Jardim, onde fica a Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida. Cerca de 150 pessoas participaram da procissão, que teve o acompanhamento da Corporação Musical Portofelicense. Na Missa, presidida pelo Pe Carlos Alexandre, mais de 350 pessoas participaram com fé, cânticos e orações, os dados são da Pastoral da Comunicação da Igreja Católica de Porto Feliz. Após a Missa teve leilão, musica e comes e bebes.

Na segunda-feira, dia de Santo Expedito, foi celebrada a Missa na Capela de Santo Expedito, que não comportou a quantidade de fíéis presente que tiveram que se acomodar na calçada. Pe Carlos Alexandre, festeiros e a comunidade em geral ficaram satisfeitos com a participação popular, com os donativos e todos os que trabalharam. O lucro da festa será revertido em prol das diversas atividades desempenhadas pela Igreja.


Felipe Miranda - Pastoral da Comunicação
Fotos: Felipe Miranda/Pascom