quinta-feira, 11 de abril de 2013

Padre Lombardi: "Bento XVI não sofre nenhuma doença grave"

 

 

Pe. Federico Lombardi

Vaticano, 11 Abr. 13 / 09:52 am (ACI/EWTN Noticias).- O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assegurou ao grupo ACI que o Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, não sofre nenhuma doença grave, tal como afirma uma notícia divulgada ontem pelo jornal espanhol El Mundo que foi rapidamente reproduzida em diferentes países.

A reportagem do jornal cita as declarações da jornalista espanhola Paloma Gómez Borrero, feitas em Madri durante a apresentação do seu novo livro "De Bento a Francisco".

"Bento XVI tem algo muito grave. Em 15 dias sofreu uma deterioração física tremenda, essas são as notícias que tenho", disse Borrero segundo El Mundo.

Ao ser consultado sobre este tema, o Pe. Lombardi disse ao Grupo ACI que Bento XVI "não tem nenhuma doença grave" e "isso foi atestado pelos médicos".

O Pe. Lombardi disse que estava triste pelos comentários atribuídos à jornalista, a quem conhece há muitos anos, e considera que Borrero "ao ver as imagens de Bento cansado, começou a especular".

"Mas dizer que tem uma doença é uma tolice, isto não tem nenhum fundamento", adicionou o porta-voz do Vaticano.

"Como todos sabemos, Bento XVI conduziu seu pontificado com muito comprometimento em sua idade, por isso agora está enfrentando as dores e sofrimentos de uma pessoa idosa que trabalhou muito duro", adicionou.

Bento XVI foi Pontífice durante oito anos e renunciou poucas semanas antes de fazer 86 anos de idade. Atualmente, reside no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, mas voltará ao Vaticano para morar no Mater Ecclesia, um antigo mosteiro de clausura.

Coletiva de imprensa: bispos falam sobre o segundo dia de reunião

 

André Alves
Enviado especial a Aparecida (SP)

Luana Oliveira / Cancão Nova

Bispos durante a primeira coletiva sobre a Assembleia Geral

No segundo dia de trabalhos, os bispos reunidos em Aparecida para a 51ª Assembleia Geral, conversaram com os jornalistas durante coletiva de imprensa, concedida na tarde desta quinta-feira, 11. A entrevista foi referente aos temas abordados neste segundo dia de Assembleia, ou seja, a situação das paróquias – assunto principal do encontro, a nova tradução para o Missal Romano e o Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil.


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Dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, iniciou a entrevista dizendo que assembleia já tem dado passos importantes referentes à reflexão do tema proposto “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. Segundo ele, os bispos receberam um texto escrito por Dom Sérgio Castrini sobre o assunto que foi analisado e será enviado às comunidades paroquiais do Brasil para estudo.
O autor do texto, Dom Sérgio Castrini, comentou sobre o tema central afirmando que a paróquia deve atrair a todos para a família de Deus. “Deve ser referência para os cristãos, inclusive para os não praticantes. Na paróquia, cada pessoa devia ter a oportunidade de encontrar-se com Cristo”, afirmou.
No entanto, ressaldo Dom Sérgio, que os bispos estão convencidos de que as paróquias precisam de uma grande renovação, e com urgência. “Esta está ligada pela articulação de pequenas comunidades. Para uma nova evangelização, as paróquias devem ser eminentemente missionárias.”
O bispo também disse que a paróquia precisa integrar os diversos segmentos da Igreja: movimentos, pastorais, obras sociais, novas comunidade de vida e aliança, hospitais e os demais serviços. Isso porque, segundo Dom Sérgio, a vocação cristã é vivida em comunidade. Para ele, o grande desafio desse processo é formar verdadeiras comunidades na paróquia que necessita de renovação, mas que continua sendo referência no meio secular.


A nova tradução do Missal Romano
Sobre a revisão da tradução do texto do Missal Romano, Dom Armando Bucciol, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, explicou que a nova tradução é um pedido da Congregação Romana e consiste em fazer uma adequação dos textos – escritos no latim - para a linguagem brasileira. “É um trabalho demorado, sim, vai demorar muito! Mas a Congregação Romana pediu fidelidade ao texto.”
O objetivo da revisão é tornar a bela linguagem original do texto em latim acessível ao povo, mas sem perder o alto nível cultural e teológico dos textos. Segundo Dom Armando, os escritos são muito profundos e belos, esta profundidade faz com que a tradução de uma breve oração chegue a duração até meia hora. No entanto, “é preciso ser fiel ao que está escrito”, disse o bispo.
O cuidado para com o processo está fundamentado na importância da Liturgia. “A Fé da Igreja passa e se expressa pela Liturgia. Ela não é propriedade de ninguém, mas da Igreja que expressa o louvor a Deus por meio dela. Na liturgia, ela se revela e se constrói a Fé da Igreja”, ressaltou Dom Armando. 
O bispo assegurou que a nova tradução não vai causar grandes mudanças na Celebração Eucarística. Segundo ele, serão algumas adaptações na linguagem que serão percebidas especialmente por aqueles que estudam a Liturgia, mas nem sempre pela grande maioria do fiéis.


Sobre o Diretório de Comunicação
Dom Dimas, presidente da Comissão para a Comunicação, revelou que o Diretório é um sonho antigo. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil já pensava em um documento que contivesse normas mais claras para serem seguidas, no âmbito da comunicação, nas comunidades. O texto foi apresentado aos bispos, após a coletiva de imprensa.


O Diretório vai conter a princípio dez capítulos. Dom Dimas adiantou que o capítulo primeiro trata do desafio da comunicação para uma Igreja num mundo em mudanças. Os demais abordarão a comunicação nas redes sociais digitais, a teologia da comunicação, a ética na comunicação e o papel dos leigos no processo comunicativo.

Dom Dimas afirmou que a Catequese, a Liturgia e a Caridade dependem muito de uma boa comunicação, por isso o Diretório também tem um capítulo dedicado a esse assunto. Outros temas abordado no documento são as políticas de comunicação, a educação e, por fim, a Pastoral da Comunicação que, segundo ele, deve permear as diversas atividades da Igreja.

Bispos comentam evangelização pelos meios de comunicação

 

 

André Alves
Enviado especial a Aparecida (SP)

Montagem sobre fotos

Dom Murilo (Arcebispo de Salvador) e Dom Roberto (Bispo Emérito de Campos)

Os textos do Diretório para a Comunicação da CNBB foram preparados durante alguns meses a fim de serem apresentados aos bispos durante esta 51ª Assembleia Geral. O evento que acontece desde a última quarta-feira, 10, em Aparecida (SP), tem nesta quinta-feira, 11, a comunicação na Igreja como uma das pautas.


De acordo com o bispo emérito de Campos (RJ), Dom Roberto Guimarães, pensar um diretório para a comunicação na Igreja do Brasil é um assunto sempre atual e que merece ser aprofundado. Se espera, segundo ele, que a Igreja vá se despertando para a contribuição que os meios de comunicação podem dar à evangelização, assim como para a aplicação destes em favor do anúncio da Boa Nova.


“Evangelizar é o máximo da comunicação. É comunicar para o povo as verdades que Deus nos revela e, portanto, a comunicação na Igreja continua a missão de Jesus que é o grande comunicador do Pai. Então é se de esperar que a Igreja vá se despertando para este grande meio de evangelização que são os meios de comunicação. Uma conscientização cada vez maior e a aplicação concreta desse meios em favor do anúncio da boa nova, da pessoa de Jesus Cristo que o mundo tanto precisa”,
disse Dom Roberto.


Para o Arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, a Igreja precisa se utilizar dos meios modernos que se tem hoje à exemplo de Jesus que usou, em sua época, os meios disponíveis. “Jesus usou os métodos que ele tinha: subiu ao monte, pegou uma barca para ir ao mar da Galiléia para ser melhor visto e melhor ouvido, mas nós agora temos que utilizar aquilo que a inteligência colocou à disposição do coração humano, toda esta moderna tecnologia. Temos uma Boa Nova para comunicar, temos que comunicá-la, reparti-la, mas reparti-la nos metodos de hoje. ”


Segundo Dom Murilo, os jovens tem um papel imprescindível na missão de utilizar os meios modernos de comunicação, especialmente as redes sociais, para evangelizar.


A mensagem para o
Dia Mundial das Comunicações, escrita pelo Papa Emérito Bento XVI, trata exatamente sobre o papel das redes sociais na evangelização. “No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé”, afirmou Bento XVI na mensagem.

CN