terça-feira, 2 de novembro de 2010
Focolares propõem um novo modelo de economia
Missa Finados Capela Cemitério Novo
Qual o sentido da morte?
Nos momentos de tristeza, marcados pela morte de uma pessoa querida, varias perguntas vem a nossa mente: porque morremos? Sera que as pessoas que amamos nao podiam viver para sempre? Qual o sentido da morte? Sera que ela é o fim de tudo? No entanto, para nós, cristãos, a resposta ja esta dada: a morte, para quem crê em Jesus Cristo, é apenas uma passagem para uma vida sem fim (cf. Jo 11, 25-26); uma vida de felicidade que nao conhece mais dores, sofrimentos e lagrimas. E disso nao podemos nos esquecer: a vida que vivemos neste mundo é passageira. Estamos a caminho do céu, nossa patria definitiva!
Deus, em seu infinito amor de Pai, ressucitou Seu Filho Jesus dentre os mortos (cf. Mt 28, 5-6; I Cor 15, 3-4). Assim se deu a vitoria definitiva da vida sobre a morte. Por isso, podemos dizer com toda confiança de filhos e filhas de Deus que também nós venceremos a morte. Além do mais, a grande liçao que a bíblia nos ensina é que nao devemos temer nada, nem a morte, pois tudo já foi superado pelo amor de Deus (cf. RM 8, 31-39).
Desse modo, é a esperança de alcançar o céu que nos move a continuar caminhando na estrada do evangelho apesar das tristezas que encontramos nesse mundo. Seguindo os passos de Jesus estaremos trilhando o verdadeiro caminho da vida, marcado pelo amor que acolhe, perdoa e transforma nossas lagrimas em cantos de alegria.
Lutemos pela vida, mas saibamos acolher a morte como quem se lança, de coraçao livre, nos braços do Pai! O proprio Jesus pediu aos seus discipulos para que tivessem coragem nas situaçoes dificeis da vida (cf. Jo 16, 33). Assim nós também nao devemos ter medo, mas alimentar em nosso coraçao a confiança em Deus e a esperança de um dia encontrar novamente as pessoas que amamos e que ja partiram para o céu. E a festa será grande, cheia de uma felicidade que nao passa e que enche nossa alma de amor, paz e bondade.
Arquidiocese de Sorocaba.
Missa celebrada por Frei Eugênio.
Papa lembra celebração dos fiéis defuntos
O Papa recorda os seus predecessores, ali sepultados, e “todos os defuntos”, assinala o Vaticano, em comunicado.
Desde o início do século XI, a liturgia católica consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.
Esta Segunda-feira, na recitação do Angelus, Bento XVI afirmou que “a liturgia e o piedoso exercício de visitar os cemitérios recordam que a morte cristã faz parte do caminho de assimilação a Deus”.
“A separação dos nossos queridos é dolorosa mas não a devemos temer, não pode quebrar o laço profundo que nos une a Cristo”, concluiu.
Finados – Missa Igreja Nossa Senhora Aparecida
Paróquias preparam celebrações de finados para o dia de hoje. O dia começou com Missa as 7h na Mãe dos Homens, as 8h na Nossa Senhora Aparecida. Nos Cemitérios, Novo as 9h e Velho as 9 e 16h. A última Missa de hoje, será as 19h30m na São João Batista.
Na igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, as missa das 8h foi participada por 200 pessoas, celebração presidida pelo Pe Washington, com o diácono Valmir e os ministros extraordinários da Eucaristia.
Na homilia, Pe Washington convidou a todos a fazer desta data, “um dia de saudades e boas lembranças, não de depressão e tristeza. Como Cristãos devemos acreditar na Ressurreição”. Para o Cristão Católico, “a morte não é o fim e sim uma Pascoa, uma passagem” dizia o sacerdote.
Entrada
Liturgia da Palavra
Oração pelos mortos
Ofertório
Oração Eucarística
Comunhão
Finados
Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro
Em Finados recordamos nossos mortos, todos os que partiram desta vida. O desaparecimento de um parente, de um amigo, atinge em profundidade o ser humano.
Esta comemoração religiosa lembrando dos fiéis defuntos é salutar e milenar na tradição cristã. A Igreja traz à memória e de forma eficaz, esses momentos de dor. Ensina-nos o Concílio Ecumênico Vaticano II: “Diante da morte, o enigma da condição humana atinge o seu ponto alto. O homem não se aflige somente com a dor e a progressiva dissolução do corpo, mas também, e muito mais, com o temor da destruição completa” (“Gaudium et Spes”, nº 18). A afirmativa nos leva a uma reflexão com consequências positivas em nossa maneira de ser e agir.
O Santo Padre Bento XVI nos exorta a pensarmos profundamente sobre esse tema quando diz: “Gostaria de convidar a viver esta data segundo o autêntico espírito cristão, isto é, na luz que provém do Mistério pascal. Cristo morreu e ressuscitou e abriu-nos a passagem para a casa do Pai, o Reino da vida e da paz. Quem segue Jesus nesta vida é recebido onde Ele nos precedeu. Portanto, enquanto visitamos os cemitérios, recordemo-nos que ali, nos túmulos, repousam só os despojos dos nossos entes queridos na expectativa da ressurreição final. As suas almas – como diz a Escritura – já ‘estão nas mãos de Deus’(Sb 3, 1). Portanto, o modo mais justo e eficaz de os honrar é rezar por eles, oferecendo atos de fé, de esperança e de caridade (...) em união ao Sacrifício Eucarístico” (“Angelus”, 01 de novembro de 2009).
Há uma dimensão pessoal e comunitária da morte, que tem no pecado uma raiz comum. Somente no mistério da Cruz e da Ressurreição no Senhor encontraremos o adequado e eficaz remédio. Todavia, a verdadeira esperança, fundamento e elemento integrante da vida cristã, surge, contra todas as expectativas, da palavra de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). A certeza de que a atual existência perdura na eternidade é um elemento insubstituível para o momento atual. E nos conduz à compreensão do contexto em que nos inserimos, dá explicação às dúvidas que surgem em nosso íntimo. Sem elas surge o desespero e a revolta.
O Salvador ilumina o mistério da dor, quer pessoal, quer social: “Sabemos hoje que o Cristo morto ressuscitou e que sua ressurreição foi uma vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre o demônio. Assim sendo, a morte não é mais temível, visto ser a entrada para a vida” (Santo Ambrósio, “Sobre a Encarnação”, 27).
A Igreja, por sua missão específica, está não apenas presente ao mundo, mas participa dos dramas que envolvem, angustiam e por vezes aniquilam os indivíduos e a coletividade, como as guerras, as enchentes e os terremotos desta semana. Ela, na verdade, é Mãe e Mestra.
O sacrifício do Redentor foi o triunfo sobre a própria morte. “Ele (Cristo) não só destruiu a morte, mas também fez brilhar a vida e a imortalidade pelo evangelho” (2Cor 1,10). Assim, a Fé abre novas perspectivas, pois a aparente derrota que cada um sofre ao perder a existência terrena se transforma em vitória na medida em que a Salvação nos foi restituída por Cristo (Rom 5,17; 1Cor 15,20-22). Como o parto é a via dolorosa para o ingresso neste mundo, o Redentor nos leva pela porta estreita do sofrimento de uma separação momentânea, a participar da comunhão eterna “da incorruptível vida divina” (“Gaudium et Spes”).
Visitando os túmulos dos entes queridos ou ajudando-os com nossas preces, temos a certeza de que o Senhor os há de ressuscitar: “Se nos tornamos o mesmo ser com Ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição” (Rom 6,5). Restaura-se assim a unidade da carne e do espírito, pois ambos, conforme o plano inicial do Criador, são destinados à eterna bem-aventurança. Deus fará das cinzas “sementes da ressurreição, ressurgindo pelo Seu poder o homem inteiro” (São Gregório de Nissa).
Sabemos que a comunidade doméstica é desfeita, não só por casos de divórcio, assassinato no aborto, separação dos pais ou o abandono dos filhos, o esquecimento lançado sobre os anciãos, mas primordialmente como consequência do pecado, separação de Deus. Por isso, os ser humano, criado só para viver, deve um dia morrer. Então a dor dessa violência pela convicção do encontro futuro de todos os entes queridos cessa no seio do Pai.
Estas verdades, repetidas e vividas, contêm os fundamentos de uma conversão e geram uma grande paz e tranquilidade. Abrem uma nova dimensão na existência humana.
A Igreja se esforça por transmitir essa mensagem evangélica. Aproveita de oportunidade onde possa ser melhor acolhida e sua compreensão facilitada. Assim, os cemitérios, especialmente no Dia de Finados, as missas de exéquias, os velórios e mesmo a devoção das velas, purificadas de elementos estranhos a seu verdadeiro simbolismo, são ocasiões para a semeadura da Palavra de Deus.
Sacerdotes, religiosas e leigos devidamente preparados veiculam o ensino salvífico, proporcionam consolo na dor e suavizam a tristeza. Confortam com a esperança cristã. Sem ela, os eventos cruciantes da nossa vida tornam-se insuportáveis. Somente uma perspectiva eterna dá sentido ao caminhar terreno. Interessa a todos os mortais aprender a viver essa lição, a verdadeira ensinada por Jesus Cristo. Rezemos pelos nossos mortos e peçamos que “descansem em paz”.