quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ônibus intermunicipais viajam superlotados na região de Sorocaba

 

Passageiros ficam mais de uma hora em pé entre uma cidade e outra. Viagens que deveriam durar meia hora levam até uma hora e meia.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

 

Os passageiros que viajam diariamente nos ônibus intermunicipais na região de Sorocaba (SP) têm enfrentado diversos problemas. Coletivos lotados, viagens demoradas e desrespeito com os idosos são as principais reclamações.

Enquanto, de carro, o caminho entre Sorocaba e Itu é percorrido em vinte minutos, os ônibus chegam a levar até uma hora e meia. Mas a demora não é o único problema. Um aviso afixado dentro do veículo informa que há 35 assentos, mas que o coletivo comporta até 83 passageiros. Por isso, o ônibus viaja sempre superlotado e muitos usuários ficam em pé.

"Hoje, uma pessoa deu o lugar para mim, mas eu vim de lá até aqui em pé", diz uma idosa. Já um homem de 73 anos raramente tem a mesma sorte. "Fazer o quê? Tem que enfrentar", lamenta. Uma outra passageira acredita que a falta de respeito com os idosos e a superlotação só acontecem porque as reclamações não são formalizadas. "Tem o telefone da Artesp aqui, mas ninguém liga para reclamar", afirma.

 

Já o itinerário São Roque - Itapevi é ainda pior. Os passageiros reclamam que os horários da linha não têm sido cumpridos e que a empresa responsável pelo transporte não dá satisfações aos usuários. Além disso, devido aos atrasos, há um "acúmulo" de pessoas nos pontos de ônibus, o que torna a viagem ainda mais demorada a cada parada.

Ao Tem Notícias, um representante da empresa proprietária dos coletivos informou que os problemas técnicos têm prejudicado as linhas. "Geralmente, usamos sete carros, mas dois estão quebrados. Quase todo dia algum fica de fora, e aí sobrecarrega a linha. Nós estamos com uma frota meio complicada e não temos carro para suprir o horário", diz.

Enquanto isso, os passageiros são obrigados a enfrentar todos os problemas, já que não há outra opção de transporte coletivo nos dois itinerários.

A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) deu 30 dias para que a empresa responsável pela linha São Roque - Itapevi apresente condições de oferecer ônibus em quantidade e qualidade apropriados. Caso isso não ocorra, outra empresa pode ser cotada para compartilhar a operação.

Outro lado
Em resposta, a empresa informou que os atrasos ocorrem em função dos congestionamentos registrados na Rodovia Renê Benedito da Silva e afirmou que está em andamento o processo de compra de novos veículos, que passarão a auxiliar no itinerário.

Já a empresa responsável pela linha Sorocaba - Itu disse que, em janeiro, os ônibus deixaram de operar de meia em meia hora porque não havia viabilidade financeira para manter tantos carros, mas que a mudança ocorreu apenas nos horários de menor movimento. Os responsáveis afirmaram, ainda, que a administração está levantando o número de passageiros beneficiados pela gratuidade do transporte para saber o quanto isso impacta na lotação.

 

 

OBS: Em Porto Feliz também é comum em certos horários as linhas que fazem: Porto Feliz-Sorocaba e Porto Feliz-Itu, viajarem lotados com passageiros muitas vezes até a porta. Mesmo com reivindicação de vereadores anos atrás que questionaram as empresas, nada foi resolvido.

Saída temporária de Páscoa beneficia 900 presos da região de Sorocaba, SP

 

Direito contempla presos com bom comportamento. Beneficiados devem retornar até às 17h desta segunda-feira (09).

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

 

Mais de 900 presos têm direito a saída temporária de Páscoa na região de Sorocaba (SP). O número foi divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária.
Os detentos vão deixar as penitenciárias nna manhã desta quinta-feira (05) e devem retornar até as 17h da tarde desta segunda-feira (09). Quem não voltar será considerado procurado pela Justiça.
Segundo a SAP, no feriado da Páscoa em 2010, 17.240 detentos, nenhum com tornozeleira eletrônica, saíram das cadeias e 1.296 não retornaram, um índice de evasão de 7,5%.
Saída temporária é um direito individual do preso em regime semi-aberto com bom comportamento e que tenha cumprido mais de um determinado percentual da pena . O objetivo é trazer o preso à convivência em sociedade preparando-o para depois que cumprir a pena.

Entenda o significado das missas da Semana Santa

 

Domingo de Ramos abre os sete dias de orações, hinos e procissões. Vela com símbolos religiosos e letras gregas é abençoada no sábado santo.

Do G1, em São Paulo

 

Vela Sírio Pascal vendida para os fiéis usarem durante a missa do sábado santo (Foto: Victória Brotto/G1)Vela Círio Pascal vendida para os fiéis usarem durante a cerimônia do sábado santo (Foto: Victória Brotto/G1)

Até a Sexta-Feira da Paixão e o domingo de Páscoa, muitos outros rituais e missas são celebrados pela Igreja Católica. Segundo o padre José Antônio Aparecido Pereira, 68, vigário episcopal da Arquidiocese de São Paulo, em entrevista ao G1, antes das datas mais lembradas da Semana Santa acontecem mais de cinco missas. "A semana inteira é de reflexão e oração."

Entenda o que acontece em cada dia da semana de Páscoa e o significado das missas:

Domingo de Ramos (1º de abril)
A entrada de Jesus na cidade de Jerusalém é representada neste dia. "Na época, como explica a Bíblia,  ele monta em um jumento e é recebido por centenas de pessoas com ramos de oliveira e palmeiras nas mãos." O domingo começa com uma procissão de fiéis cantando hinos e carregando ramos. Ao chegar à igreja, uma missa é celebrada com leitura de trechos bíblicos sobre o sacrifício de Jesus Cristo.

Segunda, terça e quarta-feira santas (2, 3 e 4 de abril):
Nas missas celebradas nos três dias, os fiéis pedem a Deus bons frutos na vida pessoal e religiosa e são lidos trechos bíblicos sobre a salvação.

Quinta-feira Santa (5 de abril)
Pela manhã,  o bispo se reúne com os padres na chamada Missa da Crisma - em São Paulo, esta missa acontece na Catedral da Sé (centro). Nela, ele irá abençoar ou consagrar os três óleos santos. O óleo consagrado é o do sacramento da Crisma, na qual o fiel confirma publicamente a sua fé cristã e sua ligação com a Igreja Católica. Neste rito, o padre impõe as mãos sobre o fiel, invocado o Espírito Santo, e o unge com óleo. Os outros dois óleos, o do batismo e o dos enfermos, são abençoados.

À noite, a Igreja celebra a ceia do Senhor em alusão à última ceia entre Jesus Cristo e os 12 discípulos, antes da crucificação. Nela, Jesus irá instituir o sacramento de seu corpo e de seu sangue, chamado pela Igreja Católica de Eucaristia. Nesta celebração, não se toma vinho nem come-se pedaço de pão. Em algumas paróquias, explicou o padre, um pedaço de pão caseiro abençoado é dado de lembrança aos fiéis.

Depois, acontece a missa do lava pés, na qual 12 pessoas são escolhidas aleatoriamente para que o padre lave seus pés, em referência ao momento em que Jesus ensina a humildade aos discípulos lavando os pés deles.

Quarta-feira de Cinzas celebrada na Arquidiocese de São Paulo... A missa, presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer na Catedral da Sé no dia 22 de fevereiro de 2012, marca o início da Quaresma (Foto: Luciney Martins/Divulgação)Missa celebrada no dia 22 de fevereiro, na
Arquidiocese de  São Paulo, marcou o início
da quaresma (Foto: Luciney Martins/Divulgação)

Sexta-feira da Paixão (6 de abril)
“Jejum e abstinência de carne são os princípios deste dia." Exatamente às 15h, considerada a hora nona pela Bíblia, os fiéis se reúnem para celebrar a paixão e a morte de Cristo. O rito tem quatro momentos, o momento da paixão anunciada, envocada, venerada e comungada.

Na paixão anunciada, são lidas passagens bíblicas do Antigo e do Novo Testamento que falam sobre o sacrifício de Cristo. Na paixão envocada, longas séries de preces são feitas pelas necessidades do mundo e da Igreja. Depois, os fiéis formam uma fila e vão um a um beijar a imagem de Cristo crucificado – é o momento da paixão venerada. Na quarta e última parte, os fiéis recebem a hóstia.

Algumas igrejas e paróquias, segunda o padre da Arquidiocese de São Paulo, fazem uma procissão do enterro de Cristo. “Esta tradição pretende lembrar do momento em que os discípulos retiram o corpo de Jesus Cristo da cruz e o sepultam.”

Sábado Santo (7 de abril)
Durante o dia, não há missa. “É momento de silêncio e oração.” Só no período da noite é que acontece a vigília pascal. “Uma longa celebração, na qual o padre abençoa o fogo que acenderá uma grande vela, chamada de Círio Pascal”. Ela, que representa Jesus ressurreto, é toda decorada com símbolos religiosos, como o da primeira e da última letra do alfabeto grego - Alfa e Ômega. Elas, explica o bispo, indicam que Jesus é o início e o fim de tudo, como ensina a Bíblia. Cinco cravos representando os cincos ferimentos na cruz – dois nas mãos, dois nos pés e um na lateral do corpo – e o ano de 2012 também são inscritos na vela.

Logo em seguida, o padre abençoa a vela com orações e entra na igreja, que está toda apagada. Neste momento, cada pessoa acende a sua vela a partir da que passa pelo corredor principal nas mãos do padre. Quando a igreja já está toda iluminada com as velas dos fiéis, o padre chega ao altar e canta o hino “Precônio Pascal” para celebrar a vigília e se preparar para a Páscoa – a ressurreição.

Após uma leitura da Bíblia, acontece a liturgia batismal. “A água do batismo é abençoada e, em algumas comunidades, adultos e crianças são batizados.” A missa termina com os fiéis cantando hinos sobre a ressureição.
Domingo de Páscoa (8 de abril)
Para encerrar o período da quaresma, os 40 dias estipulados pela Igreja Católica para que o fiel se prepare para o ápice da Semana Santa, a ressureição, missas são celebradas com hinos e trechos bíblicos sobre a ressureição.

Segundo o bispo, em algumas igrejas, existe o costume de fazer procissões simbolizando o encontro de Jesus com os discípulos. “As mulheres levam a imagem de Maria; e os homens, a imagem do Cristo crucificado para lugares diferentes. Quando as duas imagens se encontram, os fiéis aplaudem e cantam hinos de vitória.”

Malhação de Judas
"A malhação não tem nada a ver com a vida da Igreja", explica o bispo Aparecido Pereira.  A malhação de Judas ou Queima de Judas é uma tradição trazida pelos portugueses e espanhóis na qual um boneco, do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos ou jornal é arrastado pelas ruas e queimado.

 

obs: texto desenvolvido pelo site G1

Missa dos Santos Óleos–Arquidiocese de Sorocaba

Missa dos Santos Òleos (1)

Todos os anos acontece a Missa do Crisma, ou Missa dos Santos Óleos, onde todos os padres da Arquidiocese participam e um casal representante de cada paróquia vai buscar os Óleos do Batismo, do Crisma e da Unção dos Enfermos. Ontem a Santa Missa aconteceu na Catedral de Nossa Senhora Da Ponte, que foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Sorocaba Dom Eduardo Benes Salles Rodrigues, junto com 71 padres da Arquidiocese. Também ocorre o rito de Renovação dos Votos Sacerdotais.
Em sua homilia, Dom Eduardo, falou sobre a importância do sacerdócio e o chamado a vida consagrada.
Ao final da Missa, os casais representantes entraram em procissão na Catedral para receber os óleos e levá-los até suas respectivas paróquias.

Maurício de Toledo/Pastoral da Comunicação – Porto Feliz/SP

O Que é a Páscoa?

O tempo pascal compreende cinquenta dias (em grego = "pentecostes"), vividos e celebrados como um só dia: "os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande domingo" (Normas Universais do Ano Litúrgico, n 22).
O tempo pascal é o mais forte de todo o ano, inaugurado na Vigília Pascal e celebrado durante sete semanas até Pentecostes. É a Páscoa (passagem) de Cristo, do Senhor, que passou da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a páscoa também da Igreja, seu Corpo, que é introduzida na Vida Nova de seu Senhor por emio do Espírito que Cristo lhe deu no dia do primeiro Pentecostes. A origem desta cinquentena remonta-se às origens do Ano litúrgico.
Os judeus tinha já a "festa das semanas" (ver Dt 16,9-10), festa inicialmente agrícola e depois comemorativa da Aliança no Sinai, aos cinquenta dias da Páscoa. Os cristãos organizaram rapidamente sete semanas, mas para prolongar a alegria da Ressurreição e para celebrar ao final dos cinquenta dias a festa de Pentecostes: o dom do Espírito Santo. Já no século II temos o testemunho de Tertuliano que fala que neste espaço de tempo não se jejua, mas que se vive uma prolongada alegria.
A liturgia insiste muito no caráter unitário destas sete semanas. A primeira semana é a "oitava da Páscoa', em que já por irradiação os batizados na Vigília Pascal, eram introduzidos a uma mais profunda sintonia com o Mistério de Cristo que a liturgia celebra. A "oitava da Páscoa" termina com o domingo da oitava, chamado "in albis", porque nesse dia os recém batizados deponían em outros tempos as vestes brancas recebidas no dia de seu Batismo.
Dentro da Cinquentena se celebra a Ascensão do Senhor, agora não necessariamente aos quarenta dias da Páscoa, mas no domingo sétimo de Páscoa, porque a preocupação não é tanto cronológica mas teológica, e a Ascensão pertence simplesmente ao mistério da Páscoa do Senhor. E conclui tudo com a vinda do Espírito em Pentecostes.
A unidade da Cinquentena que dá também destacada pela presença do Círio Pascal aceso em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes. Os vários domingos não se chamam, como antes, por exemplo, "domingo III depois da Páscoa", mas "domingo III de Páscoa". As celebrações litúrgicas dessa Cinquentena expressam e nos ajudam a viver o mistério pascal comunicado aos discípulos do Senhor Jesus.
As leituras da Palavra de Deus dos oito domingos deste Tempo na Santa Missa estão organizados com essa intenção. A primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, a história da igreja primitiva, que em meio a suas debilidades, viveu e difundiu a Páscoa do Senhor Jesus. A segunda leitura muda segundo os ciclos: a primeira carta de São Pedro, a primera carta de São João e o livro do Apocalipse.

Símbolos Pascais

 

O momento forte da Páscoa é o Tríduo Pascal.
Começa na Quinta-feira Santa e termina no Sábado Santo com a Vigília Pascal.
No Tríduo Pascal celebramos cada um desses aspectos da morte e ressurreição de Jesus.
Na Quinta-feira Santa temos o símbolo por excelência, que é a Eucaristia.
O pão e o vinho, a mesa e o altar nos reportam para a última ceia de Jesus que, antes de morrer, quis ter este momento particular com seus discípulos e, hoje, com todos nós.
Outro rito da Quinta-Feira Santa é o Lavapés.
Celebrar a Eucaristia é também lavar os pés dos irmãos e irmãs que convivem conosco hoje.
Na Sexta-feira Santa temos o grande símbolo que é a Cruz. Da morte, da dor, do sofrimento, da entrega. Jesus não veio para ser servido, mas para servir, para dar a vida por todos nós.
No Sábado temos os quatro grandes símbolos. Em primeiro lugar o Círio Pascal, a luz. Luz de Cristo que rompe as trevas e ilumina toda a escuridão do mundo.
O segundo símbolo é a Palavra proclamada. São nove leituras previstas para essa noite que nos proclamam a Boa Nova. Escutamos, através das leituras, como Deus, ao longo da história, foi se manifestando no meio de seu povo.
O terceiro símbolo e a água. Pois nós abençoamos a água na qual serão balizadas as crianças, os jovens, os adultos. Nós, que já fomos batizados, renovamos a nossa fé com a aspersão sobre nós, recordando nosso batismo.
Quarto símbolo é novamente a Eucaristia. Que é a conclusão dessa celebração. O momento alto desse Tríduo Pascal é a Eucaristia.
Todos os símbolos, os hinos, os cânticos, a palavra, as leituras são importantíssimas em todas as celebrações pascais, pois elas nos dão o sentido da morte e ressurreição do Senhor. Isso vai criando em nós urna mística, um clima que envolve toda a nossa vida.

Saiba mais sobre a Sexta-feira Santa

A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
São João, teólogo e cronista da paixão nos leva a contemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloqüente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e a Cruz é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar.
A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.
Maternidade do coração, que infla com a espada de dor que a fecunda.
A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria comtempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João a glorifica com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.
O soldado que traspassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia realizava um últmo, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como em uma nova criação derrama sobre nós.
A Celebração
Neste dia não se celebra a missa em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recordamos a morte de Jesus. Os ministros se prostram no chão frente ao altar no começo da cerimônia. São a imagem da humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente que implora perdão por seus pecados.
Vão vestidos de vermelho, a cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testeunho do amor do Pai e de todos aqueles que, como ele, deram e continuam dando sua vida para proclamar a libertação que Deus nos oferece.
Ação litúrgica na Morte do Senhor
1. A ENTRADA
A impressionante celebração litúrgica da Sexta-feira começa com um rito de entrada diferente de outros dias: os ministros entram em silëncio, sem canto, vestidos de cor vermelha, a cor do sangue, do martírio, se prostram no chão, enquanto a comunidade se ajoelha, e depois de um espaço de silêncio, reza a oração do dia.
2. Celebração da Palavra
Primeira Leitura
Espetacular realismo nesta profecia feita 800 anos antes de Cristo, chamada por muitos o 5º Evangelho. Que nos introduz a alma sofredora de Cristo, durante toda sua vida e agora na hora real de sua morte. Disponhamo-nos a vivê-la com Ele.
Leitura do Profeta Isaías 52, 13 ; 53
Eis que meu Servo há de prosperar, ele se elevará, será exaltado, será posto nas alturas.
Exatamente como multidões ficaram pasmadas à vista dele - tão desfigurado estava seu aspecto e a sua forma não parecia a de um homem - assim agora nações numerosas ficarão estupefactas a seu respeito,reis permanecerão silenciosos, ao verem coisas que não lhes haviam sido contadas e ao tomarem consciência de coisas que não tinham ouvido.
Quem creu naquilo que ouvimos, e a quem se revelou o braço do Senhor? Ele cresceu diante dele como um renovo, como raiz que brota de uma terra seca; não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar.
Era desprezado e abandonado pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a enfermidade, como uma pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos nenhum caso dele.
E no entanto, era as nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava.
Mas nós o tinhamos como vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado.
Mas ele foi trespassado por causa de nossas transgressões, esmagado em virtude de nossas iniqüidades.
O castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados.
Todos nós como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada um o seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
Foi maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca, como cordeiro conduzido ao matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença de seus tosquiadores ele não abriu a boca.
Após a detenção e julgamento, foi preso. Dentre os seus contemporâneos, quem se preocupou com o fato de ter ele sido cortado da terra dos vivos, de ter sido ferido pela transgressão do seu povo?
Deram sepultura com os ímpios, o seu túmulo está com os ricos, se bem que não tivesse praticado violência nem tivesse havido engano em sua boca.
Mas o Senhor quis feri-lo, submetê-lo à enfermidade. Mas, se ele oferece a sua vida como sacrifício pelo pecado, certamente verá uma descendência, prolongará os seus dias, e por meio dele o desígnio de Deus há de triunfar.
Após o trabalho fatigante de sua alma ele verá a luz e se fartará. Pelo seu conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sbre si as suas transgressões.
Eis porque lhe darei um quinhão entre as multidões; com os fortes repartirá os despojos, visto que entregou sua alma à morte e foi contado com os transgressores, mas na verdade levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores fez intercessão.
Palavra do Senhor
Salmo responsorial
Neste Salmo, recitado por Jesus na cruz, entrecruzam-se a confiança, a dor, a solidão e a súplica: com o Homem das dores, façamos nossa oração.
Sl 30, 2 e 6. 12-13. 15-16. 17 e 25.
Senhor, em tuas mãos eu entrego meu espírito.
Senhor, eu me abrigo em ti: que eu nunca fique envergonhado; Salva-me por sua justiça. Leberta-me . em tuas mãos eu entrego meu espírito, é tu quem me resgatas, Senhor.
Pelos opressores todos que tenho já me tornei um escândalo; para meus vizinhos, um asco, e terror para meus amigos. Os que me vêem na rua fogem para longe de mim; fui esquecido, como um morto aos corações, estou como um objeto perdido.
Quanto a mim, Senhor, confio em ti, e digo: " tú és o meu Deus!". Meus tempos etão em tua mão: liberta-me da mão dos meus inimigos e perseguidores. Faze brilhar tua face sobre o teu servo, salva-me por teu amor. Sede firmes, fortalecei vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.
Segunda leitura
O Sacerdote é o que une Deus ao homem e os homens a Deus… Por isso Cristo é o perfeito Sacerdote: Deus e Homem. O Único e Sumo e Eterno Sacerdote. Do qual o Sacerdócio: o Papa, os Bispos, os sacerdotes e dos Diáconos unidos a Ele, são ministros, servidores, ajudantes…
Leitura da Carta aos Hebreus 4,14-16; 5,7-9.
Temos, portanto, um sumo sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus. Permaneçamos, por isso, firmes na profissão de fé. Com efeito, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com segurança do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça, como ajuda oportuna.
É ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão. Embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento; e, levado à perfeição, se tornou para todos os que lhe obedeceram princípio da salvação eterna.
Palavra do Senhor.
Versículo antes o Evangelho (Fl 2, 8-9)
Cristo, por nós, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o sobreexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é acima de todo nome.
Como sempre, a celebração da Palavra, depois da homilia conclui-se com uma ORAÇÃO UNIVERSAL, que hoje tem mais sentido do que nunca: precisamente porque comtemplamos a Cristo entregue na cruz como Redentor da humanidade, pedimos a Deus a salvação de todos, crentes e não crentes.
3. Adoração da Cruz
Depois das palavras passamos a um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa Cruz é apresentada solenemente a Cruz à comunidade, cantando três vezes a aclamação:
"Eis o lenho da Cruz, onde esteve pregada a salvação do mundo. Ó VINDE ADOREMOS", e todos ajoelhados uns instantes de cada vez, e então vamos, em procissão, venerar a Cruz pessoalmente, com um genuflexão (ou inclinação profunda) e um beijo (ou tocando-a com a mão e fazendo o sinal da cruz ); enquanto cantamos os louvores ao Cristo na Cruz :
4. A comunhão
Desde de 1955, quando Pio XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não somente o sacerdote - como até então - mas também os fiéis podem comungar com o Corpo de Cristo.
Ainda que hoje não haja propriamente Eucaristia, mas comungando do Pão consagrado na celebração de ontem, Quinta-feira Santa, expressamos nossa participação na morte salvadora de Cristo, recebendo seu "Corpo entregue por nós".

Rodovias da região de Sorocaba, SP, receberão mais de 500 mil veículos

 

Estimativa é concessionária que administra as rodovias Raposo e Castello.
Condutores poderão evitar tráfego lento optando por horários alternativos.

Adriane Souza Do G1 Sorocaba e Jundiaí

 

Trânsito ficou carregado na pista sentido litoral de São Paulo da Rodovia dos Imigrantes, na sexta-feira (22) (Foto: Luciano Vicioni/AE)
Maior fluxo de veículos será registrado no sentido da
capital para o interior (Foto: Luciano Vicioni/AE)

As rodovias da região de Sorocaba (SP) terão fluxo de veículos intenso com o feriado prolongado, que começa com a Sexta-Feira Santa (6) e termina na Páscoa. A estimativa da  concessionária que administra o sistema de rodovias Castello Branco e Raposo Tavares,é de que entre quinta-feira (5) e domingo (8) cerca de 500 mil veículos deverão circular nas rodovias, tanto no sentido capital, quanto no interior.
A concessionária alerta que os períodos de tráfego intenso deverão ser das 14h às 22h, no sentido capital interior nesta quinta-feira; na sexta, das 7h às 15h também no sentido interior e, no feriado de Páscoa (8), das 16h às 23h, no sentido da capital paulista. Algumas obras que estavam sendo realizadas nas rodovias foram interrompidas para não causar transtornos aos motoristas.
Os serviços de atendimento em pedágios, veículos de manutenção de pista e ambulâncias serão ampliados. No mesmo feriado em 2011, 615 mil veículos passaram pelo sistema Castello/Raposo, gerando 39 acidentes, com 36 vitimas leves ou graves e três vítimas fatais.
Em caso de emergência, o motorista poderá ligar gratuitamente para o 0800-701-5555 ou no 191, que é o número de emergência da Polícia Militar Rodoviária. Os telefones funcionam 24 horas, em todos os dias da semana.

O que é o Sábado Santo?

O sábado é o segundo dia do Tríduo: no chão junto à ele, durante sete dias e e sete noites com Cristo no sepulcro.
"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).
Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".
Vigília Pascal
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiqüíssima tradição, (Ex. 12, 42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc. 12, 35 ss), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.
A Vigília Pascal se desenvolve na seguinte ordem:
Breve Lucernário
Abençõa-se o fogo. Prepara-se o círio no qual o sacerdote com uma punção traça uma cruz. Depois marca na parte superior a letra Alfa e na inferior Ômega, entre os braços da cruz marca as cifras do anos em curso. A continuação se anuncia o Pregão Pascal.
Liturgia da Palavra
Nela a Igreja confiada na Palavra e na promessa do Senhor, media as maravilhas que desde os inícios Deus realizou com seu povo.
Liturgia Batismal
São chamados os catecúmenos, que são apresentados ao povo por seus padrinhos: se são crianças serão levados por seus pais e padrinhos. Faz-se a renovação dos compromissos batismais.
Liturgia Eucarística
Ao se aproximar o dia da Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua Morte Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo. Nele participam pelas primeira vez os neófitos.
Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.
O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se os velas para todos os que participem da Vigília.

Celebração do Tríduo Pascal

O espírito quaresmal nos encaminha para a Semana Santa, que precede a Páscoa.
Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa, a Igreja prepara-se para o Tríduo Pascal, contemplando o Servo sofredor. Nesse período, aparecem como figuras eloquentes, Maria, a Mãe de Jesus, Maria Madalena, que perfuma o corpo do Senhor, Pedro e Judas.
Na liturgia romana o Tríduo Pascal é ponto culminante: "não se trata de um tríduo preparatório para a festa da Páscoa, mas são três dias de Cristo crucificado, morto e ressuscitado. Tem início na celebração da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, na missa vespertina, terminando com o domingo de Páscoa". São dias dedicados a celebrações e orações especiais.
Na Quinta-feira Santa comemoramos a última Ceia da páscoa hebraica que Jesus fez com os 12 apóstolos antes de ser preso e levado à morte na cruz. Durante esta ceia, Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio Cristão, prefigurando o evento novo da Páscoa cristã que haveria de se realizar dois dias depois.
O Cordeiro pascal a partir dessa ceia, é Ele próprio, que se oferece num voluntário sacrifício de expiação, de louvor e de agradecimento ao Pai, mareando assim a definitiva aliança de Deus com toda a humanidade redimida do poder do maligno e da morte.
A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos: o pão e o vinho, a carne e o sangue, o Corpo e o Espírito de Jesus, inseparavelmente unidos e separados, sinal misterioso ao mesmo tempo de vida e de morte.
Esse evento do mistério de Jesus é também profecia e realização do primado do amor e do serviço na sua vida e na dos que crêem, o
que se tornou manifesto no gesto do lava-pés.
Depois do longo silêncio quaresmal, a liturgia canta o Glória. Ao término da liturgia eucarística, tiram-se as toalhas do altar-mor para indicar o abandono que o Senhor vai encontrar agora; a santa Eucaristia, que não poderá ser consagrada no dia seguinte, é exposta solenemente com procissão interna e externa a igreja e a seguir recolocada sobre o altar da Deposição até a meia-noite para adoração por parte dos fiéis.
Na Sexta-feira Santa a Igreja não celebra a Eucaristia. Recorda a Morte de Cristo por uma celebração da Palavra de Deus, constando de leituras bíblicas, de preces solenes, adoração da cruz e comunhão sacramental.


A noite do Sábado Santo é a "mãe de todas as vigílias", a celebração central de nossa fé, nela a Igreja espera, velando, a ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos.
A liturgia da Noite Pascal tem as seguintes partes: Celebração da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística.
O Tríduo Pascal termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. Na verdade o Cristo ressuscitou, aleluia! A ele o poder e a glória pêlos séculos eternos.

Brasileiros promovem Vigília de Oração pela vida em frente ao STF

 

Para representar os 82% dos brasileiros contrários ao aborto no país, segundo dados da pesquisa divulgada pelo Vox Populi em 2010, católicos de Brasília promoverão uma Vigília de Oração em Defesa da Vida Nascente diante do Supremo Tribunal Federal (STF).  A iniciativa está marcada para o dia 10 de abril, véspera da votação sobre a descriminalização do aborto de fetos diagnosticados com anencefalia.
A vigília quer sensibilizar cada um dos onze ministros do STF que têm em mãos a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF n. 54) cujo objeto é a possibilidade do aborto de bebês anencéfalos.
Organizada pelos movimentos Legislação e Vida, de São Paulo, e Pró-Vida e Família, de Brasília, a vigília terá início às 18h, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Além de orações, a ocasião contará com apresentações artísticas gratuitas do cantor Nael di Freitas e da cantora Elba Ramalho que, além de cantarem seus sucessos, conduzirão momentos de oração com o terço dos nascituros, que apresenta em cada conta representações de bebês no ventre de suas mães.
“Contamos com o apoio do arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha e nossa inspiração é o exemplo do próprio Papa Bento XVI que, em 2010, começou a fazer vigílias no período do advento por toda vida nascente e pediu que toda Igreja também fizesse!”, conta o padre Pedro Stepien, da diocese de Luziânia (GO), membro do Movimento Pró-Vida e Família e responsável por uma casa de apoio a gestantes em sua diocese.
De acordo com padre Stepien, a ADPF-54 é uma estrategia sofisticada para legalizar o aborto no Brasil. “Depois serão as crianças com má formação, até chegar ao ponto que o aborto seja um 'direito humano', um verdadeiro absurdo. Pela liberdade de expressão e pela liberdade religiosa vamos nos manifestar, não podemos ficar omissos”, afirmou.

Leia mais
.: CNBB reafirma posição da Igreja sobre aborto

Com Páscoa, 26 mil devem passar pela rodoviária de Sorocaba, SP

 

Fluxo de passageiros deve aumentar a partir das 15h de quinta-feira (5). Comprar a passagem com antecedência é uma boa dica.

Adriane Souza Do G1 Sorocaba e Jundiaí

 

Animada com o feriado, Maria José já prepara as malas. (Foto: Arquivo pessoal)Animada com o feriado, Maria José já prepara as malas (Foto: Arquivo pessoal)

Com o feriado prolongado que une Sexta-Feira Santa (6) e Páscoa (8), a movimentação no Terminal Rodoviário de Sorocaba (SP) deve ser intenso. A estimativa dos administradores é de que cerca de 26 mil pessoas embarquem e desembarquem para os diversos destinos oferecidos pelas agências da rodoviária de quinta a domingo.

Um dos locais mais procurados é São Paulo. A monitora infantil Maria José Rodrigues, 50 anos, já está fazendo as malas para embarcar nesta sexta-feira. “Irei bem cedo e acho que será tranquilo, pois as pessoas preferem viajar mais tarde e no dia anterior ao feriado”, declara. Com familiares em São Paulo, a monitora está animadíssima com a possibilidade de passar três dias com os irmãos.

O gerente operacional da rodoviária sorocabana, Júlio César Cabral, afirma que Maria José está certa. A previsão é de que nesta quinta-feira (5), após às 15h o fluxo de pessoas se torne intenso. “A grande movimentação deverá se estender até mais tarde, pois as pessoas costumam deixar tudo para a última hora”, explica Júlio César, referindo-se ao fato do quinto dia útil coincidir com o feriado.

Para quem escolheu chegar mais longe, a movimentação começará nesta quarta-feira (4). Os destinos favoritos são as praias do litoral norte e sul do estado, norte do Paraná e até Rio de Janeiro. Para a capital paulista, considerado um destino tradicional, até 802 ônibus serão disponibilizados diariamente e, dependendo da demanda, o intervalo do embarque poderá ser reduzido para até cinco minutos.

Ônibus devem sofrer alterações nos horários em Sorocaba (Foto: G1)
Frota de ônibus deverá ser itensificada para atender população (Foto: Adriane Souza/G1)

Na volta para casa, a grande concentração de pessoas é esperada após às 14h. “Pretendo voltar a Sorocaba no final da tarde de domingo, apara aproveitar o máximo possível”, comenta a monitora infantil. Quem puder antecipar a volta para casa encontrará mais tranquilidade no embarque e desembarque, alerta o gerente.

A gerência da rodoviária orienta aos passageiros que identifiquem suas bagagens com nome completo, endereço e, se possível, telefone para contato. As crianças menores de 12 anos só irão embarcar acompanhadas por um responsável e ambos deverão apresentar documento com foto. “Os funcionários dos guichês estarão muito ocupados, então pedimos para que as pessoas liguem para a central de atendimento da rodoviária para mais informações sobre embarques, destinos e ônibus em horário extra”, orienta o diretor operacional. O número é (15) 3232-8513.

A irresponsabilidade do dia seguinte

Imagem de Destaque

Não impeça o curso natural da vida.

Em 12 de março de 2012 o Secretário de Atenção à Saúde e o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Governo Federal editaram a Portaria Conjunta número 1 criando o grupo de trabalho para estudar a liberação da venda, sem receita médica, do microabortivo vulgarmente conhecido como “pílula do dia seguinte”.

Apesar de não constar da mencionada portaria nenhuma referência explícita à mencionada pílula, a imprensa secular publicou declarações do Secretário de Atenção à Saúde alardeando, sem nenhum constrangimento, que a real intenção da medida era discutir a distribuição do microabortivo sem receita médica.

Não custa lembrar que, de acordo com a Constituição vigente, o Brasil adota sistema de governo presidencialista, pelo qual os agentes da administração federal, entre eles os ministros e secretários, estão subordinados à presidente da República. Assim, tal acontecimento não deixa de causar perplexidade, pois, no processo eleitoral de 2010, a presidente Dilma Rousseff assinou carta prometendo que, sendo eleita, jamais tomaria medida em favor do aborto. Aliás, as matérias da imprensa secular que noticiaram o fato davam conta de que não se tratava de iniciativa isolada do secretário, mas de política pública do Governo Federal.

Outra razão de perplexidade é que nunca houve tanta burocracia para se comprar remédios no Brasil, mas o Governo Federal pretende liberar, sem receita médica, a distribuição de microabortivos – ou seja, de produtos que, se nossa Constituição fosse levada a sério, nem deveriam ser expostos à venda nas farmácias nem distribuídos nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).


Assista: "Aborto, um mal que clama aos céus".


Efetivamente, a chamada “pílula do dia seguinte” é um microabortivo. Ela não apenas impede a concepção, como também impossibilita a nidação, na parede interna do útero, do óvulo fecundado, ou seja, do ser humano já concebido. Impedir que o ser humano concebido se implante no útero é impedir que ele continue vivendo e se desenvolva, o que equivale a um aborto provocado.

Tais informações são sonegadas ao público brasileiro, não só pela imprensa secular, mas também pelos laboratórios que produzem esse produto. No entanto, nos países em que o aborto é legalizado, como França e Espanha, as bulas dos fármacos à base de levonorgestrel (o princípio ativo da “pílula do dia seguinte”) informam claramente que o produto impede a fixação do óvulo fecundado na parede do útero.

Se assim é, diante da legislação brasileira vigente, tal pílula deveria ser proibida. Pois o artigo 2º do Código Civil define que os direitos do nascituro devem ser protegidos desde a concepção – e não desde a nidação. Ademais, o Brasil é signatário da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, celebrada na cidade de San José da Costa Rica, que determina que o direito à vida deve ser assegurado a todo ser humano desde o momento da concepção. Essa mesma convenção tem, no Brasil,status constitucional, pelo que é incongruente a comercialização e a distribuição indiscriminada da “pílula do dia seguinte”, ainda mais sem receita médica.

É sabido, porém, que o efeito abortivo da “pílula do dia seguinte”, se é a sua mais grave consequência negativa, não é a única. Conforme artigo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (v. 26, n. 9, out. 2004) por professores da Escola Paulista de Medicina, o uso da “pílula do dia seguinte” pode provocar gravidez ectópica, com grave risco para a vida da mãe e do bebê. Além disso, a pílula microabortiva é uma verdadeira bomba hormonal: contém uma dose altíssima de hormônios que desequilibram brutalmente a fisiologia feminina e, no futuro, podem vir mesmo a causar vários tipos de câncer, entre eles o de mama e o de colo do útero. Se estes senhores estivessem, de fato, preocupados com a saúde das mulheres, tomariam medidas para coibir o seu fornecimento e não para promover a sua livre distribuição.

Em tais circunstâncias, não podíamos nos omitir e deixar de reprovar a lamentável medida tomada pelo Governo Federal no sentido de discutir a distribuição da “pílula do dia seguinte” sem receita médica, pelas razões que já mencionamos acima, como também por favorecer e estimular a irresponsabilidade sexual.

Rodrigo R. Pedroso

http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12728

A Quinta-feira Santa

 

A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no misterio da Paixão de Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo.
E por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que temos todos os fiéis quando decide lavar os pés dos seus discípulos.
Neste sentido, o Evangelho de São João apresenta a Jesus 'sabendo que o Pai pôs tudo em suas mãos, que vinha de Deus e a Deus retornava', mas que, ante cada homem, sente tal amor que, igual como fez com os discípulos, se ajoelha e lava os seus pés, como gesto inquietante de uma acolhida inalcansável.
São Paulo completa a representação lembrando a todas as comunidades cristãs o que ele mesmo recebeu: que aquela memorável noite a entrega de Cristo chegou a fazer-se sacramento permanente em um pão e em um vinho que convertem em alimento seu Corpo e seu Sangue para todos os que queiram recordá-lo e esperar sua vinda no final dos tempos, ficando assim instituída a Eucaristía.
A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da su paixão, "enquanto ceava com seus discípulos tomou pão..." (Mt 26, 26).
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e se recordassem dEle abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).
Antes de ser entregue, Cristo se entrega como alimento. Entretanto, nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte: o que fez, o fez como anúncio profético e oferecimento antecipado e real da sua morte antes da sua Paixão. Por isso "quando comemos deste pão y bebemos deste cálice, proclamamos a morte do Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).
Assim podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial não tanto da Última Ceia, e sim da Morte de Cristo que é Senhor, e "Senhor da Morte", isto é, o Resuscitado cujo regresso esperamos de acordo com a promessa que Ele mesmo fez ao despedir-se: "Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis" (Jo 16, 16).
Como diz o prefácio deste dia: "Cristo verdadeiro e único sacerdote, se ofereceu como vítima de salvação e nos mandou perpetuar esta oferenda em sua comemoração". Porém esta Eucaristia deve ser celebrada com características próprias: como Missa "na Ceia do Senhor".
Nesta Missa, de maneira diferente de todas as demais Eucaristias, não celebramos "diretamente" nem a morte nem a ressurreição de Cristo. Não nos adiantamos à Sexta-feira Santa nem à noite de Páscoa.
Hoje celebramos a alegria de saber que esta morte do Senhor, que não terminou no fracasso mas no êxito, teve um por quê e um para quê: foi uma "entrega", um "dar-se", foi "por algo"ou melhor dizendo, "por alguém" e nada menos que por "nós e por nossa salvação" (Credo). "Ninguém a tira de mim,(Jesus se refere à sua vida) mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la." (Jo 10, 18), e hoje nos diz que foi para "remissão dos pecados" (Mt 26, 28c).
Por isso esta Eucaristia deve ser celebrada o mais solenemente possível, porém, nos cantos, na mensagem, nos símbolos, não deve ser nem tão festiva nem tão jubilosamente explosiva como a Noite de Páscoa, noite em que celebramos o desfecho glorioso desta entrega, sem a qual tivesse sido inútil; tivesse sido apenas a entrega de alguém mais que morre pelos pobres e não os liberta. Porém não está repleta da solene e contrita tristeza da Sexta-feira Santa, porque o que nos interessa "sublinhar" neste momento, é que "o Pai entregou o Seu Filho para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(Jo 3, 16) e que o Filho entregou-se voluntariamente a nós apesar de que fosse através da morte em uma cruz ignominiosa.
Hoje há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o "glória": é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém ao mesmo tempo é sóbria e dolorida, porque conhecemos o preço que Cristo pagou por nós.
Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto predomina o gozo porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega con amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.
Podemos dizer que hoje celebramos com a liturgia (1a. Leitura) a Páscoa. Porém a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5, 10-ss).
Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.

O lava-pés

 

A quaresma é tempo de fazer "caminho" com Jesus, para chegar à Ressurreição. Fazer caminho significa conversão e seguimento. A quaresma sempre nos propõe a olhar os gestos de Jesus e para uma verdadeira conversão.
O que significa converter-se num mundo que nos propõe todas as facilidades para viver globalmente o individualismo?
Jesus ao percorrer o caminho da cruz não pensa nele, nas suas dores, mas nas dores de tantos crucificados como Ele, que buscam a Ressurreição. A cruz é sinal de conversão, mudança, transformação para a conquista de mais vida.
Páscoa é passar de uma vida centrada sobre nos mesmos, sobre o nosso egoísmo, para uma vida solidária com os muitos irmãos marginalizados em nossa sociedade. Portanto, o anúncio cristão não pára na cruz. No meio de nós está presente Jesus, o Ressuscitado, o Deus vivo. Antes de tomar o caminho da cruz, Jesus nos apresenta uma proposta de vida, que é um programa de conversão: o lava-pés. O lava-pés traduz toda a vida de Jesus: o amor. "Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1) ou seja até as últimas conseqüências do gesto de amar, isto é, até a cruz: "Tudo está realizado" (Jo 19,30).
Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.
- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.
- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.
- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.
- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...
- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...
- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...
Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar:
Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?
Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição. Feliz Páscoa!

“Os dias da Semana Santa são diferentes e nos levam a reviver os fatos fundamentais da nossa fé”, afirma o arcebispo de Maringá

 

LoadingMaringá (Gaudium Press) Com o título "A semana maior, a Semana Santa", dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Paraná, fala no seu artigo semanal sobre o significado e a importância dos fiéis católicos viverem plenamente esse tempo de graça que é a Semana Santa, que começou com o fim da Quaresma no Domingo de Ramos, celebrado no último domingo.

Dom-Anuar-Battisti00.jpg

Dom Anuar Battisti

Segundo dom Anuar, a Semana Santa permite ao cristão, a cada ano, mergulhar em maior profundidade nos acontecimentos de sua fé e sair para novos rumos na vida pessoal e comunitária. "Por isso é que esses dias são diferentes e nos levam a reviver os fatos fundamentais da nossa fé", completa.

A vida se encontra com a morte e a morte é vencida pela ressurreição, afirma o arcebispo, que ainda destaca que as celebrações desta semana levam os fiéis a entenderem melhor o que motivou a morte de Cristo e se aprofundar nas palavras dirigidas a Madalena: "Porque muito amou, muito será perdoado" (Lucas 7, 47).

Dom Anuar explica que o Tríduo Pascal - os três dias mais importantes desse período - começa na Quinta-feira Santa, quando acontece a celebração Eucarística que nos faz reviver o imensurável amor de Deus pela pessoa humana: a inesquecível lição do lava-pés e a instituição perpétua da eucaristia.

"Um gesto que escapa da nossa humana compreensão: Jesus, tendo amado os seus que estavam neste mundo, amou-os até fim. Amor este que não podia ir mais longe do que foi: Se eu, Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Em outras palavras: Do modo como vos amei, amai-vos uns aos outros."

Quanto à instituição da eucaristia, o prelado lembra que o amor onipotente de Deus quis tornar-se presente para sempre, na forma de sacramento. "Em todas as missas que se celebra, o passado torna-se presente - a morte e a ressurreição - e o presente anuncia o futuro: Vinde, Senhor Jesus", destaca.

Já na Sexta-feira Santa, afirma o arcebispo, precisamente às 15h, quando, segundo os Evangelhos, Jesus suspenso na cruz, inclinando a cabeça, entregou o seu espírito, a Igreja reúne os fiéis para a escuta da paixão narrada pelo evangelista João. "Neste momento somos conduzidos a seguir os últimos passos daquele que veio dar a sua vida em resgate por muitos. Desde o Jardim das Oliveiras, até o Monte Calvário onde, pendendo da cruz, braços abertos sobre o mundo, entrega seu espírito nas mãos do pai, exclamando em alta voz: Tudo está consumado."

Dom Anuar fala então sobre o Sábado Santo, celebrado durante a noite que se estende pela madrugada, e onde acontece o mais esperado momento durante toda a Quaresma e a mais esplêndida e significativa celebração entre todas as liturgias da Igreja: a Vigília Pascal, a festa da Luz: o Cristo ressuscitado, simbolizado no Círio Pascal.

"Diante dessa luz canta-se a exultação do céu, da terra e da mãe Igreja pela vitória da vida sobre a morte. Diante dessa luz renovam-se as promessas do batismo pelo qual se morre e se é sepultado com Cristo e se ressuscita com Ele. Aqui está a Páscoa do Senhor e a nossa Páscoa. Ele está vivo! Cristo ressuscitado. A luz venceu as trevas e nesta luz queremos caminhar sempre. Feliz Páscoa, feliz passagem da morte, da violência, do ódio, da vingança, do pecado, para a vida da graça e da ressurreição", conclui.

Evangelho do Dia

Ano B - Dia: 05/04/2012

O Mestre que serve

Leitura Orante
Jo 13,1-15
Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim. Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a idéia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou: - Vai lavar os meus pés, Senhor? Jesus respondeu: - Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender! - O senhor nunca lavará os meus pés! - disse Pedro.- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! - respondeu Jesus. - Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro. Aí Jesus disse: - Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um. Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um." Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou: - Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.

São Vicente Ferrer

São Vicente FerrerNascido na Espanha em 1350, viveu em tempos difíceis pois, por influência política, havia um cisma na Igreja do Ocidente: por Cardeais foi declarada inválida a eleição de Urbano VI como Papa, e foi escolhido Roberto de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutras entre os dois Papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquistar a obediência delas e mandou como seu legado o Cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de Vicente, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o cisma.
São Vicente acompanhou o mesmo legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta Pedro de Luna a Avinhão e sucede a Clemente VII como Papa, tomando o nome de Bento XIII. E é reclamada a presença de Vicente em Avinhão, onde passa uns anos.
São Vicente Ferrer foi um santo religioso dominicano, grande pregador e fiel ao carisma. Ele pregava sobre a segunda vinda de Jesus, o Juízo Final, mas de uma maneira que provocava uma conversão nas pessoas. Sua pregação, Deus a confirmava com sinais, milagres e conversões.
Um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e essa expectativa do Senhor que voltará.
Vicente pôde contribuir para a eleição do Papa e pôde deixar bem claro, pela sua vida, que a Palavra de Deus precisa ser anunciada com o espírito e com uma vida a serviço da verdade e da Igreja.
São Vicente Ferrer, rogai por nós!