quinta-feira, 5 de abril de 2012

“Os dias da Semana Santa são diferentes e nos levam a reviver os fatos fundamentais da nossa fé”, afirma o arcebispo de Maringá

 

LoadingMaringá (Gaudium Press) Com o título "A semana maior, a Semana Santa", dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Paraná, fala no seu artigo semanal sobre o significado e a importância dos fiéis católicos viverem plenamente esse tempo de graça que é a Semana Santa, que começou com o fim da Quaresma no Domingo de Ramos, celebrado no último domingo.

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Dom Anuar Battisti

Segundo dom Anuar, a Semana Santa permite ao cristão, a cada ano, mergulhar em maior profundidade nos acontecimentos de sua fé e sair para novos rumos na vida pessoal e comunitária. "Por isso é que esses dias são diferentes e nos levam a reviver os fatos fundamentais da nossa fé", completa.

A vida se encontra com a morte e a morte é vencida pela ressurreição, afirma o arcebispo, que ainda destaca que as celebrações desta semana levam os fiéis a entenderem melhor o que motivou a morte de Cristo e se aprofundar nas palavras dirigidas a Madalena: "Porque muito amou, muito será perdoado" (Lucas 7, 47).

Dom Anuar explica que o Tríduo Pascal - os três dias mais importantes desse período - começa na Quinta-feira Santa, quando acontece a celebração Eucarística que nos faz reviver o imensurável amor de Deus pela pessoa humana: a inesquecível lição do lava-pés e a instituição perpétua da eucaristia.

"Um gesto que escapa da nossa humana compreensão: Jesus, tendo amado os seus que estavam neste mundo, amou-os até fim. Amor este que não podia ir mais longe do que foi: Se eu, Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Em outras palavras: Do modo como vos amei, amai-vos uns aos outros."

Quanto à instituição da eucaristia, o prelado lembra que o amor onipotente de Deus quis tornar-se presente para sempre, na forma de sacramento. "Em todas as missas que se celebra, o passado torna-se presente - a morte e a ressurreição - e o presente anuncia o futuro: Vinde, Senhor Jesus", destaca.

Já na Sexta-feira Santa, afirma o arcebispo, precisamente às 15h, quando, segundo os Evangelhos, Jesus suspenso na cruz, inclinando a cabeça, entregou o seu espírito, a Igreja reúne os fiéis para a escuta da paixão narrada pelo evangelista João. "Neste momento somos conduzidos a seguir os últimos passos daquele que veio dar a sua vida em resgate por muitos. Desde o Jardim das Oliveiras, até o Monte Calvário onde, pendendo da cruz, braços abertos sobre o mundo, entrega seu espírito nas mãos do pai, exclamando em alta voz: Tudo está consumado."

Dom Anuar fala então sobre o Sábado Santo, celebrado durante a noite que se estende pela madrugada, e onde acontece o mais esperado momento durante toda a Quaresma e a mais esplêndida e significativa celebração entre todas as liturgias da Igreja: a Vigília Pascal, a festa da Luz: o Cristo ressuscitado, simbolizado no Círio Pascal.

"Diante dessa luz canta-se a exultação do céu, da terra e da mãe Igreja pela vitória da vida sobre a morte. Diante dessa luz renovam-se as promessas do batismo pelo qual se morre e se é sepultado com Cristo e se ressuscita com Ele. Aqui está a Páscoa do Senhor e a nossa Páscoa. Ele está vivo! Cristo ressuscitado. A luz venceu as trevas e nesta luz queremos caminhar sempre. Feliz Páscoa, feliz passagem da morte, da violência, do ódio, da vingança, do pecado, para a vida da graça e da ressurreição", conclui.

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