quarta-feira, 6 de março de 2013

Faltam somente dois cardeais eleitores para o Conclave

VATICANO, 06 Mar. 13 / 02:13 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, informou que logo depois da quarta congregação geral dos cardeais realizada nesta manhã, faltam somente dois cardeais eleitores para o Conclave.

Os cardeais presentes nesta manhã eram 153 em total, dos quais 113 são eleitores. Os dois cardeais que faltam são Jean-Baptiste Pham Minh Minh (Vietnã) e Kazimierz Nycz (Polônia).

Se tudo acontecer como está previsto, disse o porta-voz do Vaticano, o Cardeal polonês deve chegar hoje à tarde a Roma e o Cardeal vietnamita deve chegar amanhã quinta-feira à Cidade Eterna.

Na congregação geral de hoje tomaram juramento quatro novos cardeais, três eleitores e um não eleitor. Os primeiros são Karl Lehmann (Alemanha), Antonios Naguib (Egito), e John Tong Hon (China). O cardeal não eleitor é Fiedrich Wetter, da Alemanha.

O Decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, felicitou os que fazem aniversário nestes dias: o Cardeal alemão Walter Kasper, que fez 80 anos ontem, 5 de março, (participará do conclave dado que o limite de idade para participar se contabiliza até o dia da Sé Vacante, que foi 28 de fevereiro), o Cardeal italiano Coccopalmerio que faz hoje 75 anos e o Cardeal Terrazas que amanhã fará 77.

O Padre Lombardi explicou que após as felicitações se iniciaram as intervenções que foram em total 18. A ordem das mesmas foi livre. Com estas 18 intervenções, se chega a um total de 51 cardeais que tomaram a palavra nas congregações gerais.

Sobre a reação da Santa Sé à morte de Hugo Chávez, o Padre Lombardi disse que o Cardeal Urosa da Venezuela, já manifestou seus pêsames, mas isso não se converterá em mensagens de parte dos organismos da Santa Sé. Em todo caso, isso será avaliado pela congregação geral ou a particular.

Quanto à data do Conclave, o Padre Lombardi explicou que ainda não foi decidida porque o Colégio de Cardeais quer ter uma preparação adequada, séria, profunda, sem pressa.

Neste sentido, disse, não pareceu oportuno votar sobre uma data para o início do Conclave, que poderia ser entendido por boa parte do Colégio como algo forçoso em relação à dinâmica de reflexão e de maturação por parte dos cardeais.

Além disso, precisou, é mais respeitoso e natural esperar que o corpo de cardeais eleitores esteja completo, como provavelmente estará amanhã.

Card. Hummes: "Votar acolhendo a luz do Espírito Santo"

 

claudiohummesSegundo o cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, que participou também das Congregações Gerais e do Conclave de 2005, o mais importante nestes encontros é comunicar-se e ‘abrir-se’ ao Espírito Santo.

Leia parte de sa declaração à Rádio Vaticano:

“Pretende-se, sobretudo, duas coisas: primeiramente, a oração, rezarmos juntos pedindo que o Espírito Santo nos ilumine. Em segundo lugar, abrir os nossos corações para ouvir o Espírito Santo, porque ele inspira, sim, mas nós temos que estar abertos e, portanto, votar acolhendo a luz do Espírito Santo e não por outros interesses. É também um caminho de abrir o coração, de estarmos atentos ao Espírito Santo. É claro que o Espírito Santo nos ilumina dentro de toda a grande realidade da Igreja hoje, a realidade do mundo hoje, o que foi toda a História da Igreja até hoje. Tudo isso, e como conduzir a Igreja para o futuro. É isso tudo que está dentro deste ‘abrir-se’ ao Espírito Santo, porque é ali que ele fala realmente a nós. É claro que é a Palavra de Deus que orienta e ilumina toda esta realidade, todo o passado, a tradição da Igreja, e o futuro. É neste contexto que ele nos ilumina e nos indica os caminhos”.

“Mas isto significa que você não se deve fechar em si mesmo, você sozinho não pode descobrir o que o Espírito Santo está sugerindo. É uma responsabilidade muito grande. É fundamental que nos comuniquemos entre nós, que nós nos ouçamos uns aos outros. Na outra vez, nestas palestras não houve programas de governo, nem indicação de pessoas, nem nada disso”.

“São estes grandes temas que nos ajudam a perceber a realidade onde o Espírito nos fala. O Espírito Santo não manda cartinha, ele nos fala através de todo este panorama: a Igreja hoje, o mundo hoje, a história da Igreja e o futuro da Igreja. Mas nós devemos ajudar-nos uns aos outros a fazer este discernimento do que o Espírito Santo nos quer dizer”.

Igreja na Venezuela pede pela unidade após morte de Hugo Chávez

CARACAS, 05 Mar. 13 / 09:01 pm (ACI).- O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Jesús González del Zarate, fez um chamado à unidade nacional logo do falecimento do presidente Hugo Chávez. O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou esta tarde que a morte do líder venezuelano de 58 anos, por causa de um câncer, produziu-se no Hospital Militar de Caracas às 4.25 p.m.
O também Bispo Auxiliar de Caracas fez um chamado à "unidade nacional" para confrontar o "fato doloroso" do falecimento do mandatário. "Neste momento todos ponhamos nossos melhores sentimentos", disse o Prelado em declarações telefônicas ao programa televisivo Alô Cidadão, do canal privado Globovisión.
O Bispo recordou logo que "a morte não é o final de nossa
vida, a morte abre o passo à vida plenamente feliz, ao lado de Deus, nosso Pai".
Em diversas ocasiões os
bispos da Venezuela tinham pedid à população orações pela saúde do mandatário.
Ao início da
Quaresma, em fevereiro, o arcebispo de Caracas e primaz da Venezuela, Cardeal Jorge Urosa Savino, alentou os fiéis a rezarem pela recuperação de Chávez.
"Deus quer que nossa
oração seja mais viva e para este ano a Igreja propõe ler a Palavra de Deus. Mas além disso devemos comparecer à Santa Missa que é o anúncio da Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo", disse o Cardeal na oportunidade.
Em janeiro deste ano, através de um comunicado assinado pelo Arcebispo de Cumaná e Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, os prelados destacaram os sentimentos de solidariedade para com Hugo Chávez até mesmo de seus rivais políticos.
"Foi bonito ver como os partidários e os adversários do presidente coincidiram em apresentar orações e oferendas a Deus por sua pronta recuperação e volta (ainda estava em Cuba), como aquilo que mais convém ao país".
Chávez este hospitalizado desde junho de 2011 em Havana (Cuba) em diversas ocasiões e o estado de sua saúde não era conhecido com precisão devido ao hermetismo das autoridades venezuelanas.
O exército da Venezuela se desdobrou em diversos lugares do país para manter a ordem logo do falecimento do Chávez.
A Constituição venezuelana prevê que agora deverá assumir provisoriamente o mando do país o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, até a convocatória de novas eleições.