quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Pesca excessiva ameaça maior peixe da Amazônia, diz pesquisa
Pirarucu pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar 200 quilos.
Saboroso, peixe é um dos mais apreciados na Amazônia.
Do Globo Amazônia
O pirarucu é um dos maiores peixes de água doce do mundo.
(Foto: Creative Commons)
A captura descontrolada pode fazer com que o maior peixe da Amazônia – e um dos maiores peixes de água doce do mundo – desapareça do mapa. Em pesquisa divulgada no “Journal of Applied Ichthyology”, cientistas afirmam que a maior parte da carne de pirarucu comercializada na Amazônia tem origem ilegal, e é difícil controlar a pesca predatória da espécie.
O estudo foi realizado por Donald Stewart, da Universidade do Estado de Nova York, e por Leandro Castello, do Woods Hole Research Centre e do Instituto Mamirauá, que atua em reservas no Amazonas.
O pirarucu pode medir até três metros de comprimento e pesar 200 quilos. Também conhecido como “bacalhau da Amazônia”, ele é um dos peixes mais apreciados na região Norte, pois sua carne é saborosa e tem poucos espinhos.
Apesar do tamanho, o peixe é fácil de ser capturado. Seu sistema respiratório o obriga a subir para a superfície para obter oxigênio em intervalos que variam entre 5 e 15 minutos. É nessa hora que os pescadores o capturam com arpões – técnica usada desde o século XIX, segundo os pesquisadores. A pesca com rede também é bastante utilizada.
Há várias regras para limitar a pesca do pirarucu, como tamanho mínimo para a captura e a proibição da pesca em alguns lugares, como o Tocantins. “Mas a pesca ilegal do pirarucu é tão difundida que a maioria dos peixes é provavelmente capturada e vendida ilegalmente”, dizem os pesquisadores em artigo científico.
Outra ameaça para o peixe é que hoje o pirarucu é considerado uma espécie única (Arapaima gigas), mas os cientistas afirmam que pode haver até quatro espécies. Caso isso se confirme, há a possibilidade de algumas dessas variações do peixe já estarem ameaçada e ninguém estar sabendo, já que não há pesquisas sobre a população dos diferentes tipos de pirarucu.
Pesca sustentável
Estudos mostram que na reserva de Mamirauá, no Amazonas, onde a pesca é controlada, o lucro dos ribeirinhos com o pirarucu praticamente dobrou, enquanto a população de peixes aumentou – ao contrário do que ocorre onde a captura é feita da forma tradicional.
Segundo os cientistas, enquanto em 1999 havia apenas quatro comunidades ribeirinhas que pescavam o pirarucu de forma controlada, hoje já são mais de cem lugares onde a técnica foi empregada. Uma boa notícia para o gigante.
Nota da CNBB
Drª Zilda devotou-se, com amor apaixonado, à defesa da vida, da família e, de modo muito especial, ao cuidado das crianças empobrecidas.
Cidadã atuante, Drª Zilda conquistou respeito e credibilidade junto à sociedade brasileira e internacional, por suas posições claras e firmes em favor de políticas sociais, especialmente as da saúde. Foi ainda uma das sanitaristas mais respeitadas e comprometidas com o movimento da reforma sanitária brasileira, que culminou com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
A obra fundada por ela, inspirada na fé cristã, haverá de continuar no trabalho abnegado dos mais de 260 mil líderes que, cotidianamente, se dedicam à causa da criança e da pessoa idosa.
Em missão no Haiti, a convite da Conferência dos Religiosos e de autoridades civis daquele país, Drª Zilda se despediu, no pleno exercício da causa em que sempre acreditou. Ela buscou realizar na prática a missão de Jesus: ”Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
A CNBB agradece a Deus por ter tido, em seus quadros, esta personalidade tão virtuosa que muito dignificou a Igreja no Brasil. A CNBB se une ao querido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, irmão da Drª Zilda, aos outros irmãos, filhos, netos, demais familiares e amigos, na prece solidária e na certeza de que a ela será dado gozar as alegrias eternas, reservadas para todos que, nesta vida, souberam amar a Deus servindo os irmãos.
Fonte: site-da-cnbb
Zilda Arns
Dra. Zilda já tinha preparado o discurso que iria fazer ontem....Eu estou bem, sã e salva, mas perdemos a doutora Zilda”, foram as primeiras palavras da assessora pessoal da doutora Zilda Arns, irmã Rosângela Altoé, em um telefonema, na tarde de hoje, para a Pastoral da Criança, informando o seu estado de saúde.
Irmã Rosângela é prima da atual coordenadora nacional da Pastoral da Criança, irmã Vera Lúcia Altoé. Irmã Rosângela informou a assessoria de imprensa da Pastoral da Criança que estava a poucos metros da doutora Zilda Arns, quando houve o abalo sísmico. “Felizmente ela sofreu apenas arranhões. Ela disse que ia atravessar a rua quando houve o desmoronamento, vitimando de imediato a doutora Zilda e o tenente do exército que as acompanhavam”, afirmou uma das assessoras da Pastoral da Criança.
Último discurso
Antes de viajar para o Haiti, onde participava a convite da Conferência dos Religiosos do Haiti, doutora Zilda Arns escreveu um discurso para ser proferido ontem, 12, durante a assembleia.
Em um trecho de seu discurso, doutora Zilda falaria que o povo seguiu Jesus porque Ele tinha palavras de esperança, portanto, afirmava Zilda Arns, que todos nós somos chamados a anunciar experiências positivas e caminhos que levem as comunidades, famílias e o país a serem mais justos e fraternos.
O discurso não chegou a ser lido, já que poucas horas antes, milhares de haitianos, 11 militares brasileiros e a doutora Zilda Arns faleceram no maior terremoto dos últimos 200 anos no Haiti. Fonte: site-da-cnbb
Tragédia
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirmou que a fundadora das pastorais da Criança e da Pessoa Idosa, Zilda Arns Neumann, morreu na sequência do tremor de terra que sacudiu o Haiti nesta Terça-feira.
De acordo com informações do chefe de gabinete da Presidência da República, a médica caminhava pelas ruas da capital, Port-au-Prince, com dois soldados do exército brasileiro.
Zilda Arns, de 75 anos, estava no Haiti no âmbito de uma missão da Pastoral da Criança, a convite da Conferência dos Religiosos daquele país.
A CNBB, sensibilizada pelo falecimento, enviou o seu secretário-geral, D. Dimas Lara Barbosa, para Port-au-Prince, num voo da Força Aérea.
O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Michel Temer, referiu numa nota de imprensa que "a morte de Zilda Arns deixa milhões de órfãos no Brasil. Não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adoptados por ela no seu trabalho na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso". "Zilda Arns tornou-se sinónimo de doação na sua luta pelos mais carentes (…) e na busca da melhoria da vida do povo", acrescenta o comunicado.
A pediatra era irmã do arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Paulo Evaristo Arns. Viúva desde 1978, tinha cinco filhos e quatro netos. Recebeu cerca de uma dezena de prémios nacionais e internacionais.
Os primeiros trabalhos da Pastoral da Criança realizaram-se em 1983, na arquidiocese de Londrina. A ideia de criar este departamento surgiu de um encontro entre D. Paulo Evaristo Arns e o então director executivo da UNICEF, James Grunt, que sugeriu à Igreja Católica a realização de acções para combater a mortalidade infantil.
Actualmente, cerca de 260 mil voluntários acompanham o desenvolvimento de 1,8 milhões de crianças até aos seis anos. São igualmente atendidas 94 mil grávidas em 42 mil comunidades pobres.
Em 2008, Zilda Arns deixou a presidência da Pastoral da Criança, passando a assumir a direcção internacional deste órgão da CNBB. Nessa altura ocupou a coordenação nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, que também fundou.
Publicada em 13/01/2010 às 17h19m
RIO e BRASÍLIA - A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann , de 75 anos, morreu no terremoto que atingiu na noite de terça-feira os arredores de Porto Príncipe, capital do Haiti . De acordo com Ministério da Defesa, onze militares brasileiros morreram e vários outros ficaram feridos em decorrência do tremor de 7 graus na escala Richter. Em coletiva de imprensa, o chanceler Celso Amorim disse que trata como desparecido o brasileiro Luiz Carlos da Costa, que ocupa o segundo maior cargo da representação da ONU (Minustah) no Haiti. Costa é atualmente o brasileiro com posto mais alto nas Nações Unidas.
O Brasil vai enviar até quinta-feira aviões com ajuda humanitária, carregados de alimentos, roupas e medicamentos. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, embarcou nesta quarta-feira. As aeronaves deverão aterrissar na República Dominicana, já que as condições do aeroporto de Porto Príncipe são péssimas, e seguir por terra ao Haiti. O governo haitiano estima que haja centenas de milhares de mortos no país.
- Espero que isso não se confirme, porque espero que as pessoas tenham tido tempo de se salvar - disse o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive.
A primeira-dama, Elisabeth Debrosse Delatour, relatou que "a maior parte de Porto Príncipe está destruída" e que muitos prédios do governo desabaram.
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A médica pediatra e sanitarista viajara para o Haiti no último domingo a fim de realizar uma palestra na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe. Na quinta-feira, a brasileira teria um encontro com representantes de ONGs e, no dia seguinte, com o arcebispo de Porto Príncipe. No momento do tremor, Zilda estava fazendo uma vistoria, acompanhada de um tenente, em uma área da capital.
A embaixatriz Roseana Teresa Aben-Athar, mulher do embaixador do Brasil no Haiti, foi quem encontrou o corpo de Zilda Arns. Ela localizou o corpo na manhã desta quarta-feira soterrado entre escombros de um prédio onde funcionava um serviço de ajuda humanitária.
Na terça-feira, Zilda teria deixado a embaixada em companhia de um militar e da assessora e ido até o prédio que desabou. Com o terromoto, uma laje do edifício caiu e atingiu a coordenadora da Pastoral da Criança. Ela não resistiu e morreu.
O arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, disse que sua irmã "está no coração de Deus", segundo a secretária pessoal do arcebispo, irmã Devanir.
Míriam Leitão: 'Zilda Arns combateu o bom combate pelas crianças'
( Pastoral de luto após morte de Zilda Arns )
Entre os mortos - sete deles de um batalhão de Lorena (SP) - estão também: o primeiro-tenente Bruno Ribeiro Mário, o segundo-sargento Davi Ramos de Lima, o soldado Antonio José Anacleto, o soldado Tiago Anaya Detimermani, segundo-sargento Leonardo de Castro Carvalho, cabo Douglas Pedrotti Neckel, cabo Washington Luis de Souza Seraphin, cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior, soldado Kleber da Silva Santos, subtenente Raniel Batista de Camargos e coronel Emilio Carlos Torres do Santos.
Segundo o chanceler Celso Amorim disse que trata como desparecido o brasileiro Luiz Carlos da Costa, que ocupa o segundo maior cargo da representação da ONU (Minustah) no Haiti.
Os feridos confirmados até o momento são: o tenente-coronel Alexandre José Santos, da 1ª Brigada de Infantaria de Selva de Boa Vista, Roraima; o capitão Renan Rodrigues de Oliveira, do 6º Batalhão de Infantarias Leves de Caçapaba, São Paulo; o terceiro-sargento Danilo do Nascimento de Oliveira, do 29º Batalhão de Infantarias Leves de Campinas, São Paulo; o cabo Eugênio Pesaresi Netoiane, do 29º Batalhão de Infantarias Leves; e o cabo Welington Sopares Magalhães, do 5º Batalhão de Infantarias Leves.
Militares brasileiros que servem na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti estão desaparecidos. O ministério informa ainda que os brasileiros que participam da Minustah, como é conhecida a missão da ONU, passaram a madrugada desta quarta-feira no trabalho de resgate aos soterrados e ajuda à população local e autoridades haitianas. Ainda não se sabe quantas pessoas morreram, mas estima-se que milhares de pessoas não tenham resistido ao forte tremor . Prédio da ONU ruiu
A sede da missão da ONU na capital ficou totalmente destruída com o abalo sísmico. De acordo com a entidade, pelo menos 11 pessoas morreram nas ruínas do prédio de cinco andares. Inicialmente, temia-se que todos que estavam no local estivessem mortos, mas já foram retiradas pessoas com vida dos escombros. O chefe da missão das Nações Unidas no Haiti, Hedi Annabi, está desaparecido.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, viaja nesta manhã para Porto Príncipe com militares e o embaixador do Brasil no Haiti, Ygor Kipman. Eles vão avaliar os danos causados pelo terremoto.
O governo brasileiro está enfrentando dificuldades para obter informações, uma vez que os sistemas de telefonia fixa e móvel, além do abastecimento de energia elétrica, estão comprometidos. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva serão enviados US$ 10 milhões como ajuda humanitária para o Haiti. ( Sede da missão da ONU no Haiti sofreu graves danos; funcionários estão desaparecidos )
Soldados de outros países também estão desaparecidos
O Brasil, que lidera as tropas de paz da ONU no Haiti, participa da Minustah com 1.266 militares. O contingente total da missão é de 9.065 pessoas, sendo 7.031 militares, segundo dados de novembro.
Segundo a mídia estatal da China, 8 soldados chineses da missão de paz morreram e outros 10 estão desaparecidos, depois que um prédio de cinco andares usado pela organização desabou.
Soldados filipinos também estariam desparecidos. A informação é do coronel Romeo Brawner Jr., das Forças Armdas das Filipinas.
Bento XVI encontrou-se com a mulher que o agrediu na noite de Natal
No fim da audiência geral desta Quarta-feira, o Papa teve “um breve encontro privado” com Susanna Maiolo, a mulher ítalo-suíça de 25 anos que na noite de Natal o fez cair.
"A senhora Maiolo expressou ao Santo Padre o seu arrependimento pelo que aconteceu no início da celebração da noite de Natal. Por seu lado, o Papa quis manifestar-lhe o seu perdão" e informou-se "cordialmente" do estado de saúde da jovem, informou o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi.
Susanna Maiolo, que foi acompanhada por dois familiares, saiu a 9 de Janeiro do hospital psiquiátrico de Subiaco, cidade situada a leste de Roma.
O processo judicial referente a esta ocorrência, que está a ser conduzido pela magistratura do Estado da Cidade do Vaticano, “continuará até ao seu termo”, refere o comunicado lido pelo director da Sala de Imprensa da Santa Sé.
A Coordenação do Movimento de Emaús divulgou esta semana a programação de cursos da “Escola Missionária“ que irá acontecer todas as sextas às 20h no CAP
Centro Arquidiocesano de Pastoral, na Avenida Eugênio Salerno, 60 – Santa Terezinha.
Segundo informou Luiz Cárdia, da Coordenação, o ano de 2010 é muito especial, pois o Movimento completa seus 35 anos de atividade em Sorocaba. “ Queremos os irmãos e irmãs mais perto de nós, estamos com novas equipes, novos temas e também novas atividades, esperamos pelo pessoal em nossa escola missionária. Nossas reuniões retornam no dia 29 de janeiro” .
Os jovens de 18 a 26 anos, solteiro (a) e que tenham interesse em conhecer e participar do Movimento, deverão contatar Eduardo_cardia@yahoo.com ou pelo telefone 9117-0863.
Está agendado para 2010 :
De 03 a 06 de Junho 65º. Emaús Masculino
De 08 a 11 de Julho 66º. Emaús Feminino
De 04 a 07 de Setembro 66º. Emaús Masculino
De 05 a 08 de Agosto 67º. Emaús Feminino
Tragédia
Organizações ligadas à Cáritas apelam ao envio de donativos
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“Uma enorme catástrofe”: é com estas palavras que a Cáritas Italiana descreve o violentíssimo sismo que ocorreu ontem em Port-au-Prince, capital do Haiti, provocando milhares de vítimas e danos em várias infra-estruturas essenciais da cidade.
Apesar de não existirem ainda dados oficiais, receia-se que centenas de pessoas tenham morrido na sequência do tremor de terra, que provocou a destruição de inúmeros edifícios. Estima-se que haja muitos soterrados nos escombros, fala-se em centenas de feridos e sabe-se que milhares ficaram desalojados na sequência do abalo, que durou quase um minuto.
Paolo Beccegato, responsável pelo departamento internacional da Cáritas de Itália, visitou o Haiti há cerca de um ano. Em declarações à Agência SIR, recorda “a pobreza impressionante” e as fracas condições dos meios de comunicação: “os telefones funcionavam mal, as estradas eram impraticáveis”. “Será muito difícil organizar a ajuda”, lamenta.
A Secours Catholique, associação católica francesa de luta contra a pobreza, lançou também um apelo ao envio de bens para aquele país das Caraíbas.
“A maior parte dos produtos de primeira necessidade (ajuda alimentar, produtos de higiene, medicamentos) e materiais necessários à reconstrução serão adquiridos na região, a fim de limitar os custos de transporte e de armazenamento, auxiliando igualmente a economia local fragilizada por esta catástrofe”, indica a organização não-governamental.
Ambas as organizações já disponibilizaram contas bancárias para o depósito de donativos (Cáritas Italiana, Secours Catholique).
A Fundação à Igreja que Sofre já decidiu o envio de um fundo de emergência, logo que seja possível contactar os bispos e o núncio apostólico no Haiti. A secção portuguesa desta Organização está a preparar uma campanha de recolha de fundos, que chegará aos seus benfeitores até ao fim desta semana.
O Haiti é o país mais pobre do hemisfério ocidental: 80 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza, com acesso a menos de dois dólares por dia. A capital alberga entre dois a três milhões de pessoas, agrupadas em bairros de lata. Outros seis milhões estão dispersos pelo resto do país, sobrevivendo sobretudo da agricultura de subsistência. Uma severa deflorestação deixou o Haiti com apenas dois por cento do seu coberto vegetal.
Com Agências
Foto: rua de Port-au-Prince após o sismo.
O ator Tarcisio Meira visitou o gabinete do vice-prefeito de Porto Feliz, Júlio Bronze, no dia 06 de janeiro. Entre os assuntos em discussão, esteve a manutenção das estradas rurais da cidade. Ciente das constantes chuvas que castigam os mais de 800 quilômetros de estradas, o ator atendeu a reivindicação do município e disponibilizará um veículo para recuperação da estrada do bairro Tabarro, onde possui propriedade.
A iniciativa do ator foi elogiada pelo vice-prefeito da cidade, que aproveitou para falar sobre os esforços do Governo Municipal na recuperação das estradas de vários bairros. Participaram do encontro os encarregados de obras públicas, Rodrigo Castro Santos e Celso Batista.
CRER NO IMPOSSÍVEL
Vaticano: padres pedófilos devem ser punidos na Justiça
Da France Presse
CIDADE DO VATICANO, Santa Sé, 12 Jan 2010 (AFP) - Os padres acusados de abuso sexual e pedofilia devem ser punidos, inclusive pela Justiça comum, considerou nesta terça-feira o cardeal brasileiro Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, em entrevista ao Osservatore Romano, o jornal do Vaticano.
Referindo-se ao "doloroso caso irlandês", o cardeal brasileiro disse que "é preciso determinar objetivamente as responsabilidades por tamanha dor". "É preciso ir até o fim, com determinação, inclusive recorrendo à Justiça comum", para punir os culpados de abusos, acrescentou Hummes.
Esta questão "prejudica as vítimas, em primeiro lugar, mas também atinge profundamente o coração da Igreja", estimou o cardeal, pedindo também para "não se generalizar" a questão.
Cláudio Hummes lamentou o impacto deste tipo de caso sobre a imagem dos padres. "A imprensa destaca estes casos, em vez de falar das coisas boas da imensa maioria dos padres", afirmou.
"Não podemos negar a existência de episódios dolorosos, mas são casos limitados", prosseguiu o cardeal.
"A enorme maioria dos padres do mundo é composta por pessoas dignas, comprometidas, prontas para dar a vida", disse o prefeito.
No dia do Natal, dois bispos irlandeses apresentaram sua renúncia ao Papa Bento XVI, elevando o total de demissões voluntárias a quatro, depois de um relatório acusando a Igreja Católica de acobertar os crimes cometidos por padres pedófilos na região de Dublin.
O relatório Murphy denunciou os dirigentes do arcebispado de Dublin, o maior da Irlanda, por terem protegido os padres culpados de abusos sexuais sobre crianças.
No dia 29 de dezembro, um padre italiano, Luciano Massaferro, foi preso em Alassio (noroeste) por abusar sexualmente de uma menina de 11 anos.
fka/yw/LR