quinta-feira, 14 de junho de 2012

Com padrinho atrasado, Santo Antônio 'batizou' bebê em Piracicaba

 

 

"Meu marido pediu ao padre que a imagem fosse o padrinho", disse idosa.
Aos 60 anos, afiliada do santo casamenteiro se diverte com caso inusitado.

Eduardo Guidini Do G1 Piracicaba e Região

 

"Meu marido pediu ao padre para que o santo fosse o padrinho", disse idosa (Foto: Eduardo Guidini/G1)"Meu marido pediu ao padre para que o santo fosse
o padrinho", disse idosa (Foto: Eduardo Guidini/G1)

A aposentada Ivone Oliveira da Silva Calheiros, de 85 anos, devota fervorosa de Santo Antônio, coleciona curiosas histórias sobre o santo casamenteiro. Sentada no sofá da sala da casa onde mora, na Vila Independência, em Piracicaba (SP), ela relembrou o passado e, bem humorada, contou quando o marido pediu ao padre para que a imagem de Santo Antônio fosse usada como padrinho no batizado da primeira filha do casal, na década de 1950.

"O meu marido, que já faleceu, sempre foi muito devoto de Santo Antônio. O padrinho da nossa filha caçula seria o meu sogro, mas o pai dele não conseguiu chegar a tempo em Piracicaba para o batismo", disse Ivone. O funcionário público Rinaldo Calheiros, falecido há 15 anos, não titubeou e pediu ao padre que o santo participasse da cerimônia. "O padre disse que não teria problema e a imagem foi usada como padrinho", completou a idosa.

A filha, hoje com 60 anos, fala com carinho sobre o caso. "No final das contas, padrinho mesmo eu não tenho. Meu pai ficou segurando a imagem de Santo Antônio no dia do meu batismo", comentou Lucila Maria Calheiros Silvestre. O batizado foi em janeiro de 1952 e, menos de um ano antes, outro fato relacionado ao santo, padroeiro de Piracicaba, fez parte da história do casal. "Meus pais foram o primeiro casal a casar após a inauguração da Catedral de Santo Antônio", disse Lucila. O casamento aconteceu em fevereiro de 1951.

Mãe e filha lembram da fé do funcionário público em Santo Antônio (Foto: Eduardo Guidini/G1)Mãe e filha lembram da fé do funcionário público em Santo Antônio (Foto: Eduardo Guidini/G1)

"Foi um casamento muito simples. O casal que estava agendado para ser o primeiro desistiu e nós fomos o primeiro a casar na Catedral. A própria paróquia enfeitou a igreja porque foi tudo muito rápido", lembrou Ivone. "Minha mãe e meu pai são de origem humilde, mas ela conta que a igreja ficou totalmente lotada para o primeiro casamento da Catedral", comentou Lucila.

Devoção ao santo casamenteiro
Ivone se lembrou também de outra história que envolve a fé que o marido tinha em Santo Antônio. "Outra história da nossa família com o santo foi quando nós compramos a primeira casa em que moramos. Meu marido nunca acreditou muito em sorteios e rifas. Uma cooperativa dos trabalhadores da Prefeitura estava fazendo a rifa de um Fusca e ele disse que iria comprar", contou. A idosa disse que Calheiros demorou até o último dia para comprar o bilhete.

"Ele pediu que um amigo comprasse a rifa. Esse rapaz foi comprar e ligou para ele dizendo que uma outra pessoa havia devolvido o bilhete porque achou que o número que havia pego era ruim. Meu marido disse ao amigo que pegasse esse bilhete que tinha sido devolvido. Quando voltou para a Prefeitura, descobriu que era o ganhador do Fusca. Ele vendeu o carro e deu entrada na nossa casa", finalizou Ivone.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário!

Seja bem vindo!
Pascom Porto Feliz