Em Itapetininga (SP), um morador teve a mão ferida durante uma explosão.
Os bombeiros recomendam atenção desde a hora da compra.
Do G1 Itapetininga e Região
Com a chegada do período das festas juninas, aumentam os riscos de acidentes com fogos de artifícios, tradicionalmente usados para as celebrações. Nas lojas especializadas é possível encontrar rojões de vários tamanhos, bombas com pouca ou muita pólvora, foguetes e muitas outras opções.
De acordo com o comerciante de fogos de artifícios, Rui Camargo, a venda aumenta nos meses de junho e até julho quando também são realizadas as festas julinas. Ele alerta que o primeiro cuidado do consumidor é se certificar sobre a legalidade do comércio. O cliente deve observar se o local possui alvará de funcionamento específico para a venda desse tipo de produto. “Se a loja é certificada, já é uma segurança maior para o consumidor, pois nela só pode ser vendido produto de procedência também certificada. Normalmente, os vendedores irregulares comercializam fogos de artifícios clandestinos, o que aumenta o risco de acidentes”, afirma.
De acordo com a legislação nacional, as instalações para o comércio de fogos de artifício devem seguir normas como: ter piso e teto que não sejam de madeira; andar superior não ocupado por residência; estoque pequeno e bem acondicionado, a fim de evitar incêndio; a presença, em local visível e de fácil acesso, de extintor de incêndio, quando o comércio for em maior escala. Além disso, rojões, foguetes e morteiros não podem ser vendidos a menores de idade.
Já o Corpo de Bombeiros alerta que é preciso verificar a embalagem e ver se os fogos têm o pré-requisito de faixa etária, além de seguir as orientações do fabricante. De acordo com o bombeiro Paulo Vinícius dos Reis, da unidade de Tatuí (SP), se o consumidor achar necessário também deve procurar informações sobre como proceder no momento da brincadeira.
As leis referentes à fabricação e ao uso dos fogos de artifícios são bem rígidas. De acordo com Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), nos rótulos precisam estar as instruções necessárias para o uso do produto, bem como a distância de segurança dos usuários, efeito principal e o número de tiros do foguete.
Os bombeiros ressaltam que antes soltar os fogos de artifícios, deve seguir as seguintes recomendações:
- procurar um lugar aberto, longe de redes de eletricidade;
- nunca soltar os foguetes ou bombas dentro de canos, caixas de esgoto ou recipientes de vidro;
- se for soltar fogos, não ingira bebida alcoólica;
- caso estiver com pessoas próximas, peça para que elas se afastem e nunca solte em direção a ninguém;
- caso o produto falhe, não tente reutilizá-lo. Jogue água no pavio para a segurança;
- mantenha as crianças sempre longe;
- não transporte os fogos nos bolsos.
Mesmo seguindo as recomendações, os acidentes podem ocorrer. Foi o que aconteceu com o empresário Nelson Abraão, de Itapetiningax (SP). Durante uma brincadeira em período de festa junina, a explosão de um rojão atingiu três dedos da mão direita. Ele conta que a festa era realizada na chácara da família, seguindo toda a tradição. “Havia fogueira, comidas típicas e rojões, muitos rojões”, relembra.
Nelson afirma que o estouro dos fogos de artifícios eram feitos por ele. “Estourei vários rojões, mas quando chegou o último houve o acidente. Ele explodiu na minha mão quando acendi o pavio”, conta. O empresário já passou por três cirurgias na mão. A quarta deverá ser realizada em julho. "A gente nunca acha que um acidente como esse pode acontecer. Mas agora eu sei que o perigo existe", alerta.
O consumidor deve observar as indicações das embalagens antes de manipular os fogos de artifícios. (Foto: Carlos Alberto Soares / TV Tem)
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