O traçado deste ano traz dúvidas aos favoritos que disputam a prova
Marilson não mudou seu modo de treinar para buscar mais um título
A distância continua a mesma, mas o novo trajeto da Corrida Internacional de São Silvestre, em sua 87.ª edição, traz dúvidas aos favoritos que disputam a tradicional prova do dia 31 de dezembro, nas ruas de São Paulo. Afinal, ninguém está acostumado aos novos 15 quilômetros do percurso, que serão percorridos pela primeira vez neste sábado.
Atual campeão, o brasileiro Marilson Gomes do Santos não mudou o seu modo de treinar para buscar o quarto título da competição, mas sabe que a incógnita prevalecerá. Além, claro, da briga com os sempre favoritos quenianos. "É difícil falar o que vai acontecer nesse percurso, só saberemos depois do dia 31. Mas uma coisa é certa: a vantagem que tínhamos de conhecer todo o caminho, sabendo onde podíamos atacar, acabou. Vamos ter de conquistar isso de novo", contou Adauto Domingues, treinador de Marilson.
Os africanos começaram a chegar ontem a São Paulo. Nesses dois dias que antecedem a prova, devem fazer treinos leves na capital. Mas o fato de o novo percurso da São Silvestre ser mais rápido não favorecerá os quenianos, na opinião de Adauto. "Eles já ganham no mundo todo, até na Noruega com 10 graus abaixo de zero", afirmou. "Acredito que o tempo será menor para todos. A prova será mais rápida, é claro, e terminará numa descida. E tem o fator do clima também, que está mais ameno, sem aquele calor insuportável."
Os quenianos Kisorio Matthew e Martin Lel figuram entre os favoritos ao título. "Esses dois são muito fortes, com marcas espetaculares", apontou Adauto. "Mas tem outros também. Aliás, nos últimos anos sempre tivemos grupos muito fortes."
Apesar de a programação para a São Silvestre não ter sido a ideal, o treinador garante que Marilson está pronto para correr no pelotão de frente desde o início. "O nosso objetivo ainda é a Olimpíada de Londres e esse ano foi um pouco ruim por causa do Pan-Americano, que atrasou o nosso programa. Não tivemos muito tempo de preparação, mas ele (Marilson) está bem", garantiu Adauto.
Na prova feminina, a grande favorita é a também queniana Alice Timbilili, vencedora no ano passado. Para quebrar o domínio das africanas, que levaram as quatro últimas edições da prova (três atletas do Quênia e uma da Etiópia), a brasileira Lucélia Peres está recuperada de contusão no calcanhar e busca mais uma medalha - ela foi campeã em 2006.
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Pascom Porto Feliz