Eletricista diz que celular o salvou de bala perdida em Campinas
Ele foi atingido na barriga e aparelho amorteceu o impacto da bala.
Polícia diz que alvo era o outro homem que estava junto e morreu.
Eletricista mostra o celular que o salvou
e agora quer emoldurar (Foto: Gustavo Magnusson/ AAN)
Graças ao aparelho celular, um eletricista de Campinas, a 97 km de São Paulo, está vivo. Ele levou um tiro, mas o telefone, colocado do lado direito da cintura, amorteceu o impacto da bala e impediu que ela perfurasse a barriga. “O celular me salvou. Agora vou colocá-lo em um quadro”, contou nesta terça-feira (12) o homem, que, com medo, não quer se identificar. Na ação, outro homem morreu e o atirador está foragido.
O caso ocorreu no domingo (10), no bairro Jardim São Pedro. O eletricista informou que tinha ido com um corretor de imóveis ver um terreno. De repente, o susto. “Veio um homem encapuzado e atirou direto no corretor. Acho que o segundo tiro pegou no meu celular, bateu na barriga, furou a camiseta e depois nem sei para onde foi”.
A vítima lembrou que caiu no chão e ainda viu o corretor ser alvejado mais vezes até a morte. “Disseram que ele levou três tiros na cabeça, um no tórax e um no abdome. É muito feio você ver essa cena, mas o cara não queria me matar”, afirmou o eletricista, que ficou com um ferimento superficial, ainda dolorido.
O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Lá os policiais informaram que o atirador tinha como alvo apenas o corretor. A suspeita é de que ele vendia terrenos invadidos e estava sendo ameaçado por isso. “Eu estava na hora errada, no lugar errado”, desabafou o eletricista.
Atendido no Hospital Santa Edwiges, o ferido foi liberado no mesmo dia. E nesta terça já tinha voltado ao batente. Questionado sobre o estado em que ficou o celular, respondeu: “ele está meio assustado, mas ainda recebe ligações. Graças a Deus estou vivo. No dia 10, eu nasci de novo”.
Salva pelo pingente
Em menos de uma semana, um caso parecido. No dia 7, uma aposentada de 66 anos contou à polícia ter sido salva por um pingente de ouro durante uma tentativa de assalto no Jardim Miriam, na Zona Sul de São Paulo. A peça, de um centímetro, impediu que ela fosse baleada.
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