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O presépio, com área de 150 m2 , tem alturas de 6 e 8 metros e é elevado 90 cm do chão.
Foi apresentada na manhã desta quinta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Presépio da Praça São Pedro deste ano, ambientado na paisagem dos “Sassi di Matera” ou Pedras de Matera.
A obra, realizada pelo mestre Francesco Artese e presenteada ao papa pela região de Basilicata, foi apresentada pelo Secretário Geral do Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano, Dom Giuseppe Sciacca, pelo Diretor dos Museus Vaticanos Antônio Paolucci e pelo governador da região da Basilicata, Vito Fillipo.
O presépio, com área de 150 m2 , tem alturas de 6 e 8 metros e é elevado 90 cm do chão, possibilitando uma boa visibilidade aos milhares de visitantes que visitam a Praça São Pedro nesta época do ano. Cerca de 100 pequenas estátuas em terracota, com alturas entre 22 e 28 cm e vestidas com roupas da cultura lucana adornam o ambiente do nascimento do Menino Jesus.
O presépio foi confeccionado em argamassa e polietileno pintado com o objetivo de recriar a sugestiva paisagem das “Pedras de Matera”.
Segundo o diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci, o mestre Artese conseguiu reproduzir com maestria o ambiente de Matera, "uma cidade repleta de capelas, de igrejas, fontes, espaços para mercados, longos caminhos em pedra. Uma colagem de lugares, de emoções, de pessoas, de animais que se encontram agora no coração da Praça São Pedro e que representam a glória barroca de Roma”.
O governador de Basilicata indicou que o transporte dos materiais e a execução do presépio teve um custo de 90 mil euros, a maior parte oferecidos por empresas privadas que buscam valorizar a zona. Segundo o Governatorado, a execução teve um custo de 21.800 euros, sendo economizado, em relação ao ano passado, 180 mil euros.
A tradição de confeccionar presépios teve início em 1223 com São Francisco de Assis. Ao longo dos séculos exerceu um fascínio sobre artistas como Giotto, Velasquez e Caravaggio. Os elementos que compõe o presépio, como homens e animais, são sempre representados em um clima de fraternidade.
No Presépio realizado pelo mestre Artese, estarão presentes, como manda a tradição, o boi e o burro. No livro de Bento XVI “A Infância de Jesus”, se recorda que no Evangelho não se fala da presença de animais, mas que existe, no entanto, uma ligação entre o Antigo e o Novo Testamento e que, assim, a meditação guiada pela fé nos leva ao profeta Isaías que diz: “o boi conhece o seu proprietário e o burro o berço de seu mestre, mas Israel não conhece e o meu povo não compreende”.
Assim, com a manjedoura aparecem os dois animais “como representação da humanidade” privada de compreensão ,- destaca o Santo Padre em seu livro -, mas que diante do aparecimento de Deus, chega ao conhecimento. Por este motivo, a iconografia cristã concluiu que nenhuma representação do presépio deve renunciar ao boi e ao asno, conclui Bento XVI.
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