quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Desperdício de alimento no Bom Prato pode ser evitado com apoio da população


Toda vez que a aposentada Jandira da Silva, 61 anos, vai almoçar no restaurante Bom Prato da cidade pede para diminuírem a quantidade de comida oferecida a ela. O pedido é uma boa ação para evitar o desperdício de alimentos, já que ela sabe que não consegue comer tudo o que o restaurante fornece. Infelizmente, muitas pessoas ainda não fazem como Jandira e acabam jogando comida no lixo.

Jandira contou que frequenta o Bom Prato há cerca de seis meses, em três dias na semana, e no início comia tudo, mesmo sem vontade, para evitar jogar o resto no lixo. Foi com o passar dos dias que ela decidiu pedir para diminuírem a quantidade de comida em seu prato. “Aí deu certinho”, comemora. “Mas é triste ver que ainda tem pessoas jogando comida fora, pois a gente paga tão barato e a comida é gostosa.”

Por dia, o restaurante recebe uma multidão de clientes que paga apenas R$ 1 por uma alimentação saudável e rica em nutrientes. De acordo com a diretora do departamento de monitoramento dos restaurantes Bom Prato do Estado, Miriam Paulucci, a quantidade de comida fornecida em cada prato é padrão e corresponde às necessárias nutricionais diárias de cada pessoa. Porém, isso não impede que os cozinheiros, que também servem a comida, diminuam a quantidade se essa for a vontade do cliente.

A diretora lembrou que o objetivo do governo do Estado, ao lançar o programa Bom Prato, era alimentar adequadamente pessoas de baixa renda, que não têm condições de fazer várias refeições no dia. “É uma regra oferecer essa quantidade de comida, pois ela tem 1.200 calorias e é o necessário para uma pessoa que só fará essa alimentação no dia. É isso que dará sustância a essa pessoa.” Segundo ela, a quantidade de arroz, feijão e outros alimentos é a mesma para as 1.200 pessoas que comem por dia no restaurante.

Quando são crianças, os cozinheiros sempre colocam uma quantidade menor de comida, mas, quando são adultos, o prato tem sempre a mesma proporção. Por isso Miriam salientou que as pessoas que estão frequentemente no Bom Prato e não conseguem comer tudo devem avisar o cozinheiro. “Desta forma ela evita que o alimento seja jogado no lixo. Essa simples mudança de hábito vai combater o desperdício.”

DESTINAÇÃO DAS SOBRAS - O que ainda fica na mente de muitos clientes é a dúvida quanto à destinação das sobras. Muitos consideram que, por falta de esclarecimento, quilos e mais quilos de comida devem ser inutilizados enquanto, destacam, ainda há na cidade muitos pobres que não conseguem se alimentar com o necessário para preservar a saúde e o vigor evitando doenças causadas pela má nutrição.

CAFÉ DA MANHÃ – Na última segunda-feira, teve início no Bom Prato, a venda do café da manhã por apenas R$ 0,50. Assim como o almoço, o alimento matinal é promovido pelo programa social do governo do Estado, junto à Paróquia Teatina de São Lucas, no bairro do Vergueiro, por meio de parceria com o Centro Social “São Camilo”. De acordo com Jamil Guebert, representante do Centro Social, diariamente estão sendo servidos 300 cafés com direito a leite, pão com presunto e queijo ou margarina e iogurte ou fruta.

Paralelo ao serviço do Bom Prato, a Paróquia São Lucas continua oferecendo gratuitamente café da manhã para acompanhantes e pacientes do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Esse trabalho já é realizado há 10 anos e com a ajuda de voluntários que fornecem o café da manhã no salão localizado sobre o restaurante. Guebert explicou que até a primeira semana de fevereiro, o serviço da Paróquia estará inoperante porque os voluntários estão de férias. “Quando voltarmos serão os dois cafés, mas o da Paróquia continuará de graça para os que vierem do hospital.”

http://www.diariodesorocaba.com.br/site2010/materia2.php?id=220827

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