quarta-feira, 11 de novembro de 2009

evangelho

Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.

Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja
Sermões diversos, n° 27

«Senão este estrangeiro!»


Ele é feliz, aquele leproso samaritano que reconhecia que «não tinha nada que não tivesse recebido» (1Cor 4, 7). Ele «salvaguardou o que lhe tinha sido confiado» (2Tim 1, 12) e voltou para o Senhor, dando-Lhe graças. Feliz daquele que a cada graça recebida volta Àquele em que se encontra a plenitude de todas as graças, porque se nos mostrarmos reconhecidos por tudo o que recebemos, preparamos em nós lugar para a graça [...] em maior abundância. Com efeito, apenas a nossa ingratidão entrava os nossos progressos após a nossa conversão. [...]

Feliz pois aquele que se olha como um estrangeiro e que dá grandes ações de graças mesmo pelas mais pequenas dádivas, segundo o pensamento de que tudo o que se dá a um estrangeiro e a um desconhecido é uma dádiva puramente gratuita. Pelo contrário, ficamos infelizes e miseráveis quando, após nos termos mostrado inicialmente timoratos, humildes e devotos, esquecemos em seguida como era gratuito o que recebemos. [...]

Peço-vos então, meus irmãos, ponhamo-nos cada vez mais humildemente sob a mão poderosa de Deus (1P 5, 6). [...] Ponhamo-nos com grande devoção em ação de graças e Ele conceder-nos-á a única graça que pode salvar as nossas almas. Demonstremos o nosso reconhecimento não apenas por palavras e levianamente, mas através das obras e na verdade.


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