Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano
Rádio Vaticano
'Também hoje precisamos de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança', destacou Bento XVI no Angelus deste domingo, 18
É Cristo a “base estável” em um mundo instável pela violência e desastres. Esse é o ensinamento que o Papa Bento XVI propôs em suas palavras antes da oração mariana do Angelus neste domingo, 18. Reunido com os fiéis na Praça São Pedro, Bento XVI refletiu sobre o Evangelho do dia, no qual Cristo fala aos Apóstolos sobre sua segunda vinda no fim dos tempos.
Sol que escurece, lua que não brilhará mais, estrelas caindo do céu e os poderes do céu que serão “abalados”. É o fim do mundo, segundo as imagens do Evangelho. Mas o Papa explicou que também há uma visão mais poderosa, a “vinda do Filho do Homem sobre as nuvens”.
“O ‘Filho do Homem’ é o próprio Jesus, que liga o presente ao futuro; as antigas palavras dos profetas encontraram finalmente um centro na pessoa do Messias nazareno: é Ele o verdadeiro evento que, em meio aos levantes do mundo, permanece o ponto firme e estável”.
O Santo Padre explicou ainda que o cenário descrito por Cristo é baseado no entendimento de que “tudo passa”, mas que “a Palavra de Deus não muda, e diante dessa cada um de nós é responsável pelo próprio comportamento”, a única coisa que verdadeiramente contará no fim dos tempos.
“Jesus não descreve o fim do mundo, e quando usa imagens apocalípticas não se comporta como um ‘vidente’. Ao contrário, Ele quer tirar de seus discípulos de todas as épocas a curiosidade pela data, pelas previsões, e quer, em vez disso, dar a eles uma chave de leitura profunda, essencial, e, sobretudo, a via certa sobre a qual caminhar, hoje e amanhã, para entrar na vida eterna”.
Todos os elementos do cosmos, reiterou o Papa, “obedecem à Palavra de Deus” e é também por Jesus, Palavra de Deus feita carne, que o homem é chamado a colocar a sua confiança em Deus, sem medo:
“Queridos amigos, também nos nossos tempos não faltam desastres naturais, e, infelizmente, até guerras e violência. Também hoje precisamos de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança, ainda mais por causa do relativismo no qual estamos imersos”.
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