quinta-feira, 19 de julho de 2012

SUS em Campinas tem 72 leitos de UTI a menos do que recomenda OMS

 

Saúde pública deveria oferecer 330 leitos, mas o município conta com 258.  Hospitais particulares fecharam 24 vagas em UTIs na última semana.

Do G1 Campinas e Região

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) em Campinas (SP) apresenta atualmente um déficit de 72 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), considerando-se a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A cidade possui 258 vagas desse tipo, quando o  aconselhado pelo órgão é ao menos 330. Na última semana, hospitais particulares fecharam 24 leitos de UTI, o que agravou a situação.
Atualmente, Campinas conta com 22 hospitais que possuem unidades de terapia intensiva, entre eles 13 são particulares. Ao todo são 258 vagas no sistema público e 246 na rede particular. No Hospital Samaritano,
foram fechados 15 leitos de UTI  para se adequar a exigências da vigilância sanitária. Outras nove vagas em leitos de UTI no Hospital  Casa de Saúde Campinas foram fechadas por falta de profissionais.

Quantidade de leitos de UTI em Campinas está abaixo do indicado pelo OMS (Foto: Reprodução / EPTV)Leitos estão abaixo do indicado em Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)

Com poucos leitos, o tempo de espera para quem precisa ser internado na UTI aumenta. “A espera pode variar de 6 horas a 24 horas dependendo da gravidade e disponibilidade”, diz o Coordenador do Samu de Campinas, José Roberto Hansen. Para o coordenador de ortopedia do Hospital Celso Pierro, José Luis Zabeu, esse prazo pode não ser suficiente. “Se estivermos falando de urgência, o tempo é escasso e é importante ter esse leito nas primeiras 6 a 8 horas da solicitação. Passando desse tempo, o paciente pode se aproximar daquele limite no qual a medicina não consegue mais resgatar”, conta.
Os leitos hospitalares comuns aumentaram em Campinas, passando de 2860 para 2880, pois a Prefeitura abriu 20 novos leitos esta semana no Complexo Hospitalar Ouro Verde. O secretário de Saúde de Campinas, Fernando Brandão, informou que até 2014 a cidade terá 22 novos leitos de UTI. “O leito de UTI é caro e difícil de conseguir”, diz Brandão.

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