No Centro-Oeste Paulista, Chavantes ainda tem as marcas da batalha. Em Conchal, as casas foram tomadas pelos soldados da revolução.
Do G1 Bauru e Marília
Nesta segunda-feira, 9 de julho, é o Dia da Revolução de 32. Um movimento que teve início depois do rompimento entre lideranças do estado de São Paulo com Minas Gerais. Na época um acordo entre os dois estados, a chamada política do "Café com Leite" alternava presidentes apoiados por São Paulo e Minas.
O estopim da revolução foi a morte de cinco jovens estudantes no centro de São Paulo. E movimento teve importância para várias cidades do interior paulista participaram da revolução.
Marca do projétil no batente de uma porta em Conchal. (Foto: reprodução/TV Tem)
Em Conchal, na região central do estado, as casas foram tomadas pelos soldados. Em casa da cidade, no batente de uma das portas, ainda é possível encontrar um projétil disparado durante a batalha. A dona do imóvel fez questão mantê-lo no local.
Em Itapeva, o escritor José Sérgio Marques utilizou o diário do jornalista Átila Bonilha, dono do jornal "O tempo", para escrever um livro que revela o comportamento, as roupas e as armas usadas pelos militares durante a revolução.
A cidade de Chavantes teve grande importância para o movimento revolucionário. Chavantes fica na divisa do estado de São Paulo com o Paraná. A ponte pênsil foi construída na década de 20 para o escoamento da produção de café, mas durante a revolução constitucionalista de 32 ela teve outra finalidade. A ponte foi bloqueada para impedir o avanço das tropas federalistas em território paulista.
saiba mais
As marcas na pedra foram feitas por soldados que procuravam abrigo. Na rocha, ficaram cravados os pensamentos revolucionários da época que marcou a história de da cidade. No museu e arquivo histórico de Presidente Prudente dá para saber quem foram as pessoas importantes que participaram dessa revolta.
Ponte pênsil de Chavantes foi bloqueada durante a revolução de 32. (Foto: reprodução/TV Tem)
Em Campina do Monte Alegre, uma réplica do Vermelhinho foi colocada na praça da república. Durante a revolução, o vôo do Vermelhinho anunciava o perigo. Só o ronco da aeronave assustava. Utilizado pelas tropas gaúchas, ele era o terror dos paulistas.Em Buri, a revolução chegou pelos trilhos. O meio de transporte das tropas era o trem. Na cidade a luta armada foi uma das mais sangrentas.
A revolução de 32 teve duração 3 meses. Neste período. 135 mil homens participaram da batalha. Do lado paulista, 850 soldados perderam a vida.
Réplica do Vermelhinho em Campina do Monte Alegre. (Foto: reprodução/TV Tem)
A revolução
Em 1930, um ano depois da crise do café, Getúlio Vargas assume o país. No governo provisório, o presidente nomeou interventores para governar São Paulo. Contrariados, os grandes fazendeiros de café, começaram a organizar um movimento no estado para derrubar Vargas e pedir uma nova constituição no país. O estopim da revolta teve início com a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, em 23 de maio de 32 .
Em Chavantes, pedras mostram a passagem dos soldados pela cidade. (Foto: reprodução/TV Tem)
Os estudantes Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade morreram durante uma tentativa de invasão ao escritório da Liga Revolucionária - grupo que apoiava o governo. Das iniciais dos mortos nasceu o movimento oposicionista conhecido como MMDC - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
O estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, morreu três meses e, por esse motivo, não teve seu nome associado ao movimento. No dia 9 de julho de 1932: o estado de São Paulo se levantou em defesa da democracia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário!
Seja bem vindo!
Pascom Porto Feliz