Cerca de cinco mil pessoas protestam em frente ao Congresso do Paraguai
ASSUNÇÃO - O Senado paraguaio cassou nesta sexta-feira, 22, o mandato do presidente Fernando Lugo, após negar um pedido do mandatário, que solicitou 18 dias para a preparação dos argumentos de defesa do julgamento político iniciado na manhã de hoje, por suposto mau desempenho de suas funções. Cerca de cinco mil manifestantes protestavam em frente ao Congresso do Paraguai contra a votação do impeachment de Lugo. O Senado aprovou a validade das cinco acusações contra Lugo, com 39 votos a favor e apenas quatro contra. Os advogados do mandatário se retiraram do plenário, irritados com o voto. O vice-presidente Federico Franco assumirá a presidência do Paraguai até as eleições, que acontecerão em nove meses.
Luis Robayo/AFP
Fernando Lugo é destituído pelo Senado
A acusação apresentada contra Lugo tem cinco pontos: a matança de 17 pessoas (11 camponeses sem-terra e seis policiais) no confronto de Curuguaty, que aconteceu na primeira metade de junho; a crise dos camponeses sem-terra do Paraguai no departamento (Estado) de Ñacunday; a insegurança no Paraguai; o uso dos quartéis das Forças Armadas para atividades políticas; e a assinatura do protocolo de Ushuaia II, que permite à União de Nações Sul-americanas (Unasul) intervir no Paraguai em caso de risco para a democracia.
Logo após a votação no Senado, ocorreram confrontos entre os manifestantes e a polícia na Praça de Armas, centro da capital paraguaia onde fica o Congresso.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones
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