A falta de equipamentos de segurança contribui para as ocorrências. Na região de Itapetininga (SP) foram registradas 2 mortes em 2012.
Do G1 Itapetininga e Região
Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontam que uma pessoa morre todos os dias vítima de acidentes de trabalho no estado. Os dados são da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária Estadual, com base nas notificações feitas ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam). Do total de 55,4 mil acidentes de trabalho notificados no estado em 2011, 464 foram fatais.
Ainda de acordo com o levantamento, 48% se referem aos mais graves e fatais em menores de 18 anos. Em seguida, as intoxicações por causas externas com 25,5%. Depois, com 20,1%, os provocados por material biológico.
Câncer relacionado ao trabalho, transtorno mental e perda auditiva induzida por ruído também estão entre os acidentes apontados. Em relação as mortes, as principais causas são as quedas de edifícios, exposição à corrente elétrica e os acidentes de trânsito. Segundo o auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego da região de Itapetininga (SP), José Celso Vieira Soares, no trânsito as principais vítimas são os trabalhadores que utilizam motocicletas.
Ainda de acordo com o auditor fiscal, na região foram registradas duas mortes entre janeiro e o início de maio. O caso mais recente ocorreu em 10 de maio. Um jovem 24 anos morreu após cair de uma altura de 20 metros. Ele estava trabalhando na construção de um silo em uma empresa em Campina do Monte Alegre (SP).
De acordo com José Celso, são 35 Normas Regulamentadoras (NRs), relativas à segurança e medicina do trabalho. No caso de Itapetininga as principais são NR 28, para Construção Civil, e NR 31, para o trabalho rural.
A fiscalização, segundo o especialista, acontece assim que o Ministério Trabalho toma conhecimento do acidente ou recebe alguma denúncia, no entanto, nem sempre as denúncias são realizadas. Ele afirma que os comunicados chegam após semanas do ocorrido. “Se todos notificassem, os números de acidentes seriam bem maiores”, afirma.
A técnica em Segurança do Trabalho, Damaris Siqueira Terra, a falta de uso de equipamentos de proteção é o principal fator de causa dos acidentes. Segundo ela, em empresas onde a obrigatoriedade é mais rigorosa, ocorrem menos acidentes, no entanto, ela afirma que as empresas precisam se conscientizar mais da importância dos programas de prevenção. "É bom para empresa e bom para o funcionário", comenta.
Ela explica que existem dois programas de Segurança do Trabalho: o PCMSO, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, para exames quando o trabalhador entra na empresa e periódicos e o PPRA, Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais, que avalia os riscos que a empresa oferece no ambiente de trabalho.
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