O bate-bag é facilmente encontrado à venda no comércio e nas ruas.
Empresa de Valinhos fabrica o produto e já distribuiu 500 mil unidades.
Do G1 Campinas e Região
Michele dos Santos mostra o brinquedo rescém
comprado (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)
Um brinquedo conhecido por muitos nomes e bem barulhento voltou a fazer sucesso entre crianças e adolescentes e está à venda no comércio e nas esquinas de muitas cidades paulistas.
Em Campinas (SP) basta se guiar pelo som das bolinhas batendo nas ruas para encontrar um vendedor de bate-bag. Somente na área do chamado camelódromo, na rua Álvares Machado, são 12 estandes que vendem o produto. "Praticamente todos vendiam, mas com o tempo foi esgotando" conta o vendedor Lorival Silva.
Conhecido também como bate-bate, bate-bolas e bolimbolacho, o bate-bag não é novidade. A dona de casa Josefa Pereira se surpreendeu quando a filha pediu o presente, popular durante os anos 80. "Eu me lembrei de como brincava com isso na minha infância, fiquei pasma quando minha filha me pediu um" lembrou Josefa.
A brincadeira é simples: Duas bolinhas de plástico são presas por um cordão. O objetivo é sincronizar a batida das esferas e fazer isso o mais rápido possível. A estudante Michele dos Santos, de 14 anos, diz que os amigos influenciaram a compra do brinquedo. "Na minha escola, todo mundo tem", afima Michele. Treinando há três dias, a estudante já demonstra habilidade. "Eu gosto do movimento, de brincar com a cordenação. Aprendi rapidinho".
Sucesso de Vendas
O vendedor Adriano Aparecido conta que o aumento nas vendas começou três semanas atrás. "Chegamos a vender 50 unidades por dia" lembra. Cada bate-bag custa R$ 4. Aparecido, atribui a popularidade aos jovens. "As crianças estão sempre importunando os pais para comprar o
O vendedor Adriano Aparecido brinca com o
bate-bag (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)
brinquedo", afirma. As vendas foram comparadas as do iô-iô em 2010. "Vendíamos bastante, mas esse bate-bate é imbatível", brinca Aparecido.
O modelo mais popular do bate-bag é fábricado por uma indústria de produtos plásticos de Valinhos (SP). Segundo a gerente da área promocional da empresa, Débora Pontes, o ítem está no mercado desde dezembro, mas o sucesso veio durante o carnaval "Temos uma parceria com uma banda de Salvador, eles lançaram uma música sobre a brincadeira e isso fez a mercadoria vender muito". Segundo ela, já foram distribuídas 500 mil unidades do "bolimbolacho" para todo o país. Só entre a última segunda-feira (16) e a quinta-feira (19) 150 mil brinquedos foram colocado à venda.
Outros modelos podem ser encontrados, custando entre R$ 2 e R$ 3, mas essa versão não possui o Selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que atesta a segurança do produto.
Machucados e Problemas
Modelos trazem pulseira de proteção para o
pulso (Foto: Reberson Ricci Ius / G1 Campinas)
"Na minha época eu me machucava muito" conta a dona de casa Josefa Pereira. As bolinhas são famosas por lesionar as mãos de quem brincava. Chegávamos a chamar de quebra-dedo" afirma. Apesar nova versão do brinquedo utilizar um material mais leve em sua fabricação, a recomendação da fisioterapeuta Mariana Fagundes é para que os jovens tomem cuidado "Essa atividade pode lesionar ossos como o metacarpo e o escafóide" explica a fisioterapeuta. Segundo ela, em situações mais extremas, os machucados podem prejudicar o desenvolvimento da ciança caso afete a cartilagem responsável pelo crescimento. Em todas as situações, a recomendação é para que os pais encaminhem a criança para um pronto socorro para que as providências sejam tomadas.
Outra reclamação é a do barulho causados pelo "bate-bate" das bolinhas.Segundo a coordenadora geral de um colégio particular de Campinas, Cida Mascaro, o uso é limitado ao período de intervalo para não atrapalhar as aulas. Segundo ela, não houve grandes problemas na escola, mas já prevê que medidas terão que ser tomadas com a popularização. A mãe da adolescente Michele, Maria dos Santos, conta que a filha nunca se machucou, mas tem motivos para reclamar. "Às vezes estou tentando descansar durante a noite e esse 'tec tec tec' fica me incomodando" diz Maria com bom humor.
O objetivo é sincronizar a batida das bolinhas o mais rápido possível (Foto: Bruno Teixeira/ G1 Campinas)
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Pascom Porto Feliz