quarta-feira, 25 de abril de 2012

Brinquedo barulhento volta a fazer sucesso entre crianças e adolescentes

 

O bate-bag é facilmente encontrado à venda no comércio e nas ruas.
Empresa de Valinhos fabrica o produto e já distribuiu 500 mil unidades.

Do G1 Campinas e Região

 

Michele dos Santos mostra o brinquedo recém-comprado (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)Michele dos Santos mostra o brinquedo rescém
comprado (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)

Um brinquedo conhecido por muitos nomes e  bem barulhento voltou a fazer sucesso entre crianças e adolescentes e está à venda no comércio e nas esquinas de muitas cidades paulistas.

Em Campinas (SP)  basta se guiar pelo som das bolinhas batendo nas ruas para encontrar um vendedor de bate-bag.  Somente na área do chamado camelódromo, na rua Álvares Machado, são 12 estandes que vendem o produto. "Praticamente todos vendiam, mas com o tempo foi esgotando" conta o vendedor Lorival Silva.

Conhecido também como bate-bate, bate-bolas e bolimbolacho, o bate-bag não é novidade. A dona de casa Josefa Pereira se surpreendeu quando a filha pediu o presente, popular durante os anos 80. "Eu me lembrei de como brincava com isso na minha infância, fiquei pasma quando minha filha me pediu um" lembrou Josefa.

A brincadeira é simples: Duas bolinhas de plástico são presas por um cordão. O objetivo é sincronizar a batida das esferas e fazer isso o mais rápido possível. A estudante Michele dos Santos, de 14 anos, diz que os amigos influenciaram a compra do brinquedo. "Na minha escola, todo mundo tem", afima Michele. Treinando há três dias, a estudante já demonstra habilidade. "Eu gosto do movimento, de brincar com a cordenação. Aprendi rapidinho".

Sucesso de Vendas
O vendedor Adriano ApareO vendedor Adriano Aparecido ensina a brincar com o bate-bag (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)cido conta que o aumento nas vendas começou três semanas atrás. "Chegamos a vender 50 unidades por dia" lembra. Cada bate-bag custa R$ 4. Aparecido, atribui a popularidade aos jovens. "As crianças estão sempre importunando os pais para comprar o

O vendedor Adriano Aparecido brinca com o
bate-bag (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)

brinquedo", afirma. As vendas foram comparadas as do iô-iô em 2010. "Vendíamos bastante, mas esse bate-bate é imbatível", brinca Aparecido.

O modelo mais popular do bate-bag é fábricado por uma indústria de produtos plásticos de Valinhos (SP). Segundo a gerente da área promocional da empresa, Débora Pontes, o ítem está no mercado desde dezembro, mas o sucesso veio durante o carnaval "Temos uma parceria com uma banda de Salvador, eles lançaram uma música sobre a brincadeira e isso fez a mercadoria vender muito". Segundo ela, já foram distribuídas 500 mil unidades do "bolimbolacho" para todo o país. Só entre a última segunda-feira (16) e a quinta-feira (19) 150 mil brinquedos foram colocado à venda.

Outros modelos podem ser encontrados, custando entre R$ 2 e R$ 3, mas essa versão não possui o Selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que atesta a segurança do produto.

Machucados e Problemas

Brinquedo barulhento volta a fazer sucesso entre crianças e adolescentes (Foto: Reberson Ricci Ius/G1)

Modelos trazem pulseira de proteção para o
pulso (Foto: Reberson Ricci Ius / G1 Campinas)

"Na minha época eu me machucava muito" conta a dona de casa Josefa Pereira. As bolinhas são famosas por lesionar as mãos de quem brincava. Chegávamos a chamar de quebra-dedo" afirma. Apesar nova versão do brinquedo utilizar um material mais leve em sua fabricação, a recomendação da fisioterapeuta Mariana Fagundes é para que os jovens tomem cuidado "Essa atividade pode lesionar ossos como o metacarpo e o escafóide" explica a fisioterapeuta. Segundo ela, em situações mais extremas, os machucados podem prejudicar o desenvolvimento da ciança caso afete a cartilagem responsável pelo crescimento. Em todas as situações, a recomendação é para que os pais encaminhem a criança para um pronto socorro para que as providências sejam tomadas.

Outra reclamação é a do barulho causados pelo "bate-bate" das bolinhas.Segundo a coordenadora geral de um colégio particular de Campinas, Cida Mascaro, o uso é limitado ao período de intervalo para não atrapalhar as aulas. Segundo ela, não houve grandes problemas na escola, mas já prevê que medidas terão que ser tomadas com a popularização. A mãe da adolescente Michele, Maria dos Santos, conta que a filha nunca se machucou, mas tem motivos para reclamar. "Às vezes estou tentando descansar durante a noite e esse 'tec tec tec' fica me incomodando" diz Maria com bom humor.

O objetivo da brincadeira é sincronizar a batida das bolinhas o mais rápido possível (Foto: Bruno Teixeira / G1 Campinas)O objetivo é sincronizar a batida das bolinhas o mais rápido possível (Foto: Bruno Teixeira/ G1 Campinas)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário!

Seja bem vindo!
Pascom Porto Feliz