Viena (RV) - Não teve medo de opor-se ao regime nazista e de testemunhar fidelidade a Cristo, e por isso, no trágico período da perseguição anticatólica na Áustria, foi deportado e condenado à morte: trata-se de Mons. Carl Lampert, que a Igreja inseriu neste domingo no catálogo dos Beatos.
No Angelus, na saudação aos de língua alemã, o Papa recordou essa figura de sacerdote mártir ressaltando que "no tempo obscuro do nazismo, viu com clareza o significado da palavra de São Paulo: "Nós não pertencemos à noite nem às trevas".
A missa de Beatificação foi presidida na tarde deste domingo, na localidade austríaca de St. Martin in Dornbirn, pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato.
Morreu pronunciando os nomes de Jesus e de Maria, aos quais testemunhou inquebrantável fidelidade no trágico período da perseguição anticatólica na Áustria, durante a II Guerra Mundial. E tornou-se para todos, modelo de amor a Cristo e à Igreja.
O sacerdote austríaco Carl Lampert, vice-Vigário da Administração Apostólica de Innsbruck-Feldkirch, foi vítima das violências do regime nazista, ao qual com coragem manifestou abertamente seu dissenso: detido três vezes, foi confinado em dois campos de concentração, exilado e condenado à decapitação sob acusação de espionagem.
Tratou-se de uma longa via-sacra que o levou ao martírio, enfrentado permanecendo firme na fé, graças a uma profunda união com Deus – evidenciou o Cardeal Angelo Amato.
"O martírio é o maior ato de amor a Deus e constitui o caminho mais nobre rumo à santidade", observou o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, que sintetizou do seguinte modo a herança deixada pelo novo Beato:
"Como o sacrifício de Cristo foi penhor de salvação para a humanidade, assim o sacrifício do Beato Lampert será semente de renovada vida cristã na terra abençoada da Áustria." Um exemplo precioso, sobretudo, para as novas gerações austríacas – concluiu. (RL)
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