terça-feira, 15 de novembro de 2011

Uma em cada dez pessoas será diabética nos próximos 20 anos.

Os cartões-postais do Brasil foram iluminados de azul. É um alerta contra uma das doenças que mais avançam no país e no mundo: o diabetes.


 





O Brasil acendeu a luz azul, na noite de segunda-feira (14), para lembrar a luta contra o diabetes. Muita gente ainda tem dúvidas sobre o que é a doença e como ela pode ser controlada. Foi por isso que em São Paulo profissionais da saúde foram para as ruas, em uma campanha de conscientização, sobre a necessidade de descobrir e tratar o diabetes o mais cedo possível.
A noite se iluminou de azul em vários cantos do país. No Rio de Janeiro, foi o Cristo Redentor. A Catedral de Brasília foi uma das escolhidas no Distrito Federal. Em São Paulo, eram monumentos como a Assembleia Legislativa e a Ponte Estaiada. Era um alerta.
“No Brasil já temos dez milhões de pessoas com diabetes. É uma complicação que tornou essa doença pouco frequente até 40 anos atrás em uma doença com características de epidemia”, alerta Walter Minicucci, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Mas o diabetes ainda é uma estranha para muita gente. Quase metade das pessoas ouvidas em uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes não sabia direito o que é a doença. “Já ouvi falar”, admite uma jovem.
O diabetes ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não consegue usar a insulina produzida. É a insulina que faz com que a glicose entre na célula e vire fonte de energia. Se isso não acontece, o açúcar fica circulando em excesso no sangue. A consequência pode ser, por exemplo, a cegueira, a insuficiência renal e doenças no coração.
No futuro, o número de diabéticos tende a ser bem maior em todo o mundo. É o que estima a Associação Nacional de Assistência ao Diabético. Daqui a 20 anos, uma em cada dez pessoas vai ter a doença. Entre os principais motivos, estão a obesidade e o sedentarismo.
Por isso, especialistas recomendam: segure a onda quando passar perto da mesa de doces. “Não posso ver chocolate, mas eu sei que a gente sempre tem de se policiar”, diz um senhor.
Prefira legumes, frutas e verduras e se mexa. “Eu caminho, me esforço para caminhar e faço exercício, porque melhora e evita de eu tomar remédio”, comenta o administrador de empresas Carlos Takeo.
Um caso na família já é para acender o sinal de alerta. O risco aumenta. O melhor é ficar de olho e fazer o exame, pelo menos, uma vez por ano. É simples. “É menos do que uma picada na manicure. Na manicure, dói mais”, brinca a aposentada Hebe Ramos.
Dona Conceição foi para a fila e encarou o teste. Em cinco segundos, veio a avaliação. “Ela me disse que já almoçou tem umas duas horas. Está excelente o resultado”, elogia a técnica de enfermagem. “Está tudo certo, graças a Deus”, comemora Dona Conceição.
Um levantamento da Associação Nacional de Assistência ao Diabético mostra que a metade dos pacientes se trata com medicamentos, e a outra metade faz apenas dietas ou exercícios ou não se trata.

Fonte, Jornal Bom dia.

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