Dom Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Entramos na Quaresma – sempre é único e especial esse momento da liturgia. Necessitamos de um espaço para olhar a nossa vida e buscar acolher a graça de Deus que nos convida a sermos novos.
A oração, penitência, jejum, esmola, lectio divina, confissão sacramental, reflexões, confissões fazem parte desse tempo, juntamente com uma sobriedade na liturgia (sem o hino do Glória, a aclamação do Aleluia, as flores e sem solenizar demais as celebrações), procurando concentrar naquilo que é essencial em nossas vidas.
Todos nós necessitamos de um tempo de reflexão e mudança. Durante o ano tantas situações vão se sucedendo e colocando-nos muitas vezes fora do caminho do Senhor. Os 40 dias que tornam presentes os dias de Jesus no deserto, e também os anos do povo de Deus na caminhada do Êxodo, saindo das escravidões para a vida nova, passando pelo Mar Vermelho e celebrando a aliança com Deus, nos recordam que é tempo de renovar nossa vida batismal e nossa aliança com o Senhor. Para isso há este tempo de contrição que deve conduzir-nos a uma nova vida – eis que tudo passou e se fez novo, queremos cantar e anunciar!
É também um tempo de especial preparação para a grande festa da Páscoa. A Santa Igreja celebra todos os anos os mesmos tempos e festas previstos no seu Ano Litúrgico para atualizar a salvação, fazendo-a crescer sempre mais nos corações. Neste ano a celebração do tempo quaresmal deve trazer novidades para o incremento da vida cristã, a fim de que a celebração pascal produza abundantes frutos em nossa existência individual e comunitária. Deus é quem possibilita que sejamos sempre mais. A cada ano, o Amor divino quer nos atrair para mais perto de si. A vida humana e cristã é essencialmente dinâmica porque Deus, nosso Criador e Salvador, é a força que nos impulsiona e nos estimula a crescer cada vez mais. Nossa caminhada não pode parar enquanto não repousarmos plenamente em Deus.
A Quaresma quer ser para nós um tempo especial, um tempo de verdadeira graça e conversão. O importante é que não deixemos que este tempo favorável passe em vão. Lembremo-nos de que neste mundo tudo muda. Se não mudarmos para melhor, se não avançarmos, começamos a regredir, porque nada sob o tempo permanece imutável. O período quaresmal quer ser, então, um tempo especial de mudança para melhor. Muitos são os exercícios de piedade que podemos fazer durante o tempo quaresmal. A via-sacra é um deles. A meditação do caminho sagrado percorrido por Jesus é apta a despertar em nós o amor que levou o Filho de Deus a entregar-se ao Pai e aos homens. Mas há muitas outras formas de viver bem a Quaresma.
Todos nós necessitamos de um tempo de reflexão e mudança. Durante o ano tantas situações vão se sucedendo e colocando-nos muitas vezes fora do caminho do Senhor. Os 40 dias que tornam presentes os dias de Jesus no deserto, e também os anos do povo de Deus na caminhada do Êxodo, saindo das escravidões para a vida nova, passando pelo Mar Vermelho e celebrando a aliança com Deus, nos recordam que é tempo de renovar nossa vida batismal e nossa aliança com o Senhor. Para isso há este tempo de contrição que deve conduzir-nos a uma nova vida – eis que tudo passou e se fez novo, queremos cantar e anunciar!
É também um tempo de especial preparação para a grande festa da Páscoa. A Santa Igreja celebra todos os anos os mesmos tempos e festas previstos no seu Ano Litúrgico para atualizar a salvação, fazendo-a crescer sempre mais nos corações. Neste ano a celebração do tempo quaresmal deve trazer novidades para o incremento da vida cristã, a fim de que a celebração pascal produza abundantes frutos em nossa existência individual e comunitária. Deus é quem possibilita que sejamos sempre mais. A cada ano, o Amor divino quer nos atrair para mais perto de si. A vida humana e cristã é essencialmente dinâmica porque Deus, nosso Criador e Salvador, é a força que nos impulsiona e nos estimula a crescer cada vez mais. Nossa caminhada não pode parar enquanto não repousarmos plenamente em Deus.
A Quaresma quer ser para nós um tempo especial, um tempo de verdadeira graça e conversão. O importante é que não deixemos que este tempo favorável passe em vão. Lembremo-nos de que neste mundo tudo muda. Se não mudarmos para melhor, se não avançarmos, começamos a regredir, porque nada sob o tempo permanece imutável. O período quaresmal quer ser, então, um tempo especial de mudança para melhor. Muitos são os exercícios de piedade que podemos fazer durante o tempo quaresmal. A via-sacra é um deles. A meditação do caminho sagrado percorrido por Jesus é apta a despertar em nós o amor que levou o Filho de Deus a entregar-se ao Pai e aos homens. Mas há muitas outras formas de viver bem a Quaresma.
Devemos aprender a orientar nossos desejos. A Igreja sempre recomendou a penitência e o jejum como meio de educação da vontade e das paixões. Uma vontade firme e bem decidida é capaz de realizar maravilhas, com a ajuda, indispensável e fundamental, da graça de Deus. O homem que não orienta bem as suas paixões acaba tornando-se escravo delas. Muito pode ajudar-nos nessa tarefa de educação da vontade e orientação das paixões a frequência ao sacramento da penitência ou da confissão. Nesse sacramento acontece um verdadeiro diálogo de salvação, através do qual Deus nos liberta do peso das faltas e nos dá novo vigor ao espírito. Que a penitência, da qual o bom cristão não pode descuidar, seja uma marca de nossa caminhada quaresmal.
Jamais podemos nos esquecer da vida de oração. A oração é comunhão com Deus, é intimidade com Ele, é fonte de bênçãos incontáveis. Jesus é o grande mestre e modelo de vida orante. A Escritura nos diz que o Salvador passava noites inteiras em oração. Na Quaresma podemos intensificar nossa vida de oração e de comunhão com Deus. Devemos saber que nossa oração deve ser orientada por tudo aquilo que Jesus nos revelou. Uma oração bem feita nunca deixa de lado a Palavra de Deus, que é constantemente explicada e atualizada pelos ensinamentos da Igreja. Deus nos amou por primeiro. Ele nos falou por Jesus Cristo. A oração é resposta ao amor e à Palavra de Deus.
O mandamento do Amor deve ser a grande luz a iluminar-nos o caminho quaresmal. Nós amamos porque, antes, fomos amados por Deus. O nosso amor cristão é sempre uma expressão do amor que recebemos da Trindade Santíssima.
Durante a Quaresma, há uma boa maneira de nos ajudar a descobrir a necessidade de conversão. A Igreja Católica no Brasil celebra a Campanha da Fraternidade a fim de estimular práticas bem concretas de amor ao próximo e de mudança de mentalidade. Este ano a Campanha foi elaborada pelo CONIC. Ecumênica e dirigida a toda a sociedade, agora versa sobre a economia. O tema figura assim: Economia e vida; e o lema: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24c). O objetivo é o seguinte: Unir Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz”.
Jamais podemos nos esquecer da vida de oração. A oração é comunhão com Deus, é intimidade com Ele, é fonte de bênçãos incontáveis. Jesus é o grande mestre e modelo de vida orante. A Escritura nos diz que o Salvador passava noites inteiras em oração. Na Quaresma podemos intensificar nossa vida de oração e de comunhão com Deus. Devemos saber que nossa oração deve ser orientada por tudo aquilo que Jesus nos revelou. Uma oração bem feita nunca deixa de lado a Palavra de Deus, que é constantemente explicada e atualizada pelos ensinamentos da Igreja. Deus nos amou por primeiro. Ele nos falou por Jesus Cristo. A oração é resposta ao amor e à Palavra de Deus.
O mandamento do Amor deve ser a grande luz a iluminar-nos o caminho quaresmal. Nós amamos porque, antes, fomos amados por Deus. O nosso amor cristão é sempre uma expressão do amor que recebemos da Trindade Santíssima.
Durante a Quaresma, há uma boa maneira de nos ajudar a descobrir a necessidade de conversão. A Igreja Católica no Brasil celebra a Campanha da Fraternidade a fim de estimular práticas bem concretas de amor ao próximo e de mudança de mentalidade. Este ano a Campanha foi elaborada pelo CONIC. Ecumênica e dirigida a toda a sociedade, agora versa sobre a economia. O tema figura assim: Economia e vida; e o lema: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24c). O objetivo é o seguinte: Unir Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz”.
De fato, o mundo da economia não pode ser regido somente pela sede de lucros. Uma quota de gratuidade deve sempre existir como expressão de reconhecimento da dignidade de cada pessoa. Uma economia que tem em vista o lucro a qualquer custo só pode gerar exclusões e misérias, e, como tal, não é digna do homem. A economia deve existir para o bem do homem, não o contrário. As nossas reuniões de grupo, de comunidades, círculos bíblicos, juntamente com as reflexões litúrgicas, irão aprofundar esse tema importante e necessário. No domingo de Ramos iremos entregar em nossas comunidades o dinheiro fruto de nossas penitências quaresmais para a Campanha da Solidariedade, que o utilizará para projetos sociais na Arquidiocese e na Igreja do Brasil.
Com a Quarta-feira de Cinzas entramos neste tempo, reconhecendo que somos pecadores necessitados de conversão. Infelizmente, a nossa sociedade não se preocupa em guardar o tempo quaresmal, mas cabe a nós, católicos, fazê-lo de tal forma que seja realmente vivenciado e propício para a renovação de nossas vidas.
Por fim, o meu desejo, que agora expresso de todo o coração, é que esta Quaresma nos prepare, de fato, para celebrar dignamente a Páscoa do Senhor. Nada como romper o Aleluia Pascal com o coração purificado, a mente elevada a Deus e o olhar direcionado ao irmão. Que a vitória do Ressuscitado sobre o pecado e a morte seja também a nossa vitória!
Fonte: Arquidiocese do Rio
Com a Quarta-feira de Cinzas entramos neste tempo, reconhecendo que somos pecadores necessitados de conversão. Infelizmente, a nossa sociedade não se preocupa em guardar o tempo quaresmal, mas cabe a nós, católicos, fazê-lo de tal forma que seja realmente vivenciado e propício para a renovação de nossas vidas.
Por fim, o meu desejo, que agora expresso de todo o coração, é que esta Quaresma nos prepare, de fato, para celebrar dignamente a Páscoa do Senhor. Nada como romper o Aleluia Pascal com o coração purificado, a mente elevada a Deus e o olhar direcionado ao irmão. Que a vitória do Ressuscitado sobre o pecado e a morte seja também a nossa vitória!
Fonte: Arquidiocese do Rio
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