De acordo com o economista-chefe da instituição, isso prejudicaria a competitividade das demais aplicações financeiras, o que obrigará o governo a lidar com a rentabilidade da poupança
Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado
SÃO PAULO - Para o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, se a taxa básica de juros brasileira, a Selic, for reduzida a um patamar inferior ao atual (de 9% ao ano), a caderneta de poupança começará a propiciar a seus investidores ganho superior a de alguns fundos de investimento. Isso, de acordo com o economista, prejudicaria a competitividade das demais aplicações financeiras.
Assim, de acordo com o chefe do Departamento Econômico da Febraban, mais cedo ou mais tarde o governo federal terá que enfrentar a questão da rentabilidade da poupança. Sardenberg lembra que a caderneta de poupança foi criada dentro de um cenário em que as taxas nominais eram elevadas e inflação alta. "Mas, num processo de redução de juros, a poupança ganhará maior competitividade em relação a outros ativos", afirma.
Por outro lado, segundo Sardenberg, a questão da rentabilidade da poupança requer certo equilíbrio já que os recursos captados são direcionados para o financiamento da habitação. Se a poupança começar a render menos poderá, eventualmente, ocorrer algum desequilíbrio nesta conta já que o investidor poderá se sentir desestimulado a aplicar na caderneta de poupança.
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