Tiago Cavalcante
Das 70 doações diárias, número saltou para 180 na quinta-feira
Os sorocabanos mostraram consciência e compareceram ao Hemonúcleo da cidade nesta quinta-feira (3), quebrando o recorde de doações do local, com 180 voluntários. O período para as doações em massa não poderia ser melhor, já que, durante o feriado prolongado de Carnaval, o estoque de sangue diminui.
Geralmente o Hemonúcleo recebe cerca de 70 doações diárias, o que representa um aumento de 157%. Mas a ideia é aumentar essa média. "Nossa meta é de 100 doações no dia, e as campanhas não param. Fazemos um trabalho continuo de divulgação em faculdades, empresas, TV, rádio, jornal e em outros municípios que não possuem Hemonúcleo", afirma o gerente médico do Hemonúcleo de Sorocaba, Frederico Brandão.
Ele comenta também que antigamente não havia tanta procura pelo Hemonúcleo como acontece hoje. “Há mais ou menos dois anos, aumentou muito o número de doações em Sorocaba”.
Questionado sobre o tipo sanguíneo mais procurado, Frederico afirma que é o O-, muito utilizado em emergências. “Os tipos de sangue mais comuns são o O+ e o A+. O mais raro é o AB-”, explica o médico.
Assis Cavalcante/Agência BOM DIA
Voluntária doa sangue no Hemonúcleo de Sorocaba
Voluntários não param de doar depois da primeira vez
Josielle Santos Nery, 26 anos, é professora e tem tipo sanguíneo O+. Desde os 18 anos, doa sangue pelo menos três vezes ao ano. “É muito importante para salvar vidas e não custa nada. As pessoas devem deixar o medo de lado e vir ajudar alguém, mesmo que não seja um conhecido. Amanhã pode ser você que precise e seja salvo por um desconhecido”, aponta.
Outra voluntária é a operadora de máquinas Cleide Vieira Domingues, 23 anos, que também tem tipo sanguíneo O+. “Eu tenho o costume de doar sangue desde que fiz 18 anos, mas fazia um tempo que não vinha", confessa.
“Eu e toda a minha família criamos esse hábito quando minha avó precisou de sangue por causa de uma hepatite. Mesmo que o sangue que ela recebeu não tivesse sido de algum parente e sim do banco de sangue, quase toda a minha família veio doar para que não faltasse para ninguém. Se minha avó precisou, outras pessoas podem precisar também”, explica Cleide.
O que é preciso para doar
• Ter entre 18 e 65 anos de idade;
• Ter peso acima de 50 quilos;
• Responder, com veracidade, o questionário de avaliação;
• Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional;
• O voluntário não deve ter diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade
• Evitar fumar por pelo menos duas horas antes da doação;
• Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores;
• Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação;
• Faça repouso de no mínimo seis horas na noite anterior à doação;
fonte: Agência Bom Dia
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