Frei Hipólito Martendal
Em Clara, a realização do franciscanismo
Outro caso único na Igreja foi o número de prelados, bispos e papas que foram visitá-la para confortá-la em sua doença e receber um pouco da energia sobrenatural que dela emanava. E pensar que em seu tempo a mulher era vista como um ser humano inferior em inteligência, menos dotada de capacidade moral e espiritual, causa de queda do homem. Clara não só não foi causa de tentação para Francisco. Abaixo de Deus foi a maior fonte inspiradora para seu ideal de viver o Evangelho. Em Clara, o Franciscanismo deu mais certo que na fraternidade dirigida pelo próprio São Francisco.
Santa Clara inaugurou a vida religiosa feminina independente da tutela de um homem, totalmente entregue à direção de uma mulher. Se Jesus e Maria são os novos protótipos do homem e da mulher dos tempos messiânicos, Francisco e Clara são a prova de que a nova humanidade pode concretizar-se em quem decide realmente ser discípulo de Jesus.
O papa encontrava-se em Assis quando Clara faleceu a 11 de agosto de 1253. Ele participou das exéquias e ordenou que não se celebrasse o Ofício Divino próprio de defuntos, mas o das Santas Virgens. Já era uma espécie de antecipação da canonização que se tornaria oficial apenas dois anos
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