quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Fraternidade

 Francisco não pensava em fundar uma Ordem, uma Fraternidade. Diante dos primeiros companheiros que lhe pediram para compartilhar de sua forma de vida, compreendeu que era o Senhor que lhe enviava irmãos. No fim da vida, ele assim se expressa no Testamento: “E depois que o Senhor me deu irmãos, ninguém me mostrou o que eu deveria fazer, mas o Altíssimo mesmo me revelou que eu deveria viver segundo a forma do Santo Evangelho”.(Test 4, 14) Francisco manifesta a iniciativa de Deus que lhe enviou irmãos, para viver em fraternidade. Soube intuir profundamente a novidade trazida por Cristo, isto é, que Deus é nosso Pai e que nós somos todos irmãos.

Francisco escolheu por modelo a vida apostólica, ir pelo mundo, sem pão, sem bastão, sem teto, pregando o Evangelho com o testemunho e a palavra, em fraternidade, como irmãos. A caridade evangélica foi o primeiro vínculo importante que os mantinha unidos.

Tanto Francisco como Clara queriam fazer da Fraternidade uma família, vinculada por um amor terno e concreto: “E mostrem por obras o amor que têm uns aos outros, como diz o apóstolo: Não amemos por palavra, nem com a língua, mas por obra e em verdade”. (RnB 11, 6) Eles dedicavam toda a sua solicitude e preocupação em manter o vínculo da unidade entre si, pois o mesmo Espírito os tinha reunido.

A fraternidade franciscana abre necessariamente à fraternidade universal. Essa experiência feita por Francisco o levou a sentir-se irmão de todas as criaturas pois provém do mesmo Pai. Por isso, chama de irmão e irmã todas as criaturas, tendo por elas uma atitude de profundo respeito, responsabilidade e cuidado. Vê a criação como espelho em que se reflete a bondade, a grandeza e a beleza do Criador. A reconciliação universal com a natureza é indispensável e urgente.

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