Petistas querem polarizar eleição e comparar a gestão de Lula com anteriores do PSDB
Foto por Ricardo Moraes /Reuters
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse ao R7 que a estratégia será “essencialmente fazer embate de projetos” da gestão Lula com a do PSDB, já que a ministra deve enfrentar o governador de São Paulo, José Serra, na disputa.
- Essa tentativa do PSDB de fugir da polarização e da eleição plebiscitária é o reconhecimento de que o governo (Lula) é bem sucedido, eles querem evitar bater de frente com a avaliação do governo Lula. Não é um problema nosso, é deles, o nosso problema é reforçar a identificação perante a opinião pública do governo Lula com a candidatura da Dilma.
A ministra admitiu em novembro do ano passado que seria pré-candidata em fevereiro porque o congresso “vai escolher quem será indicado para concorrer à sucessão do presidente Lula. Pela lei eleitoral, os ministros precisam deixar os cargos em abril para disputar a eleição de outubro.
No congresso, que acontece em Brasília entre os dias 18 e 21 de fevereiro, Berzoini será substituído pelo ex-presidente da Petrobras e da BR Distribuidora José Eduardo Dutra, eleito para a presidência do partido em novembro do ano passado.
Além da candidatura de Dilma, fontes do PT disseram ao R7 que será apresentado um documento de até 12 páginas reunindo as linhas gerais do programa de governo da candidata além da política de alianças. O PMDB, por exemplo, é o partido que deve indicar o vice na chapa de Dilma e o maior cotado para a vaga é o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP). Segundo fontes, a ideia seria levar o nome do vice fechado para o congresso.
Berzoini, no entanto, disse que a questão do nome do vice compete ao PMDB, devido ao pré-acordo de apoio firmado em novembro do ano passado. Com a união, o PMDB, que é o maior partido do país, dará a Dilma mais tempo de propaganda na TV.
O ex-presidente do PT e atual deputado federal José Genoino (SP) disse que a questão do vice não será pauta do congresso, que terá, além de Dilma, a questão das alianças nacionais e estaduais em foco.
- O congresso vai discutir a política de alianças. Essa questão do vice não vai ser decidida no congresso, as alianças nacionais e estaduais, esses Estados que têm dificuldade de fazer aliança com PMDB, tipo Rio, Belo Horizonte, isso vai ser discutido.
Em Minas, o PT tem dois nomes para a disputa ao governo estadual - Pimentel (ex-prefeito de Belo Horizonte) e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias -, sem contar o interesse do ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB).
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