Flutuador atravessa e analisa águas do Rio Tietê
O equipamento tem duas microcâmeras, um sistema de localização e um sensor que mede a quantidade de oxigênio na água que indica vida no rio.
Um flutuador, criado para medir a poluição no principal rio de São Paulo, está atravessando a capital paulista. A jornada de 500 quilômetros em defesa da revitalização do Tietê começou há 12 dias.
Sábado tranquilo, sem congestionamento nas marginais do Tietê. Na beira do rio, algumas garças observam a passagem do flutuador. Produzido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, em parceria com a Rede Globo, o equipamento tem duas microcâmeras, um sistema de localização e um sensor que mede a quantidade de oxigênio na água que indica a vida no rio. O flutuador é acompanhado pelo esportista Dan Robson, que leva uma câmera no capacete.
Como mostrou o Jornal Nacional, a expedição pelo Tietê partiu de Biritiba Mirim, perto da nascente do rio, e deve terminar em Barra Bonita.
No começo da viagem, a qualidade da água é indiscutível, há peixes. O primeiro sinal de problema são os aguapés, que se alimentam de poluentes. Para seguir viagem, o jeito é usar as trilhas na mata.
Um pouco adiante, a enorme quantidade de lixo faz o rio desaparecer. E surgem imagens ainda mais impressionantes: o Tietê vira depósito de carcaças de carros.
“O ser humano é destruidor. Ele constrói e destrói ao mesmo tempo”, comenta a encarregada de limpeza Maria José da Conceição.Em outro trecho, o flutuador indica quase zero de oxigênio na água. Todo esgoto de Guarulhos é despejado sem tratamento.
Quando o Tietê entra na capital paulista, muda a paisagem. É só concreto, o esgoto chega pelos afluentes. E a água atinge o pior índice de oxigênio mínimo: zero.
Dan precisa usar máscara. "Não só a oxigenação como o cheiro também está bem horrível", diz o esportista.
Vista do Rio Tietê, a partir da Ponte de acesso ao Jardim Vante
O flutuador terá que percorrer ainda 373 quilômetros. Mas já mostrou que o Tietê começa a morrer antes de chegar à capital. Em outras palavras, o rio precisa de cuidados em toda a sua extensão, para um dia voltar a ser o que era.
“Antes era bonito de se ver, a turma pescava, tinha peixe, tinha tudo. Agora não tem mais nada”, lembra o pedreiro Antônio Fonseca.
Até o momento não sabemos se a Prefeitura e sua diretoria de Meio Ambiente está sabendo que o Flutuador caminha para Porto Feliz. Ele avançou nesta quarta feira 27km, de Pirapora até Cabreúva.
Paz e Bem
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Pascom Porto Feliz